Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 164: Marina surpreende Felipe
— Não! — Isabela vira o rosto e Felipe para a três centímetros da face dela. — Isso não é certo — fala pausadamente tentando convencer tanto Felipe quanto a si mesma. Com a mão fina, empurra o moreno de volta para a sua banqueta.
— Por que não é certo? — rebate Felipe. — Eu te amo, você ainda me ama, já nos beijamos inúmeras vezes.
— Não, não é certo com o Iago.
Felipe revira os olhos.
— Vocês são namorados por acaso?
— Não.
— Então não tem nada de errado.
— Felipe, você sabe que eu não sou assim.
— Isa, não seria nada demais, só um beijo para matar a saudade. — Ele coloca uma mão na cintura dela.
— Você sabe que não seria um simples beijo.
— E qual é o problema se não fosse?
A morena tira a mão de Felipe de sua cintura, dizendo:
— Não vamos começar com essa conversa de novo.
— A gente não precisa conversar — fala o garoto inclinando o rosto novamente para Isabela.
— Para de insistir — pede a morena se afastando dele. Isabela caminha até a pista de dança e Felipe suspira de frustração e se apoia no balcão de cara amarrada.
Ainda juntos, Marina e Vinícius dançam. O garoto acaricia a pele dela na altura da costela, exposta no top cropped. Eles se olham intensamente, mas a troca de palavras mudas é interrompida por Isabela, que cutuca o ombro do irmão.
— Oi, Isa — fala Vinícius sorrindo.
— O que aconteceu? — indaga Marina analisando a expressão carrancuda de Isabela.
— Eu quero ir para casa — diz Isabela cruzando os braços.
— Mas já? — pergunta Marina.
— Esse lugar já deu o que tinha que dar.
Vinícius se afasta de Marina, se virando totalmente para a irmã.
— O que aconteceu?
— Nada — ela mente.
— Eu te conheço, Isabela. — O jovem sorri tranquilamente. — Desembucha.
Isabela troca o peso do corpo de uma perna para a outra.
— Eu e o Felipe quase nos beijamos — confessa emburrada.
— E isso é ruim? — se intromete Marina.
— É.
— Por quê?
É Vinícius quem responde:
— Por causa do Iago.
— Ah, o nerd?
Isabela ignora Marina e fala para o irmão:
— Eu quero ir embora, Vini.
— Não quer, não.
— Agora você sabe o que eu quero e o que eu não quero? — ela pergunta com rispidez. — Desculpa — acrescenta baixinho.
— Sabe o que eu acho que você precisa? — continua Vinícius como se a irmã não tivesse falado. — Precisa um suco e retocar a maquiagem.
— Retocar a maquiagem? — repete Isabela. — Por quê? Eu estou borrada?
Ela olha para Marina, buscando uma opinião feminina, mas a namorada de Vinícius não entende o olhar e permanece impassível.
— Não — responde Vinícius e Isabela volta a fitá-lo. — É que seria bom pra você ir ao banheiro, relaxar um pouco. A Marina pode te acompanhar.
— Eu? Não, eu estava pensando em continuar... — Ao receber um olhar suplicante de Vinícius, engole a palavra "dançando" e completa: — Ok, vamos lá, Isa.
— Ótimo! — comemora Vinícius. — Vou pegar bebidas para nós. A gente se encontra no bar!
Yasmin e Victor dançam juntos na pista e ela percebe que tem um grupinho de garotas que não tiram os olhos de seu namorado. Sem perder o gingado, ela comenta com Victor:
— Tem umas garotas ali que não tiram os olhos de você.
— É? — Pela expressão dele, Yasmin não consegue identificar nenhuma emoção.
— Aham. Você não quer ir lá bater um papinho com elas?
Victor sorri, demonstrando estar relaxado.
— Você está brincando?
— Não — responde Yasmin para testá-lo.
— Você acha que eu sou idiota? — ele pergunta dando um beijo na ponta do nariz dela.
— Não.
Victor encara o rosto sereno da loira.
— Óbvio que eu não quero, né? Eu tenho namorada agora.
Yasmin estreita os olhos.
— Hum, sei.
— Para de graça, garota.
A loirinha dá um leve sorriso e abraça Victor.
— Queria testar a sua cara de pau.
— Como?
— Queria ver até onde vai a sua zoeira. Se você fosse lá falar com elas, eu saberia que o limite da zoeira não é o nosso namoro.
— Hã? Eu pensei que você tivesse testando a minha fidelidade.
Yasmin gargalha e dá um selinho nele.
— Se eu quisesse testar a sua fidelidade com certeza não seria desse jeito, né? Eu sou loira, mas não sou burra.
— Agora você aceita que é loira, né? Não tem mais aquele papinho de "O meu cabelo é castanho claro" — ele fala imitando a voz dela.
— Às vezes eu tenho esse lapso de maluquice e assumo o meu lado loiro.
Victor ri e balança a cabeça.
— Tá bom, senhorita do cabelo castanho claro.
Eles riem e voltam a dançar.
O banheiro da suíte de Sophia e Micael é enorme e muito bem equipado. Em um canto, há uma banheira de hidromassagem e é nela que a loira está. Espumas perfumadas e pétalas de rosas brancas estão entre a água e o corpo da empresária. Com a cabeça apoiada em um suporte da banheira, Sophia conversa com Mel através de seu celular, que está ao lado no auto-falante.
— Eu fiquei sabendo que você recebeu essa visita especial hoje — fala sorrindo.
Do outro lado da linha, Mel gargalha.
— Foi e ele me surpreendeu.
— Positivamente?
— Completamente. Ele é muito bonito, Sophia. Bonito mesmo!
— Descreva-o — pede a loira fechando os olhos.
Pela demora da resposta, ela imagina que Mel está sorrindo ao lembrar do dono da agência de marketing.
— Alto, forte — ela começa depois de um tempo —, rosto anguloso, mas não grosseiro, cabelos levemente grisalhos, barba por fazer e uma voz grave encantadora. Ah, e um sorriso charmoso de tirar o fôlego.
Sophia ri.
— Você reparou bastante nele para uma conversa de poucos minutos, não?
Mel também ri.
— Não tinha como não reparar. Se você o tivesse visto, concordaria comigo.
— Pelo jeito não me faltará oportunidades.
— O que você quer dizer com isso? — pergunta Mel.
— Pelo o que você me contou antes, o cara é caído por você.
— Não! Ele não é caído por mim.
Um sorriso astuto aparece no rosto de Sophia.
— Imagine se fosse, ele só te acha uma grande empresária. Qual foi a expressão que ele usou mesmo?
Mel responde de imediato:
— Uma grande estrela.
Sophia gargalha.
— Viu? Esse homem está a fim de você, não há como negar. Aposto o meu marido que ele vai te chamar para jantar em breve. Claro que vai dizer que é somente para negócios.
— Deixa o Micael saber que você o está apostando por besteira.
— Desde quando a vida amorosa da minha amiga virou besteira? — Ela ouve um suspiro que a pega de surpresa. — O que foi? — pergunta curiosa.
— Agora que você usou esse termo, vida amorosa, eu percebi que estou começando a seguir em frente.
Sophia morde um lábio, assentindo.
— Isso é ruim? — pergunta depois de alguns segundos.
— Não sei — Mel responde com sinceridade. — Não sei como é ficar com outra pessoa desde os meus dezessete anos.
— Mas você não pode ficar presa no passado.
— É. Acho que chegou a hora de seguir em frente!
Depois de saírem do banheiro Marina e Isabela caminham até o bar para encontrar com Vinícius.
— Demoraram, hein? — ele exclama entregando uma latinha de refrigerante para a namorada e um copo de suco para a irmã.
— Meninas — responde Marina —, você sabe como é.
Vinícius assente e ela fica ao lado dele, os dois olham para Isabela. A menor bebe o seu suco com os olhos fechados, lembrando uma criança de dez anos. O olhar de Marina vai além de Isabela, avistando Felipe alguns metros atrás da morena conversando com uma garota. Ele está de costas para os três e Marina acredita que ele não os viu. Isabela para de beber e coloca o copo sobre o balcão, deixando Marina apreensiva, receando que ela vire e veja Felipe flertando com outra. Isabela pega o celular na bolsa e começa a ver as notificações. A gêmea de Victor solta um suspiro quase imperceptível e cutuca disfarçadamente Vinícius, que olha para ela. Como se fosse fazer uma carícia nele, a ex-líder de torcida aproxima o rosto do dele e fala em seu ouvido:
— Olha para trás da Isabela, o Felipe está lá.
Para ter certeza que a irmã dele não perceberá nada de estranho, ela dá um beijo no maxilar dele, que sorri carinhosamente, entrando na encenação. Em seguida, ele faz o que Marina pediu e também encontra Felipe.
— Vai lá e acaba com a cantada dele — diz no ouvido dela como se estivesse retribuindo o carinho. Marina assente, sorrindo, e fala alto:
— Já volto.
Isabela ergue a cabeça.
— Aonde ela vai? — indaga para o irmão e gira a cabeça em noventa graus, tentando acompanhar Marina com o olhar. Vinícius segura o rosto dela nas mãos antes que ela possa olhar por sobre o ombro e enxergar tanto Marina quanto Felipe.
— Foi atrás da Yasmin e do Victor — ele responde e começa a acariciar as bochechas dela carinhosamente para justificar o gesto.
— Por quê? — pergunta Isabela. — Nós vamos embora? — O rosto dela se ilumina e Vinícius afasta as mãos dela.
— Não — responde dando um leve sorriso. — Ela só foi encher o saco deles mesmo.
— Ah! — Os ombros de Isabela caem.
Nícolas se diverte brincando com uma arma fazedora de bolhas de sabão enquanto Luíza dá banho nele na banheira do banheiro do quarto dele. Minutos depois, a psicóloga pega uma toalha corporal do Homem de Ferro, presente da única prima dele, Isabela.
— Vamos sair, filho — chama meigamente abrindo a toalha.
— Ah, mãe, deixa eu ficar só mais um pouquinho — ele pede piscando angelicalmente. Luíza sorri e levanta, dizendo:
— Só mais uns cinco minutos.
Ela deixa a toalha em um porta toalhas antes de sair do cômodo e cruza rapidamente o quarto do filho, encontrando Daniel no corredor.
— Ia atrás de você — ele fala parando na frente dela.
— Alguma novidade? — Luíza pergunta fechando a porta do quarto de Nícolas para ter certeza de que ele não vai ouvir.
— O meu investigador encontrou o hotel em que o Augusto estava.
— Estava? — repete Luíza. — Não está mais?
— Não, ele tinha feito o check-out duas horas antes do investigador chegar lá. Depois disso, não há rastros dele.
— Como não há rastros dele, Daniel? Ele evaporou? Isso quer dizer que a gente vai passar um tempo sem saber dele e depois ele vai aparecer no colégio do Nícolas como fez dessa vez?
Daniel coloca as mãos nos ombros dela, pedindo:
— Fica calma!
— Eu não vou me acalmar enquanto não acharmos esse homem. A segurança do nosso filho está em risco.
— Eu vou me assegurar de que o Augusto não vai se aproximar do Nícolas novamente.
— O que você vai fazer?
Daniel tira as mãos de Luíza e passa uma delas no cabelo.
— Estava pensando em contratar um segurança para ele.
— O quê? Não, isso não!
— Qual é o problema?
— O nosso filho não é um bandido que precisa de alguém o vigiando o tempo todo.
— Será para a proteção dele, Luíza.
Luíza balança a cabeça, indignada com a situação em que se encontra, principalmente, enfurecida com o causador desta.
— O Augusto merece apodrecer na cadeia — ela diz encarando uma mesinha de flores atrás de Daniel. — Ele não merece a morte, morrer é fácil. — Seu olhar volta a se fixar no esposo. — Ele não tem nenhum podre que o faça parar atrás das grades?
Daniel balança a cabeça negativamente, visivelmente frustrado. Luíza se apoia na porta do quarto do filho e fecha os olhos. Ela sente o corpo de Daniel se unindo ao seu em um abraço apertado.
— Pode demorar o tempo que for, mas nós vamos nos livrar definitivamente do Augusto — ele promete no ouvido dela.
— Amor! — chama Marina com excesso de empolgação ao se juntar a Felipe e a garota com quem ele conversa. O moreno olha para ela com a testa franzida.
— Marina?
— Claro que sou eu, bobinho. — Ela sorri e se joga nos braços dele, que não vê outra alternativa a não ser abraçá-la.
— Quem é essa, Felipe? — pergunta Marina se virando para encarar a garota, que observa a cena com espanto. Marina fica entre os dois, de costas para Felipe.
— É a Fran, a gente estava conversando.
Marina vira a cabeça para encará-lo.
— Não vai me dizer que está me traindo? — Ela começa a rir e a testa de Felipe se vinca ainda mais, estranhando a cada segundo o comportamento de Marina.
— Como? — pergunta.
— Ela é sua namorada? — questiona a garota chamada Fran.
— Não — responde Marina voltando a olhar para ela. — Quer dizer, sim. Ah, não sei — ela fala rindo. — A gente tem uma relação aberta, sem títulos. Não é, amor?
— O que você está fazendo? — Felipe pergunta no instante em que Marina anda, parando ao seu lado.
— Eu não queria atrapalhar vocês dois, afinal eu já fiquei com outros hoje. — Ela olha para Fran. — Tem um gatinho de cabelo cacheado que é um amor, você precisa ver, beija muito. Mas nada bate o meu gato aqui — completa abraçando Felipe novamente.
— Isso não pode estar acontecendo — Fran diz para si mesma.
— Marina, por que você está fazendo isso? — indaga Felipe em um sussurro.
— Chega de papo! — fala Marina rindo para os dois. — Desculpa aí, Fran, mas o Felipe é meu.
Sem perder tempo, Marina distribui beijos no pescoço de Felipe e vai subindo em direção ao rosto.
— Eu não vou ficar aqui para ver isso — Fran se revolta. — Você é um canalha! — fala para Felipe e se distancia. Marina dá o último beijo no queixo de Felipe e se afasta no instante em que Fran desaparece entre os clientes da casa noturna.
— Ufa, pensei que fosse ter que te beijar — fala em seu tom de voz habitual.
— Por que você fez isso? — pergunta Felipe indignado.
— É assim que você quer reconquistar a Isabela? — rebate Marina. — Eu estava te ajudando, porque se a Isabela visse você com essa garota já era.
— Mas eu não estava dando em cima dela — se defende Felipe. — A gente só estava conversando.
— Sei bem onde essa conversa ia parar.
— Não, é sério. Eu não ia ficar com ela, só estava conversando pra matar o tempo.
Marina analisa o rosto de Felipe e vê sinceridade.
— Ok, mas vê se fica ligado, porque de longe não parecia uma simples matada de tempo.
Felipe sorri e cruza os braços.
— Quer dizer que a gente tem um relacionamento aberto?
— Confesso que me inspirei na Yasmin e no Victor — ela diz rindo. Felipe gargalha, lembrando dos últimos minutos.
— Por essa eu não esperava. Você não estava na lista de pessoas que eu esperava que fosse me beijar hoje, sabia?
— Cala a boca! — Marina ri. — Eu nem te beijei.
— Na boca não, mas e se esses chupões ficarem roxos? — ele se diverte.
— Eu nem dei chupões, idiota.
— Não foi o que me pareceu, arrepiei, sabia? Até que você tem pegada. — Felipe ri e Marina dá um tapa no braço dele.
— Vai se ferrar!
— Ah, e como não citar o gatinho de cabelo cacheado que é um amor?
Marina ri.
— Piadinha interna para nós.
Felipe gargalha e pergunta depois de se recompôr.
— E onde está o gatinho de cabelo cacheado?
— No bar com a Isabela, logo ali. — Ela aponta para Vinícius e Isabela e Felipe vira para vê-los.
— Nem vou lá, não quero provocar mais um clima estranho entre a Isabela e eu.
— Ok, mas vê se não fica de papinho por aí.
— Sim, namorada.
Marina dá mais tapa nele e se afasta rindo.
Depois de duas horas na casa noturna Yasmin já bebeu mais do que está acostumada e dança para extravasar. Victor observa ela do bar junto com Felipe. Quando a música que estava tocando acaba, ela cambaleia até eles.
— Vocês não vão dançar? — pergunta agitada.
— Não, estamos cansados — Victor responde e ela se apoia nele.
— Acho que também cansei.
— Até que enfim — comemora Felipe. — Vai atrás da Marina, do Vinícius e da Isabela, Victor? Quero ir embora.
— Não! — discorda Yasmin sacudindo o indicador no rosto do irmão. — Nada de ir embora.
— Mas você não acabou de dizer que está cansada?
— Estou — ela concorda passando um braço pelos ombros do namorado. — Só que preciso apenas recarregar a bateria.
— Você faz isso lá em casa, na sua cama — diz Felipe tentando persuadi-lá.
— Não, meu carregador está bem aqui — Yasmin fala olhando para o rosto de Victor.
— Sobrou pra mim — ele murmura.
Yasmin passa uma mão pelo rosto dele e Felipe olha para a pista de dança, falando para si:
— Nem quero ver isso.
— Meu carregador é essa sua boquinha linda — Yasmin diz para Victor.
— Eu posso te beijar o caminho todo para casa.
— Se isso for mesmo acontecer — Felipe volta a fitar o casal —, me avisa que eu vou no outro carro.
Os dois loiros ignoram o comentário dele e Yasmin fala:
— Eu não quero ir para casa, quero dançar. Curtir! — Ela ergue os braços e Victor segura em sua cintura só para garantir que ela não caia no chão.
— Você já curtiu demais, Yas — ele fala em um tom sensível, que raramente usa com ela ou com qualquer outra pessoa.
— A noite só está começando — retorque Yasmin. — Agora cala a boca e me beija. — Ela coloca uma mão na nuca dele e o beija intensamente de uma maneira confusa. Victor interrompe o beijo e força um sorriso para ela.
— Vamos embora.
— Nã-nã-ni-nã-nã-não. Agora já estou pronta para outra! — Ela tenta voltar para a pista, mas Victor não a solta. — Que foi? Quer mais uns beijinhos?
— Quero ir embora.
— Credo! Isso quer dizer que você não quer me beijar? Saiba que eu adoro o seu beijo.
— Tudo menos isso — pede Felipe olhando para o teto, como se implorasse diretamente para Deus.
— Eu também adoro o seu beijo — responde Victor mecanicamente pensando em como vai arrastar Yasmin para a saída.
— Sabe — ela continua —, eu adoro quando você para o beijo com selinhos.
— É? Legal.
Felipe ri com o tom de tédio na voz de Victor. O loiro olha para os lados, procurando pela porta pela qual entrou.
— É, eu adoro selinhos. É uma coisa tão boa, né? Não é nem uma bitoquinha, nem um beijo de verdade. Ficou no meio do caminho. É tipo o Vinícius, não é bonito como você nem feio como o Felipe.
— Nossa, vai começar a ofender? — pergunta o irmão dela. É a vez de Victor rir.
— Falando em selinho, Victor. A Isabela me contou uma coisa.
— Que ela deu um selinho no Iago? É, tô sabendo.
O estômago de Felipe se embrulha.
— Não! — responde a loira sacudindo o mesmo indicador que balançou no rosto do irmão no de Victor. — Ela me contou quem foi que me deu um selinho no Buraco Negro.
— Ah, foi? — pergunta Victor desinteressado, acreditando ser só mais um papo furado de Yasmin. — Foi um super herói? — perguntando encontrando a saída.
— Mais ou menos. — Yasmin ri. — A fantasia dele era de super herói.
Felipe encara o rosto da irmã, entendendo o que ela quer dizer. Ele olha para Victor, que parece estar calculando quanto tempo leva para chegar a saída levando Yasmin bêbada.
— É? — Victor demonstra não ter ouvido o que ela disse.
Yasmin dá um tapa no peito dele, o que faz ele olhar para ela.
— Você entendeu o que eu quis dizer? — questiona Yasmin parecendo chateada. — Foi um garoto fantasiado de super herói que me beijou. — Ela sorri bobamente. — Foi o Lorenzo.
O rosto de Victor se tranca em uma máscara inexpressiva.
— O quê?
— Eu quero ir para casa — diz Isabela cruzando os braços.
— Mas já? — pergunta Marina.
— Esse lugar já deu o que tinha que dar.
Vinícius se afasta de Marina, se virando totalmente para a irmã.
— O que aconteceu?
— Nada — ela mente.
— Eu te conheço, Isabela. — O jovem sorri tranquilamente. — Desembucha.
Isabela troca o peso do corpo de uma perna para a outra.
— Eu e o Felipe quase nos beijamos — confessa emburrada.
— E isso é ruim? — se intromete Marina.
— É.
— Por quê?
É Vinícius quem responde:
— Por causa do Iago.
— Ah, o nerd?
Isabela ignora Marina e fala para o irmão:
— Eu quero ir embora, Vini.
— Não quer, não.
— Agora você sabe o que eu quero e o que eu não quero? — ela pergunta com rispidez. — Desculpa — acrescenta baixinho.
— Sabe o que eu acho que você precisa? — continua Vinícius como se a irmã não tivesse falado. — Precisa um suco e retocar a maquiagem.
— Retocar a maquiagem? — repete Isabela. — Por quê? Eu estou borrada?
Ela olha para Marina, buscando uma opinião feminina, mas a namorada de Vinícius não entende o olhar e permanece impassível.
— Não — responde Vinícius e Isabela volta a fitá-lo. — É que seria bom pra você ir ao banheiro, relaxar um pouco. A Marina pode te acompanhar.
— Eu? Não, eu estava pensando em continuar... — Ao receber um olhar suplicante de Vinícius, engole a palavra "dançando" e completa: — Ok, vamos lá, Isa.
— Ótimo! — comemora Vinícius. — Vou pegar bebidas para nós. A gente se encontra no bar!
Yasmin e Victor dançam juntos na pista e ela percebe que tem um grupinho de garotas que não tiram os olhos de seu namorado. Sem perder o gingado, ela comenta com Victor:
— Tem umas garotas ali que não tiram os olhos de você.
— É? — Pela expressão dele, Yasmin não consegue identificar nenhuma emoção.
— Aham. Você não quer ir lá bater um papinho com elas?
Victor sorri, demonstrando estar relaxado.
— Você está brincando?
— Não — responde Yasmin para testá-lo.
— Você acha que eu sou idiota? — ele pergunta dando um beijo na ponta do nariz dela.
— Não.
Victor encara o rosto sereno da loira.
— Óbvio que eu não quero, né? Eu tenho namorada agora.
Yasmin estreita os olhos.
— Hum, sei.
— Para de graça, garota.
A loirinha dá um leve sorriso e abraça Victor.
— Queria testar a sua cara de pau.
— Como?
— Queria ver até onde vai a sua zoeira. Se você fosse lá falar com elas, eu saberia que o limite da zoeira não é o nosso namoro.
— Hã? Eu pensei que você tivesse testando a minha fidelidade.
Yasmin gargalha e dá um selinho nele.
— Se eu quisesse testar a sua fidelidade com certeza não seria desse jeito, né? Eu sou loira, mas não sou burra.
— Agora você aceita que é loira, né? Não tem mais aquele papinho de "O meu cabelo é castanho claro" — ele fala imitando a voz dela.
— Às vezes eu tenho esse lapso de maluquice e assumo o meu lado loiro.
Victor ri e balança a cabeça.
— Tá bom, senhorita do cabelo castanho claro.
Eles riem e voltam a dançar.
O banheiro da suíte de Sophia e Micael é enorme e muito bem equipado. Em um canto, há uma banheira de hidromassagem e é nela que a loira está. Espumas perfumadas e pétalas de rosas brancas estão entre a água e o corpo da empresária. Com a cabeça apoiada em um suporte da banheira, Sophia conversa com Mel através de seu celular, que está ao lado no auto-falante.
— Eu fiquei sabendo que você recebeu essa visita especial hoje — fala sorrindo.
Do outro lado da linha, Mel gargalha.
— Foi e ele me surpreendeu.
— Positivamente?
— Completamente. Ele é muito bonito, Sophia. Bonito mesmo!
— Descreva-o — pede a loira fechando os olhos.
Pela demora da resposta, ela imagina que Mel está sorrindo ao lembrar do dono da agência de marketing.
— Alto, forte — ela começa depois de um tempo —, rosto anguloso, mas não grosseiro, cabelos levemente grisalhos, barba por fazer e uma voz grave encantadora. Ah, e um sorriso charmoso de tirar o fôlego.
Sophia ri.
— Você reparou bastante nele para uma conversa de poucos minutos, não?
Mel também ri.
— Não tinha como não reparar. Se você o tivesse visto, concordaria comigo.
— Pelo jeito não me faltará oportunidades.
— O que você quer dizer com isso? — pergunta Mel.
— Pelo o que você me contou antes, o cara é caído por você.
— Não! Ele não é caído por mim.
Um sorriso astuto aparece no rosto de Sophia.
— Imagine se fosse, ele só te acha uma grande empresária. Qual foi a expressão que ele usou mesmo?
Mel responde de imediato:
— Uma grande estrela.
Sophia gargalha.
— Viu? Esse homem está a fim de você, não há como negar. Aposto o meu marido que ele vai te chamar para jantar em breve. Claro que vai dizer que é somente para negócios.
— Deixa o Micael saber que você o está apostando por besteira.
— Desde quando a vida amorosa da minha amiga virou besteira? — Ela ouve um suspiro que a pega de surpresa. — O que foi? — pergunta curiosa.
— Agora que você usou esse termo, vida amorosa, eu percebi que estou começando a seguir em frente.
Sophia morde um lábio, assentindo.
— Isso é ruim? — pergunta depois de alguns segundos.
— Não sei — Mel responde com sinceridade. — Não sei como é ficar com outra pessoa desde os meus dezessete anos.
— Mas você não pode ficar presa no passado.
— É. Acho que chegou a hora de seguir em frente!
Depois de saírem do banheiro Marina e Isabela caminham até o bar para encontrar com Vinícius.
— Demoraram, hein? — ele exclama entregando uma latinha de refrigerante para a namorada e um copo de suco para a irmã.
— Meninas — responde Marina —, você sabe como é.
Vinícius assente e ela fica ao lado dele, os dois olham para Isabela. A menor bebe o seu suco com os olhos fechados, lembrando uma criança de dez anos. O olhar de Marina vai além de Isabela, avistando Felipe alguns metros atrás da morena conversando com uma garota. Ele está de costas para os três e Marina acredita que ele não os viu. Isabela para de beber e coloca o copo sobre o balcão, deixando Marina apreensiva, receando que ela vire e veja Felipe flertando com outra. Isabela pega o celular na bolsa e começa a ver as notificações. A gêmea de Victor solta um suspiro quase imperceptível e cutuca disfarçadamente Vinícius, que olha para ela. Como se fosse fazer uma carícia nele, a ex-líder de torcida aproxima o rosto do dele e fala em seu ouvido:
— Olha para trás da Isabela, o Felipe está lá.
Para ter certeza que a irmã dele não perceberá nada de estranho, ela dá um beijo no maxilar dele, que sorri carinhosamente, entrando na encenação. Em seguida, ele faz o que Marina pediu e também encontra Felipe.
— Vai lá e acaba com a cantada dele — diz no ouvido dela como se estivesse retribuindo o carinho. Marina assente, sorrindo, e fala alto:
— Já volto.
Isabela ergue a cabeça.
— Aonde ela vai? — indaga para o irmão e gira a cabeça em noventa graus, tentando acompanhar Marina com o olhar. Vinícius segura o rosto dela nas mãos antes que ela possa olhar por sobre o ombro e enxergar tanto Marina quanto Felipe.
— Foi atrás da Yasmin e do Victor — ele responde e começa a acariciar as bochechas dela carinhosamente para justificar o gesto.
— Por quê? — pergunta Isabela. — Nós vamos embora? — O rosto dela se ilumina e Vinícius afasta as mãos dela.
— Não — responde dando um leve sorriso. — Ela só foi encher o saco deles mesmo.
— Ah! — Os ombros de Isabela caem.
Nícolas se diverte brincando com uma arma fazedora de bolhas de sabão enquanto Luíza dá banho nele na banheira do banheiro do quarto dele. Minutos depois, a psicóloga pega uma toalha corporal do Homem de Ferro, presente da única prima dele, Isabela.
— Vamos sair, filho — chama meigamente abrindo a toalha.
— Ah, mãe, deixa eu ficar só mais um pouquinho — ele pede piscando angelicalmente. Luíza sorri e levanta, dizendo:
— Só mais uns cinco minutos.
Ela deixa a toalha em um porta toalhas antes de sair do cômodo e cruza rapidamente o quarto do filho, encontrando Daniel no corredor.
— Ia atrás de você — ele fala parando na frente dela.
— Alguma novidade? — Luíza pergunta fechando a porta do quarto de Nícolas para ter certeza de que ele não vai ouvir.
— O meu investigador encontrou o hotel em que o Augusto estava.
— Estava? — repete Luíza. — Não está mais?
— Não, ele tinha feito o check-out duas horas antes do investigador chegar lá. Depois disso, não há rastros dele.
— Como não há rastros dele, Daniel? Ele evaporou? Isso quer dizer que a gente vai passar um tempo sem saber dele e depois ele vai aparecer no colégio do Nícolas como fez dessa vez?
Daniel coloca as mãos nos ombros dela, pedindo:
— Fica calma!
— Eu não vou me acalmar enquanto não acharmos esse homem. A segurança do nosso filho está em risco.
— Eu vou me assegurar de que o Augusto não vai se aproximar do Nícolas novamente.
— O que você vai fazer?
Daniel tira as mãos de Luíza e passa uma delas no cabelo.
— Estava pensando em contratar um segurança para ele.
— O quê? Não, isso não!
— Qual é o problema?
— O nosso filho não é um bandido que precisa de alguém o vigiando o tempo todo.
— Será para a proteção dele, Luíza.
Luíza balança a cabeça, indignada com a situação em que se encontra, principalmente, enfurecida com o causador desta.
— O Augusto merece apodrecer na cadeia — ela diz encarando uma mesinha de flores atrás de Daniel. — Ele não merece a morte, morrer é fácil. — Seu olhar volta a se fixar no esposo. — Ele não tem nenhum podre que o faça parar atrás das grades?
Daniel balança a cabeça negativamente, visivelmente frustrado. Luíza se apoia na porta do quarto do filho e fecha os olhos. Ela sente o corpo de Daniel se unindo ao seu em um abraço apertado.
— Pode demorar o tempo que for, mas nós vamos nos livrar definitivamente do Augusto — ele promete no ouvido dela.
— Amor! — chama Marina com excesso de empolgação ao se juntar a Felipe e a garota com quem ele conversa. O moreno olha para ela com a testa franzida.
— Marina?
— Claro que sou eu, bobinho. — Ela sorri e se joga nos braços dele, que não vê outra alternativa a não ser abraçá-la.
— Quem é essa, Felipe? — pergunta Marina se virando para encarar a garota, que observa a cena com espanto. Marina fica entre os dois, de costas para Felipe.
— É a Fran, a gente estava conversando.
Marina vira a cabeça para encará-lo.
— Não vai me dizer que está me traindo? — Ela começa a rir e a testa de Felipe se vinca ainda mais, estranhando a cada segundo o comportamento de Marina.
— Como? — pergunta.
— Ela é sua namorada? — questiona a garota chamada Fran.
— Não — responde Marina voltando a olhar para ela. — Quer dizer, sim. Ah, não sei — ela fala rindo. — A gente tem uma relação aberta, sem títulos. Não é, amor?
— O que você está fazendo? — Felipe pergunta no instante em que Marina anda, parando ao seu lado.
— Eu não queria atrapalhar vocês dois, afinal eu já fiquei com outros hoje. — Ela olha para Fran. — Tem um gatinho de cabelo cacheado que é um amor, você precisa ver, beija muito. Mas nada bate o meu gato aqui — completa abraçando Felipe novamente.
— Isso não pode estar acontecendo — Fran diz para si mesma.
— Marina, por que você está fazendo isso? — indaga Felipe em um sussurro.
— Chega de papo! — fala Marina rindo para os dois. — Desculpa aí, Fran, mas o Felipe é meu.
Sem perder tempo, Marina distribui beijos no pescoço de Felipe e vai subindo em direção ao rosto.
— Eu não vou ficar aqui para ver isso — Fran se revolta. — Você é um canalha! — fala para Felipe e se distancia. Marina dá o último beijo no queixo de Felipe e se afasta no instante em que Fran desaparece entre os clientes da casa noturna.
— Ufa, pensei que fosse ter que te beijar — fala em seu tom de voz habitual.
— Por que você fez isso? — pergunta Felipe indignado.
— É assim que você quer reconquistar a Isabela? — rebate Marina. — Eu estava te ajudando, porque se a Isabela visse você com essa garota já era.
— Mas eu não estava dando em cima dela — se defende Felipe. — A gente só estava conversando.
— Sei bem onde essa conversa ia parar.
— Não, é sério. Eu não ia ficar com ela, só estava conversando pra matar o tempo.
Marina analisa o rosto de Felipe e vê sinceridade.
— Ok, mas vê se fica ligado, porque de longe não parecia uma simples matada de tempo.
Felipe sorri e cruza os braços.
— Quer dizer que a gente tem um relacionamento aberto?
— Confesso que me inspirei na Yasmin e no Victor — ela diz rindo. Felipe gargalha, lembrando dos últimos minutos.
— Por essa eu não esperava. Você não estava na lista de pessoas que eu esperava que fosse me beijar hoje, sabia?
— Cala a boca! — Marina ri. — Eu nem te beijei.
— Na boca não, mas e se esses chupões ficarem roxos? — ele se diverte.
— Eu nem dei chupões, idiota.
— Não foi o que me pareceu, arrepiei, sabia? Até que você tem pegada. — Felipe ri e Marina dá um tapa no braço dele.
— Vai se ferrar!
— Ah, e como não citar o gatinho de cabelo cacheado que é um amor?
Marina ri.
— Piadinha interna para nós.
Felipe gargalha e pergunta depois de se recompôr.
— E onde está o gatinho de cabelo cacheado?
— No bar com a Isabela, logo ali. — Ela aponta para Vinícius e Isabela e Felipe vira para vê-los.
— Nem vou lá, não quero provocar mais um clima estranho entre a Isabela e eu.
— Ok, mas vê se não fica de papinho por aí.
— Sim, namorada.
Marina dá mais tapa nele e se afasta rindo.
Depois de duas horas na casa noturna Yasmin já bebeu mais do que está acostumada e dança para extravasar. Victor observa ela do bar junto com Felipe. Quando a música que estava tocando acaba, ela cambaleia até eles.
— Vocês não vão dançar? — pergunta agitada.
— Não, estamos cansados — Victor responde e ela se apoia nele.
— Acho que também cansei.
— Até que enfim — comemora Felipe. — Vai atrás da Marina, do Vinícius e da Isabela, Victor? Quero ir embora.
— Não! — discorda Yasmin sacudindo o indicador no rosto do irmão. — Nada de ir embora.
— Mas você não acabou de dizer que está cansada?
— Estou — ela concorda passando um braço pelos ombros do namorado. — Só que preciso apenas recarregar a bateria.
— Você faz isso lá em casa, na sua cama — diz Felipe tentando persuadi-lá.
— Não, meu carregador está bem aqui — Yasmin fala olhando para o rosto de Victor.
— Sobrou pra mim — ele murmura.
Yasmin passa uma mão pelo rosto dele e Felipe olha para a pista de dança, falando para si:
— Nem quero ver isso.
— Meu carregador é essa sua boquinha linda — Yasmin diz para Victor.
— Eu posso te beijar o caminho todo para casa.
— Se isso for mesmo acontecer — Felipe volta a fitar o casal —, me avisa que eu vou no outro carro.
Os dois loiros ignoram o comentário dele e Yasmin fala:
— Eu não quero ir para casa, quero dançar. Curtir! — Ela ergue os braços e Victor segura em sua cintura só para garantir que ela não caia no chão.
— Você já curtiu demais, Yas — ele fala em um tom sensível, que raramente usa com ela ou com qualquer outra pessoa.
— A noite só está começando — retorque Yasmin. — Agora cala a boca e me beija. — Ela coloca uma mão na nuca dele e o beija intensamente de uma maneira confusa. Victor interrompe o beijo e força um sorriso para ela.
— Vamos embora.
— Nã-nã-ni-nã-nã-não. Agora já estou pronta para outra! — Ela tenta voltar para a pista, mas Victor não a solta. — Que foi? Quer mais uns beijinhos?
— Quero ir embora.
— Credo! Isso quer dizer que você não quer me beijar? Saiba que eu adoro o seu beijo.
— Tudo menos isso — pede Felipe olhando para o teto, como se implorasse diretamente para Deus.
— Eu também adoro o seu beijo — responde Victor mecanicamente pensando em como vai arrastar Yasmin para a saída.
— Sabe — ela continua —, eu adoro quando você para o beijo com selinhos.
— É? Legal.
Felipe ri com o tom de tédio na voz de Victor. O loiro olha para os lados, procurando pela porta pela qual entrou.
— É, eu adoro selinhos. É uma coisa tão boa, né? Não é nem uma bitoquinha, nem um beijo de verdade. Ficou no meio do caminho. É tipo o Vinícius, não é bonito como você nem feio como o Felipe.
— Nossa, vai começar a ofender? — pergunta o irmão dela. É a vez de Victor rir.
— Falando em selinho, Victor. A Isabela me contou uma coisa.
— Que ela deu um selinho no Iago? É, tô sabendo.
O estômago de Felipe se embrulha.
— Não! — responde a loira sacudindo o mesmo indicador que balançou no rosto do irmão no de Victor. — Ela me contou quem foi que me deu um selinho no Buraco Negro.
— Ah, foi? — pergunta Victor desinteressado, acreditando ser só mais um papo furado de Yasmin. — Foi um super herói? — perguntando encontrando a saída.
— Mais ou menos. — Yasmin ri. — A fantasia dele era de super herói.
Felipe encara o rosto da irmã, entendendo o que ela quer dizer. Ele olha para Victor, que parece estar calculando quanto tempo leva para chegar a saída levando Yasmin bêbada.
— É? — Victor demonstra não ter ouvido o que ela disse.
Yasmin dá um tapa no peito dele, o que faz ele olhar para ela.
— Você entendeu o que eu quis dizer? — questiona Yasmin parecendo chateada. — Foi um garoto fantasiado de super herói que me beijou. — Ela sorri bobamente. — Foi o Lorenzo.
O rosto de Victor se tranca em uma máscara inexpressiva.
— O quê?
Tá maravilhoso
ResponderExcluirCuriosaaa!!
ResponderExcluirAfff a Mel esquecendo o Chay? Esse Reinaldo tá pedindo pra morrer!
Adoorei a piada que o Victor fez com o Felipe hahaha, amo ele *--*
Eita que agora o Lorenzo se caga de medo.
ResponderExcluirE o final feliz da Isabela e do Felipe não ocorre nesse capítulo; Mel e Reinaldo? Fico feliz que ela esteja seguindo em frente, mas será que vai dar certo? Afinal, nenhum cara será como o Chay (<333); A Yasmin não deveria ter entregado o Lorenzo, sei que ela só fez isso porque tava bêbada, mas tadinho. Estou morrendo de curiosidade para saber o que o Victor vai fazer!!!
ResponderExcluirEstá maravilhoso! Não vejo a hora de chegar terça.
ResponderExcluirSábado tem que chegar logo!!! Quero saber qual vai ser a reação do Victor.
ResponderExcluirTá muito legal! O seu Imagine vicia.
ResponderExcluirQuero logo a volta de Belipe... Sei que vai ser demais a surpresa <<<<<33
ResponderExcluir#voltaBeLipe...faz uma capitulo com a cena da daniela e o pedro.Dei trela com a marina e o feipe rsrsrs
ResponderExcluirPerfeito!!!!!!
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