Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 164: Marina surpreende Felipe


   — Não! — Isabela vira o rosto e Felipe para a três centímetros da face dela. — Isso não é certo — fala pausadamente tentando convencer tanto Felipe quanto a si mesma. Com a mão fina, empurra o moreno de volta para a sua banqueta.
   — Por que não é certo? — rebate Felipe.  Eu te amo, você ainda me ama, já nos beijamos inúmeras vezes.
   — Não, não é certo com o Iago. 
Felipe revira os olhos.
   — Vocês são namorados por acaso? 
   — Não. 
   — Então não tem nada de errado. 
   — Felipe, você sabe que eu não sou assim. 
   — Isa, não seria nada demais, só um beijo para matar a saudade. — Ele coloca uma mão na cintura dela. 
   — Você sabe que não seria um simples beijo. 
   — E qual é o problema se não fosse? 
A morena tira a mão de Felipe de sua cintura, dizendo:
   — Não vamos começar com essa conversa de novo. 
   — A gente não precisa conversar — fala o garoto inclinando o rosto novamente para Isabela. 
   — Para de insistir — pede a morena se afastando dele. Isabela caminha até a pista de dança e Felipe suspira de frustração e se apoia no balcão de cara amarrada. 

Ainda juntos, Marina e Vinícius dançam. O garoto acaricia a pele dela na altura da costela, exposta no top cropped. Eles se olham intensamente, mas a troca de palavras mudas é interrompida por Isabela, que cutuca o ombro do irmão. 
   — Oi, Isa — fala Vinícius sorrindo. 
   — O que aconteceu? — indaga Marina analisando a expressão carrancuda de Isabela. 
   — Eu quero ir para casa — diz Isabela cruzando os braços. 
   — Mas já? — pergunta Marina. 
   — Esse lugar já deu o que tinha que dar. 
Vinícius se afasta de Marina, se virando totalmente para a irmã.
   — O que aconteceu?
   — Nada — ela mente. 
   — Eu te conheço, Isabela. — O jovem sorri tranquilamente. — Desembucha. 
Isabela troca o peso do corpo de uma perna para a outra. 
   — Eu e o Felipe quase nos beijamos — confessa emburrada. 
   — E isso é ruim? — se intromete Marina. 
   — É. 
   — Por quê?
É Vinícius quem responde:
   — Por causa do Iago. 
   — Ah, o nerd?
Isabela ignora Marina e fala para o irmão:
   — Eu quero ir embora, Vini. 
   — Não quer, não. 
   — Agora você sabe o que eu quero e o que eu não quero? — ela pergunta com rispidez. — Desculpa — acrescenta baixinho. 
    Sabe o que eu acho que você precisa? — continua Vinícius como se a irmã não tivesse falado. — Precisa um suco e retocar a maquiagem. 
   — Retocar a maquiagem? — repete Isabela. — Por quê? Eu estou borrada? 
Ela olha para Marina, buscando uma opinião feminina, mas a namorada de Vinícius não entende o olhar e permanece impassível. 
   — Não — responde Vinícius e Isabela volta a fitá-lo. — É que seria bom pra você ir ao banheiro, relaxar um pouco. A Marina pode te acompanhar.
   — Eu? Não, eu estava pensando em continuar... — Ao receber um olhar suplicante de Vinícius, engole a palavra "dançando" e completa: — Ok, vamos lá, Isa. 
   — Ótimo! — comemora Vinícius. — Vou pegar bebidas para nós. A gente se encontra no bar!

Yasmin e Victor dançam juntos na pista e ela percebe que tem um grupinho de garotas que não tiram os olhos de seu namorado. Sem perder o gingado, ela comenta com Victor:
   — Tem umas garotas ali que não tiram os olhos de você. 
   — É? — Pela expressão dele, Yasmin não consegue identificar nenhuma emoção. 
   — Aham. Você não quer ir lá bater um papinho com elas? 
Victor sorri, demonstrando estar relaxado. 
   — Você está brincando? 
   — Não — responde Yasmin para testá-lo. 
   — Você acha que eu sou idiota? — ele pergunta dando um beijo na ponta do nariz dela. 
   — Não. 
Victor encara o rosto sereno da loira.
   — Óbvio que eu não quero, né? Eu tenho namorada agora. 
Yasmin estreita os olhos. 
   — Hum, sei. 
   — Para de graça, garota. 
A loirinha dá um leve sorriso e abraça Victor. 
   — Queria testar a sua cara de pau. 
   — Como? 
   — Queria ver até onde vai a sua zoeira. Se você fosse lá falar com elas, eu saberia que o limite da zoeira não é o nosso namoro. 
   — Hã? Eu pensei que você tivesse testando a minha fidelidade. 
Yasmin gargalha e dá um selinho nele. 
   — Se eu quisesse testar a sua fidelidade com certeza não seria desse jeito, né? Eu sou loira, mas não sou burra. 
   — Agora você aceita que é loira, né? Não tem mais aquele papinho de "O meu cabelo é castanho claro"  — ele fala imitando a voz dela. 
   — Às vezes eu tenho esse lapso de maluquice e assumo o meu lado loiro. 
Victor ri e balança a cabeça. 
   — Tá bom, senhorita do cabelo castanho claro. 
Eles riem e voltam a dançar. 

O banheiro da suíte de Sophia e Micael é enorme e muito bem equipado. Em um canto, há uma banheira de hidromassagem e é nela que a loira está. Espumas perfumadas e pétalas de rosas brancas estão entre a água e o corpo da empresária. Com a cabeça apoiada em um suporte da banheira, Sophia conversa com Mel através de seu celular, que está ao lado no auto-falante. 
   — Eu fiquei sabendo que você recebeu essa visita especial hoje — fala sorrindo. 
Do outro lado da linha, Mel gargalha. 
   — Foi e ele me surpreendeu. 
   — Positivamente?
   — Completamente. Ele é muito bonito, Sophia. Bonito mesmo!
   — Descreva-o — pede a loira fechando os olhos. 
Pela demora da resposta, ela imagina que Mel está sorrindo ao lembrar do dono da agência de marketing. 
   — Alto, forte — ela começa depois de um tempo —, rosto anguloso, mas não grosseiro, cabelos levemente grisalhos, barba por fazer e uma voz grave encantadora. Ah, e um sorriso charmoso de tirar o fôlego. 
Sophia ri. 
   — Você reparou bastante nele para uma conversa de poucos minutos, não? 
Mel também ri. 
   — Não tinha como não reparar. Se você o tivesse visto, concordaria comigo. 
   — Pelo jeito não me faltará oportunidades. 
   — O que você quer dizer com isso? — pergunta Mel. 
   — Pelo o que você me contou antes, o cara é caído por você. 
   — Não! Ele não é caído por mim. 
Um sorriso astuto aparece no rosto de Sophia. 
   — Imagine se fosse, ele só te acha uma grande empresária. Qual foi a expressão que ele usou mesmo?
Mel responde de imediato:
   — Uma grande estrela. 
Sophia gargalha. 
   — Viu? Esse homem está a fim de você, não há como negar. Aposto o meu marido que ele vai te chamar para jantar em breve. Claro que vai dizer que é somente para negócios. 
   — Deixa o Micael saber que você o está apostando por besteira. 
   — Desde quando a vida amorosa da minha amiga virou besteira? — Ela ouve um suspiro que a pega de surpresa. — O que foi? — pergunta curiosa. 
   — Agora que você usou esse termo, vida amorosa, eu percebi que estou começando a seguir em frente. 
Sophia morde um lábio, assentindo. 
   — Isso é ruim? — pergunta depois de alguns segundos. 
   — Não sei — Mel responde com sinceridade. — Não sei como é ficar com outra pessoa desde os meus dezessete anos. 
   — Mas você não pode ficar presa no passado. 
   — É. Acho que chegou a hora de seguir em frente!

Depois de saírem do banheiro Marina e Isabela caminham até o bar para encontrar com Vinícius.
   — Demoraram, hein? — ele exclama entregando uma latinha de refrigerante para a namorada e um copo de suco para a irmã. 
   — Meninas — responde Marina —, você sabe como é. 
Vinícius assente e ela fica ao lado dele, os dois olham para Isabela. A menor bebe o seu suco com os olhos fechados, lembrando uma criança de dez anos. O olhar de Marina vai além de Isabela, avistando Felipe alguns metros atrás da morena conversando com uma garota. Ele está de costas para os três e Marina acredita que ele não os viu. Isabela para de beber e coloca o copo sobre o balcão, deixando Marina apreensiva, receando que ela vire e veja Felipe flertando com outra. Isabela pega o celular na bolsa e começa a ver as notificações. A gêmea de Victor solta um suspiro quase imperceptível e cutuca disfarçadamente Vinícius, que olha para ela. Como se fosse fazer uma carícia nele, a ex-líder de torcida aproxima o rosto do dele e fala em seu ouvido:
   — Olha para trás da Isabela, o Felipe está lá. 
Para ter certeza que a irmã dele não perceberá nada de estranho, ela dá um beijo no maxilar dele, que sorri carinhosamente, entrando na encenação. Em seguida, ele faz o que Marina pediu e também encontra Felipe. 
   — Vai lá e acaba com a cantada dele — diz no ouvido dela como se estivesse retribuindo o carinho. Marina assente, sorrindo, e fala alto:
   — Já volto. 
Isabela ergue a cabeça.
   — Aonde ela vai? — indaga para o irmão e gira a cabeça em noventa graus, tentando acompanhar Marina com o olhar. Vinícius segura o rosto dela nas mãos antes que ela possa olhar por sobre o ombro e enxergar tanto Marina quanto Felipe. 
   — Foi atrás da Yasmin e do Victor — ele responde e começa a acariciar as bochechas dela carinhosamente para justificar o gesto. 
   — Por quê? — pergunta Isabela. — Nós vamos embora? — O rosto dela se ilumina e Vinícius afasta as mãos dela. 
   — Não — responde dando um leve sorriso. — Ela só foi encher o saco deles mesmo.
   — Ah! — Os ombros de Isabela caem. 

Nícolas se diverte brincando com uma arma fazedora de bolhas de sabão enquanto Luíza dá banho nele na banheira do banheiro do quarto dele. Minutos depois, a psicóloga pega uma toalha corporal do Homem de Ferro, presente da única prima dele, Isabela.
   — Vamos sair, filho — chama meigamente abrindo a toalha. 
   — Ah, mãe, deixa eu ficar só mais um pouquinho — ele pede piscando angelicalmente. Luíza sorri e levanta, dizendo:
   — Só mais uns cinco minutos. 
Ela deixa a toalha em um porta toalhas antes de sair do cômodo e cruza rapidamente o quarto do filho, encontrando Daniel no corredor. 
   — Ia atrás de você — ele fala parando na frente dela. 
   — Alguma novidade? — Luíza pergunta fechando a porta do quarto de Nícolas para ter certeza de que ele não vai ouvir. 
   — O meu investigador encontrou o hotel em que o Augusto estava. 
   — Estava? — repete Luíza. — Não está mais? 
   — Não, ele tinha feito o check-out duas horas antes do investigador chegar lá. Depois disso, não há rastros dele. 
   — Como não há rastros dele, Daniel? Ele evaporou? Isso quer dizer que a gente vai passar um tempo sem saber dele e depois ele vai aparecer no colégio do Nícolas como fez dessa vez? 
Daniel coloca as mãos nos ombros dela, pedindo:
   — Fica calma!
   — Eu não vou me acalmar enquanto não acharmos esse homem. A segurança do nosso filho está em risco.
   — Eu vou me assegurar de que o Augusto não vai se aproximar do Nícolas novamente. 
   — O que você vai fazer?
Daniel tira as mãos de Luíza e passa uma delas no cabelo.
   — Estava pensando em contratar um segurança para ele. 
   — O quê? Não, isso não!
   — Qual é o problema? 
   — O nosso filho não é um bandido que precisa de alguém o vigiando o tempo todo. 
   — Será para a proteção dele, Luíza. 
Luíza balança a cabeça, indignada com a situação em que se encontra, principalmente, enfurecida com o causador desta. 
   — O Augusto merece apodrecer na cadeia — ela diz encarando uma mesinha de flores atrás de Daniel.  Ele não merece a morte, morrer é fácil. — Seu olhar volta a se fixar no esposo. — Ele não tem nenhum podre que o faça parar atrás das grades? 
Daniel balança a cabeça negativamente, visivelmente frustrado. Luíza se apoia na porta do quarto do filho e fecha os olhos. Ela sente o corpo de Daniel se unindo ao seu em um abraço apertado. 
   — Pode demorar o tempo que for, mas nós vamos nos livrar definitivamente do Augusto — ele promete no ouvido dela. 

   — Amor! — chama Marina com excesso de empolgação ao se juntar a Felipe e a garota com quem ele conversa. O moreno olha para ela com a testa franzida. 
   — Marina? 
   — Claro que sou eu, bobinho. — Ela sorri e se joga nos braços dele, que não vê outra alternativa a não ser abraçá-la. 
   — Quem é essa, Felipe? — pergunta Marina se virando para encarar a garota, que observa a cena com espanto. Marina fica entre os dois, de costas para Felipe. 
   — É a Fran, a gente estava conversando.
Marina vira a cabeça para encará-lo. 
   — Não vai me dizer que está me traindo? — Ela começa a rir e a testa de Felipe se vinca ainda mais, estranhando a cada segundo o comportamento de Marina.
   — Como? — pergunta. 
   — Ela é sua namorada? — questiona a garota chamada Fran. 
   — Não — responde Marina voltando a olhar para ela. — Quer dizer, sim. Ah, não sei — ela fala rindo. — A gente tem uma relação aberta, sem títulos. Não é, amor? 
   — O que você está fazendo? — Felipe pergunta no instante em que Marina anda, parando ao seu lado. 
   — Eu não queria atrapalhar vocês dois, afinal eu já fiquei com outros hoje. — Ela olha para Fran. — Tem um gatinho de cabelo cacheado que é um amor, você precisa ver, beija muito. Mas nada bate o meu gato aqui — completa abraçando Felipe novamente. 
   — Isso não pode estar acontecendo — Fran diz para si mesma. 
   — Marina, por que você está fazendo isso? — indaga Felipe em um sussurro. 
   — Chega de papo! — fala Marina rindo para os dois. — Desculpa aí, Fran, mas o Felipe é meu. 
Sem perder tempo, Marina distribui beijos no pescoço de Felipe e vai subindo em direção ao rosto. 
   — Eu não vou ficar aqui para ver isso — Fran se revolta. — Você é um canalha! — fala para Felipe e se distancia. Marina dá o último beijo no queixo de Felipe e se afasta no instante em que Fran desaparece entre os clientes da casa noturna. 
   — Ufa, pensei que fosse ter que te beijar — fala em seu tom de voz habitual. 
   — Por que você fez isso? — pergunta Felipe indignado. 
   — É assim que você quer reconquistar a Isabela? — rebate Marina. — Eu estava te ajudando, porque se a Isabela visse você com essa garota já era. 
   — Mas eu não estava dando em cima dela — se defende Felipe. — A gente só estava conversando. 
   — Sei bem onde essa conversa ia parar. 
   — Não, é sério. Eu não ia ficar com ela, só estava conversando pra matar o tempo. 
Marina analisa o rosto de Felipe e vê sinceridade. 
   — Ok, mas vê se fica ligado, porque de longe não parecia uma simples matada de tempo. 
Felipe sorri e cruza os braços.
   — Quer dizer que a gente tem um relacionamento aberto? 
   — Confesso que me inspirei na Yasmin e no Victor — ela diz rindo. Felipe gargalha, lembrando dos últimos minutos.
   — Por essa eu não esperava. Você não estava na lista de pessoas que eu esperava que fosse me beijar hoje, sabia? 
   — Cala a boca! — Marina ri. — Eu nem te beijei. 
   — Na boca não, mas e se esses chupões ficarem roxos? — ele se diverte. 
   — Eu nem dei chupões, idiota. 
   — Não foi o que me pareceu, arrepiei, sabia? Até que você tem pegada. — Felipe ri e Marina dá um tapa no braço dele.
   — Vai se ferrar!
   — Ah, e como não citar o gatinho de cabelo cacheado que é um amor? 
Marina ri.
   — Piadinha interna para nós.
Felipe gargalha e pergunta depois de se recompôr. 
   — E onde está o gatinho de cabelo cacheado? 
   — No bar com a Isabela, logo ali. — Ela aponta para Vinícius e Isabela e Felipe vira para vê-los. 
   — Nem vou lá, não quero provocar mais um clima estranho entre a Isabela e eu. 
   — Ok, mas vê se não fica de papinho por aí.
   — Sim, namorada. 
Marina dá mais tapa nele e se afasta rindo. 

Depois de duas horas na casa noturna Yasmin já bebeu mais do que está acostumada e dança para extravasar. Victor observa ela do bar junto com Felipe. Quando a música que estava tocando acaba, ela cambaleia até eles. 
   — Vocês não vão dançar? — pergunta agitada. 
   — Não, estamos cansados — Victor responde e ela se apoia nele. 
   — Acho que também cansei. 
   — Até que enfim — comemora Felipe. — Vai atrás da Marina, do Vinícius e da Isabela, Victor? Quero ir embora. 
   — Não! — discorda Yasmin sacudindo o indicador no rosto do irmão. — Nada de ir embora. 
   — Mas você não acabou de dizer que está cansada? 
   — Estou — ela concorda passando um braço pelos ombros do namorado. — Só que preciso apenas recarregar a bateria.
   — Você faz isso lá em casa, na sua cama — diz Felipe tentando persuadi-lá. 
   — Não, meu carregador está bem aqui — Yasmin fala olhando para o rosto de Victor. 
   — Sobrou pra mim — ele murmura. 
Yasmin passa uma mão pelo rosto dele e Felipe olha para a pista de dança, falando para si:
   — Nem quero ver isso. 
   — Meu carregador é essa sua boquinha linda — Yasmin diz para Victor. 
   — Eu posso te beijar o caminho todo para casa. 
   — Se isso for mesmo acontecer — Felipe volta a fitar o casal —, me avisa que eu vou no outro carro. 
Os dois loiros ignoram o comentário dele e Yasmin fala:
   — Eu não quero ir para casa, quero dançar. Curtir! — Ela ergue os braços e Victor segura em sua cintura só para garantir que ela não caia no chão. 
   — Você já curtiu demais, Yas — ele fala em um tom sensível, que raramente usa com ela ou com qualquer outra pessoa. 
   — A noite só está começando — retorque Yasmin. — Agora cala a boca e me beija. — Ela coloca uma mão na nuca dele e o beija intensamente de uma maneira confusa. Victor interrompe o beijo e força um sorriso para ela. 
   — Vamos embora. 
   — Nã-nã-ni-nã-nã-não. Agora já estou pronta para outra! — Ela tenta voltar para a pista, mas Victor não a solta. — Que foi? Quer mais uns beijinhos? 
   — Quero ir embora. 
   — Credo! Isso quer dizer que você não quer me beijar? Saiba que eu adoro o seu beijo. 
   — Tudo menos isso — pede Felipe olhando para o teto, como se implorasse diretamente para Deus. 
   — Eu também adoro o seu beijo — responde Victor mecanicamente pensando em como vai arrastar Yasmin para a saída. 
   — Sabe — ela continua —, eu adoro quando você para o beijo com selinhos. 
   — É? Legal. 
Felipe ri com o tom de tédio na voz de Victor. O loiro olha para os lados, procurando pela porta pela qual entrou. 
   — É, eu adoro selinhos. É uma coisa tão boa, né? Não é nem uma bitoquinha, nem um beijo de verdade. Ficou no meio do caminho. É tipo o Vinícius, não é bonito como você nem feio como o Felipe. 
   — Nossa, vai começar a ofender? — pergunta o irmão dela. É a vez de Victor rir. 
   — Falando em selinho, Victor. A Isabela me contou uma coisa. 
   — Que ela deu um selinho no Iago? É, tô sabendo. 
O estômago de Felipe se embrulha.
   — Não! — responde a loira sacudindo o mesmo indicador que balançou no rosto do irmão no de Victor. — Ela me contou quem foi que me deu um selinho no Buraco Negro. 
   — Ah, foi? — pergunta Victor desinteressado, acreditando ser só mais um papo furado de Yasmin. — Foi um super herói? — perguntando encontrando a saída. 
   — Mais ou menos. — Yasmin ri. — A fantasia dele era de super herói. 
Felipe encara o rosto da irmã, entendendo o que ela quer dizer. Ele olha para Victor, que parece estar calculando quanto tempo leva para chegar a saída levando Yasmin bêbada. 
   — É? — Victor demonstra não ter ouvido o que ela disse. 
Yasmin dá um tapa no peito dele, o que faz ele olhar para ela. 
   — Você entendeu o que eu quis dizer? — questiona Yasmin parecendo chateada. — Foi um garoto fantasiado de super herói que me beijou. — Ela sorri bobamente. — Foi o Lorenzo. 
O rosto de Victor se tranca em uma máscara inexpressiva.
   — O quê?


Comentários

  1. Curiosaaa!!
    Afff a Mel esquecendo o Chay? Esse Reinaldo tá pedindo pra morrer!
    Adoorei a piada que o Victor fez com o Felipe hahaha, amo ele *--*

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  2. Eita que agora o Lorenzo se caga de medo.

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  3. E o final feliz da Isabela e do Felipe não ocorre nesse capítulo; Mel e Reinaldo? Fico feliz que ela esteja seguindo em frente, mas será que vai dar certo? Afinal, nenhum cara será como o Chay (<333); A Yasmin não deveria ter entregado o Lorenzo, sei que ela só fez isso porque tava bêbada, mas tadinho. Estou morrendo de curiosidade para saber o que o Victor vai fazer!!!

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  4. Está maravilhoso! Não vejo a hora de chegar terça.

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  5. Sábado tem que chegar logo!!! Quero saber qual vai ser a reação do Victor.

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  6. Tá muito legal! O seu Imagine vicia.

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  7. Quero logo a volta de Belipe... Sei que vai ser demais a surpresa <<<<<33

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  8. #voltaBeLipe...faz uma capitulo com a cena da daniela e o pedro.Dei trela com a marina e o feipe rsrsrs

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