Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 161: Isabela expõem seus sentimentos à Felipe


Aproveitando a tarde, Marina caminha pelo  shopping. Com as mãos cheias de sacolas, deixa mais uma loja e resolve ir embora. Quando está descendo pela escada rolante avista um rapaz e o seu corpo paralisa. O homem é alto, loiro e musculoso e a sensação das mãos dele acariciando suas costas, deixa Marina em estado de pânico. Ela olha para os lados, enquanto permanece descendo imóvel pelas escadas, em busca de alguma saída que evite chegar perto do rapaz que está parado em frente a uma vitrine, de costas para ela. Marina sai da escada quando chega ao térreo e caminha apressadamente na direção oposta do rapaz que tentou violentá-la, sem ousar olhar por sobre o ombro para ver se ele a viu.

   — Marina — ouve uma voz grave a chamando. Os pelos da nuca da adolescente ficam arrepiados e ela acelera o passo, procurando desesperadamente chegar à saída. — Marina! — A voz chama novamente e ela praticamente corre rumo às portas automáticas, chamando a atenção de alguns clientes do shopping, que lançam olhares curiosos para ela.

Yasmin passa a mão pelo cabelo de modo preocupado e repete para Victor:

   — O Antônio não mora mais aqui. Saiu faz uns vinte dias, foi o que disse a moça lá.
   — Nossa. E agora? 
   — Ele deixou o endereço, mas a moça não tinha autorização para me dar, mas você sabe que eu não aceito não como resposta. — Victor dá um leve sorriso. — Então, eu subornei ela e — ela tira do bolsa da calça jeans um papel — aqui está o nosso destino. 
   — Você vai mesmo atrás dele? — pergunta o loiro com preguiça de acompanhar ela. 
   — Se não quiser ir, não vai — Yasmin rebate e entra no carro. Victor revira os olhos e se senta ao lado dela, batendo a porta. — Cadê o Ulisses? 
   — Ele foi comprar os doces lá que você pediu — responde Victor se esticando para ligar o mp3 do carro. 
   — Ah é. 
Começa a tocar All Me do Drake e Victor se endireita ao lado de Yasmin. Eles ficam em silêncio até Ulisses retornar e então Yasmin entrega o novo endereço do antigo morador de rua para ele.
   — Vamos para lá — diz colocando o cinto de segurança. 

Para quebrar o silêncio quase palpável,  Felipe alterna entre mi maior, dó sustenido menor, si maior, fá sustenido menor e sol sustenido menor, tocando a música Dia Clarear. Ele canta baixinho e Isabela inclina a cabeça, atraída por cada sílaba que ele pronuncia em sussurros. 

   A melodia transmite calma para a adolescente e ela vai relaxando na poltrona, porém quando começa a estudar o corpo de Felipe seus batimentos cardíacos aumentam. Seu olhar pousa nos braços dele, que rodeiam o violão, e ela recorda de quando aqueles mesmos braços envolveram seu corpo na clareira onde ele se declarou a ela. Observando um pouco acima, onde as cordas vocais dele devem estar se agitando com suavidade, a sensação provocada pelo pescoço dele em contato com seus lábios invade o seu peito, espalhando um calor por todo o corpo. Subindo ainda mais, seu olhar encontra o queixo anguloso onde distribuiu beijos diversas vezes, assim como na boca mais acima. O movimento dos lábios de Felipe quando ele canta, faz Isabela relembrar da ocasião em que ele cantou Sozinho para ela. Fitando o nariz, outra sensação surge em seu peito e ela recorda de quando Felipe o passou por suas costas na primeira vez em que dormiram juntos. O olhar do garoto é negro e intenso, como em todas as vezes em que ele olhou para ela. Isabela fecha os olhos lentamente, degustando do sentimento que toma conta de seu corpo ao lembrar das diversas vezes em que o olhar dele sorriu para ela. 
   A música que Felipe tocava termina e ele coloca o violão sobre a cama às suas costas. Nina pula no colo dele novamente e recebe carinhos atrás da orelha. Isabela retorna à realidade e levanta da poltrona, comentando:
   — O Vinícius está demorando, né? 
   — É.
Algo semelhante à audácia, faz com que Isabela se ajoelhe em frente a Felipe.
   — Felipe?

Em um restaurante à beira da praia, Malu e Samuel comem babatas fritas com refrigerante. Eles riem e se divertem, sujando um a boca do outro com ketchup usando um palito de batata frita. A garota usa uma calça jeans estilo boyfrind e uma blusa cropped sob uma camisa de manga, aberta, e para arrematar a produção, ela usa uma bota sem salto de cano curto da cor bege. Samuel também esbanja estilo, usando uma calça jeans preta com uma camisa jeans com as mangas puxadas até o cotovelo e um sapatênis marrom escuro. Um colar de corda preta aparece entre os primeiros botões abertos da camisa dele e desperta a curiosidade de Maria Luíza.

   — Não tem pingente? — indaga puxando o colar para fora da roupa, revelando um pequeno pingente de um violão. — Que meigo. 
Samuel sorri e coloca o colar para dentro da roupa novamente. 
   — Foi um presente. 
   — É? De quem? 
   — Da minha mãe. 
   — Que meigo ao quadrado. 
Eles riem e Samuel passa a ponta de uma batata frita no ketchup e lambuza o nariz da morena. 
   — Ei, no nariz não vale — ela reclama e coloca a língua para fora, esticando o órgão muscular até a ponta do nariz. 
   — Não acredito que você consegue! — exclama Samuel surpreso. Malu lambe a pontinha do nariz, mas não consegue tirar totalmente o molho. — Deixa eu limpar — fala Samuel esticando a mão na mesa para pegar um guardanapo de papel.
   — E aí — cumprimenta uma voz em frente a mesa deles e Malu vira a cabeça para encarar a pessoa que chegou antes de Samuel limpar seu nariz por completo. 
   — Jonas? — Samuel se mostra espantado e o seu amigo sorri para ele acompanhado de Maísa. Lentamente, Malu põem sua língua de volta ao lugar de origem.

 Assim que cruza a porta, Marina sente uma mão se fechando em torno de seu braço e solta um grito. 
   — Marina? — se espanta Alexandre soltando o braço dela imediatamente, como se estivesse levado um choque. A morena se vira para ele e inconscientemente se lança em seus braços.
   — Ai, Alexandre, é você. 
O garoto fica perplexo com a atitude dela e instantes depois Marina o solta, como se tivesse sido repelida pelo mesmo choque que atingiu ele. 
   — Desculpe — pede sem graça. 
   — Você está bem? — ele pergunta olhando para as pessoas ao redor, que passaram a fitá-los depois do grito de Marina. 
   — Estou — responde a jovem ainda com a boca seca. — Você... — Ela olha além de Alexandre, analisando a porta do shopping. — Era você quem estava me chamando? 
   — Era. 
Marina solta um suspiro de alívio e Alexandre franze a testa. 
   — Você pensou que fosse quem? 
   — Ninguém. 
   — Não foi o que me pareceu. 
   — É que... eu pensei que fosse uma pessoa indesejável. 
   — Entendi. 
Marina volta a olhar para a porta e o seu coração dispara ao ver o loiro saindo. Sem pensar duas vezes, ela puxa Alexandre e esconde o seu rosto no pescoço dele. 
   — Marina, o que você...
   — Shiu! — ela pede sentindo o perfume dele, porém nem se importa com o fato da fragrância ser deliciosa, só pensa em não ser vista pelo rapaz. Minutos depois, ela se afasta dele. — Desculpa de novo. 
   — O que foi isso? — ele pergunta sorrindo. 
Marina sorri também e constata pela primeira vez o quanto Alexandre é bonito com os seus olhos claros, uma mistura de azul e verde, sobrancelhas e cabelos intensamente pretos e pele corada. 
   — Esquece isso, tá? — pede. — Eu não sou sempre assim, só para constar. 
Alexandre sorri novamente. 
   — Ok. E aí, pra onde você estava indo antes de tudo isso? 
   — Embora — responde a adolescente arrumando as sacolas nas mãos. 
   — Quer comer alguma coisa comigo? — ele convida gentilmente. — Eu estava saindo do salão quando a Laís me ligou cancelando o nosso lanche.
Só então que Marina percebe que o cabelo de Alexandre está mais curto.
   — Ai, caramba, você cortou o cabelo. 
O garoto sorri e passa a mão no cabelo, despenteando-o ainda mais. 
   — É, cortei um pouco.
O cabelo dele, antigamente na altura dos ombros, está um pouco abaixo da orelha lembrando o corte de Mick Jagger na juventude.
   — Ficou legal — elogia Marina. — É, vamos comer então!
Eles sorriem e entram no táxi mais próximo. 

Felipe ergue lentamente o olhar.

   — Hum?
   — Você está estranho comigo desde que eu contei que eu fiquei com o Iago. 
Um músculo da mandíbula de Felipe se sobressalta e os seus olhos ficam frios.
   — Como você queria que eu me sentisse? 
Isabela hesita, mas responde sussurrando:
   — Indiferente. 
Felipe ri sem humor algum. 
   — Indiferente? Se eu te contasse que também fiquei com alguém na nossa festa, você reagiria com indiferença? 
O lábio inferior de Isabela treme levemente. 
   — Isso é verdade? 
   — É — ele confirma se recordando dos beijos que deu em uma garota do segundo ano no Buraco Negro. Isabela olha para Nina, que está entre os dois.  — Então, você está indiferente? 
   — Não — ela confessa. 
   — Pois é. 
   — Mas... — Ela suspira. — Não tem mas. 
   — O que você quer dizer com isso? 
Ela volta a olhar para ele. 
   — Eu quero dizer que estou cansada de tudo isso. 
A esperança de que Isabela diga que quer voltar enche o coração de Felipe e ele fica surpreso com o próprio sentimento. 
   — Cansada do quê? — pergunta escondendo a súbita animação. 
   — Cansada de sentir isso que eu estou sentindo. — Ela morde o lábio. — Vou ser sincera com você. Eu estou confusa, estou divida entre você e o Iago. 
Felipe tem a impressão de que uma pedra de gelo desce por sua garganta. 
   — Como? 

   — Em carne e osso — brinca Jonas sentando em frente ao amigo e Maísa se senta ao seu lado, defronte de Malu. 
   — Oi — ela cumprimenta sorrindo para os dois. 
   — O que vocês dois estão fazendo aqui? — indaga Malu. 
   — A gente veio comer — responde Maísa. 
   — Justo na hora que nós estamos aqui? — Malu questiona e olha para Samuel. — Que coincidência, não? 
Samuel não responde ao olhar dela, pois está encarando o amigo, que diz:
   — Não foi coincidência, não. 
   — Como? — Malu vira sua cabeça na direção dele. 
   — O Sam me disse que vocês viriam para cá e eu pensei, por que não passamos lá para fazermos companhia para eles? 
   — Ah, é? Você pensou isso? — Malu estreita os olhos. — E o que te fez pensar que nós gostaríamos da sua companhia? 
   — Olha, a sua namoradinha é abusada, Sam — provoca Jonas olhando para o amigo, que sacode a cabeça e fala:
   — Jonas, não começa. 
   — É, não começa — fala Malu encarando Jonas. 
   — O que você vai querer? — pergunta o adolescente se voltando para Maísa. A loira fica confusa e pergunta:
   — Nós vamos mesmo comer aqui? 
   — Vamos.
   — Não! — discorda Malu no mesmo instante e é ignorada. — Ou você faz alguma coisa ou eu vou cometer um homicídio aqui — ela avisa falando baixinho para Samuel. 
   — Relaxa um pouco. 
   — Como eu vou relaxar? — ela indaga em um sussurro alto. 
Samuel coloca uma mão na coxa dela e olha para Jonas e Maísa. 
   — A gente já estava saindo — diz educadamente. 
   — É? — pergunta Jonas olhando para o prato cheio de batatas fritas. — Não é o que me parece. 
   — Não importa a sua opinião — Malu retorque enfurecida e sente um aperto na coxa.
   — Jonas — pondera Samuel —, larga de ser criança. 
   — Agora querer ficar com o amigo é ser criança? — pergunta o jovem fingindo inocência. Malu se controla para não gritar infortúnios a Jonas e para aliviar a raiva, pisa no pé de Samuel. O jovem xinga baixinho e chuta o pé dela de cima do seu. 
   — Está tudo bem? — questiona Maísa observando a atitude dos dois. 
   — Está tudo ótimo — responde Malu adotando uma nova tática para se livrar de Jonas. Ela sorri, aparentando estar mais receptiva à presença dele. — Eu vou lavar o meu nariz — diz se levantando. — Samuel, vem comigo? — chama sem tirar o sorriso do rosto. — Vamos deixar os dois sozinhos, já que a Maísa quer mesmo se... deixa pra lá. — Mesmo dando uma alfineta na colega, deixando clara a sua opinião, o sorriso não desaparece do rosto de Maria Luíza. 
   — Vamos — fala Samuel levantando. Ele tanta pegar na mão dela, mas Malu caminha em sua frente, evitando qualquer contato.

Dentro do carro, rumo ao novo lar de Antônio, Yasmin tira uma pelinha do canto de seu indicador esquerdo com o auxílio dos dentes. Ela sente algo em contato com o seu ombro direito e ao olhar identifica a cabeça de Victor. O loiro dorme silenciosamente, com um pacote de guloseimas no colo, Yasmin sorri levemente e começa a acariciar o interior do braço dele. 

Isabela prossegue sem perceber o olhar confuso de Felipe.
   — Eu não sei com quem eu quero ficar... Isso está me destruindo. — Os olhos dela se enchem de lágrimas repentinamente. — Eu não quero ficar jogando com nenhum de vocês dois, mas eu não sei o que eu quero. 
   — Isa... Isa, como você pode estar dividida entre nós dois? — ele pergunta tentando compreendê-lá. — Eu sou... era seu namorado, fui o primeiro garoto com quem você dormiu, fui ou sou, não sei, o seu primeiro amor saudável. Sempre fui seu parceiro, seu amigo, tanto nos momentos divertidos como nos horríveis. E o Iago? Ele surgiu na sua vida agora, vocês mal se falavam quando a gente ainda namorava. Você quer trocar um garoto que te ama por um que você mal conhece? 
   — Eu conheço o Iago — rebate Isabela quase aos prantos. — Eu sei que faz, sei lá, um mês que a gente está próximo, mas é como se eu o conhecesse a vida toda. 
   — Se é isso que você sente por ele, por que não o escolhe de uma vez? Acaba com esse sofrimento, tanto pra você... quanto pra mim. 
   — Porque eu ainda gosto de você, Felipe, muito. — A voz dela treme devido as lágrimas que apertam sua garganta. — Quando a gente terminou, eu estava muito magoada pelo o que você, a Yasmin e o Victor fizeram, só pensava nessa traição. Só que agora, que um mês e pouco passou, eu penso também nos momentos especiais que nós passamos juntos. 
   — Você não quer passar momentos como aqueles de novo? 
   — Quero, mas... — Ela não consegue terminar a frase pois as lágrimas escapam de seus olhos, mergulhando em suas bochechas como um nadador em uma piscina olímpica. — E-eu estou me odiando por estar nessa s-situação. Há dois meses a minha vida era um conto de fadas e eu consegui transformá-la em uma novela mexicana!
Felipe fica com o coração apertado por vê-la dessa forma tão frágil e vulnerável. Ele reúne toda a sua coragem e auto-controle e pega nas mãos dela. 
   — Isabela — chama para que ela olhe em seus olhos e quando isso acontece, fala: — Eu quero que você saiba que eu te amo muito, muito mais do que qualquer coisa que eu já senti por qualquer garota, e por causa desse amor eu quero te ver feliz, acima de tudo, acima da minha vontade de ficar com você. Eu não quero te ver dessa forma, por isso eu estou disposto — sua voz falha nessa última palavra —, estou disposto — diz com mais firmeza — a te deixar ir. Estou disposto a desistir de você e deixar você livre para ficar com o Iago ou quem você quiser. — Os seus olhos ficam marejados. — Só não quero te ver desse jeito. Eu — ele respira fundo —, eu só preciso ouvir da sua boca que você quer isso. E então eu paro com tudo o que eu estou fazendo, com todo o esforço que eu estou tendo para te reconquistar. 

Malu e Samuel se aproximam de um lavabo que fica nos fundos do restaurante, escondido da maioria dos clientes. Assim que para, a adolescente se vira para ele e começa a dar tapas em seus braços. 
   — Eu te odeio, Samuel. Como você pode chamar aquele idiota pra cá? Eu odeio esse moleque e você sabe disso. 
Samuel segura nos braços dela com força. 
   — Para com isso, Malu — ele pede empurrando ela até a parede sem soltar dos braços dela. 
   — Para com isso? Eu vou trazer o Gabriel do terceiro B aqui pra ver se você vai gostar. 
Ao ouvir o nome do jovem que mais odeia no colégio, Samuel aperta com ainda mais força os pulsos de Malu. 
   — Eu não trouxe o Jonas aqui, nem chamei. Você ouviu, ele veio porque quis. 
   — Pra começo de conversa você nem deveria ter falado para ele que a gente ia vim aqui. E solta o meu braço, tá me machucando. 
Samuel larga os pulsos de Malu, que estão vermelhos do aperto dele. 
   — Ele é meu amigo — se defende Samuel. — Eu não contei pra ele como se fosse o evento do ano, simplesmente comentei. 
Malu respira fundo, ficando mais calma, e se apoia na parede. 
   — Entendi, Samuel, mas eu não quero comer junto com o Jonas. Eu não quero!
   — Tá, vamos embora então. — Pela expressão dele, Maria Luíza percebe que ele está chateado com algo. 
   — Está tudo bem? 
   — Não, né. Claro que não!
   — Por quê? 
Samuel apoia a mão na parede ao lado da cabeça dela. 
   — Porque o Jonas é o meu amigo e às vezes ele força tanto o limite da nossa amizade. Que merda!
Malu desapoia da parede e dá um selinho em Samuel. 
   — Isso que dá andar com más companhias. 
   — Que azar o meu, né? — brinca Samuel voltando a ficar tranquilo.
   — Pois é. 
Ele aproxima o seu rosto do de Malu, quase encostando o seu nariz no dela.
   — E pra você, qual seria as boas companhias? 
   — Hum, o Thiago, a Graziele... Eu. 
Um canto da boca de Samuel se ergue em um meio sorriso e ele morde um lábio de Malu. 
   — Você é uma boa companhia? — pergunta dando beijinhos no queixo dela. 
   — Boa não, ótima. — Ela leva uma das mãos até o pescoço dele e o puxa para um beijo. Samuel retribui o beijo imediatamente e abraça Malu, encostando-a na parede. Ela passa os braços pelos ombros dele, sentindo as mãos de Samuel envolvendo sua cintura. Malu interrompe o beijo, ofegante, e diz:
   — É melhor a gente voltar pra lá e se mandar. 
   — Ok. Mas sabe o que me surpreendeu? — ele pergunta se afastando dela. 
   — O quê? 
   — A Maísa estar aqui com o Jonas. 
A morena passa a mão na testa. 
   — Ai, a Maísa é uma otária. A gente vive avisando ela para não cair no papinho do Jonas e vê se adianta? Não adianta p*rra nenhuma. 
   — É verdade. Você não quer ficar lá e estragar o clima deles? 
   — Nem que me paguem! A Maísa não é criança, se ela quer se ferrar, que se ferre. 
   — Caraca, que amiga você, hein? 
   — Eu avisei ela, minha parte já fiz. 
   — Ok, vamos voltar. 

Em uma lanchonete grandiosa, Marina e Alexandre comem sanduíches e bebem refrigerante. 
   — Por que você não preferiu comer lá no shopping? — questiona Marina.
Alexandre lambe o molho do sanduíche em seu lábio superior e responde:
   — É que eu amo essa lanchonete. O sanduíche é uma delícia, não é?
   — É — responde Marina dando uma mordida no seu lanche. 
   — Então, você não vai me explicar mesmo o que rolou lá no shopping? — ele indaga pegando o seu refrigerante.
Marina, que está mais relaxada e descontraída, limpa a boca com um guardanapo e responde:
   — Eu não sei se você soube do que aconteceu comigo na festa do Terceirão. 
   — Não. 
   — Então, uns caras tentaram me agarrar no banheiro.
Alexandre arregala os olhos.
   — Sério?
   — Aham. — Ela passa a mão no cabelo. — E hoje eu vi um deles lá no shopping.
   — Mas eles não estão presos?
   — Não — responde Marina dando um gole em seu refrigerante. 
   — Caramba! — ele exclama surpreso. — É por isso que as pessoas fazem as coisas nesse país, não dá em nada. 
Marina assente. 
   — Pois é. Mas eu não quero mais falar sobre isso.
   — Entendo. — Alexandre dá uma mordida em seu hambúrguer.
   — Então, me fala um pouco de você. Eu mal te conheço. 
   — O que você quer saber? — pergunta Alexandre engolindo. 
   — Sei lá. Hum, vamos ver. Desde quando você estuda no Otávio Mendes? 
   — Desde o pré. Daí eu fiquei lá até o terceiro ano do fundamental, quando ele virou só pra ensino médio. Aí eu saí e fui para outro, voltei no primeiro do ensino médio. 
   — Entendi. E o pessoal lá da sala, vocês estudam juntos desde o primeiro ano? 
   — É, a maioria sim. Mas eu estudava junto com o Samuel, com o Jonas e com a Aline lá, no pré. 
   — Sério? 
   — Aham, eu e o Samuel éramos super amigos, sabe? Irmãos. Dividíamos os nossos carrinhos e tudo. 
Marina gargalha.
   — Mas o que aconteceu? Vocês nem se falam direito hoje. 
   — Quando a gente saiu, eu fui para um colégio com a Aline e com outros alunos do terceiro B e o Samuel e o Jonas foram para outro. Durante esses seis anos nós nos afastamos e os dois se aproximaram e se tornaram amigos. 
   — Ah, entendi. E o Vinícius e o pessoal, você já conhecia eles antes do ensino médio? 
   — Não — responde Alexandre terminando seu lanche. — Eles estudavam em outro colégio com a Grazi, a Malu e o Thiago. 
   — Entendi. E a Laís? — indaga Marina sorrindo.
Alexandre também sorri e pergunta:
   — O que é que tem? 
   — Vocês se conhecem desde quando? 
   — Desde o primeiro ano também. 
   — Vocês já ficaram? 
O jovem ri e passa a mão pelo cabelo, que volta a cair em seu rosto. 
   — Não. 
   — Você está mentindo pra mim? 
   — Também não — responde Alexandre ainda sorrindo. 
   — Eu shippo vocês dois. 
Alexandre gargalha, jogando a cabeça para trás. 
   — Termina o seu lanche — fala olhando para o sanduíche de Marina. 
   — Você fica envergonhado de falar dela — percebe a garota rindo. — Ai, Alexandre. 
   — Vamos mudar de assunto — ele fala se mexendo na cadeira. Como não o conhece muito bem e não sabe onde fica o limite dele, Marina resolve atender o pedido. 
   — Tá, vamos voltar a falar do pessoal em geral lá na sala. 
   — Ótima ideia.

Isabela olha com os olhos lagrimejantes para Felipe e diz com a voz embargada:
   — Eu queria tanto ter a certeza de que eu consigo dizer isso e ficar bem, mas... mas eu não tenho. Eu não sei! Eu realmente não sei, Felipe — ela fala em tom angustiado —, se eu quero que você desista. — Isabela tenta controlar o choro. — Eu não queria estar nessa situação, eu não queria fazer isso com você. Só que eu não consigo sair disso! 
Felipe acaricia a mão dela. 
   — Sendo assim, eu não vou desistir de você, não vou desistir de nós. Eu acredito no nosso amor, Isabela. Eu tenho certeza que vou conseguir fazer você acreditar de novo. 
Isabela tem a frase "Eu acredito" entalada na garganta, mas não consegue pronunciá-la, por isso fica apenas encarando os olhos escuros de Felipe. 
   — Nós ainda vamos ser muito felizes juntos — ele diz com convicção e um segundo depois Vinícius abre a porta. Vendo os dois de mãos dadas no chão, Felipe visivelmente emocionado e Isabela chorando, ele para onde está. 
   — Eu não estou aqui, eu não apareci aqui — fala caminhando de costas para o corredor e fechando a porta mais uma vez. Isabela sorri ao ficar sozinha novamente com Felipe e ele enxuga as lágrimas dela com os dedos. 
   — Obrigada — ela sussurra levantando. — Obrigada por tudo. 
Felipe dá um leve sorriso e a adolescente sai do quarto seguida por Nina, encontrando Vinícius parado no corredor. 
   — Eu estraguei o clima, né? — ele pergunta. 
   — Relaxa, Vini — diz Isabela carinhosamente e vai em direção ao seu quarto. Com rapidez, Vinícius entra no quarto e indaga para Felipe:
   — E aí, o que rolou?
Felipe sorri e levanta do chão. 
   — A única coisa que eu sei — fala indo para a porta — é que agora, mais do que nunca, eu preciso treinar. 
Felipe deixa o quarto e Vinícius fala, em vão:
   — Peraí, cara, volta aqui.

Ulisses estaciona em frente a um prédio e fala olhando para Yasmin pelo retrovisor:
   — É aqui. 
Yasmin estica o pescoço, fitando o prédio em questão. O lugar não lhe agrada nem um pouco e ela torce o nariz, observando as paredes encardidas, o portão enferrujado e os lixos que se acumulam na porta. 
   — Ok. — Yasmin cutuca Victor e ele desperta. — Chegamos, você vai comigo? 
Victor olha para o prédio, passando a mão no cabelo tentando arrumá-lo um pouco. 
   — É aqui? — indaga com a testa franzida. 
   — É — confirma Yasmin parecendo enojada. 
   — Tá, vamos lá. — Victor abre a porta do carro e os dois descem. Yasmin para na calçada, observando mais atentamente o edifício. — Tem certeza que quer entrar? — indaga o loiro olhando com desconfiança para as paredes sujas. 
   — Não — ela responde sem pensar. — Quer dizer, se o Seu Antônio mora aí, eu quero. 
Victor dá de ombros e caminha até o portão, seguido de perto por Yasmin. 
   — Não tem interfone? — ela pergunta olhando por cima do ombro dele. 
   — Não. — Victor abre o portão e entra com Yasmin em seus calcanhares. O casal passa pelo hall, que está abandonado, onde há um balcão de madeira descascando e um vaso com um arbusto morto. 
   — Pelo jeito não tem elevador também — comenta a adolescente olhando ao redor. 
   — Não — discorda Victor olhando para o final do hall e ao acompanhar o olhar dele, Yasmin franze a testa. 
   — Eu não vou entrar nisso. —O elevador é velho e as portas estão escancaradas, parecendo emperradas. 
Victor assente e aponta para a direita, indicando uma escada. Eles sobem os degraus empoeirados e o loiro pergunta:
   — Em que andar é o apartamento dele? 
   — Terceiro. 
Os dois continuam subindo os degraus e o tênis de Yasmin escorrega na poeira e ela quase cai. 
   — Cuidado aí — alerta Victor segurando no braço dela. 
   — Ai, meu cotovelo! — ela reclama, sentindo o seu machucado arder. 
   — Desculpa — ele pede e solta o braço dela imediatamente. 
   — Ok. Vamos continuar!

Malu e Samuel voltam de mãos dadas para a mesa. Eles não chegam nem se a se sentar, Malu pega sua bolsa enquanto Samuel diz:
   — A gente já está indo. 
   — Ah, fica aí, gente — pede Jonas sorrindo cinicamente para Malu. Samuel passa uma mão pela cintura dela receando que a morena parta para cima de seu amigo. 
   — Não, a gente vai mesmo. Depois a gente conversa — acrescenta lançando um olhar cortante a Jonas.
   — Tchau, Maísa — se despede Malu junto com Samuel.
   — Tchau! — A loirinha sorri para os dois que se afastam. 
Samuel e Maria Luíza passam pela porta do restaurante e ele comenta:
   — Bem que a gente podia ir para a praia, né?
   — Deus me livre!
   — Por que não?
   — Samuel, branca do jeito que eu sou, você acha que eu vou para a praia sem protetor solar? É pedir pra sair de lá como um camarão. 
O adolescente ri enquanto anda pela calçada com ela.
   — Ok, você me convenceu. Vamos pegar o táxi. 

Marina sorri e pega o seu sanduíche novamente. 
   — Você já brigou com algum garoto lá da sala? — Ela nota que Alexandre está forçando a memória para lembrar. 
   — De bater mesmo, lá da sala, só o Pedro. 
   — Por quê? Das outras salas você já bateu em alguém? 
   — Já briguei, mas apanhei feio. 
Os dois riem.
   — De quem? 
   — Do Gabriel, do terceiro B. Conhece? Ele foi nas festas de vocês ano passado lá naquela fazenda. 
Marina força seu hipocampo para ver se lembra de algum menino com esse nome, mas não obtém resultados.
   — Sei não. 
   — Então, a gente brigou no oitavo ano, se eu não me engano, e eu apanhei feio. — Ele ri recordando. — Na época eu era magrelinho, mais magro do que sou agora — completa rindo ainda mais. 
   — Mas o seu corpo combina com você. Tipo, se você fosse musculoso ou algo do gênero seria estranho. 
   — Quantos você quer por esse elogio?
Eles gargalham e Marina termina de comer. 
   — E aí, quer sobremesa? — indaga Alexandre.
   — Não. 
   — Nem eu. — Ele levanta. — Vou lá pagar, você liga para o táxi? 
   — Ligo, mas peraí que eu vou pagar o meu lanche também. 
Alexandre olha para ela com diversão no olhar.
   — Marina? Eu vou pagar. 
Ela levanta. 
   — Nem pensar, eu pago. 
   — A gente divide o táxi, pode ser? 
   — Você é um cavalheiro. 
Alexandre faz uma reverência e ela gargalha. 
   — À votre service — ele fala em francês. 
   — Do you speak french? 
   — Oui — ele responde ainda na língua francesa.
   — Really? 
   — Bien sûr.
   — That's yes? 
Alexandre sorri e responde:
   — Ouaip.
   — What? Gives to speak portuguese?
   — Que si vous parlez aussi. 
   — Okay. I quit. 
Alexandre ri e faça uma reverência novamente. 
   — Às suas ordens. 
   — Você fala francês? — Marina pergunta novamente, rindo.
   — Sim.
   — Sério? 
   — É claro. 
   — Isso é sim? 
Mais um sorriso surge no rosto dele.
   — Aham!
   — O quê? Dá para falar português? 
   — Só se você falar também.
Marina gargalha e termina de repetir a conversa na língua local ao dizer:
   — Ok. Eu desisto. 
Alexandre ri junto com ela. 
   — Eu aprendi francês com a minha avó — ele explica. 
   — Ela é de origem francesa? 
   — Ela é francesa. 
   — Sério? Que legal!
   — É, agora vou lá pagar. 
Alexandre caminha até o caixa e Marina pega as suas sacolas de compras, usando um aplicativo do celular para chamar um táxi. 

Cansados de subir os lances de escadas Yasmin e Victor param em frente ao apartamento de Antônio. 
   — Só falta ele não estar aqui — diz a loirinha prendendo o cabelo em um coque. 
   — Só falta ele não morar aqui. — Victor encarando a porta de trás de Yasmin. 
   — Não, a moça falou que esse era o endereço dele. 
   — Então toca a campainha.
Yasmin olha para as laterais da porta e fica ainda mais desapontada com o edifício. 
   — Não tem campainha — constata. Victor passa o braço pelo lado do corpo dela e bate na porta com os nós dos dedos. Instantes depois eles ouvem alguém destrancando a porta do outro lado e Antônio surge na frente deles. 
   — Yasmin! — ele exclama e um sorriso radiante aparece em seu rosto. O senhor mantêm a mesma aparência de quando foi transformado pela filha de Micael e Sophia com a ajuda de Isabela. 
   — Seu Antônio. — Ela dá um abraço dele. 
   — Entrem, entrem — convida o senhor abrindo espaço. 
Ao passar pela porta, Victor o cumprimenta:
   — Boa tarde. 
   — Boa tarde! — Antônio fecha a porta e se vira para os dois, que estão parados em frente ao sofá. Ambos não se sentem confortáveis de se sentar no móvel, pois a aparência que ele mostra não é nada convidativa. 
   — O senhor se mudou e nem falou pra mim — acusa Yasmin. — Eu esperava por notícias suas. 
Antônio caminha até eles e senta em um outro sofá com a mesma aparência do primeiro. 
   — Sentem — convida gentilmente. Yasmin e Victor trocam um brevíssimo olhar, que apenas os dois conseguem interpretar, e se acomodam no sofá. A jovem senta na beiradinha com boa parte das nádegas para fora. — Eu tentei entrar em contato com você, senhorita Yasmin — diz o senhor com pesar na voz. — Juro que tentei.
   — E por que não conseguiu? 
   — Assim que a senhorita me deu a oportunidade de sair das ruas, eu comecei a procurar um emprego e consegui em um pequeno colégio particular. Depois de conseguir um pouco de dinheiro, aluguei esse apartamento. — Ele olha ao redor. — É melhor do que nada. 
   — É — concorda Victor. — Pelo menos tem teto, né? — ele brinca com o fato de Antônio ter sido morador de rua e o senhor dá um leve sorriso enquanto Yasmin permanece impassível. 
   — Então, continua, Antônio — ela pede quase caindo do sofá. 
   — Depois que eu aluguei esse apartamento e saí do abrigo, tentei encontrar a senhorita. A única coisa que eu sabia era que a senhorita morava naquele condomínio, então eu fui lá, só que o porteiro não deixou eu entrar.
   — Como?
   — É, ele achou que eu estava mentindo, que não conhecia a senhorita. 
Yasmin fica indignada. 
   — Não acredito!
   — É, mas isso acontece. As pessoas ainda julgam muito as outras pela aparência ou pelo o que elas vestem. 
   — Um absurdo! — exclama Yasmin revoltada. — Mas deixa isso pra lá, quero saber como o senhor está?
Antônio sorri.
   — Eu nunca me senti mais feliz na vida, senhorita Yasmin. Agora eu voltei a fazer o que eu amo, estava com saudades da física. 
   — Não sei o que vocês veem tanto nessa tal de física. — Yasmin gargalha com Antônio e Victor. Eles ficam conversando por mais um tempo sobre a nova vida de Antônio, até que Yasmin convida:
   — O senhor poderia ir almoçar lá em casa essa semana, né?
   — Como? 
   — É, isso mesmo. 
   — Ah, não, senhorita Yasmin. 
   — Ah, sim! — ela insiste sorrindo e se vira para Victor com os olhos brilhantes de animação. — Não é uma boa ideia?
Victor, que pensa mais racionalmente do que a namorada, não concorda completamente, mas responde para não desanimá-la:
    — É. 
   — Então, Seu Antônio — ela diz voltando a fitá-lo. — Vamos! Por favor, é um pedido meu. 
   — Mas e os seus pais? — indaga o senhor inseguro.
   — Os meus pais vão adorar conhecer o senhor. 
Depois de pensar por um instante, Antônio responde:
   — Tudo bem. Eu vou. 
Yasmin sorri e bate palmas de empolgação.
   — Ok, então está combinado. Eu venho buscá-lo para ter certeza que o senhor não vai desistir. 
   — Eu não faria isso com a senhorita, que tanto me ajudou — responde Antônio sorrindo. 
Yasmin levanta e Victor a acompanha. 
   — Então nós já vamos indo. 
   — Já? Não querem tomar algo? Quer dizer, eu tenho água e suco de saquinho na geladeira. 
A loirinha sorri com a simplicidade que Antônio leva a vida.
   — Obrigada, mas nós temos mesmo que ir.
   — Tudo bem. Eu acompanho vocês até a porta. 
O casal e Antônio vão até a porta e se despedem. Descendo as escadas, Victor pergunta de forma divertida:
   — Nós temos mesmo que ir, né? 
Yasmin sorri.
   — Eu adoro o Seu Antônio, mas aquele lugar estava me dando coceiras. 
Os dois chegam ao carro e entram.
   — Vamos para casa? — indaga Victor.
   — É. Pra casa, Ulisses. 

Um táxi para em frente à mansão de Lua e Arthur. Dentro do carro, Marina se despede de Alexandre. 

   — Valeu pelo lanche. 
   — Imagina. 
   — Gostei de te conhecer melhor. 
Alexandre dá um risinho fino, escondendo a boca com a mão.
   — Ai, para — diz fingindo estar envergonhado. 
Marina gargalha e dá um tapa no braço dele.
   — Palhaço! Agora vou indo. Tchau!
   — Tchau!
Marina sai do carro com suas compras e caminha para dentro de casa enquanto o táxi com Alexandre sai. 

Iluminados pelo entardecer, Felipe e Branca, avó materna dele, tomam chá à beira da piscina. 

   — Quero muito agradecer à senhora, vó. — Ele pega carinhosamente na mão dela. — Essas aulas têm sido incríveis e tenho certeza que vão me ajudar muito a reconquistar a Isabela. 
   — Eu que tenho a agradecer à você, meu filho — diz Branca bebericando o seu chá. — Com essas aulas eu tenho menos tempo para pensar no seu avô, o que tem me deixado bem menos entristecida. 
Felipe sorri carinhosamente. 
   — Pode contar sempre comigo para dar uma animada na senhora, ok? — Uma ideia surge em sua mente. — Sabe o que eu pensei agora? Quero continuar com essas aulas mesmo depois da surpresa. 
   — Sério? — se surpreende a senhora. 
   — Aham, eu gostei desse lance. 
   — E você leva jeito — Branca incentiva. 
O moreno gargalha.
   — Vó, também não precisa mentir, né? 
Os dois riem e tomam mais um gole de chá. 
   — Eu gostaria de ver a carinha da Isabela quando ver o que você está preparando pra ela. 
Um sorriso apaixonado desabrocha nos lábios de Felipe. 
   — Eu também quero muito ver a cara dela. 


Comentários

  1. Ai meu deus quero essa surpresa logo amo os dois juntos

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  2. Marina e Alexandre lindos. Sinto que irá surgir uma amizade entre eles. Amei!!

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  3. OMG! Por um momento eu pensei que o Felipe fosse desistir da Isa. Quase infartei kkkk

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  4. Yasmin e Victor reencontrando o seu Antônio foi fofo. É legal que desde de nova ela ajuda os que precisam ♡♡❤❤

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  5. Jonas, Maísa, Samuel e Malu!!! Quero maaais . A Maísa é mto inocente de pensar que o Jonas é um cara legal

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    1. Como disse a Malu "a Maísa é uma otária". Só ela mesmo pra aturar o idiota do Jonas!

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  6. "A Maísa não é criança, se ela quer se ferrar, que se ferre." EITA! Quero só ver o que vai dar desses dois juntos.

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  7. CAPÍTULO INCRÍVEEEEEL

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  8. Entrei para ler o imagine (só agora D:) e vi que o visual do blog tá diferente. AMEEEEEI \o \o \o \o \o \o \o \o

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  9. Marina aparecendo... Como não amar??

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  10. Jonas e Maísa juntos mesmo? Xiii

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  11. Felipe tomando chá com a Branca foi muito legal! Quero ver a surpresa que ele está preparando para a Isa. Ansiedade a mil!!

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  12. Eu chorei junto coma isa;eu estou apaixonada por belipe eles é um casal mega perfeito e nao vejo a hora do proximo capitulo

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  13. sabe eu nao me imagino sem ler o seu imagine

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  14. como dizia a becky "amei amei amei"

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  15. Que isso belipe que isso.......chorei com eles

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  16. Eu te pesso por tudo que é de mais sagrado nao para de escrever nao por favor

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  17. nossa sinceramente vc tem paixao pra escrever Renata nao para de escrever nao, vc tem um futuro brilhante pela frente e eu te admiro por isso mesmo nao te conhecendo pessoalmente sei que vc sera uma pessoa de muito sucesso. ASS:uma Mineira que esta adorando cada dia mais esse imagine.TE ADORO

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  18. BELIPE é tudo nao tem casal melhor!

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  19. E o robertchay(pai) sumiu do imagine

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  20. Ta perfeito Rê a cada dia que passa eu me apaixono mais.

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  21. Parabens esta tudo de bom

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  22. A surpresa do felipe ta chegando?

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  23. A isa tem que escolher o felipe,e o Iago tem que ficar com a Maisa

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  24. Vai ter a festa da Isa e da Yas?.....responde please.

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  25. Adorei a mudança no blog

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  26. momento emocionante da isa e do felipe,amando eles cada dia mais.

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  27. eu nao queria estar no lugar da isa

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  28. a iasa deveria ter dito EU ACREDITO

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  29. Anw *-* Posta logo. Ai, eu só quero ver a cara da Isabela com a surpresa.

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  30. E a primeira vez de YasVic está próxima?
    Me responde por favor*--*

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  31. Vc não postou o próximo capítulo?

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  32. Cadê o capítulo 162 ??????

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  33. Pq vc não postou ontem???

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  34. Quando vc vai postar o próximo capítulo??

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  35. Samuel e Malu são tão fofos <3 E Belipe? Aiai volta logo :33

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