Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 163: Jovens se divertem em casa noturna
Isabela fita os olhos de Yasmin, se arrependendo amargamente de ter deixado escapar que Lorenzo a beijou. Ela se recorda da promessa que fez ao próprio Lorenzo e a Iago ainda na festa.
— Então, Isa — insiste a loira. — Me diz!
Isabela suspira.
— Sim, foi o Lorenzo.
— Ai, meu Deus — Yasmin pronuncia as palavras lentamente e solta Isabela, se levantando do tapete. — O Lorenzo. — Ela ri e acrescenta: — Quero só ver a cara do Victor quando eu contar pra ele.
— Não! — interrompe Isabela. — Você não pode contar pro Victor. O Lorenzo estava morrendo de medo de que isso pudesse acontecer. Esquece isso, Yasmin!
— O Lorenzo estava com medo do Victor? — indaga a garota sentando no sofá.
— É.
— Mas por quê? O Victor é tão de boa.
— Com a gente, né? Ele pode parecer intimidador pra um garoto como o Lorenzo.
Yasmin pensa por um instante e conclui:
— É, é verdade.
— Então, você vai ficar de boca fechada? — Isabela pergunta levantando do tapete para sentar-se ao lado da amiga.
— Vou. Quer dizer, eu não vou contar para o Victor, mas vou ter que falar com o Lorenzo.
— Como?
Um sorriso divertido se manifesta no rosto de Yasmin.
— Ele vai ficar tão desconsertado, vai ser tão fofo.
Isabela arregala os olhos.
— Yas!? Tadinho!
— Ai, Isabela, larga de ser dramática.
— Pobre Lorenzo — fala Isabela cruzando os braços.
Depois de sair do trabalho Luíza passa no colégio em que Nícolas estuda. Ela estaciona o veículo e desce, carregando o celular.
— Boa tarde! — cumprimenta sorrindo para uma funcionária.
— Mãe!
Nícolas corre até ela e se joga nos braços da psicóloga.
— Oi, meu amor! E aí, como foi o dia? — pergunta segurando a mão do garotinho no caminho para o carro.
— Legal! Um homem veio aqui no colégio e falou que é meu vô.
— Como é, Nícolas? — pergunta Luíza parando ao lado do carro.
— É, ele disse que é meu vô, mas eu só tenho o vô André, né mãe?
Luíza, atônita, abre a porta do carro e Nícolas entra, sentando na cadeirinha.
— É, filho.
A mulher bate a porta do carro e dá a volta para entrar no banco do motorista. Antes de ligar o veículo, disco o número do marido.
— Daniel?
— Oi, amor. Tudo bem?
— Você pode me encontrar lá em casa daqui a pouco? — ela pergunta com a voz neutra para que Nícolas não perceba nada de incomum.
— Daqui a pouco? Não sei, eu estou enrolado aqui...
— É importante — ela interrompe.
— Luíza, aconteceu alguma coisa?
— Aham.
— O que houve?
— Estou com o Nícolas aqui na porta da escolinha.
— O que isso tem a ver?
— O Nícolas está bem sim, amor — ela evidencia o nome do filho para que Daniel entenda que não pode falar na presença dele.
— Tem alguma coisa a ver com o Nícolas?
— Não, tem a ver com o pai da Míriam — conta sabendo que Nícolas não tem conhecimento da tia, irmã de Daniel, que faleceu anos atrás.
— O quê? O que o Augusto fez? Eu pensei que ele tivesse saído da cidade.
— Em casa a gente conversa.
— Tudo bem, estou indo para lá.
Eles desligam e Luíza sorri para Nícolas, que está com os olhos fechados. Ela coloca um desenho para passar nas telas atrás dos bancos do motorista e passageiro e acelera rumo ao condomínio em que moram.
A tarde se passa e os jovens se preparam para curtir a noite em uma casa noturna. As nove horas, eles se encontram em frente à mansão em que Isabela e Vinícius moram. Os carros dirigidos por Evaldo e Ulisses estão parados na rua e os seis conversam.
— Eu, o Vinícius e a Marina vamos com o Evaldo — diz Isabela — e vocês com o Ulisses.
Ela está usando uma saia de cintura alta preta com detalhes de pedrarias na cintura da mesma cor e uma blusa regata dourada. Para complementar a produção colocou um colar de franja preto e um scarpin nude. No rosto, a maquiagem está leve e delicada como sempre, com um pequeno detalhe diferente, um batom mate coral.
— Beleza — responde Yasmin indo para o seu carro. — A gente se encontra lá.
Felipe segue a irmã até o veículo e Isabela o acompanha com o olhar, analisando as roupas que ele vestiu: uma calça jeans preta, uma camiseta branca lisa e um top sider azul marinho nos pés. Victor também entra no carro e os três saem.
De mãos dadas, Marina e Vinícius vão atrás de Isabela, que caminhou até o carro assim que Felipe entrou no outro automóvel.
— Será que hoje esses dois se acertam? — pergunta Marina antes de entrar.
— Não sei — Vinícius responde com sinceridade.
Fernanda e Mateus saíram para um jantar de negócios da rede de livrarias que têm, deixando Thiago sozinho em casa. Por volta das nove e vinte, Graziele passa pela porta principal.
— Oi — ele fala com seriedade.
— Oi.
Graziele não toca nele ao adentrar na mansão e se dirige ao sofá.
— Está melhor? — pergunta Thiago se aproximando dela depois de fechar a porta.
— Tem como ficar melhor sabendo que o meu namorado está se matando?
Thiago revira os olhos e senta ao lado dela.
— Graziele, você já tinha aceitado isso, por que você resolveu falar essas coisas agora?
— Talvez porque com o fato da minha mãe ter falado a verdade na minha cara, eu percebi que isso não é "nada demais" como você sempre disse.
— Então tira isso da sua cabeça.
— Não! Eu não vou tirar isso da cabeça até você aceitar que precisa sair dessa vida.
— Graziele? Você está falando como se eu estivesse me drogando.
— Mas você está! — rebate a ruiva exaltada. — Cigarro também é uma droga, Thiago. Só porque é legalizado não significa que não é.
— Remédio também é uma droga e todo mundo usa.
— Ah, pelo amor de Deus, Thiago!
Graziele levanta, sentindo uma raiva imensa.
— É sério, Grazi, eu estou bem.
— Mas você não vai continuar assim. Thaigo, o cigarro mata aos poucos.
Thiago suspira e olha para as próprias mãos, não querendo discutir ainda mais com a namorada. Graziele volta a se sentar no sofá, dessa vez mais perto dele.
— Eu posso parecer chata, careta ao falar essas coisas — diz pegando nas mãos dele —, mas eu faço tudo isso porque quero o seu bem. — Thiago ergue o rosto para fitar o dela. — Eu vou nas festas dos seus amigos, me divirto lá mesmo com o uso explícito de drogas porque eu sei que eu não uso e que você também não. Não as pesadas que o Douglas usa, por exemplo — acrescenta com rapidez. — Mas eu me preocupo com você, Thiago. Eu não quero te perder.
— Você não vai me perder — ele fala baixinho.
— Vou e você sabe disso. Thiago, larga o cigarro, eu te peço. Não vou falar pra você escolher entre ele e eu, porque não sou dessas. Eu vou ficar do seu lado sempre e quero te ver limpo. Longe dessas coisas.
— Graziele, eu consigo parar, mas eu não quero.
A ruiva nota pelo tom de voz que Thiago está irredutível, porém, assim mesmo, tenta negociar.
— Vamos fazer assim — fala carinhosa —, você fica sem fumar por uma semana.
— Tá, mas por que disso? Uma semana não vai fazer diferença nenhuma.
— Mas você pode perceber o quanto a sua vida é melhor sem essa droga, literalmente.
Thiago dá um leve sorriso.
— Tudo bem. Se você quer isso...
Graziele sorri e abraça Thiago.
— Obrigada, Thi! Você vai ver como sua vida vai ser ótima nessa semana.
Depois de ficarem um tempo na fila, os adolescentes entram na casa noturna. Yasmin ergue os braços, sentindo a batida da música.
— Essa noite eu quero me acabar de dançar! — Ela ginga até o centro da casa noturna, onde há a pista de dança, em seus saltos alto fazendo o seu vestido vermelho, solto abaixo da cintura, balançar. O modelo, da grife de sua mãe, tem as mangas compridas e justas e um decote cavado nas costas. Em seu pescoço, Yasmin exibe uma gargantilha de ouro.
— Na balada com a namorada, me proteja das tentações, senhor — brinca Victor e vai atrás dela. Ele chama a atenção de algumas garotas, que olham em sua direção, analisando o seu corpo que está coberto por uma calça jeans azul marinho, uma camiseta de manga longa preta com gola em V e um sapatênis marrom escuro. As mais fashionistas identificam o relógio prateado rolex no pulso dele.
Logo atrás dos dois, Marina e Vinícius mergulham na imensidão das pessoas que dançam e conversam. Felipe, que é o último do grupo a entrar, olha para os lados buscando por Isabela, porém não a encontra de imediato. Só depois de alguns passos é que ele enxerga a jovem bem mais a frente, sendo seguida por Yasmin até a pista. Como sabe que com Yasmin ao lado de Isabela, não conseguirá nenhum resultado, decide ir até o bar.
Ao som de Timber, Isabela e Yasmin dançam acompanhadas de Victor. A loirinha rebola e olha para o namorado, que dança com os olhos pregados nela. Isabela se sente um pouco incomodada por estar sendo uma vela entre os dois. Por isso resolve se afastar e sem parar de dançar, começa a ir um pouco mais para a esquerda. Duas mãos seguram em sua cintura com firmeza e a puxam de volta para perto de Yasmin.
— Não foge, não, grande anã.
A morena sorri e deixa Victor guinchá-la para perto da melhor amiga.
— Vamos curtir, Isa! — fala Yasmin segurando nos braços de Isabela. As duas dançam bem próximas e Victor se junta à elas, colocando uma mão nas costas de cada uma.
Do outro lado da pista, Marina e Vinícius dançam quase colados. A garota usa uma calça pantalona preta com um top cropped de alcinha justo da mesma cor. O seu namorado veste uma calça jeans bege, uma camiseta regata cinza e um mocassim amarelo queimado.
Marina vira de costas para Vinícius e rebola até o chão, jogando o cabelo para um lado. O jovem sorri e puxa ela, colando o corpo dela no seu. Marina sorri e vira de frente para ele novamente.
— Você gosta de me provocar, né? — ele pergunta sorrindo.
— Amo!
Vinícius coloca uma mão na nuca dela e a beija intensamente. Marina joga os braços pelo ombro dele, sentindo a língua de Vinícius explorar sua boca e retribui o gesto com desejo.
Yasmin passa a mão no cabelo e fala para Victor:
— Estou com sede.
— E eu com isso? — ele rebate rindo. Isabela também sorri e balança a cabeça.
— Pega alguma coisa pra gente beber.
— Vai querer o quê?
— Vodka.
— Sério?
— Eles não vendem bebida para menores de idade — interpõem Isabela.
— O Victor vai dar um jeito de conseguir — diz Yasmin sorrindo charmosamente para o namorado.
— Talvez se você jogasse esse sorriso para o barman conseguiria resultado melhor — o loiro retorque.
— Sabe que você me deu uma ideia? — O sorriso de Yasmin aumenta. — Vêm comigo!
Os dois seguem Yasmin até o bar. Antes de encostar no balcão, ela se vira para Isabela e fala:
— Fica com o Felipe e observe.
Isabela olha para onde a amiga está olhando e vê o irmão dela ali. Ela assente e vai até ele.
— E aí? — fala o moreno sorrindo segurando uma latinha de refrigerante.
— A Yasmin e o Victor vão tentar comprar bebida alcoólica.
Felipe ri.
— Essa eu quero ver.
Isabela senta na banqueta ao lado dele e os dois se viram para o casal que está mais adiante. Yasmin joga o cabelo todo para um lado, o que a deixa com um ar mais maduro e sensual. Victor passa um braço em torno da cintura dela e ela empurra a mão dele.
— Não — diz enquanto um barman se aproxima, perguntando o que eles vão querer. Victor olha para o rapaz e quando vai responder, Yasmin fala em inglês: — Uma vodka, por favor. Eu e o meu irmão acabamos de chegar dos Estados Unidos e estamos precisando de algo forte.
— Desculpe, eu não entendi — diz o barman também em inglês e Victor franze a testa, sentindo vergonha alheia da péssima pronúncia.
— Uma vodka, por favor — Yasmin pede ainda na língua inglesa.
— Identidade — pede o funcionário.
— Oh, merda! — exclama a loirinha passando a mão na testa. Ela se inclina, de modo a ficar mais perto dele. Victor não gosta da aproximação, mas não demonstra qualquer reação. — A nossa identidade ficou no hotel. Eu não sabia que precisava dela para pegar bebida.
— Qual é a idade de vocês?
— Eu tenho dezoito e o meu irmão dezenove. — Ela sorri sedutoramente. — Eu já tenho idade para beber, moço, e para fazer outras coisas também — completa olhando para a boca dele.
Victor, que entendeu cada palavra dela, controla o impulso de arrastá-la dali. Já o barman demonstra não ter compreendido o que ela quis dizer, mas com o olhar que ela lançou parece ter uma noção.
— Ok, vou pegar — ele fala em português e se afasta.
Quando o rapaz está de costas, Yasmin sorri para Victor e fala ainda em inglês:
— Sou ou não sou demais?
O loiro balança a cabeça, sorrindo levemente.
— Não vou nem comentar.
O barman coloca um copo de vodka sobre o balcão e Yasmin sorri.
— Muito obrigada, moço. Adorei te conhecer — fala piscando para ele. O barman sorri, encantando com o flerte da loirinha. — Se eu quiser, posso voltar aqui e pegar mais com você?
— Como?
Yasmin aponta para o copo.
— Bebida. Mais.
Victor controla uma crise de riso.
— Agora?
— Não — responde Yasmin ainda sorrindo. — Depois.
— Ah, claro.
— Ok. Tchau-tchau, gato!
Yasmin pega o copo e retorna rebolando exageradamente para a pista, sabendo que o olhar do barman está colado em suas costas. Victor segue ela, fazendo questão de ficar exatamente atrás dela, evitando assim que o rapaz consiga ver algo.
— Uhu! — comemora a loira no meio da pista. — Eu sou f*da — diz voltando a falar português.
— Você é maluca — rebate Victor rindo.
Yasmin toma um enorme gole da bebida.
— Você reparou no inglês horrível dele?
— Como não iria reparar?
Os dois gargalham e a garota vira o copo em sua boca.
— Vai com calma — pede Victor — você está de barriga vazia.
— Qual é o problema? Se eu ficar bêbada, você está aqui para me proteger, não está?
— Estou aqui para muitas coisas — responde Victor abraçando ela. Yasmin sorri e Victor a beija.
Ainda no bar, Felipe e Isabela riem da ação dos casal de loiros.
— A Yasmin é tão falsa — ela fala entre os risos.
— O Victor deve ter se rasgado por ter visto ela dando em cima do cara na frente dele.
Eles riem ainda mais, se comportando como se não estivessem afastados durante o dia todo.
— Quem não teria ficado com ciúmes?
— É — concorda Felipe. — Se fosse a gente eu não teria deixado você fazer isso.
— Você sabe que eu não faria o que a Yasmin fez.
— É por esses motivos que eu te amo — fala Felipe entre os risos.
Isabela ri por mais um segundo e fica séria. Eles dois se olham, o sorriso desaparecendo do rosto de Felipe e ele pula da banqueta, ficando bem na frente dela. Sentada na banqueta, Isabela fica com o seu rosto na altura do de Felipe e fita os olhos escuros dele com profundidade.
— Eu te amo — repete Felipe e pega na mão de Isabela, que não resiste ao toque. Ela desce lentamente da banqueta e Felipe vai abaixando o olhar para continuar observando os olhos dela. Com a mão livre, ele acaricia a bochecha dela e envolve o seu pescoço. Os dois se encaram por longos segundos e Felipe inclina o rosto para beijá-la.
— Como é, Nícolas? — pergunta Luíza parando ao lado do carro.
— É, ele disse que é meu vô, mas eu só tenho o vô André, né mãe?
Luíza, atônita, abre a porta do carro e Nícolas entra, sentando na cadeirinha.
— É, filho.
A mulher bate a porta do carro e dá a volta para entrar no banco do motorista. Antes de ligar o veículo, disco o número do marido.
— Daniel?
— Oi, amor. Tudo bem?
— Você pode me encontrar lá em casa daqui a pouco? — ela pergunta com a voz neutra para que Nícolas não perceba nada de incomum.
— Daqui a pouco? Não sei, eu estou enrolado aqui...
— É importante — ela interrompe.
— Luíza, aconteceu alguma coisa?
— Aham.
— O que houve?
— Estou com o Nícolas aqui na porta da escolinha.
— O que isso tem a ver?
— O Nícolas está bem sim, amor — ela evidencia o nome do filho para que Daniel entenda que não pode falar na presença dele.
— Tem alguma coisa a ver com o Nícolas?
— Não, tem a ver com o pai da Míriam — conta sabendo que Nícolas não tem conhecimento da tia, irmã de Daniel, que faleceu anos atrás.
— O quê? O que o Augusto fez? Eu pensei que ele tivesse saído da cidade.
— Em casa a gente conversa.
— Tudo bem, estou indo para lá.
Eles desligam e Luíza sorri para Nícolas, que está com os olhos fechados. Ela coloca um desenho para passar nas telas atrás dos bancos do motorista e passageiro e acelera rumo ao condomínio em que moram.
A tarde se passa e os jovens se preparam para curtir a noite em uma casa noturna. As nove horas, eles se encontram em frente à mansão em que Isabela e Vinícius moram. Os carros dirigidos por Evaldo e Ulisses estão parados na rua e os seis conversam.
— Eu, o Vinícius e a Marina vamos com o Evaldo — diz Isabela — e vocês com o Ulisses.
Ela está usando uma saia de cintura alta preta com detalhes de pedrarias na cintura da mesma cor e uma blusa regata dourada. Para complementar a produção colocou um colar de franja preto e um scarpin nude. No rosto, a maquiagem está leve e delicada como sempre, com um pequeno detalhe diferente, um batom mate coral.
— Beleza — responde Yasmin indo para o seu carro. — A gente se encontra lá.
Felipe segue a irmã até o veículo e Isabela o acompanha com o olhar, analisando as roupas que ele vestiu: uma calça jeans preta, uma camiseta branca lisa e um top sider azul marinho nos pés. Victor também entra no carro e os três saem.
De mãos dadas, Marina e Vinícius vão atrás de Isabela, que caminhou até o carro assim que Felipe entrou no outro automóvel.
— Será que hoje esses dois se acertam? — pergunta Marina antes de entrar.
— Não sei — Vinícius responde com sinceridade.
Fernanda e Mateus saíram para um jantar de negócios da rede de livrarias que têm, deixando Thiago sozinho em casa. Por volta das nove e vinte, Graziele passa pela porta principal.
— Oi — ele fala com seriedade.
— Oi.
Graziele não toca nele ao adentrar na mansão e se dirige ao sofá.
— Está melhor? — pergunta Thiago se aproximando dela depois de fechar a porta.
— Tem como ficar melhor sabendo que o meu namorado está se matando?
Thiago revira os olhos e senta ao lado dela.
— Graziele, você já tinha aceitado isso, por que você resolveu falar essas coisas agora?
— Talvez porque com o fato da minha mãe ter falado a verdade na minha cara, eu percebi que isso não é "nada demais" como você sempre disse.
— Então tira isso da sua cabeça.
— Não! Eu não vou tirar isso da cabeça até você aceitar que precisa sair dessa vida.
— Graziele? Você está falando como se eu estivesse me drogando.
— Mas você está! — rebate a ruiva exaltada. — Cigarro também é uma droga, Thiago. Só porque é legalizado não significa que não é.
— Remédio também é uma droga e todo mundo usa.
— Ah, pelo amor de Deus, Thiago!
Graziele levanta, sentindo uma raiva imensa.
— É sério, Grazi, eu estou bem.
— Mas você não vai continuar assim. Thaigo, o cigarro mata aos poucos.
Thiago suspira e olha para as próprias mãos, não querendo discutir ainda mais com a namorada. Graziele volta a se sentar no sofá, dessa vez mais perto dele.
— Eu posso parecer chata, careta ao falar essas coisas — diz pegando nas mãos dele —, mas eu faço tudo isso porque quero o seu bem. — Thiago ergue o rosto para fitar o dela. — Eu vou nas festas dos seus amigos, me divirto lá mesmo com o uso explícito de drogas porque eu sei que eu não uso e que você também não. Não as pesadas que o Douglas usa, por exemplo — acrescenta com rapidez. — Mas eu me preocupo com você, Thiago. Eu não quero te perder.
— Você não vai me perder — ele fala baixinho.
— Vou e você sabe disso. Thiago, larga o cigarro, eu te peço. Não vou falar pra você escolher entre ele e eu, porque não sou dessas. Eu vou ficar do seu lado sempre e quero te ver limpo. Longe dessas coisas.
— Graziele, eu consigo parar, mas eu não quero.
A ruiva nota pelo tom de voz que Thiago está irredutível, porém, assim mesmo, tenta negociar.
— Vamos fazer assim — fala carinhosa —, você fica sem fumar por uma semana.
— Tá, mas por que disso? Uma semana não vai fazer diferença nenhuma.
— Mas você pode perceber o quanto a sua vida é melhor sem essa droga, literalmente.
Thiago dá um leve sorriso.
— Tudo bem. Se você quer isso...
Graziele sorri e abraça Thiago.
— Obrigada, Thi! Você vai ver como sua vida vai ser ótima nessa semana.
Depois de ficarem um tempo na fila, os adolescentes entram na casa noturna. Yasmin ergue os braços, sentindo a batida da música.
— Essa noite eu quero me acabar de dançar! — Ela ginga até o centro da casa noturna, onde há a pista de dança, em seus saltos alto fazendo o seu vestido vermelho, solto abaixo da cintura, balançar. O modelo, da grife de sua mãe, tem as mangas compridas e justas e um decote cavado nas costas. Em seu pescoço, Yasmin exibe uma gargantilha de ouro.
— Na balada com a namorada, me proteja das tentações, senhor — brinca Victor e vai atrás dela. Ele chama a atenção de algumas garotas, que olham em sua direção, analisando o seu corpo que está coberto por uma calça jeans azul marinho, uma camiseta de manga longa preta com gola em V e um sapatênis marrom escuro. As mais fashionistas identificam o relógio prateado rolex no pulso dele.
Logo atrás dos dois, Marina e Vinícius mergulham na imensidão das pessoas que dançam e conversam. Felipe, que é o último do grupo a entrar, olha para os lados buscando por Isabela, porém não a encontra de imediato. Só depois de alguns passos é que ele enxerga a jovem bem mais a frente, sendo seguida por Yasmin até a pista. Como sabe que com Yasmin ao lado de Isabela, não conseguirá nenhum resultado, decide ir até o bar.
Ao som de Timber, Isabela e Yasmin dançam acompanhadas de Victor. A loirinha rebola e olha para o namorado, que dança com os olhos pregados nela. Isabela se sente um pouco incomodada por estar sendo uma vela entre os dois. Por isso resolve se afastar e sem parar de dançar, começa a ir um pouco mais para a esquerda. Duas mãos seguram em sua cintura com firmeza e a puxam de volta para perto de Yasmin.
— Não foge, não, grande anã.
A morena sorri e deixa Victor guinchá-la para perto da melhor amiga.
— Vamos curtir, Isa! — fala Yasmin segurando nos braços de Isabela. As duas dançam bem próximas e Victor se junta à elas, colocando uma mão nas costas de cada uma.
Do outro lado da pista, Marina e Vinícius dançam quase colados. A garota usa uma calça pantalona preta com um top cropped de alcinha justo da mesma cor. O seu namorado veste uma calça jeans bege, uma camiseta regata cinza e um mocassim amarelo queimado.
Marina vira de costas para Vinícius e rebola até o chão, jogando o cabelo para um lado. O jovem sorri e puxa ela, colando o corpo dela no seu. Marina sorri e vira de frente para ele novamente.
— Você gosta de me provocar, né? — ele pergunta sorrindo.
— Amo!
Vinícius coloca uma mão na nuca dela e a beija intensamente. Marina joga os braços pelo ombro dele, sentindo a língua de Vinícius explorar sua boca e retribui o gesto com desejo.
Yasmin passa a mão no cabelo e fala para Victor:
— Estou com sede.
— E eu com isso? — ele rebate rindo. Isabela também sorri e balança a cabeça.
— Pega alguma coisa pra gente beber.
— Vai querer o quê?
— Vodka.
— Sério?
— Eles não vendem bebida para menores de idade — interpõem Isabela.
— O Victor vai dar um jeito de conseguir — diz Yasmin sorrindo charmosamente para o namorado.
— Talvez se você jogasse esse sorriso para o barman conseguiria resultado melhor — o loiro retorque.
— Sabe que você me deu uma ideia? — O sorriso de Yasmin aumenta. — Vêm comigo!
Os dois seguem Yasmin até o bar. Antes de encostar no balcão, ela se vira para Isabela e fala:
— Fica com o Felipe e observe.
Isabela olha para onde a amiga está olhando e vê o irmão dela ali. Ela assente e vai até ele.
— E aí? — fala o moreno sorrindo segurando uma latinha de refrigerante.
— A Yasmin e o Victor vão tentar comprar bebida alcoólica.
Felipe ri.
— Essa eu quero ver.
Isabela senta na banqueta ao lado dele e os dois se viram para o casal que está mais adiante. Yasmin joga o cabelo todo para um lado, o que a deixa com um ar mais maduro e sensual. Victor passa um braço em torno da cintura dela e ela empurra a mão dele.
— Não — diz enquanto um barman se aproxima, perguntando o que eles vão querer. Victor olha para o rapaz e quando vai responder, Yasmin fala em inglês: — Uma vodka, por favor. Eu e o meu irmão acabamos de chegar dos Estados Unidos e estamos precisando de algo forte.
— Desculpe, eu não entendi — diz o barman também em inglês e Victor franze a testa, sentindo vergonha alheia da péssima pronúncia.
— Uma vodka, por favor — Yasmin pede ainda na língua inglesa.
— Identidade — pede o funcionário.
— Oh, merda! — exclama a loirinha passando a mão na testa. Ela se inclina, de modo a ficar mais perto dele. Victor não gosta da aproximação, mas não demonstra qualquer reação. — A nossa identidade ficou no hotel. Eu não sabia que precisava dela para pegar bebida.
— Qual é a idade de vocês?
— Eu tenho dezoito e o meu irmão dezenove. — Ela sorri sedutoramente. — Eu já tenho idade para beber, moço, e para fazer outras coisas também — completa olhando para a boca dele.
Victor, que entendeu cada palavra dela, controla o impulso de arrastá-la dali. Já o barman demonstra não ter compreendido o que ela quis dizer, mas com o olhar que ela lançou parece ter uma noção.
— Ok, vou pegar — ele fala em português e se afasta.
Quando o rapaz está de costas, Yasmin sorri para Victor e fala ainda em inglês:
— Sou ou não sou demais?
O loiro balança a cabeça, sorrindo levemente.
— Não vou nem comentar.
O barman coloca um copo de vodka sobre o balcão e Yasmin sorri.
— Muito obrigada, moço. Adorei te conhecer — fala piscando para ele. O barman sorri, encantando com o flerte da loirinha. — Se eu quiser, posso voltar aqui e pegar mais com você?
— Como?
Yasmin aponta para o copo.
— Bebida. Mais.
Victor controla uma crise de riso.
— Agora?
— Não — responde Yasmin ainda sorrindo. — Depois.
— Ah, claro.
— Ok. Tchau-tchau, gato!
Yasmin pega o copo e retorna rebolando exageradamente para a pista, sabendo que o olhar do barman está colado em suas costas. Victor segue ela, fazendo questão de ficar exatamente atrás dela, evitando assim que o rapaz consiga ver algo.
— Uhu! — comemora a loira no meio da pista. — Eu sou f*da — diz voltando a falar português.
— Você é maluca — rebate Victor rindo.
Yasmin toma um enorme gole da bebida.
— Você reparou no inglês horrível dele?
— Como não iria reparar?
Os dois gargalham e a garota vira o copo em sua boca.
— Vai com calma — pede Victor — você está de barriga vazia.
— Qual é o problema? Se eu ficar bêbada, você está aqui para me proteger, não está?
— Estou aqui para muitas coisas — responde Victor abraçando ela. Yasmin sorri e Victor a beija.
Ainda no bar, Felipe e Isabela riem da ação dos casal de loiros.
— A Yasmin é tão falsa — ela fala entre os risos.
— O Victor deve ter se rasgado por ter visto ela dando em cima do cara na frente dele.
Eles riem ainda mais, se comportando como se não estivessem afastados durante o dia todo.
— Quem não teria ficado com ciúmes?
— É — concorda Felipe. — Se fosse a gente eu não teria deixado você fazer isso.
— Você sabe que eu não faria o que a Yasmin fez.
— É por esses motivos que eu te amo — fala Felipe entre os risos.
Isabela ri por mais um segundo e fica séria. Eles dois se olham, o sorriso desaparecendo do rosto de Felipe e ele pula da banqueta, ficando bem na frente dela. Sentada na banqueta, Isabela fica com o seu rosto na altura do de Felipe e fita os olhos escuros dele com profundidade.
— Eu te amo — repete Felipe e pega na mão de Isabela, que não resiste ao toque. Ela desce lentamente da banqueta e Felipe vai abaixando o olhar para continuar observando os olhos dela. Com a mão livre, ele acaricia a bochecha dela e envolve o seu pescoço. Os dois se encaram por longos segundos e Felipe inclina o rosto para beijá-la.
pooooosta mais rapiiiido pfffff
ResponderExcluirAi Jesus morrendooo. Kkk a Yasmim é muito loka
ResponderExcluirEntao cm vc pediu sai do anonimato!queria te fz uma pergunta:da onde vc é?bjss da sua fa n anonima :)
ResponderExcluirAaaah Re cê quer me matar? Como tem coragem de parar justo na melhor parte? Kkkk que tal eles se beijarem e depois quando pararem e forem se beijar de novo aparecer uma peguete antiga do Felipe? Seria massa, aliás a Isa ficasse com ciumes é claro! Hahaha
ResponderExcluirEBA sera que rola recaida de belipe
ResponderExcluirQue dias vc está postando??
ResponderExcluirComo está escrito no início na página "Capítulos inéditos todas as terças-feiras, quintas-feiras, sábados e eventuais domingos." :D
ExcluirMEU DEEEEUS!!! Torcendo pra td da certo e termos BeLipe de volta!!
ResponderExcluirValeu! é que eu leio pelo cel e não dá pra ver
ResponderExcluirSou uma super fã da sua web ;D
Sou mtt fa da web! Amo belipe mais acho q podia muda um poco a isa tipo ele pegava geral mais agr bem q podia inverte....sabe deixar ela mais apimentada iria ser legal! Kk bjss
ResponderExcluirTbm Acho, Seria Bem Legal 😊👌👏🔝
ExcluirCuriosisimaa pra o proximo cap!!! Amo seu imagine! Vai ter yasvic neh??? Bjss amo o imaginee
ResponderExcluir