Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 160: Yasmin e Isabela se reconciliam
Isabela apoia o queixo na mão e volta a olhar na direção da mansão de Sophia e Micael, dessa vez por outro motivo.
— Gostaria de saber a opinião da Yasmin.
— O caminho para a casa dela você sabe — diz Vinícius às suas costas e ela se vira bruscamente.
— Quer me matar do coração? — Ele sorri e ela pergunta: — Desde quando você está aí?
— Acabei de chegar. — Vinícius caminha até ela. — Se você está sentindo tanta falta da Yasmin, por que não vai falar com ela?
Após refletir por um instante, Isabela se pergunta:
— É, por que eu não vou falar com ela? — Vinícius sorri e ela vê a opinião dele por trás daquele sorriso. — Acho que eu vou fazer uma visitinha para o Micael e para a Sophia.
O sorriso de Vinícius aumenta.
— É isso aí!
Isabela saltita de volta para o quarto, onde calça uma sapatilha e pega uma das coleiras de seu cachorra.
— Nina — chama e ela cadelinha entra no quarto correndo. — Vem cá, garota, vamos dar uma volta.
Na varanda da mansão de Arthur e Lua, Yasmin e Victor dão mais um beijo.
— A gente deveria brigar mais vezes — fala o loiro com os braços na cintura dela.
— Como?
— É que se toda vez que a gente brigar, a gente se beijar desse jeito, eu vou querer brigar sempre.
— Não é a briga que causa isso, tolinho — diz Yasmin apertando ainda mais seu corpo contra o dele. — É que você, assim, só de short é uma tentação. — Ela encerra a frase dando uma mordiscada no lábio inferior dele.
Mesmo achando que a namorada irá ficar tensa, Victor comenta:
— Você sabe que só depende de você pra melhorar, né?
— Novamente, como? — ela pergunta rindo.
— Se eu já sou uma tentação de bermuda — ele fala no ouvido dela —, imagine sem?
Yasmin ri, o surpreendendo, e puxa o cabelo acima da nuca dele.
— Você está me saindo bem mais paciente, sabia?
— Mas vai ter uma hora que a paciência vai acabar.
— E o que é que você vai fazer? — provoca Yasmin segurando o riso.
Victor pensa por poucos segundos e responde:
— Nada. — Os dois gargalham e dão um abraço apertado.
— Sabe o que eu queria às vezes? — pergunta Yasmin com o queixo apoiado no ombro dele.
— Não — responde Victor no cabelo dela.
— Guardar você em uma caixinha só pra mim.
— Isso é doença, sabia? — brinca Victor e ela ri.
— É sério. Parece que você é tão eu.
— Sabe por que você tem essa sensação?
— Hum?
— Porque eu sou o seu número e você é o meu — ele diz colocando o cabelo dela para um lado.
— Maneira Victor de dizer: Você é a minha alma gêmea — ri Yasmin.
— Ah, fala sério, você tava falando que queria me colocar em uma caixinha. Nada pode ser pior do que isso!
— Falar que eu sou seu número é quase o mesmo nível.
— Ok, a partir de hoje nem tentar ser romântico eu tento mais. — Ele ri, abaixa a sua camisa xadrez que Yasmin veste e beija o ombro nu dela. A loirinha fecha os olhos e inclina a cabeça para o outro lado, expondo seu pescoço para ele. Victor faz exatamente o que ela quer, beijando cada centímetro de pele até a boca dela. Os dois se beijam vorazmente e Yasmin para o beijo com selinhos.
— É melhor eu ir.
— Está com medo de não resistir ao boy american aqui?
— Never.
Victor ri e se afasta um pouco dela.
— Sabe o que eu queria?
— Eu na sua cama? Sei.
Ele gargalha.
— Isso também, mas eu tava falando de outra coisa.
— Do quê? — pergunta Yasmin endireitando a camisa.
— Queria te ver no meu mundo, digo, lá em New York, no meu colégio mais especificamente.
— Por quê?
Victor dá de ombros.
— Não sei, seria engraçado. Você faz exatamente o tipo de garota que estuda lá.
— Bonita, rica e inteligente?
— Metida.
Yasmin faz uma careta para ele e recebe um selinho em troca.
— Besta — fala dando um soco de leve na barriga desnuda dele.
— Ai, assim vai ficar roxo — ele brinca massageando onde foi acertado.
Ao socar a barriga dele, Yasmin se lembrou da última vez que socou alguém a sério.
— Victor?
O loiro franze a testa, estranhando a mudança súbita da expressão dela. Segundos antes estava suave e divertida, agora está séria e preocupada.
— O que foi?
— O que aconteceu com os caras que agarraram a Marina?
Ele coça uma sobrancelha e suspira.
— Encontraram eles, mas adivinha? Não foram presos. Estão respondendo em liberdade.
— A justiça desse país é uma merda mesmo.
— É, parece que eles não têm passagem e como o ato não se consumou, graças a Deus — brinca em um tom de voz que lembra o de Isabela —, estão livres.
Yasmin sacode a cabeça.
— Deveria ter batido mais neles.
— Concordo.
— Uau — fala Yasmin voltando a ficar relaxada. — Você não vai dizer que eu fui muito corajosa ao enfrentá-los e que poderia ser perigoso? — pergunta recordando das palavras que ouviu de seus pais quando contou do ocorrido.
— Não — Victor responde com simplicidade. — Você fez certo, deveria ter batido mais naqueles otários.
— É porque isso que eu namoro com você. — Eles riem. — Agora é sério, eu preciso mesmo ir.
— Ok. Até amanhã.
Eles dão um beijo rápido e Yasmin gira, porém sente Victor a puxando pela camisa.
— O que é?
— Essa camisa é minha.
Yasmin dá um leve sorriso.
— Eu não estou vendo o seu nome.
Victor ri ironicamente.
— Espertinha.
Yasmin manda um beijo para ele e se afasta. Victor a observa caminhar com desejo no olhar e em seguida entra em casa.
Quando chega na mansão em que mora, Yasmin fica espantada ao encontrar Isabela sentada na sala.
— Isabela? — chama ao se aproximar. A menor gira a cabeça suavemente, encarando com os olhos castanhos o rosto de Yasmin.
— Oi.
— Oi, o que você está fazendo aqui?
— Vim conversar com você.
— Comigo?
— É, não conheço outra Yasmin que mora aqui — responde Isabela sorrindo angelicalmente.
Yasmin senta no braço do sofá, ainda estranhando o que está acontecendo.
— Por que você quer falar comigo?
— Porque nós somos amigas.
— E você só se lembrou disso agora? Depois de quase dois meses sendo esquisita comigo?
Isabela suspira.
— Eu vim aqui para fazer as pazes, ok?
— O que te fez tomar essa decisão? — pergunta a loirinha ainda cautelosa.
Isabela olha para as próprias mãos e responde:
— Eu sinto falta da sua companhia.
— A do Victor não está sendo satisfatória? — rebate a loira com rispidez, escondendo o ciúmes perfeitamente.
— Yasmin — reclama Isabela voltando a olhar para ela —, eu vim fazer as pazes. Colabora!
Yasmin encara Isabela por longos segundos com uma expressão de vilã de novela, a sobrancelha arqueada, os olhos frios e a boca impassível. A única razão para Isabela não se sentir intimidada é que conhece Yasmin há anos.
— Ok — diz a loira por fim.
— Ok? É só isso?
— O que você quer que eu faça?
— Eu esperava pelo menos um abraço — conta Isabela timidamente. Yasmin se desfaz da máscara de durona e levanta.
— Um abraço.
Isabela também fica em pé e recebe um abraço da amiga. Yasmin dá um leve sorriso, recordando da altura em que seus braços ficam para abraçar Victor e a altura em que eles estão agora. Aproximadamente trinta centímetros de diferença, fazem ela sorrir. Uma emoção toma conta de Isabela e os seus olhos ficam marejados.
— Senti tanto a sua falta.
Yasmin aperta Isabela.
— Eu também senti a sua. — Ao se afastar da amiga, nota que ela está quase chorando. — Isabela, não vai começar a chorar, né? — A menor sorri e Yasmin a puxa para mais um abraço. — Sua anã.
Depois de um tempo abraçadas, elas se separam.
— Você perguntou para mim se a companhia do Victor não estava sendo satisfatória — lembra Isabela. — Ciúmes dele?
— E eu lá sinto ciúmes daquele monstrinho? — brinca Yasmin e elas riem. — Vem, vamos lá para o meu quarto. Pelo o que eu fiquei sabendo a sua vida está bem agitada.
Isabela sorri e segue Yasmin rumo à escada com Nina ao seu lado.
Thiago está deitado em sua cama com as mãos atrás da cabeça, usando unicamente uma cueca box preta. Ele ouve o som da descarga e instantes depois Graziele sai do banheiro vestida com uma regata cavada da cor cinza que é de Thiago e sua calcinha roxa.
— Eu não sei o que foi que eu comi que fez tanto mal — ela fala deitando ao lado dele.
— Deve ter sido o cachorro quente daquele cara — aponta Thiago. — Ele não estava com uma cara muito boa mesmo, a gente não devia ter comido.
— E por que só eu passei mal? — indaga Graziele.
— Ah, cada pessoa é uma pessoa, né?
A ruiva assente e apoia a cabeça no ombro dele.
— Justo no momento em que nós estávamos aproveitando o resto da noite — ela fala passando a mão pela barriga dele, descendo até o quadril.
— Tempo não vai faltar — diz Thiago abraçando ela.
— Ai, peraí — pede Graziele se soltando. Ela pula da cama e retorna ao banheiro.
Thiago vira na cama, afundando o rosto no travesseiro.
— Amor — ele chama virando o rosto —, coloca um cheirinho no banheiro, porque está podre.
Minutos depois Graziele sai do banheiro mais pálida do que o normal, mesmo assim fala como se nada estivesse diferente.
— Esqueci que você não caga, né? — Ela senta na cama. — E o seu pum cheira a rosa.
Thiago também senta e fica atrás dela.
— Ei, você não tá bem.
— Tô.
— Não foi uma pergunta — retorque o garoto acariciando as costas dela. Graziele apoia o seu corpo no dele e fecha os olhos.
— Minha barriga está queimando — conta.
— Vou te levar ao médico — ele fala decidido.
— Não — pede Graziele. — Não precisa.
— Graziele, você está mais branca do que o normal.
— Eu vou ficar bem, Thi, não é nada demais.
Thiago suspira na nuca dela.
— Se você não melhorar até de manhã, a gente falta o colégio e vamos para o médico.
— Ok.
Graziele sai dos braços do namorado e deita na cama. Thiago faz o mesmo e volta a abraçá-la.
Isabela e Yasmin conversam na cama da loirinha e Nina dorme no tapete sob elas. A morena conta toda a sua aflição na dúvida sobre seus sentimentos e enquanto ela fala, Yasmin se mantêm quieta e impassível. Depois que termina de relatar suas angústias, pergunta:
— Então, o que você acha?
— O que eu acho? Acho que você está em uma fria, amiga. De verdade. Assim, quando a gente tava longe, eu ficava pensando no porquê de você e o Felipe ainda estarem separados e porquê você se importava tanto com o Iago, afinal, se for por beleza o meu irmão ganha disparado.
— O Iago também é bonito — defende Isabela.
— É, só que daquele jeito meigo e fofo. Agora o Felipe tem cara de homem, sabe, e... ai, a gente não está comparando a beleza dos dois. Enfim, agora que eu sei dos seus sentimentos pelo Iago... Isabela, você está apaixonada por ele!
— Isso não está ajudando!
— É, eu sei, mas você tem que pensar o seguinte: Pelo Iago é uma paixão e pelo Felipe é amor. A gente sabe quem ganha nessa disputa, né?
— Você não está falando isso por que quer que eu fique com o Felipe, está?
— Óbvio que não. Você sabe muito bem que eu sei separar a Yasmin melhor amiga da Yasmin cunhada.
— Ai, Yasmin — fala Isabela impaciente. — Eu quero tanto acabar com isso logo.
Yasmin pega nas mãos dela.
— Ei, relaxa! Não importa com quem você fique, você sempre terá a mim, ao Vinícius...
— Ao Victor — completa Isabela.
— Você realmente tá gostando dele, né?
— Gostando? Não, óbvio que...
— Como amiga — interrompe Yasmin.
— Ah! — exclama a morena. — Ah, como amiga, sim. Ele é muito companheiro.
— Eu sei.
— É claro que você sabe — ela sorri. — Yas, agora é a minha vez de te aconselhar.
— Hã? Mas eu não preciso de conselho, estou bem.
Isabela ri.
— Eu sei disso, mesmo assim tenho uma coisa pra te dizer.
— Hum, então fala.
— Não deixa o Victor escapar da sua vida, tá? Nesses dias em que a gente estava distantes, eu fiquei observando vocês e... vocês parecem que foram feitos um para o outro.
— Eu sou o número dele e ele é o meu número — ela diz usando as palavras de Victor.
— Desde quando vocês se tornaram sapatos? — Isabela brinca.
— O Victor me disse isso hoje.
Isabela ri.
— Entendi. Então, vocês têm uma química incrível e, agora que eu conheço um pouco dele, sei que ele é um garoto incrível. Grosso, palhaço, nojento, mas assim mesmo incrível.
— Você disse coisas mais bonitas sobre ele do que eu já disse desde que a gente está junto. — As duas gargalham. — Mas, falando sério, eu não vou deixar aquele idiota se livrar de mim facilmente. Eu... eu o amo.
— Oh, que lindinha! — A morena bagunça o cabelo da amiga, gargalhando.
A manhã seguinte surge nublada e permanece assim até a hora do almoço. Isabela passou o intervalo na companhia de Iago e se divertiu bastante com ele comentando sobre livros que foram um fracasso. Durante a tarde, Victor acompanha Yasmin a uma visita ao abrigo em que Antônio, morador de rua que ela ajudou, foi deixado. Malu vai até a casa de Graziele, que melhorou sob os cuidados de Thiago.
— Você não sabe o que aconteceu ontem — diz esparramada na cama da melhor amiga.
— O quê? — indaga a ruiva.
— Eu encontrei com a mãe do Samuel no shopping e ela me reconheceu e veio falar comigo.
Graziele ri.
— Como é? Você estava sozinha e ela te reconheceu? O que ela falou?
Malu, que também ri, explica:
— Eu estava andando, saindo daquela loja de discos que eu amo, daí ela veio andando na minha direção, eu reconheci ela dos jornais e tal, mas nunca pensei que ela fosse me reconhecer.
— E aí?
— Ela me parou e falou, "Oi, Maria Luíza". Daí eu perguntei se ela me conhecia e adivinha o que ela falou? — ela pergunta gargalhando ao lembrar.
— O quê? — Graziele está cada vez mais curiosa.
— "É claro que eu te conheço, o Samuel sempre fala de você e eu vi fotos de vocês no Instagram dele."
Graziele cobre a boca com as mãos.
— Não creio! Ela entra no Instagram?
Malu rola de rir na cama.
— É nisso que você se atém? O Samuel fala de mim para a mãe dele!
A ruiva ri e faz cócegas na amiga.
— Que lindinho, o babaca está se regenerando pela malu-maluquinha.
As duas gargalham.
Sentindo-se entediada Isabela sai de seu quarto e anda descalça pelo corredor rumo ao escritório de Mel, onde a empresária trabalha. Ao passar pelo quarto de Vinícius, que está com a porta fechada, ouve a voz de Felipe cantando uma música e para com a intenção de ouvi-lo.
Dentro do cômodo, Felipe está sentado no chão com as costas apoiadas na cama e o violão de Vinícius nos braços. Fazendo o acorde dó com nona, continua tocando e cantando a música Cuida Bem Dela.
— Foi por um triz, mas fui incapaz de ser o que ela sempre quis. Faça ela feliz. — Depois de tocar a introdução mais uma vez, prossegue: — Sabe aquela menina sentada ali, com o olhar desconfiado tão inocente, eu já fui doente naquela mulher. Eu sei que agora ela deve tá olhando de lá, tão sem graça vendo o presente e o passado, conversando de um assunto. Ela já sabe qual é. — Variando o ritmo, canta o pré-refrão: — Esse é meu único aviso, se ela quis ficar contigo, faça ela feliz, faça ela feliz. — Ele retorna ao ritmo anterior no refrão. — Cuida bem dela, você não vai conhecer alguém melhor que ela. Promete pra mim, o que você jurar pra ela, você vai cumprir. Cuida bem dela, ela gosta que repare no cabelo dela, foi por um triz mas fui incapaz de ser o que ela sempre quis. Faça ela feliz.
No final da música, Isabela está praticamente pregada na porta, os ouvidos atentos e a pele arrepiada em consequência da identificação com a letra da canção. O silêncio dentro do cômodo faz com que ela se pergunte se Felipe está com a mesma sensação que ela, e também onde está o seu irmão. O último questionamento é respondido quando ouve Vinícius perguntar, dentro do cômodo:
— Já desistiu da Isabela?
— Hã?
A adolescente encosta ainda mais a orelha na porta, prestando máxima atenção na conversa. Ela está tão concentrada no que se passa do outro lado da porta que não percebe quando Nina senta no chão ao seu lado.
— Já desistiu da Isabela? — ouve Vinícius repetir.
— Não, nunca.
— Não foi o que me pareceu ouvindo você tocar essa música.
— Ah — exclama o moreno e Isabela tem a confirmação, pelo tom de voz dele, que ele também se identificou com a letra. Nina late e Isabela se sobressalta. Ela ainda está bem perto da porta e ouve passos se aproximando da passagem. Sem perder tempo, dá um passo para trás e se agacha para pegar a cadelinha preta. A porta abre e Vinícius surge com a curiosidade estampada no rosto.
— Isa? — ele se surpreende e de dentro do quarto Felipe estica o pescoço ao ouvir o apelido da ex. — Pensei que o latido tivesse sido um pedido da Nina para entrar no quarto.
Isabela ainda está um tanto atordoada pelo últimos segundos e demora um tempo para responder.
— Não, a gente estava brincando. — Ela se levanta com Nina nos braços.
— Hum. — Ele estica um braço e pega no pulso da irmã. — Vem cá.
Vinícius arrasta a morena para dentro do quarto e, inconscientemente, Felipe passa a mão pelo cabelo para deixá-lo menos despenteado. Isabela senta em uma poltrona em sua diagonal e Vinícius em sua frente, no chão.
Victor está apoiado no carro, esperando Yasmin retornar da visita. O motorista da adolescente foi comprar alguns doces pedidos pela loirinha, deixando Victor sozinho. Antes de dar cinco minutos que Yasmin passou pela porta do abrigo, ela volta com uma expressão de frustração.
— Ué, o que houve? — pergunta Victor desencostando do carro.
— O Antônio não mora mais aqui — conta Yasmin.
— Como?
Victor está apoiado no carro, esperando Yasmin retornar da visita. O motorista da adolescente foi comprar alguns doces pedidos pela loirinha, deixando Victor sozinho. Antes de dar cinco minutos que Yasmin passou pela porta do abrigo, ela volta com uma expressão de frustração.
— Ué, o que houve? — pergunta Victor desencostando do carro.
— O Antônio não mora mais aqui — conta Yasmin.
— Como?
— Pega o capo pra mim — pede Felipe evitando olhar para Isabela.
— Pega lá, tá naquela gaveta ali — responde Vinícius apontando para a sua estante.
Felipe deixa o violão de lado e levanta, caminhando até o móvel indicado por Vinícius. Isabela observa cada movimento dele e Nina faz o mesmo. O garoto pega o capotraste e depois de colocá-lo no violão, toca em lá menor com sétima, começando a cantar:
— 'Cause you're a sky, 'cause you're a sky full of stars. I'm going to give my heart. 'Cause you're a sky, 'cause you're a sky full of stars. 'Cause you light up the path. — Ele olha para Vinícius, que entende a mensagem e continua:
— I don't care, go on and tear me apart. I don't care if you do ooh oo-ooh. 'Cause in a sky, 'cause in a sky full of stars. I think I saw you oo oo ooh, oo-oo-ooh.
Felipe toca o refrão e Vinícius batuca com as mãos no tapete. Isabela sorri da sintonia dos dois e fica impressionada com o talento que eles demonstram. Logo após Sky full of stars, Felipe tira o capotraste e emenda outra canção:
— Saturday morning jumped out of bed, and put on my best suit. Got in my car and raced like a jet, all the way to you. Knocked on your door with heart in my hand. To ask you a question. 'Cause I know that you're an old-fashioned man. Yeah, yeah.
Felipe muda o ritmo em sol bemol maior e Vinícius canta o pré-refrão:
— Can I have your daughter for the rest of my life? Say yes, say yes 'cause I need to know. You say, "I'll never get your blessing 'til the day I die, tough luck, my friend, but the answer is no! "
Juntos, os dois amigos cantam: "Why you gotta be so rude? Don't you know I'm human, too? Why you gotta be so rude? I'm gonna marry her anyway."
— Marry that girl, marry her anyway. Marry that girl, Yeah, no matter what you say — canta Felipe fazendo os acordes sol bemol maior e lá bemol maior.
— Marry that girl and we'll be a family. Why you gotta be so ruuuude? — Vinícius completa. — Vai, Isa.
— Não, eu não sou tão afinada como vocês — diz Isabela surpresa. Felipe permanece em sol bemol maior enquanto ela fala, prolongando assim o início da segunda parte da música.
— A gente só está zoando. Vai, junto comigo — insiste Vinícius. — I hate to do this, you leave no choice, can't live without her.
— Love me or hate me, we will be boys standing at that altar — canta Isabela com sua voz suave, mas não muito afinada.
— Or we will run away — Vinícius canta junto com ela e deixa que a garota complete:
— To another galaxy, you know.
— You know she's in love with me, she will go anywhere I go — Vinícius termina a estrofe e Felipe troca novamente o ritmo no pré-refrão, cantando:
— Can I have your daughter for the rest of my life? Say yes, say yes 'cause I need to know. You say, "I'll never get your blessing 'til the day I die, tough luck, my friend, 'cause the answer's still no! "
Os três cantam juntos o refrão e Felipe termina a música.
— Muito bem, maninha — elogia Vinícius. — Vai, escolhe a próxima.
Isabela dá de ombros.
— Sei lá.
Vinícius ri, falando para o amigo:
— Vamos mostrar pra ela aquela que a gente tava tocando antes.
Felipe assente e começa a tocar o solo de introdução de Pumped Up Kicks e Isabela se agita na poltrona.
— Adoro essa música! — exclama sorrindo. Vinícius sorri e Felipe faz o mesmo, mas continua sem colocar seu olhar na adolescente. Depois de cantarem juntos a primeira parte, partem para o refrão:
— All the other kids with the pumped up kicks. You'd better run, better run, outrun my gun. All the other kids with the pumped up kicks. You'd better run, better run, faster than my bullet.
Após essa música, Vinícius pede o violão.
— Eu tava cantando essa com a Marina esses dias. — Tocando si bemol menor, canta: — Party girls don't get hurt, can't feel anything, when will I learn. I push it down, push it down. — Isabela fica espantada ao reconhecer a música e anseia pelo refrão para ver como Vinícius se saíra. No entanto, Felipe permanece impassível, pois não identifica a música. — I'm the one "for a good time call". Phone's blowin' up, they're ringin' my doorbell. I feel the love, feel the love.
Enquanto Vinícius cantava, Nina pulou do colo de Isabela e foi se aconchegar nas pernas de Felipe, que ficou surpreendido com a atitude da cadelinha. Junto com o irmão, Isabela canta:
— One, two, three. One, two, three, drink. One, two, three. One, two, three, drink. One, two, three. One, two, three, drink. Throw em back, till I lose count.
No refrão, não se arrisca e deixa Vinícius interpretar sozinho.
— I'm gonna swing from the chandelier, from the chandelier. — Felipe ergue as sobrancelhas, impressionado com a extensão da voz dele. — I'm gonna live like tomorrow doesn't exist, like it doesn't exist. — Para aumentar a admiração de Felipe, ele continua sem desafinar: — I'm gonna fly like a bird through the night, feel my tears as they dry. I'm gonna swing from the chandelier, from the chandelier.
Ao final da música, Isabela bate palmas.
— Você canta muito bem — elogia com um sorriso no rosto.
— Caramba, Vinícius! Essa é música é f*da pra cantar, hein?
Vinícius assente.
— Põem f*da nisso.
Eles riem. Fazendo as acordes ré maior, lá maior, fá sustenido menor e mi maior, Vinícius toca a introdução de Pompeii da banda Bastille.
— I was left to my own devices. Many days fell away with nothing to show. — Felipe bate palmas, bate no peito e estrala os dedos no mesmo ritmo que Vinícius toca, dando graça à música. Isabela analisa o desempenho dele, encantada com a agilidade e coordenação motora que ele apresenta. Vinícius continua cantando: — And the walls kept tumbling down in the city that we love. Great clouds roll over the hills, bringing darkness from above. — Felipe faz movimentos rápidos anunciando o refrão. — But if you close your eyes, does it almost feel like nothing changed at all? And if you close your eyes, does it almost feel like You've been here before? — Fazendo meia batida em ré maior e fá sustenido menor e uma batida em mi maior, canta: — How am I gonna be an optimist about this? How am I gonna be an optimist about this?
Depois que termina de tocar Pompeii, Vinícius entrega o violão para Felipe e levanta.
— Vou pegar alguma coisa pra comer. Vocês querem?
— Não — responde Isabela.
— Não, valeu.
O jovem de cabelo cacheado sai do quarto, deixando Isabela e Felipe sozinhos.
Resumindo em uma unica palavra PERFEITO que sábado chegue logo isabela e felipe podiam voltar no próximo capitulo
ResponderExcluirAhhhhhhhhhhhhhhhhhhh que amor amei esse capitulo , gente simplesmente perfeito ❤ quero mais
ResponderExcluirAaaah essa é a hora perfeita pro Felipe e a Isa conversarem, que tal se rolasse outro beijo entre os dois? Seria top, sem falar que, ahhh quero que eles voltem logo a namorar! <3333
ResponderExcluirRê vc quer me matar do coração?
ResponderExcluirMega ansiosa para chegar logo sábado.
simplesmente perfect
A partir de quinta feira vc vai voltar a postar normalmente?
ResponderExcluirEstou louca pela primeira vez de yasvic!!!!
ResponderExcluirAaaaah continua ta pft
ResponderExcluirvai ter o aniversario da isa e yas?seria legal se a surpresa do felipe fosse no niver da isa.
ResponderExcluirsabado chegue logo por favor......... tic tac
ResponderExcluiramando cada vez mais
ResponderExcluirisa podia cantar bem como o vini
ResponderExcluirseria legal se a isa pudesse estrelar uma campanha da melphia
ResponderExcluireu nao aguento mais ver a isa e felipe separados
ResponderExcluirposta mais
ResponderExcluiruhuuuuuuuuu sera que vai rolar beijo de belipe?
ResponderExcluirto amando esta tudo muito bom so falta a isa e felipe voltarem
ResponderExcluir:o :o :o
ResponderExcluirO que será que vai rolar entre Isalipe? A volta de Yasbela foi linda kkkkk Adorei a reconciliação das duas <3
ResponderExcluirAi so dah belipe queria mais caps q tivesse marina... :( mais amo os otros tmb kkkkk
ResponderExcluirGosta da Marina? Tem uma cena especial dela no próximo capítulo. Fica ligada! ;)
ExcluirVc vai postar hj?
ExcluirRê Kd vc meniinaaa?? Mega ansiosaa
ResponderExcluirEu coloquei no youtube todas as músicas e fui lendo aqui no imagine... eu adorei a música Chandelier da Sia. Não canso de ouvir. HAHAHA
ResponderExcluirSempre quando eu escrevo cenas com música também estou ouvindo a música em questão. É muito bom! Fica mais real, não é? kk
Excluir