Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 169: Isabela ganha presente supostamente dado por Felipe


Depois de terem feitos várias perguntas e recebido e dado diversas tortadas, Marina e Vinícius vão para suas últimas perguntas.
   — Qual foi a coisa mais preciosa que eu aprendi com o Brian? 
Vinícius revira os olhos com com cílios sujos de chantilly. 
   — Eu vou saber do que você aprendeu com o seu ex? 
   — Essa coisa você sabe — garante Marina passando uma mão pelo cabelo dele, que no momento está completamente cheio de chantilly. 
   — Não faço a mínima ideia. 
   — Como é a última, eu vou te dar uma dica. Eu usei isso que eu aprendi contra uma pessoa. 
   — Nossa, grande ajuda — ele ironiza. 
Marina ri e dá um beijo na bochecha dele, ficando com os lábios lambuzados de chantilly. 
   — Pensa, Vini, você não é burro. 
Vinícius olha fixamente para a piscina, tentando imaginar o que possa ser a resposta para a pergunta de Marina. 
   — O que você aprendeu com o Brian que utilizou contra uma pessoa. A última coisa que eu lembro que você fez contra alguém foi o lance do Jonas, que você hackeou o twitter da filha do diretor lá. 
Marina ri e dá mais uma tortada nele. Vinícius lambe o chantilly do redor da boca e limpa os olhos. 
   — O que foi que você aprendeu com ele? — indaga olhando para a namorada. Ainda rindo, Marina responde:
   — Foi isso mesmo. 
   — E você me deu uma tortada por quê? 
   — Porque era a última pergunta e me deu vontade. 
Vinícius ri e acerta o rosto dela com uma tortada. 
   — Ei! — reclama Marina tirando chantilly dos olhos. — Você nem fez a pergunta. 
   — Mas como era a última pergunta, me deu vontade. — Vinícius começa a rir e Marina dá um tapa no ombro dele. 
   — Idiota! 
Vinícius ri e levanta da sua cadeira, se inclinando sobre Marina. 
   — Se eu sou um idiota, você também é. — Ele começa a beijar a garota e durante o beijo a puxa da cadeira. Os dois se abraçam, sujos de chantilly. 
   — Esse foi o beijo mais doce que eu já recebi — brinca Marina depois do afeto. 
   — Eu também. — Ele ri e passa a mão pelo cabelo lambuzado do creme. — Quero ver como vou me limpar disso.
Marina gargalha e olha além da cabeça dele, enxergando a piscina. Um sorriso astuto surge no rosto dela. 
   — Acho que eu sei como resolver isso. 
Vinícius segue o olhar da namorada e ao fitar a piscina percebe aonde ela quer chegar. 
   — Ah, não! — discorda da ideia voltando a encará-la. — A gente ia sujar toda a piscina. 
Marina coloca as mãos no peito dele e começa a empurrá-lo para a beira da piscina. 
   — O que é que tem? — ela indaga sem tirar o sorriso do rosto.
   — A gente vai dar muito trabalho pra quem limpa. 
   — Eu não me importo. — Marina para quando Vinícius está com o calcanhar na beirada da piscina. 
Ele também sorri e a pega no colo. 
   — Então vamos juntos. — Ele vira e pula na piscina com Marina. 

Minutos depois Chay e Isabela deixam o barzinho onde estavam e entram no carro do cantor. 
   — Eu queria dar uma passada lá na gravadora antes de te deixar em casa — informa Chay. — Algum problema?
Isabela afivela o cinto de segurança.
   — Não, nenhum.
   — Ótimo! — Chay liga o motor do carro e dá partida. 

O dia seguinte surge quente e abafado. Durante as primeiras horas do dia, os adolescentes vão ao colégio. Ao se aproximar de Malu, Graziele escuta:

   — O que houve com você? 
A ruiva sorri e senta ao lado da amiga em um banco do pátio principal. 
   — Eu passei a tarde e um pouco da noite com o Thiago na praia ontem. 
   — E você esqueceu o protetor solar? — indaga analisando a vermelhidão que se espalha por todo o corpo da amiga. 
   — Pior que não. — Ela olha para os próprios braços. — Mas acho que tenho que aumentar o fator de proteção. 
Acima das duas, no primeiro andar, Iago lê tranquilamente um livro sentado em sua carteira. Uma mão pequena e fina tira o livro das mãos dele. 
   — Bom dia — cumprimenta Isabela sorridente. 
   — Ah — ele fica surpreso pela interrupção. — Oi, Isa. 
Isabela senta na mesa dele e fecha o livro, marcando a página em que ele estava com um dedo. 
   — Como está?
Iago observa o rosto dela com atenção, admirando cada detalhe. 
   — Iago? — chama Isabela e ele pisca rapidamente. 
   — Oi, Isa. 
   — Planeta Terra chamando. — Ele sorri. — Eu perguntei como você está.
Diante do questionamento, Iago se recorda das inquietações que levaram seu sono na noite anterior. 
   — Na verdade, eu queria falar com você — ele fala ficando sério. 
   — Aconteceu alguma coisa? — pergunta Isabela espantada. — Foi com o Lorenzo!? — diz arregalando os olhos e lançando um olhar ao lugar de Lorenzo, que está vazio. 
   — Não, não foi nada com o Lorenzo — diz Iago seguindo o olhar dela. — Ele está bem, só não chegou ainda. 
   — Então o que foi? — pergunta a morena voltando a fitá-lo. 
   — Eu vi uma coisa ontem na hora da saída. 
   — Que coisa? 
Iago respira fundo e responde:
   — Você e o Felipe de mãos dadas. 
   — Ah, isso — ela diz baixinho lembrando do momento. — Iago — fala aumentando a voz fina —, eu queria dizer que...
   — Não precisa dizer nada — ele interrompe. — Eu sei o que eu vi. 
   — Não, você não sabe — Isabela rebate. 
   — Vocês ainda se gostam, Isa. 
   — Sim — ela confirma e ele fica surpreso. — Mas o meu coração está divido. 
Ele pisca rapidamente. 
   — Como? 
   — Eu ainda gosto do Felipe, mas... mas de você também. 
Iago fica pálido como cera. 
   — É sério? 
   — É. Eu estou confusa. 
   — Mas — ele começa tristemente — eu vi o olhar que vocês estavam trocando. Isa, eu gosto de você e você sabe disso, mas eu não quero ficar no meio do caminho entre você e o Felipe. Vocês se conhecem desde pequenos, já namoraram, eu não quero impedir nada. 
   — Você não está impedindo nada, Iago. Se alguém está atrapalhando alguma coisa, sou eu. Eu que não consigo me decidir! Eu que estou atrapalhando tudo! Você só está sendo... fofo. 
   — Fofo?
   — É, é como você é. 
Iago toca em uma das mãos dela, dizendo com um sorriso no rosto:
   — Eu já disse o que eu ensaiei várias vezes no espelho, se você escolher o Felipe, eu não vou ficar muito triste. Eu só quero que você seja feliz. Apenas isso!
Isabela sorri e se inclina na direção dele, dando um beijo demorado em sua bochecha. Felipe passa pela porta junto com Victor e o loiro aponta com o queixo para Isabela e Iago. 
   — Pior seria se fosse na boca — comenta o moreno indo para o seu lugar. Victor ri e o segue. 

Durante a tarde, Vinícius e Isabela descansam na sala de estar. Ele dedilha tranquilamente em seu violão, parecendo perdido em pensamentos, enquanto ela lê um livro que pegou emprestado de Iago. A campainha toca e Vera corre para atender. 

   — É uma encomenda — diz retornando a sala com uma caixa embrulhada com um papel de presente vermelho. — É pra você, senhorita Isabela. 
A morena ergue o olhar. 
   — Pra mim?
   — É o que diz esse cartão. 
Isabela levanta do sofá e caminha até a governanta. 
   — Obrigada. — Ela pega o embrulho e se senta no sofá novamente enquanto Vera sai da sala.
   — Será que é uma bomba? — brinca Vinícius parando de tocar. 
   — Bobo. — Isabela abre o embrulho e rompe o lacre da caixa. — Uau!
   — O que é? — pergunta Vinícius esticando o pescoço para tentar ver o que tem dentro. 
   — É um abajur do Homem de Ferro. 
   — Como é? — O seu irmão pula do tapete e se senta ao lado de Isabela, que tira da caixa uma luminária da máscara do Homem de Ferro envolvida em plástico bolha. 
   — Não acredito nisso! — diz a morena rindo incrédula. 
   — Quem mandou? 
   — Não sei — ela responde encantada com o presente. 
   — Olha — exclama Vinícius colocando uma das mãos dentro da caixa. — Tem um bilhete. 
Isabela coloca a luminária dentro da caixa e pega o bilhete das mãos de Vinícius. 
   — Para que nunca falte luz na sua vida. Do amor da sua vida. — Ela lê e ri, ainda mais pasmada. — Foi o Felipe. 
   — Você se decidiu? Aceitou que o Felipe é o amor da sua vida? — pergunta Vinícius confuso. 
   — Não — responde Isabela ainda sorrindo. — Ainda não me decidi. 
   — Então como você tem certeza de que é ele? 
Isabela olha diretamente para o irmão.
   — Quem mais faria isso? — Ela pega o abajur novamente e sorri contente com o presente. — É a cara do Felipe fazer essas coisas. 
   — Você vai ter que agradecer — fala Vinícius com um sorriso cheio de segundas intenções. 
   — Fica quieto — pede a irmã e ri.

Em seu escritório Sophia trabalha concentradamente. A porta se abre abruptamente e Yasmin entra seguida pela secretária de sua mãe.
  — Ela passou direto por mim — justifica a senhora —, não deu tempo de anuncia-lá.
Sophia olha para sua filha e assente para a secretária.
  — Sem problemas.
Yasmin sorri superiormente para a senhora.
  — Eu não disse? — Ela caminha até a mesa da mãe enquanto a mulher deixa a sala.
  — O que você quer, Yasmin? — pergunta Sophia.  
  — Nossa, bom te ver também, mãe — fala Yasmin sentando em uma cadeira de frente para Sophia.
A empresária sorri.
  — Eu te conheço, Yasmin. O que você quer?
  — Quero só saber como a senhora está.  
Sophia joga o cabelo para trás, rindo.
  — Eu tenho mais coisa pra fazer, meu anjinho. Desembucha o que você quer.
Yasmin sorri e fala:
  — Eu quero oferecer um almoço nesse final de semana.
  — Oferecer um almoço? Pra quem?
  — Pro Antônio.  
  — E quem é Antônio?
  — Antônio, mãe — diz a loirinha impaciente  o homem que eu ajudei a sair da rua.
O rosto de Sophia se ilumina.
  — Ah tá, sei quem é. Você quer oferecer um almoço pra ele?
  — Quero, eu fui na casa dele recentemente e o convidei. Então, a senhora deixa?
  — Vai, Yasmin, oferece o almoço que você quer.
Yasmin sorri radiante.
  — Obrigada, mãe!  
  — Depois você fala pra Sandra e combina as coisas com ela.
  — Eu já falei com ela.
Sophia ergue as sobrancelhas.
  — Então você já combinou tudo sem a minha permissão?
  — Sim, só vim pedir a autorização formal — Yasmin responde na maior cara de pau.  
  — Muito espertinha.
  — É claro, eu sou sua filha.
  — Quem não te conhece que te compra, Yasmin.  
A adolescente sorri levantando da cadeira.
  — Assim a senhora me ofende.
  — Vai fazer alguma coisa de útil e me deixa trabalhar.
Yasmin leva uma mão ao peito.
  —  A senhora está me chamando de inútil?
  —  Yasmin, eu preciso trabalhar.
A loirinha ri e rodeia a mesa para se aproximar da cadeira da mãe.
  — Desculpa,  minha loira linda. — Ela abraça a cabeça de Sophia, que resmunga:
  — Larga de ser insuportável, menina.
  — Eu não sou insuportável — se defende a mais nova. — Só estou distribuindo o meu amor.
  — Você não pode distribuir o seu amor lá em casa, depois do trabalho?
  — Mas eu quero distribuir o meu amor antes. E se eu morrer antes de chegar em casa?
Sophia dá um tapa no braço da filha.
  — Para de falar besteira, garota. As palavras têm poder.
  — Então eu vou ser rica e bonita como você — fala a adolescente soltando a cabeça da mãe.
  — Você já é rica e bonita. — Sophia passa a mão pelo cabelo que a filha bagunçou.
Yasmin se apoia na mesa ao lado da cadeira dela.  
  — Eu falo no sentido de rica com o meu próprio dinheiro, não com o de vocês.  E linda, no sentido de velha e linda.
  — Você está me chamando de velha?
  — Não,  que isso! — diz Yasmin exageradamente e Sophia ri.  
  — Você de boba não tem nem a cara, né?
Yasmin sorri.
  — Exatamente!
Sophia dá tapinhas na coxa dela.
  — Agora me deixa trabalhar que eu preciso ganhar dinheiro.
  — É que a senhora é muito pobre né? — ironiza Yasmin.
  — Yasmin, chega de papo! — corta Sophia falando sério.
  — Ok, estou indo — diz a loirinha caminhando até a porta. — Ah — ela se vira para a mesa de Sophia —, o segurança lá de baixo é o maior gato. 
   — Deixa o Victor ouvir isso — brinca Sophia. 
   — Esse segurança é tão gato que é capaz de até o Victor concordar comigo. — A loirinha ri e sai da sala. 

Ao tentar fugir do calor, Marina se trancou em seu quarto e ligou o ar-condicionado, obrigando-o a trabalhar bastante para esfriar o cômodo. Ela está deitada em um tapete ao lado da cama e com um sorriso no rosto relembra a última tarde que passou com o namorado:
   Marina e Vinícius estão abraçados dentro da piscina e ele beija despreocupadamente o pescoço dela. 
   — Sempre que eu entro em uma piscina é emocionante — ela fala passando a mão pelo cabelo dele. 
   — Mas o medo se foi, né? — ele pergunta olhando para ela. 
   — Completamente. — Marina coloca uma mão na lateral do rosto dele. — Graças à você. 
   — Não, graças à sua coragem e determinação. 
Marina sorri e beija o namorado como forma de agradecimento. Vinícius corresponde e a abraça com força, colando seus corpos sob a água. Marina tira a regata, ficando apenas com um top vermelho na parte de cima. 
   — Você é linda — elogia Vinícius como se estivesse hipnotizado por ela, que sorri e joga a blusa para fora da piscina. 
   — Você já disse isso. 
   — Mas eu não me canso de repetir. 
   — E eu não me canso de te amar — ela rebate e volta a beijá-lo. Instantes depois os beijos estão mais intensos e calorosos e Marina ergue a blusa de Vinícius até passá-la pela cabeça dele. 
   — É melhor a gente ir com calma — Vinícius pondera. 
   — Eu não consigo ter calma quando estou te beijando. — Marina ri e dá um selinho nele. 
   — Aqui não é o melhor lugar.
   — Por que não? Nós estamos aqui sozinhos. — Ela começa a beijar o pescoço dele. Com as mãos apoiadas na cintura dela, Vinícius diz:
   — Alguém pode aparecer. 
   — Ninguém vai aparecer, Vini. 
   — E as empregadas? 
   — Elas sabem que a gente está aqui, não vão vim atrapalhar — ela argumenta mordendo o lóbulo da orelha dele. Vinícius se arrepia dentro d'água, mas continua precavido. 
   — E a sua família? 
   — O Victor está na casa da Yasmin, minha mãe está na gravadora e o meu pai está compondo no escritório dele. 
   — Aqui na sua casa? — pergunta o adolescente olhando instintivamente para as janelas da mansão que dão para a piscina. 
   — É — confirma Marina parando de beijá-lo —, mas quando ele se fecha pra compor, ninguém tira. Relaxa!
   — Eu não me sinto confortável — Vinícius confessa ainda analisando as janelas. 
   — O escritório dele não têm janelas que deem para cá — Marina conta seguindo o olhar dele. — Ninguém vai ver, Vini. 
   — Mesmo assim, ainda não me sinto...
   — Eu posso te fazer se sentir confortável — ela o interrompe enquanto deixa suas mãos caírem até o cós da bermuda dele, onde rapidamente abre o zíper. 
   — Marina — ele pede em um sussurro. 
   — Confia em mim e relaxa — ela também pede baixinho. Com um sorriso sedutor, mergulha e abaixa a bermuda dele. Vinícius observa Marina retornar a superfície e jogar a peça para fora da piscina. 
   — Você sabe como me convencer — ele diz prendendo o corpo dela contra a parede da piscina. 
   — Eu sei muitas coisas sobre você. 
   — Nem todas, porque quem ganhou o jogo fui eu. 
Marina ri enquanto sente os dedos de Vinícius abrirem o botão de seu short jeans. 
   — Só porque você acha. 
   — Claro que fui eu. — Vinícius termina de falar e mergulha para tirar o short dela. Marina ergue uma perna de cada vez, ajudando-o, e sente a boca de Vinícius tocar o seu umbigo. Ele traceja uma linha de beijos até o queixo dela, o que deixa Marina ainda mais fervorosa. 
   — Ninguém contou, então não tem como saber quem ganhou — ela diz sabiamente no instante em que o seu namorado arremessa o short para longe da água. 
   — Acho que eu ganhei e o prêmio está aqui na minha frente — fala Vinícius cobiçando o corpo dela com o olhar. 
Marina dá um sorriso provocativo e pergunta no ouvido dele:
   — Então por que você não usufrui do seu prêmio? 
Vinícius sorri e a beija, distribuindo ondas de calor em ambos os corpos. 
   — Pensando longe? — indaga Victor em pé ao lado dela. Marina abre os olhos abruptamente, ofegante. 
   — Quer me matar do coração? 
Victor ri e senta perto dela. 
   — Aposto a Yasmin que você estava pensando na sua tarde de ontem com o Vinícius.
Marina senta de um salto. 
   — Como?
Pela reação dela, Victor constata que está certo. 
   — Eu cheguei ontem da casa da Yasmin e vi pela janela da sala de games uma cena curiosa.
   — O que você viu, Victor? — pergunta Marina com o coração batendo acelerado. 
   — Ei, relaxa, maninha. Eu não vi nada demais. 
   — O que exatamente você viu? — indaga a morena um pouco mais calma. 
   — Você e o Vinícius de roupão se beijando na beira da piscina. 
Marina solta um suspiro de alívio e volta a deitar no tapete. 
   — Ah, foi isso? 
   — Foi, mas eu vi as roupas de vocês jogadas pelo chão. — Victor coça atrás da orelha, despreocupado. — Sabe o que mais me chamou a atenção? 
   — Hum?
   — A sua calcinha preta. Era fio dental? 
Marina volta a se sentar de olhos arregalados. 
   — Victor!?
   — O que foi? — ele pergunta rindo. — Eu só me perguntei o que vocês estavam fazendo na piscina, sem roupa. É um novo tipo de nado? — indaga inocentemente. 
   — Cala a boca, moleque! — Marina dá um tapa forte no braço dele. 
   — Ai — Victor reclama massageando onde foi atingido. — Poderia ser pior, eu poderia ter visto vocês transando na nossa piscina! Ah, não posso me esquecer de não mergulhar enquanto não limparem a piscina — acrescenta segurando uma gargalhada. 
   — A gente não transa, ok? A gente faz amor. 
Victor leva as duas mãos ao peito. 
   — Ai, que lindo! — ele pisca rapidamente parecendo uma boneca. — Vocês fazem amor! Como é? Você vê arco-íris quando goza? 
   Victor!? — Marina repreende e ele ri. — Sabe por que você brinca com isso? Porque nunca fez amor, porque nunca saiu do zero a zero com a Yasmin. 
O sorriso de Victor desaparece instantaneamente. 
   — Nossa, agora você pegou pesado. 
Marina gargalha. 
   — É bom zoar os outros, né? 
Victor dá de ombros. 
   — Deixa, aposto que a minha "fazida" de amor com a Yasmin vai ser melhor que a sua com o Vinícius — ela fala infantilizado. 
   — Larga de ser babaca, garoto. — Victor ri e Marina pergunta: — Levando em consideração esse seu humor e as menções à Yasmin, eu posso acreditar que você está curtindo esse "tempo para saudade" que ela está te dando, né? 
Victor fica sério mais uma vez. 
   — Tô curtindo tanto — ele ironiza. — Adoro ficar sem beijar ela. Amo ainda mais nem poder tocar nela. Foi tudo o que eu sempre pedi. 
   — Nossa, que dó que eu fiquei — comenta Marina também em tom de ironia. O celular de Victor começa a tocar e ele atende. 
   — Oi, Yasmin. 
   — Não morre cedo — Marina fala.
   — Um almoço amanhã pro Antônio? — O loiro conversa com Yasmin.  Ok, eu vou. Tá, tá bom. Ei, já sentiu minha falta? — Marina gargalha e pela resposta de Victor, Yasmin também: — Para de rir, Yasmin. Ok, eu vou continuar esperando. Tchau! Beijo? Eu não, se eu não posso te beijar pessoalmente, não quero mandar beijo por telefone. — Ele ouve a resposta de Yasmin e desliga. — A Yasmin vai oferecer um almoço pro mendigo que ela tirou da rua. 
   — Aquele lá?
   — É. 
   — E ela te chamou? — Marina observa. 
   — Sim. 
   — Não parece que ela quer muita distância. 
Victor assente, concordando com ela.
   — A Yasmin está esquisita. Hoje lá no colégio ela me cutucava e me tocava toda hora, só que quando eu ia retribuir ela lembrava do tempo. Parece que quer me provocar. 
   — Estranho. Ah, amanhã também vai ter aquele show intimista do Chay — ela lembra.
   — É, tô sabendo também. 

No carro, depois de falar com Victor, Yasmin liga para Isabela para chamá-la para o almoço também. 
   — Chama o Vinícius — diz após fazer o convite. 
   — Você falou para o Victor chamar a Marina?
   — Não. 
   — Então é melhor eu não chamá-lo, né? Vai ficar estranho só ela não aparecer. 
   — Mas eu não chamei o Felipe também — brinca Yasmin. 
   — Como se precisasse, né? — Isabela ri. — Falando sério, é melhor não chamá-lo. 
   — Ele é meu melhor amigo! 
   — Yasmin, você quer mesmo criar uma situação estranha? 
   — Não. Quer saber? Chama ele e fala para ele chamar a Marina. Eu e ela estamos nos dando bem já, só não acho que a presença dela seja necessária, mas eu não vou excluir meu amigo por causa dela. 
   — Entendi. Yamin, você sabe se o Felipe comprou alguma coisa pra mim? 
   — Não, por quê? 
   — Chegou um presente aqui falando que é do amor da minha vida. 
Yasmin ri. 
   — Felipe e sua breguice. 
   — Ele não é brega! Foi fofo. 
   — Ok, senhorita fofura. Eu vou tentar descobrir. 
   — Não precisa, não. Eu falo com ele nesse almoço. 
   — Tá bom, se você quer assim. E qual é o presente? Um buquê de flores?
   — Não, muito melhor! É uma luminária do Homem de Ferro. 
   — Nossa! 
   — Pois é, se foi mesmo ele, o que eu acho que deve ter sido porque eu não tenho uma fila de garotos que se acham o amor da minha vida, foi muito gentil e romântico. 
   — Claro, até por que o Tony Stark é um símbolo do romantismo , né? — Yasmin brinca. 
   — Fica quieta, Yasmin!
Elas riem. 
   — Te espero no meu almoço — fala a loira. 
   — Ok, até depois. Beijos!
   — Beijos, tchau!
Assim que Yasmin desliga, o carro freia bruscamente, chegando a cantar pneus. Ela é levada para frente e retorna por causa do cinto. 
   — O que foi isso? — pergunta ajeitando o cabelo. 
   — Um idiota furou o sinal vermelho — responde Ulisses. — Ainda bem que eu ando atento, porque uma batida dessas poderia ser fatal. 
Fatal.
   A palavra provoca calafrios em Yasmin e ela praticamente ouve sua própria voz dizendo para sua mãe minutos antes: "E se eu morrer antes de chegar em casa?"
   — As palavras realmente têm poder — ela diz para si mesma lembrando da resposta de Sophia.

O sábado amanhece quente como o dia anterior. Pela manhã Yasmin gerencia os últimos detalhes para o almoço que está oferecendo. Três horas antes do horário marcado para o almoço, ela vai de carro à mansão de Lua e Arthur, usando um vestido longo branco e o cabelo solto.
   — Sou eu — fala para uma empregada ao tocar o interfone. 
   — Eu quem? 
Yasmin ri.
   — Não reconhece minha voz? 
   — É alguma brincadeira? 
Ainda rindo, a loirinha responde:
   — É a namorada do Victor. 
   — Ah, desculpe, senhorita Yasmin. 
   — Tudo bem. 
O portão é aberto automaticamente e ela entra. Quando chega na varanda, a mesma empregada que atendeu ao interfone abre a porta. 
   — Olá, senhorita Yasmin. Desculpa novamente.
Yasmin dá um de seus raros sorrisos gentis. 
   — Relaxa. Vem cá, cadê o Victor? 
   — Está no quarto dele, a senhorita quer que eu o chame?
   — Não precisa — fala a loirinha indo para as escadas. — Eu mesma vou lá. 
Ela sobe rapidamente e vai para o quarto do namorado. Quando entra sente o choque térmico e abraça automaticamente o próprio corpo. 
   — Nossa, que gelo — reclama caminhando até a cama. O quarto está com as janelas fechadas mas as cortinas abertas, o que permite a entrada da luz solar. — Victor? — chama indo para o banheiro, já que não encontrou ninguém no quarto. Ela gira a maçaneta sem bater na porta e encontra Victor colocando uma toalha em torno do quadril. Mesmo com o momento durando poucos segundos, Yasmin consegue ver o corpo dele completamente nu. Ele ergue os olhos do próprio corpo, molhado da cabeça aos pés, e fita a namorada. 
   — Yasmin? 
A loirinha está atônita pelo o que acabou de acontecer. Mesmo tendo muitíssima intimidade com ele, não esperava vê-lo despido desse modo. 
   — Eu... eu vim... é, vim te chamar pra sair — fala se atrapalhando com as palavras. 
Victor sorri e sacode o cabelo com uma das mãos, mandando água para todos os lados. 
   — E o almoço na sua casa? — indaga se controlando para não rir do embaraçamento da namorada. 
   — É que... é que eu vou comprar umas roupas pro Antônio usar no almoço — Yasmin fala apressadamente para não gaguejar nem se enrolar. — Daí quando eu for buscá-lo pro almoço, vou entregar. 
   — Ah, entendi. — Victor começa a caminhar para fora do banheiro e Yasmin vai ficando cada vez mais ofegante com a aproximação dele. — Está tudo bem? — ele pergunta parando na frente dela. A loirinha assente, se controlando para não deixar os seus olhos correrem pelo abdômen definido dele. 
   — Eu vou esperar você se trocar lá no corredor — diz ao dar meia volta e caminhar para a porta. 
   — Se quiser pode esperar aqui — provoca Victor e Yasmin bate a porta, fingindo não ouvir. Ele gargalha, tomando cuidado para não rir muito alto para que Yasmin não ouça do lado de fora, e vai em direção ao seu armário. Do outro lado da porta, Yasmin ofega e fecha os olhos. A imagem congelada de Victor desnudo surge em sua frente e o seu coração fica acelerado. 
   A porta é aberta e ela cai de costas nos braços do loiro. 
   — Não me toca — ela fala se soltando e virando de frente para ele. — Lembra do tempo. 
   — Grande tempo esse — ironiza Victor retornando para dentro do quarto. Yasmin o segue. — Você está dentro do meu quarto e acabou de me ver pelado. 
   — Eu não sei do que você está falando — ela desconversa sentindo o rosto pegar fogo. 
Victor olha para ela com um sorriso nos olhos.
   — Vai fingir que não viu? 
   — Vi o quê? 
   — Se você quiser eu posso te mostrar agora pra ver se refresca a sua memória — ela fala levando as mãos ao zíper da calça jeans. 
   — Victor!? — ela censura. 
   — Relaxa, estou brincando com você. Vou deixar isso guardado para a nossa noite de amor.  
   — Desde quando você fala noite de amor
Victor senta na cama e indica para ela sentar ao lado dele. 
   — Desde quando eu sei que há diferenças. 
   — Você sabe? — pergunta Yasmin sentando próxima a ele. 
   — Na verdade eu não sei, só vou saber realmente quando fizer amor com você. — Ele vira a cabeça e olha intensamente para ela. 
   — Como é?
   — Eu vou saber que com as outras foram transas e que com você foi amor. 
Yasmin ergue as sobrancelhas. 
   — Não estou te reconhecendo. 
   — É, estou passando a ser um cara mais... romântico. 
   — Só não exagera na dose. 
   — Por quê? 
Yasmin acaricia o cabelo molhado dele. 
   — Porque eu gosto de você assim. — Quando Victor vai retribuir o toque, ela pula da cama e acrescenta: — E também porque vai ficar parecendo que eu sou o homem da relação. 
   — Por quê?
   — Porque geralmente é a mulher que é mais romântica e o homem que é mais rude. 
   — Isso são estereótipos que a sociedade implantou — ele rebate levantando. 
   — Você tem razão, mas há situações que se encaixam no estereótipo. Por exemplo, você tem estereótipo daqueles moleques idiotas que só falam merda e pegam todas e realmente é assim. 
   — Primeiro, eu não falo só merda, e segundo, eu não pego mais todas. Pego só uma. Na verdade, não estou pegando nenhuma no momento.
Yasmin sorri. 
   — Fazer o quê?
   — Já que a gente está falando de estereótipos — ele diz se aproximando dela. — Você tem cara daquelas patricinhas, nariz em pé, que são cheias de frescuras e que são periguetes, mas se fingem de santas para os pais. 
   — Eu não sou nada disso.
   — Nariz em pé você é. 
   — Não sou, não!
   — Yasmin, você se acha superior à todo mundo. 
   — Eu não acho, eu sou. — Ela pega na mão dele e caminha para a porta. — Agora vamos!
Victor ri e depois de apalpar o bolso para conferir que o celular e a carteira estão lá, comenta:
   — Como eu fui gostar disso? 
   — É o que eu me pergunto quando te vejo. 
   — Aposto que quando você me viu por inteiro — Victor fala se referindo ao ocorrido no banheiro —, sua pergunta foi respondida. 
   — Cala a boca! 
Yasmin desce as escadas de mãos dadas com ele e o loiro aproveita o contato que está tendo com ela. Eles entram no carro e partem rumo à uma loja de roupas masculinas. 

Mel está lendo em seu quarto quando Isabela entra com dois vestidos nas mãos. 

   — O que acha? — pergunta a adolescente. 
   — É pra eu escolher um deles? 
   — Não. Quero saber sua opinião, porque eu vou usar um no almoço da Yasmin e outra no show do pai. 
   — Ah tá, porque não tem como escolher entre eles, já que são completamente diferentes. 
   — É claro, né mãe! — Isabela sorri. — Um é pro dia e o outro é pra noite. 
Mel estreita os olhos observando o vestido escolhido para o show do ex-marido.
   — Eu conheço esse modelo. 
Isabela sorri. 
   — É, você deve conhecer. Ele é uma obra de uma estilista famosa aí. 
Mel ri.
   — E qual é o nome dela? 
   — Acho que é Melissa Fronckowiak. 
   — Melissa? 
   — É, algo com Mel. 
As duas riem e Isabela senta na cama de frente para sua mãe. 
   — Tem certeza de que não quer ir ao show com a gente? — pergunta Isabela adotando um ar mais sério.
   — Tenho, meu amor. — Mel passa a mão pelo cabelo comprido de Isabela.  Não vai ser bom me verem no show do seu pai. 
   — É só por isso ou por que a senhora não quer ver o meu pai? — indaga a adolescente com gentileza. — Ele ainda balança a senhora?  Isabela lembra do cover de Chay e acrescenta: — Porque eu acho que a senhora ainda mexe com ele. 
Mel franze levemente a testa, espantada pelas palavras da jovem.
   — O que te faz pensar isso, filha? 


Comentários

  1. Sera que foi o felipe mesmo que mandou o presente para isa?

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    1. A resposta para essa pergunta está no próximo capítulo :D

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  2. Uii Yas E Victor, Amei!!! Lindo O Presente, Será Se Foi Do Lipe??

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  3. Esse foi o melhor capítulo que eu já li até hj!
    Per-fei-to! Qnd vai ter a primeira vez de YasVic?
    Não vejo a hora! E a Yasmin vendo o Victor sem roupa foi hilário!

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  4. Shippo MUITO YasVic! São meus amores!

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  5. Me responde plece!
    A primeira vez de YasVic está próxima???

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  6. AMEI a conversa de YasVic! Simplesmente perfeitos!

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  7. YasVic 💛💛💛💛💛💛

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  8. Será que foi mesmo o Felipe que mandou o presente? Espero que sim pq foi mto perfeito

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  9. Mel ainda balança o chay. Amo tu isabela. Isabela e Felipe. Marina e Vinicius. Yasmin e Victor. AMOOO

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  10. Torcendo para uma recaída ChaMel!

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  11. Aiii que saudade da Isabela e do Felipe juntos 😢. Sabe o que eu acho que ficaria maneiro? Se o Victor e a Isabela saíssem juntos (sem maldade) e o Felipe ficasse com ciúmes, ficaria Mt engraçado 😂

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  12. Nosso coma assim yasmim viu victor despido Kkkkkkkk imagino a cena

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