Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 158: Isabela, Vinícius e Marina vão a um jantar com Chay


O sinal abre e Samuel acelera.
   — Eu dei um soco nele — repete olhando para o trânsito. Malu, ainda perplexa, se endireita no banco traseiro e apoia as costas no banco. 
   — Eu sei que vocês não têm as melhores das relações, mas bater nele? Samuel, ele é o seu pai!
   — Ele deu um tapa na minha mãe — conta o adolescente com a voz controlada. 
   — Como é? Meu Deus! Mas peraí — ela franze a testa —, não foi o seu pai que traiu a sua mãe e teve um filho fora do casamento? Por que ele se achou no direito de bater nela? 
   — Eles estavam discutindo por causa do divórcio, se exaltaram e ele deu um tapa nela. 
   — Caraca!
Samuel vira bruscamente à direita e Malu escorrega no banco. 
   — Eu não me orgulho do que fiz, mas também não me arrependo. O que você acha? 
A morena volta a se sentar no banco e tirando o cabelo do rosto, diz:
   — Eu acho que a sua família é muito violenta. 
Samuel permanece impassível, então ela continua:
   — Aonde foi que você deu um soco nele?
   — No escritório dele. Você acredita que ele disse que deveria quebrar a minha cara como fez com a da minha mãe?
   — Não brinca!? Ah, então ele mereceu. — Ela sorri, porém Samuel continua inalterável. 
   — Eu quero mais que ele se ferre e que vá a falência.
Malu passa por entre os bancos da frente e senta no do passageiro.
   — Agora é relaxar, o que você fez já foi. 
   — É. — Ele coça a ponta do nariz despreocupadamente. — Quer almoçar aonde? 
   — Sei lá, você ainda quer almoçar? Pode me deixar em casa e ir pra sua ver como a sua mãe está. 
   — Antes de passar lá no colégio, eu dei um pulinho em casa e está tudo bem.
   — Eu não quero te atrapalhar. 
Samuel olha de relance para ela.
   — Malu, eu sei que você não é dessas. 
A morena ri e coloca um pé no banco.
   — Não sou mesmo. Eu quero almoçar em um restaurante aqui perto. Estou morrendo de fome!
O jovem gargalha e coloca uma mão no joelho dela.
   — É por isso que eu gosto de você. 
Malu sorri e acaricia a mão dele. 

Ainda na calçada em frente ao colégio, Isabela, Vinícius, Yasmin e Felipe aguardam os seus respectivos motoristas. A maioria dos alunos já foram embora e apenas mais três esperam suas conduções. 
   — Eu devia ter ido com o Victor — reclama Yasmin sentada em sua mochila —, a essa hora já estava lá no condomínio. 
   — O que será que aconteceu? — questiona Vinícius. 
Isabela resmunga algo ininteligível apoiada na parede, o mais distante de Felipe que conseguiu.  
   — Também não sei — responde Felipe. 
O carro luxuoso dirigido pelo motorista contratado por Micael pra suavemente em frente aos jovens. 
   — Vamos, Yasmin — chama Felipe caminhando até o carro. 
   — Vamos com a gente — fala a loirinha levantando do chão com a ajuda de Vinícius. 
   — Mas e se o Evaldo estiver vindo? — Vinícius diz pegando a mochila para ela. — A gente vai se desencontrar. 
Felipe retorna do carro e fala de má vontade:
   — O nosso motorista disse que se atrasou porque estava ajudando o Evaldo.  
   — O que aconteceu com o Evaldo? — pergunta Isabela preocupada. Eles trocam um breve olhar, mas logo desviam. 
   — Com ele nada — responde o moreno sem olhar para ela. — O pneu do carro furou. 
   — Ah! — exclama Vinícius. — Então nós vamos com vocês. 
Yasmin passa um braço pelos ombros de Vinícius. 
   — Dá um jeito de sentar na janela. 
   — Por quê? 
   — Só faz isso — ela pede acariciando os cabelos acima da nuca dele. 
   — Para, você está me causando arrepios. 
Yasmin tira a mão da nuca dele e desce pelas costas. 
   — Eu provoco arrepios em você, é? — pergunta em um sussurro sensual. Vinícius ri e bagunça o cabelo dela. 
   — Vai pastar, Yasmin!
A loirinha gargalha e corre até Felipe, que está abrindo a porta do passageiro. 
   — Eu vou na frente — diz de maneira autoritária. 
   — Deixa de frescura, Yasmin — fala Felipe. 
   — Não. — Ela passa por ele e entra no carro. — Vai ficar aí? Eu quero fechar a porta. 
Felipe revira os olhos e bate a porta com força. Em seguida se joga no banco de trás ao lado de Isabela, que está ao lado do irmão. Yasmin olha pelo retrovisor para o ex-casal e dá um leve sorriso. 

Com a mochila nas costas, Graziele caminha da garagem até a porta principal da mansão de seus pais. Quando passa pela porta, grita:
   — Cheguei! 
Phil, o velhinho cachorro da família, anda lentamente até ela. 
   — Oi, Phil! — fala jogando a mochila no chão e pegando o cão nos braços. — Cadê todo mundo?
Uma das empregadas chega na sala. 
   — Olá, Dona Graziele. 
   — Só Graziele — lembra a ruiva indo para o sofá. — Cadê o meu pai? E a minha mãe?
   — O Seu Henrique ligou falando que não vai vim para o almoço. 
O rosto de Graziele se apaga momentaneamente. 
   — E a minha mãe?
   — Está presa lá na livraria. Parece que as coisas estão animadas por lá. 
   — Ah — ela deixa escapar. — A mesa já está pronta? — pergunta olhando para a emprega. 
   — Estamos terminando de arrumar. 
   — Ok. — A emprega deixa a sala e Graziele comenta com Phil: — Mais um almoço só nós dois. 

Horas mais tarde, Yasmin anda de skate pelas calçadas do condomínio ao lado de Victor, que corre. 
   — Eu tentei, juro que tentei — ela resmunga. — Fiz os dois sentarem um do lado do outro no carro, mas eles nem se tocaram. Eu já não sei mais o que eu faço! Agora o Felipe está chateado com ela por causa do beijo que ela deu no Iago na festa. Aliás, por que você não me contou? 
   — Eu achei que a Isabela ia preferir assim — responde o loiro sem diminuir o ritmo da corrida. 
   — Vocês têm sabido a preferência um do outro, né? Que ótimo — ironiza impulsionando o seu skate com mais força que o necessário. 
   — Yas, menos. 
   — Menos, menos, é só isso que você tem pra dizer, né? 
Victor revira os olhos e corre mais rapidamente, tentando deixar a namorada para trás. Yasmin o alcança com facilidade.
   — Você ainda quer se livrar de mim? 
   — Eu quero que você fique quietinha. 
Yasmin ergue as sobrancelhas e dá meia volta, indo com o seu skate para a direção oposta à de Victor. O loiro gira e começa a correr, literalmente, atrás dela. 
   — Yasmin, para com isso! — A  loirinha o ignora e anda mais rápido, aproveitando a descida. — Yasmin! — chama Victor. — Yasmin!
A adolescente faz uma manobra ao sair da calçada e começa a atravessar a rua. Victor continua correndo atrás dela e assiste quando um carro preto freia bruscamente, parando a poucos centímetros de sua namorado. Com o susto, Yasmin cai do skate. 
   — Yasmin! — Victor vai rapidamente até ela. — Você está bem? 
   — Tô ótima — ela responde friamente e ao tentar levantar percebe que ralou o punho e o cotovelo. O motorista do carro desce e caminha calmamente até o casal. 
   — Tá bem, Yasmin? 
Victor e Yasmin olham para o motorista, a garota reconhecendo a voz.
   — Samuel!? — exclama encarando o jovem. 
   — Tá tudo bem, Yas? — indaga Malu descendo do carro. 
   — Queria me atropelar? — Yasmin olha enfurecida para Samuel. 
   — Você que tava atravessando a rua sem olhar. 
Victor segura na cintura de Yasmin e a ergue do chão. 
   — O que vocês estão fazendo por aqui? — pergunta Victor.
   — Eu moro aqui — Malu responde e Samuel acrescenta:
   — Eu tava trazendo ela. 
   — Como todos estão bem, vamos embora, Samuel? — fala Malu pegando no braço do garoto. 
   — Você não tem idade para dirigir — Yasmin observa. 
   — O Victor também não tinha quando roubou o carro do Arthur lá na fazenda e você foi com ele — rebate Samuel. 
A loirinha arqueia uma sobrancelha.
   — Você estava lá?
   — Claro, eu fui convidado. 
   — Hum. 
   — Muito legal, agora vamos. — Malu arrasta Samuel de volta para o carro. — Melhoras aí, Yas — deseja quando o carro passa pelo casal. 
Victor, ainda com um braço em torno da cintura de Yasmin, diz:
   — Vem, vou te levar para casa. 
   — Não precisa, eu machuquei o braço e não a perna. — A garota tenta se soltar, mas acaba ainda mais presa em Victor. 
   — Ei, para com isso! — ele pede segurando-a com firmeza. — Larga de ser criança, Yasmin. 
   — Você é muito maduro para me chamar de criança, né? 
   — Eu sou maduro o suficiente para não ficar de frescura por causa da sua amizade com o Vinícius. 
A boca dela se entreabre. 
   — Primeiro, lembra daquele dia que você deu piti porque a Isabela postou no twitter que eu estava em um quarto com o Vinícius?  — Victor engole em seco. — Pois é. Segundo, você quer comparar a minha amizade com o Vinícius com a sua com a Isabela? 
   — Por que não compararia? 
   — O Vinícius é meu amigo desde sempre e a Isabela é sua desde quando? Uma semana. 
Victor solta ela tão repentinamente que Yasmin desequilibra e cai novamente sobre seu skate. Ela sente seu quadril latejar e xinga baixinho. 
   — Dá pra me ajudar? — Ela olha para cima, encarando o loiro. 
   — Você machucou o braço e não a perna.
O queixo de Yasmin despenca. 
   — Você vai usar as minhas palavras contra mim?
   — Ai, Yasmin. 
Victor segura nos braços dela e a puxa para cima. 
   — Obrigada. 
   — Agora eu vou voltar a correr. 
   — Você não vai me levar para casa? 
Victor olha para ela com confusão.
   — Você não acabou de dizer que pode ir sozinha?
Yasmin faz biquinho e se aproxima dele.
   — Eu estava querendo atenção. 
   — Yasmin? Eu me apaixonei por você porque você não era dessas. 
A voz de Yasmin se alteia e fica mais grave.
   — Ai, car*lho, eu tô de TPM, acabei de quase ser atropelada e não posso querer um pouco de mimo do meu namorado?
   — Essa é a Yasmin que eu conheço. 
A jovem revira os olhos.
   — Sabe o que você merece? 
   — Um beijo?
   — Um soco só para parar de me fazer ficar estressada. 
Victor ri e pega o skate dela. 
   — Vai, vamos para a sua casa. 
Yasmin e Victor vão andando para a mansão de Sophia e Micael. 

No começo da noite, Vinícius vai até a casa de Marina. 
A adolescente abre a porta com um sorriso no rosto. 
   — Boa noite!
   — Uau, você tá linda — elogia Vinícius olhando Marina dos pés a cabeça. 
   — Estou à altura? 
   — Está muito mais. 
   — Eu sei que é só um jantar com um empresário amigo do seu pai, mas eu estou nervosa. 
Vinícius dá um passo em sua direção pegando em suas mãos.
   — Não precisa disso. Você é uma dama e vai se comportar muito bem. 
Marina sorri e entrelaça seus dedos na nuca de Vinícius. 
   — Só não me deixa sozinha, ok?
   — Isso não vai ser nem um pouco difícil.
Eles sorriem e se beijam.  
   — Então — fala Marina —, vamos? 
   — Aham, daqui a pouco o meu pai passa lá em casa para buscar a gente. 
Marina fecha a porta e começa a caminhar entre o jardim com o namorado. 
   — A Isabela já está pronta? — pergunta.
   — Está, tão linda quanto você. 
Marina sorri e mergulha na noite junto com Vinícius. 
   Instantes depois o casal se reúne a Isabela na varanda da mansão dos Fronckowiak Rocha. 
   — Você está muito bonita, Isabela — elogia Marina. 
   — Ah, valeu. Você também!
Isabela olha para a própria produção e sorri consigo mesma. 
Um carro de luxo estaciona no portão da mansão e os três caminham até ele. 
   — Oi, pai — fala Isabela sentando na frente enquanto Marina e Vinícius se acomodam atrás. 
   — Oi, pai.
   — Oi, Chay. 
   — Oi, crianças.
Isabela ri.
   — Não somos crianças mais, pai. 
   — Pra mim sempre serão — diz o cantor dando partida no carro. — E aí, gostaram do convite para o jantar?
   — Adoramos — responde Vinícius. 
   — Esse empresário é o mesmo que você foi jantar com a mãe um tempo atrás, né? — indaga Isabela. 
   — Exatamente. 
Quase uma hora depois Chay estaciona o carro no mesmo lugar em que parou quando teve a companhia de Mel. A lembrança do beijo que eles deram no carro o invade e ele é despertado pela filha.
   — Pai? 
   — Hã? Oi, filha. 
   — Vamos descer? — ela chama com um pé para fora do veículo. 
   — Ah, claro. 
Marina e Vinícius já estão na calçada e Chay se junta a eles e Isabela. 
   — Ele tem um filho adolescente — Chay se lembra enquanto toca o interfone. 
   — Olha aí, Isabela — diz Marina e ela e Vinícius riem no instante em que Chay está se identificando. 
   — Eu não estou procurando garotos, ok? 
   — Já está satisfeita com o Iago e o Felipe, né? — provoca Vinícius e Chay se intromete:
   — Ainda não se decidiu, filha?
Fugindo das perguntas, Isabela exclama:
   — Olha! O portão abriu. 
Chay, Vinícius e Marina trocam olhares zombeteiros e seguem Isabela, que entra no casarão. Rogério, o empresário em questão, e sua esposa, Joana, estão aguardando Chay exatamente da mesma maneira que estava no último jantar que ofereceram ao cantor: parados à porta. 
   — Chay! — exclama Rogério abrindo os braços. 
   — Rogério! — O cantor estica a mão na direção do empresário. Eles se cumprimentam e em seguida Chay apresenta os filhos e a nora. 
   — Vamos entrando, vamos entrando — fala Rogério e olha para os adolescentes. — O meu filho e o amigo dele vão adorar conhecer vocês. 
Os três dão um sorriso forçado e entram atrás dos adultos. No sofá da sala estão dois garotos e ao olhar para um deles, Isabela fica espantada pois o reconhece de imediato. O rapaz tem a pele bronzeada, cabelos castanho escuro e olhos incrivelmente verdes. Marina cutuca Vinícius e pergunta em um sussurro:
   — Aquele garoto não estava no desfile da sua mãe? 
   — É. Que coincidência.
Os jovens se sentam ao lado dos garotos.
   — Oi, Isabela — cumprimenta Breno. 
   — Oi! Que surpresa te encontrar aqui. 
   — Pois é, eu sou amigo do Everton. 
   — E eu sou o Everton — fala um garoto de olhos intensamente pretos e cabelos da mesma cor. Isabela olha para ele e sorri. 
   — Prazer em conhecê-lo. Sou Isabela. 
   — Um encanto de nome para um encanto de garota — ele diz sorrindo levemente. 


Comentários

  1. Preciso de ChaMel!!!!!!
    Estou louca para ver a primeira vez de YasVic!!!!!!

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  2. tadinho do felipe vai ter mais um concorente pela coraçao da isa

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  3. shiiiii o trem ta feio pro felipe em

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  4. eu to apaixonada com esse imagine

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  5. o proximo capitulo vai ser sabado certo?

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  6. isa e everton sera?
    abre o olho felipe

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  7. chega logo senhor sabado

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  8. Bem que vc poderia postar mais um capítulo de presente de natal!!!!!

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  9. Quando vai ter primeira vez de YasVic???

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  10. SABADO CHEGA LOGO!!!!!
    Obs. Eu não estou pedindo estou mandando!!!

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  11. A chameleira aki precisa de ChaMel!!!!

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  12. A chameleira aki precisa de chamel

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