Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 180: Mel sai para jantar com outro homem


Os fios ruivos do cabelo de Graziele estão presos em um rabo de cavalo alto, o que deixa a mostra a raiz castanha que está começando a surgir. Com os dedos entrelaçados nos de Thiago, desce os degraus da escada.
   — Estou curiosa — confessa sorrindo. Devido a noite mal dormida, olheiras apareceram sob seus olhos, o que não tirou a beleza deles. 
   — Sua curiosidade já vai acabar. 
Thiago leva Graziele para a parte de trás da mansão. Assim que passa pela porta que dá acesso à área dos fundos, a ruiva fica espantada. 
   — Isso é pra mim? — indaga vendo a enorme mesa cheia de pães, doces, frutas, cereais, sucos e leite. Larissa e Henrique estão sentados lado a lado na mesa e sorriem para a filha. 
   — Tudo pra você — Thiago responde dando um beijo na bochecha dela. 
Larissa levanta da mesa e vai até a filha. Thiago se afasta da namorada e senta à mesa defronte a Henrique. Mãe e filha dão as mãos e a garota fala:
   — Hoje não é o meu aniversário, por que disso? 
Larissa ri.
   — Eu e o seu pai tiramos o dia de folga para ficar com você. 
O ar desaparece do corpo de Graziele, assim como as palavras da boca dela. Seus olhos marejam e em um sussurro, diz:
   — Obrigada.
   — Não precisa agradecer — fala Henrique parando atrás da mulher. — A gente que tem que te agradecer. 
   — Me agradecer? — Graziele repete. 
   — Sim, agradecer a você por ser essa filha tão maravilhosa. 
A adolescente engole a saliva com força, tentando engolir o choro que se forma em sua garganta.

O professor de história explica sobre as grandes guerras, porém nem todos prestam atenção nele. Maísa está pensativa, Amanda mesmo sentada na frente do professor, dorme, e no fundo da sala Jaqueline mexe no celular escondida. Yasmin, que está igualmente entediada, analisa a loira e decide imitá-la. Sem levantar suspeitas, pega o celular no bolso e o coloca sobre a mesa bem encostado na cadeira de Victor, de modo que o loiro sirva de escudo. Ela desbloqueia e vê suas notificações. Entre elas tem uma conversa com Humberto, um amigo que construiu através do whatsapp. 
   — Nessa sexta-feira vai ter o carnaval fora de época do Colégio 21, onde eu estudo, ficaria feliz se você viesse — lê a loirinha em um sussurro inaudível. — A gente vai fechar a rua para o carnaval, vai ser bem bacana. — Ela inclina a cabeça. — É, parece interessante. 
Victor está tão perdido em seus pensamentos que não ouve nenhuma palavra dela. Durante o intervalo, na lanchonete, ela conta sobre o convite para os amigos. 
   — Colégio 21 é aquele famosão, né? — indaga Felipe. 
   — É — confirma Yasmin. 
Victor franze a testa. 
   — Por que esse nome não é estranho para mim? — pensa em voz alta. 
   — Porque ele é famosão? — sugere Felipe em tom de obviedade. 
   — Talvez é porque os nossos pais estudaram lá — Isabela explica e o rosto do loiro se ilumina. 
   — Ah, é verdade. 
   — Então — Yasmin busca a atenção deles —, nós vamos né? 
   — Carnaval fora de época? Não me parece legal — Marina opina e Yasmin a corta:
   — Você nem conhece o carnaval, Marina. Fevereiro passou e a gente nem foi pra festa carnavalesca nenhuma. 
   — Por que a gente não foi mesmo? — Vinícius pergunta com curiosidade. 
   — Sei lá — a loirinha responde dando de ombros. — Então, vamos gente! 
   — Por mim pode ser — Felipe fala e Isabela apoia:
   — Por mim também. 
   — Eu estou dentro — Vinícius diz. 
Yasmin olha para os gêmeos. 
   — E vocês? 
Victor dá de ombros. 
   — Pode ser. 
Marina sente a pressão dos olhares dos amigos e responde:
   — Ok, eu vou também. 
Yasmin vibra e pergunta:
   — Com que fantasias vocês vão? 
   — Tem que ir de fantasia? — indaga Victor surpreso. 
   — Amadores — Yasmin revira os olhos. — Sim, Victor. 
   — Ai, sério? — ele reclama.
   — É divertido. 
   — Não faço a mínima ideia da fantasia que vou usar — Vinícius conta. 
O rosto de Isabela se ilumina. 
   — Tive uma ideia, gente!
   — Que ideia? — pergunta Felipe. 
   — A gente podia usar uma fantasia de grupo!
   — Fantasia de grupo? — repete Marina. — O que seria isso? 
   — Nós usarmos fantasias ligadas. Por exemplo, Power Rangers, personagens de HQs, Star Wars, por aí vai. O que acham? 
   — Interessante — seu irmão opina.
Yasmin se anima. 
   — Muito interessante! A gente podia ir de personagens de histórias em quadrinhos. 
   — Eu quero ir de Flash — se apressa em dizer Vinícius. 
   — Eu quero ir de Capitão América — escolhe Victor e Yasmin ri. 
   — Herói mais adequado não há. 
   — Eu quero ir de Homem de Ferro — fala Felipe.
   — Ai, vai ficar tão fofo! — Isabela sorri. — Eu quero ir de Mary Marvel. 
   — Eu vou de Emma Frost — Yasmin conta. 
   — Ui, que sexy! — brinca o irmão dela e todos riem. 
   — Você vai mesmo de Emma Frost? — pergunta Victor. 
Vinícius fala antes de Yasmin:
   — Senti que ele ficou preocupado. 
Mais risos entre o grupo e Yasmin responde:
   — Vou. 
   — Se bem que Canário Negro ia ficar legal — sugere Isabela. 
   — Boa, amiga! Agora fiquei na dúvida. O que você acha, Victor? — pergunta para provocar o namorado. 
   — Eu acho que você deveria ir de Mulher Gato. 
   — Mulher Gato? Por quê? 
   — Não sei — fala o loiro dando de ombros. 
   — Eu sei porquê — fala Felipe. — É porque a fantasia da Mulher Gato é mais fechada. 
Eles riem mais uma vez. 
   — Sério que é por isso, Victor? — Yasmin continua provocando e Victor prefere não responder, apenas pega seu refrigerante e bebe um gole. 
   — Agora que eu pensei um pouco — fala Vinícius — fiquei em dúvida entre o Flash e o Lanterna Verde. 
   — Eu prefiro o Flash — fala Isabela. 
   — Marvete — acusa Vinícius sorrindo. 
   — Não, eu não sou marvete, mas prefiro o Flash. Não é pela história, é pela fantasia mesmo. 
   — Até porque se você for defender um ou outro pela história nós teremos que chamar o Lorenzo aqui — brinca Felipe. — Uma discussão sobre HQ sem ele não vale. 
Quase todos riem, menos Victor, que fala:
   — Nem brinca em chamar aquele garoto aqui. 
Yasmin revira os olhos e tentando voltar para o assunto do carnaval fora de época, comenta com Marina:
   — Você não falou a sua fantasia. 
   — Eu estou pensando em ir de Zatanna. 
   — Uau, vocês estão caprichando, hein? — fala Felipe. 
   — É sério? — pergunta Vinícius e Victor não perde tempo, dizendo:
   — Senti que ele ficou preocupado. 
Os seis riem. 
   — É — Marina responde. 
   — Desse jeito eu vou parecer careta no meio de vocês — Isabela brinca. 
   — Por que você não vai de Mulher Maravilha? — Yasmin pergunta. — Você já tem a roupa mesmo. 
   — É, mas eu não quero repetir fantasia. 
   — Não é repetir — corrige seu namorado. — É reaproveitar. 
   — Fica quieto — pede Isabela e eles riem. 
   — Depois a gente decide a fantasia que iremos usar — Vinícius tenta encerrar o assunto. 
   — Só não pode demorar muito, porque é nessa sexta — lembra a namorada de Victor, levantando da mesa. — Vamos ao banheiro, Isa? 
   — Vamos. — A menor também levanta e chama Marina: — Vamos com a gente?
   — Não, valeu. 
   — Tá bom. 
Isabela e Yasmin saem da lanchonete e no caminho para o banheiro veem Iago, Lorenzo, Aline e Maísa sentados em um banco conversando. 
   — A gente podia chamar eles pro carnaval, né? — propõem Isabela. — Acho que eles iam gostar. 
   — O Lorenzo em um carnaval fora de época? — debocha Yasmin. 
   — Ah, não custa nada — fala Isabela a poucos passos do banco deles. 
   — Então chama. 
As duas param em frente ao grupo e Isabela fala:
   — Vocês estão sabendo do carnaval fora de época que vai ter no Colégio 21? 
   — Não — responde a maioria enquanto Iago fala:
   — Sim. 
   — Ah é, esqueci que você estudou lá — comenta Isabela sorrindo para o amigo. 
   — É, uns colegas meus me falaram do carnaval. 
   — Por que eles vão fazer um carnaval fora de época? — pergunta Maísa. 
   — É pra arrecadar dinheiro para a formatura deles — explica Iago. — É tipo a nossa festa do Terceirão. 
   — Ah, entendi. 
   — Então — fala Isabela e eles voltam a olhar para ela. — A gente vai, seria legal se vocês fossem. A gente poderia se encontrar e curtir juntos. 
   — Ah, vamos gente — se anima Aline. — Parece legal. 
   — Vamos ver — Maísa pondera. 
   — Você quer ir, Lorenzo? — indaga Yasmin com interesse. O garoto dá de ombros e responde olhando para o salgado que come.
   — Pode ser. 
Yasmin sorri com o jeito encabulado dele. 
   — O convite está feito. Vamos, Isa? 
   — Vamos. — Isabela sorri para Iago e se afasta com a amiga. Assim que as duas se distanciam, Aline comenta:
   — Eita friendzone. 
Maísa ri, mas Iago e Lorenzo ficam sem entender. 
   — Como assim? — indaga Iago. 
   — É engraçado ver vocês dois conversando com elas duas — responde Aline. — Tipo, a gente sabe que vocês babam por elas, daí as duas vêm conversar com vocês e vocês fingem que não sentem nada. 
Ela e Maísa riem. 
   — O Lorenzo é mais engraçado ainda — fala a loira. — Porque ele fica mais tímido do que o normal. Não é, Lorenzo? — indaga cutucando o joelho dele com o seu. 
   — Vocês estão exagerando — responde o garoto ainda encarando o seu salgado e Maísa ri. 
   — Você é tão fofo. 
   — Se o seu peguete ouvisse isso ficaria com ciúmes — zoa Aline. 
   — Eu não tenho peguete. 
   — Não se faz de desentendida. Você sabe que eu estou falando do Jonas. 
Maísa sente Lorenzo ficar mais tenso diante da menção do nome de Jonas. 
   — Você tem medo dele, né? — pergunta para ele, ignorando Aline. 
   — Ele me zoa por nada — fala Lorenzo. 
   — Não é por mal. 
   — Desculpa, Maísa, mas é por mal sim — interrompe Iago e Aline concorda com a cabeça. 
   — É que ele é imaturo e acha divertido zoar com o Lorenzo só porque ele é nerd — explica a loira. 
   — Não é imaturidade, é maldade mesmo — retorque Aline. 
   — Ai, gente, vocês não conhecem o Jonas. 
   — Eu estudo com ele desde o primeiro ano, Maísa. Quem você acha que conhece melhor aquele ser, eu ou você? 
Maísa revira os olhos. 
   — Tá bom, não vamos mais falar sobre isso. 
Eles mudam de assunto e começam a falar sobre o carnaval fora de época do Colégio 21. 

Durante a tarde, Thiago se encontra com Douglas e outros amigos em uma praia. Enquanto conversa com os amigos, fuma um cigarro. Bem longe dele, Graziele aproveita o dia ao lados dos pais sem nem desconfiar do comportamento do namorado. Vinícius, Marina, Felipe e Isabela se reúnem na mansão de Mel para curtir a piscina. Os meninos mergulham e as meninas conversam sentadas à beira da piscina. 
   — O Victor saiu com a Yasmin, pra onde eles foram? — pergunta Marina. 
   — Visitar a Malu — responde Isabela sorrindo. — Como todo mundo não poderia entrar, a Yasmin decidiu ir para representar a gente e o Victor foi para acompanhá-la.
   — Ah, entendi. 
Felipe joga água nas duas. 
   — Vocês vão ficar aí mesmo? 
As duas se olham, sorriem uma para a outra e mergulham na piscina. 

Caminhando lado a lado, Yasmin e Victor entram no hospital. Eles se informam sobre o lugar em que Malu está e se dirigem ao elevador. 
   — Estou doida para ver a Malu — conta Yasmin enquanto sobe alguns andares com o namorado. — Mas confesso que estou com medo do estado dela. 
   — O estado dela é bom, Yas, ela está se recuperando. 
   — Não estou falando do estado de saúde, mas de como ela está, sabe? Tipo, deitada em uma cama cheia de fios. Acho que eu vou assustar de vê-la assim. 
Victor passa as mãos nos braços dela. 
   — Fica calma. Tenta não transparecer nada disso pra ela, pode deixá-la nervosa.
Yasmin assente. 
   — Eu sei.
Victor dá um selinho nela.
   — É só fingir que vocês estão no quarto dela e ela está deitada na cama.
Yasmin sorri com a sugestão no momento em que o elevador para. Eles saem e caminham até o pós-operatório, onde Malu se recupera. Antes de entrar no quarto em que ela está, o casal encontra com a mãe dela. 
   — Não esperava te ver aqui, Yas — fala Nathália com sua clássica sinceridade. 
   — É, mas eu vim.
Elas riem. 
   — Aproveita que o horário de visitar acabou de começar. 
   — Oba!
   — Só pode entrar uma pessoa de cada vez — fala a mulher olhando para Victor.
   — Ah, não — ele se apressa em dizer. — Eu não vou entrar não. 
Yasmin sorri e deixa os dois sozinhos. Assim que passa pela porta, se surpreende pois mesmo com os diversos aparelhos conectados ao seu corpo Malu aparenta estar normal.
   — Yasmin — fala a morena sorrindo. 
   — Vim te ver. 
A loirinha fecha a porta e cruza o espaço, se aproximando da cama da amiga. 
   — Estou me sentindo muito importante — brinca Malu.  Ontem foi o Samuel que veio me visitar, as enfermeiras vêm sempre que eu aperto um botão, a comida é trazida pontualmente. Acho que vou ficar por aqui mesmo. 
Yasmin ri. 
   — Nem brinca com isso. A gente está sentindo a sua falta lá no colégio. 
   — Fala sério, eu só faltei um dia. 
   — Mesmo assim fez diferença. 
   — Oh, que meiga que você está, Yas. O que um tiro não faz, né? 
Yasmin ri mais uma vez e quase bate no braço de Malu, porém vê o enorme curativo a tempo.
   — Pelo visto você está muito bem — comenta deixando a mão pousar na beirada da cama, disfarçando o movimento que pretendia fazer. 
   — Agora estou, mas de manhã passei por maus bocados. — Ela conta para a caçula de Sophia e Micael sobre a dor que sentiu ao tentar mexer o braço. 
   — Caramba! Você tem que se controlar. 
   — Eu sei, é que eu esqueci completamente que não estava em casa. 
   — Natural — ri Yasmin. — Afinal não é todo dia que a gente acorda em um pós operatório, né? 
Elas riem e continuam conversando. Quando deixa Malu sozinha, Yasmin encontra Graziele e os pais no corredor com Nathália e Victor. 
   — Oi!
   — Oi — eles respondem. 
   — Vou lá ver como está a Malu-maluquinha — brinca Graziele antes de entrar no quarto da amiga. 
   — A gente já vai indo — fala Yasmin se aproximando de Victor. — Os horários de visita são sempre os mesmos? 
   — Sim — responde Nathália.
   — Ah, então eu vou vim visitar ela de novo. 
   — Tenho certeza que ela vai gostar.
Yasmin e Victor se despedem dos adultos e pegam o elevador. 
   — Como foi? — pergunta Victor ao ficar sozinho com a namorada. 
   — Foi muito melhor do que eu pensava. 
   — Viu, no final deu tudo certo. 
Yasmin sorri e se apoia no namorado. 
    Agora eu só quero ir para casa, porque estou exausta. 
Victor passa um braço pela cintura dela e dá um beijo em seu cabelo.

A noite cai com rapidez e Mel se prepara para o jantar com Reinaldo. Enquanto se maquia, Isabela entra no quarto. 
   — Mãe? — chama a garota. 
   — Aqui no closet — Mel responde passando rímel.
Ao passar pela porta do closet e ver a mãe se produzindo, Isabela pergunta:
   — Vai sair? 
   — Vou, um jantar de negócios.
Mel prefere mentir, pois ainda não se sente confortável de contar aos filhos sobre Reinaldo. "Nem tem porque contar ainda, afinal não aconteceu nada" pensa. 
   — A senhora está linda — elogia Isabela e um macacão de alfaiataria branco que está pendurado na porta do armário chama a atenção dela. — A sua roupa também. 
   — Obrigada, filha. 
Isabela se apoia na porta do armário ao lado do macacão. 
   — Com tudo o que está acontecendo, eu estava pensando em passar o final de semana lá na fazenda. O que a senhora acha? 
   — Uma ótima ideia. 
   — Pois é, com toda essa loucura eu estou precisando de um lugar para recarregar as energias. 
   — A fazenda realmente é um ótimo lugar para isso. 
   — A gente poderia ir no sábado de manhã e voltar no domingo a noite, o que a senhora acha? 
   — A gente? Eu estou incluída? 
   — É claro, mãe. 
   — Eu não acho que seja uma boa ideia. 
   — Por que não?
Mel coça a sobrancelha e se vira para a filha, já com a maquiagem pronta. 
   — Sabe o que é, filha? Eu não me sinto confortável para ir à fazenda. 
   — Por quê? 
   — É que com o divórcio os nossos bens foi dividido entre mim e o Chay. Por exemplo, a mansão ficou comigo e a fazenda com ele. 
Isabela compreende. 
   — Ah, 
   — É por isso que eu não vou. 
   — Entendi. — Isabela fica quieta por um instante enquanto Mel tira o roupão e veste a roupa escolhida. — Como ficou a divisão? 
   — Você não precisa se preocupar com isso, meu amor. Está tudo certo. 
Mel corta o assunto porque não quer continuar falando sobre o divórcio ou sobre Chay minutos antes de ir jantar com outro homem. 
   — Tudo bem. Eu vou tomar um banho, ainda estou com cheiro de cloro. 
   — A Marina e o Felipe já foram? — pergunta Mel calçando os sapatos de salto. 
   — Sim. Bom jantar para a senhora!
   — Obrigado.
Isabela sai do closet e Mel tem a nítida sensação de que ela ficou cabisbaixa com a menção do divórcio. Após se recompor, Mel pega a bolsa e deixa o quarto. Na garagem ela entra em seu carro e parte rumo ao restaurante que marcou com Reinaldo. 

Depois de jantar, Maria Luíza continua em sua rotina de fitar o teto do quarto. 
   — Bem que as enfermeiras poderiam trazer logo os remédios que me dão sono — comenta para si. — A Yas veio me ver, a Grazi também, pena que o Samuel não veio. Se bem que eu não posso reclamar, ele veio ontem. Será que ele ficou chateado com o que eu disse? Mas eu falei que a culpa não era minha, era dos remédios. Mesmo assim, eu deveria ter me controlado, onde já se viu culpar ele? Droga de remédio! Queria sair daqui e ir na casa dele, mas eu não posso nem ligar para ele! Que inferno. Nossa, que burra que eu fui! Deveria ter pedido para a Grazi checar se ele ficou chateado. Se ela vier amanhã, eu peço. 
A porta se abre e a enfermeira entra com o remédio de Malu. 
   — Até que enfim! — fala a garota sorrindo. 

Minutos depois Mel chega ao restaurante. Ela confere a maquiagem no retrovisor do carro e entra. Seu coração se agita ao ver Reinaldo elegantemente sentado em uma mesa no centro do salão. 
   — Boa noite — ele fala levantando quando ela se aproxima.
   — Boa noite.
Reinaldo coloca uma mão na cintura dela e dá um beijo em sua bochecha. Mel se arrepia com o toque suave da barba dele em sua pele e senta de frente para ele. 
   — Você está me esperando faz tempo? — ela pergunta repentinamente preocupada. 
   — Não — responde Reinaldo com seu charme natural. — Mesmo que estivesse, valeria a pena esperar uma dama tão linda quanto você. 


Comentários

  1. Ansiosa por esse jantar. Já quero treta, o Chay com ciúmes, a Mel começando a se envolver com esse boy!!! Ai, eu preciso dos próximos capítulos \o/

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  2. o melhor imagine, sem duvidas..

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  3. Tadinho do chay kkkkkkkkkkk

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