Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 155: Isabela pede conselho ao pai
A sala de jantar da mansão da família Borges é ampla com duas portas em direções opostas, uma leva à cozinha e a outra ao corredor. No centro há uma mesa de madeira nobre com a superfície de vidro e cadeiras almofadadas da cor bege sobre um tapete cinza. Uma das paredes laterais é espelhada e a outra exibe dois enormes quadros de uma artista amiga de Sophia. No alto, um lustre de cristais ilumina o espaço que é decorado em tons pastéis.
Micael está sentado na cabeceira da mesa com Felipe ao seu lado direito e eles conversam.
— Como estão indo as coisas na casa da sua avó? — pergunta Micael enquanto a empregada serve a mesa. Ela olha para o cantor e pede:
— Desculpa, Seu Micael, a gente não esperava que vocês fossem aparecer mais cedo para o jantar.
— Sem problemas — fala Micael sorrindo. — Finja que nós não estamos aqui.
Felipe sorri para a empregada e volta a conversar com o pai.
— A vó tem uma paciência enorme comigo, porque eu não tenho dado moleza. É muito difícil!
— Basta se concentrar.
— Eu me concentro, mas... — Ele solta um suspiro. — Estou com medo de não conseguir.
Micael aperta o ombro dele.
— Ei, nem pensa nisso. Você está treinando já faz um tempo, vai dar tudo certo.
— Mas eu não consigo sair da primeira parte.
— Primeira parte do quê? — pergunta Yasmin passando pela porta de correr seguida por Victor.
— Do livro que eu estou lendo — mente Felipe. — É tão chato que eu não estou conseguindo sair da primeira parte.
— Oi, Micael — cumprimenta Victor. — Oi, Felipe.
— Oi — respondem pai e filho.
— Eu e o Victor temos uma novidade para contar — informa Yasmin sorrindo radiante.
— Você está grávida? — brinca Felipe e recebe um olhar cortante de Micael. — É zoeira, pai.
— Não gosto nem de brincar com isso. — Micael e os adolescentes riem. — Qual é a novidade, filha?
Yasmin e Victor trocam um olhar e ela conta:
— Nós estamos namorando!
— Vocês não estavam? — pergunta Micael. Yasmin e Victor se sentam defronte a Felipe.
— Não, pai. Nós éramos amigos coloridos — explica Yasmin.
— Ah, entendi. Vamos ver se dessa vez dura, né?
— Esses dois não separam não — fala Felipe rindo.
— Boa noite, meus amores! — Sophia entra na sala de jantar e dá um selinho em Micael. — Estou exausta. — Ela deixa sua bolsa em uma cadeira e prendendo o cabelo em um coque, diz: — Vou lavar minha mão, já volto.
As empregadas colocam os pratos de comida sobre a mesa e deixam a sala de jantar no instante em que Sophia retorna.
— Como foi o trabalho, mãe? — pergunta Felipe se servindo de arroz branco.
— Cansativo. — Ela senta ao lado dele. — É sempre assim no dia de folga da Mel, mas eu ainda não me acostumei.
— Mãe, eu e o Victor voltamos a namorar — conta Yasmin mais uma vez.
— Sério? Que notícia boa, eu sabia que vocês irão voltar. Hoje eu recebi um e-mail te convidando para um comercial de perfume, quer fazer?
Yasmin balança a cabeça negativamente.
— Não.
— Por que, filha? — indaga Micael.
— Eu não gosto muito disso, pai, só aceito fazer comerciais se for para a Melphia.
— Sinto o poder — comenta Sophia e eles gargalham.
Depois de dormir durante algumas horas e ficar conversando com Iago por um longo tempo, Isabela deixa o seu quarto no apartamento de Chay, encontrando o cantor na sala.
— Oi, pai. — Ela se senta ao lado dele no sofá.
— Tá melhor? — pergunta Chay.
— Mentalmente sim, mas fisicamente...
Chay ri.
— Você está ótima, filha.
— Ótima não é um adjetivo que pode se encaixar a mim neste momento. Vou fazer um rápido relatório para comprovar como estou certa. O meu joelho está ralado, a minha costela está roxa, um galo se alojou na minha testa e para completar, as minhas bochechas estão queimadas.
Chay gargalha e passa a mão no cabelo despenteado.
— Veja pelo lado positivo, suas bochechas vermelhas podem substituir o blush.
Isabela ri.
— Ai, pai. — Ela apoia a cabeça no ombro dele. — Pai, posso te pedir um conselho?
— Claro, o que foi?
— Eu estou confusa.
— Com relação a quê?
— Dois garotos.
— Não vai me dizer que você está dividida entre o Felipe e o Victor!? Eu estou sabendo que você e o filho do Arthur estão mais próximos.
— Não, claro que não! Eu nunca me apaixonaria pelo Victor.
— Hum então quem são?
Isabela suspira e conta:
— Felipe e Iago.
— Quem é Iago?
— Um colega de classe.
— Vish, os dois estudam com você.
— Pois é. Eu fiquei com o Iago na festa à fantasia do Terceirão e foi fantástico. Ele é um fofo, super carinhoso, atencioso e inteligente, com ele eu posso conversar sobre todos os livros que eu quiser.
— Por que eu senti um "mas" oculto no final dessa frase?
— Porque mesmo ele sendo tudo isso... existe o Felipe.
— E o Felipe é?
— Ele não é o mais fofo do mundo, mas é romântico no momento certo, sabe a hora de me paparicar e a hora de me fortalecer, eu sinto que posso contar com ele para qualquer coisa e, principalmente, ele faz o meu coração bater mais forte.
— Ok, entendi. Agora só para eu confirmar, me descreve uma coisa.
— Que coisa?
— O que você sente sobre o beijo deles.
Isabela fica um pouco envergonhada.
— O senhor quer mesmo ouvir isso?
— Confesso que não é o meu assunto favorito, mas se é para te ajudar, vamos lá!
Eles riem.
— Entendi. Então, quando eu fiquei com o Iago lá no ginásio foi como num conto de fadas, foi um beijo tranquilo, doce, parecia que eu poderia continuar beijando ele eternamente sem perder o fôlego.
— E como era o do Felipe?
— Com o Felipe era uma coisa de outro mundo. Era quente, intenso, romântico sem ser meloso, eu ficava sem ar e queria sempre mais. Ele me deixava arrepiada e um calor tomava conta de mim me deixando quase febril.
Chay pega na mão da filha.
— Isa, vou te dar um conselho do fundo do meu coração. Às vezes a gente pensa que o que parece certo é o melhor, aquilo que é tranquilo, estável. No entanto, a diversão faz parte da vida, é tão bom não saber exatamente o que vai acontecer, sentir aquele friozinho na barriga, aquele calorzinho gostoso que vai tomando conta e quando você vê, já é tarde, você não consegue mais parar e quer mais e mais. Eu já estive em uma situação parecida com a sua.
— É sério? — se espanta Isabela erguendo a cabeça para encarar o pai.
— Sim. Quando a sua mãe entrou no colégio eu tinha uma namorada. O nosso relacionamento quando começou parecia perfeito, era tranquilo, a gente quase não brigava, mas depois foi caindo na monotonia e quando a Mel apareceu — ele sorri espontaneamente — foi como se eu nunca tivesse sentido o real significado da palavra desejo. Logo que eu a vi me senti atraído e quando a gente se beijou pela primeira, eu queria mais. E eu tive — acrescenta rindo. — Eu terminei com a minha namorada para ficar com a Mel, porque era ela que fazia o meu coração acelerar. Em momento algum, em todos esses anos, eu me arrependi de ter tomado essa decisão, porque eu fui muito feliz e graças a esse relacionamento eu recebi os maiores presentes que eu podia ganhar. Você e o Vinícius.
Isabela sorri.
— Entendi a decisão que o senhor quer que eu tome.
— Eu quero que você siga o seu coração.
Isabela assente.
— É isso que eu vou fazer. — Ela levanta. — E agora, o meu coração está mandando eu ir me arrumar. Se eu fosse o senhor faria a mesma coisa.
— Pode deixar.
Isabela caminha de volta para o seu quarto onde está uma maleta com o vestido que irá usar no jantar e sua necessaire com maquiagem.
Aproveitando a brisa noturna Graziele pedala sob o céu estrelado. Seus pensamentos vagam por sua vida e ela não ouve quando Malu a chama.
— Graziele! — chama Maria Luíza correndo atrás dela. — Graziele!
A ruiva olha por sobre o ombro e para a bicicleta.
— Oi, Malu.
— Até que enfim você me ouviu — diz a morena ofegante. — Preciso te contar uma coisa.
— Ok, vamos lá para a praça? Você pode ir correndo atrás da bike.
Maria Luiza dá uma risada irônica.
— Vai sonhando.
Graziele desce da bicicleta e vai caminhando com a amiga até a praça do condomínio.
— E aí, pra quando ficou sua tatuagem?
— Então, era para eu ter feito naquele dia, mas não deu certo porque a mãe do Pablo passou mal e tal, daí a gente não marcou ainda.
— Entendi.
Elas continuam jogando conversa fora até chegar na pracinha e se acomodarem em um banco.
— Vai, me conta — diz Graziele.
Malu respira fundo e começa:
— Hoje a tarde eu e o Samuel fomos passar uma tarde em um parque e ele está passando por um monte de perrengue, então a gente começou a conversar. Ele é tão maduro, Grazi, você não faz ideia.
— Não faço mesmo, porque não parece.
Elas riem.
— Pois é — continua Malu ficando séria. — Os pais dele estão em pé de guerra porque um filho fora do casamento apareceu...
— Sério? — interrompe Graziele.
— Aham, e o Samuel está morando na casa da avó dele desde que a bomba explodiu. Parece que foi feito um exame de DNA e foi confirmado que o garoto é realmente filho do pai do Samuel. Agora a mãe dele está entrando em depressão e a família está surtada.
— Caramba e nem parece que tudo isso está acontecendo, ele não demonstra.
— É isso que me fascina! Quero dizer, mesmo com tudo isso acontecendo ele tem agido de uma forma tão madura.
— Esconder os sentimentos não é ser maduro, amiga.
— Ele não está escondendo os sentimentos, eu sei que ele está p*to com o pai e preocupado com a mãe, mas ele não fica chorando as mágoas e pensando em fazer o pai pagar pelo o que fez. O Samuel está encarando as coisas com inteligência, ele está procurando uma psicóloga para a mãe e um lugar para morar com ela quando a separação acontecer, porque ele acredita que isso vai acontecer.
— Nossa, realmente é maduro da parte dele.
— É, e isso me encanta.
Graziele sorri.
— Você está apaixonada, Malu.
Maria Luíza passa a mão no rosto.
— É isso que me deixa angustiada. Eu, apaixonada, pelo Samuel?
— Acontece.
— Não! Aviões caem, carros batem, pessoas morrem, isso acontece, eu me apaixonar pelo Samuel não.
— Mas foi o que aconteceu.
— Pior que eu sei. E a outra coisa que eu queria te contar é que... aconteceu uma coisa lá no parque.
— Que coisa?
— Sei lá, um momento... romântico.
Graziele joga a cabeça para trás, gargalhando.
— Tudo isso por que rolou um momento romântico entre vocês dois?
— Você tem noção do que isso significa?
— Ok, me conta como foi.
— Nós estávamos deitados no lençol, olhando para o céu, e ele pegou na minha mão e disse que... ele disse...
— Disse o quê, Malu?
— Disse que estava gostando cada vez mais de mim e eu acho que ele ia dizer que estava apaixonado, mas mudou de ideia.
— E o que você respondeu?
— Sei lá, eu fiquei chocada que ele ia dizer que estava apaixonado por mim e não consegui dizer nada.
Graziele quase cai do banco.
— Você não disse nada?
— Eu dei um beijo nele e depois disse que também estava gostando muito dele.
— Menos mal.
— Acontece que eu... eu acho que...
— Você acha que?
— Eu que eu estou apaixonada pelo Samuel.
— Ai, que fofo!
— Cala a boca! — Malu dá um tapa no braço da amiga, que ri.
A campainha da mansão de Chay e Mel toca e Vera atende.
— Seu Chay! — exclama sorrindo. — Que saudades.
Chay dá um abraço na governanta.
— Também estava com saudades de você, Verinha.
— Estava com saudades de mim também? — pergunta Isabela sorrindo. Ela está deslumbrante em um vestido vermelho rodado, porém seus machucados no joelho e na testa deixam ela com uma aparência fragilizada.
— Claro, Senhorita Isabela.
Ela sorri para a governanta e entra na sua casa.
— Chegamos — fala para Vinícius e Mel, que estão conversando no sofá da sala de estar.
— Boa noite — cumprimenta Chay sorrindo charmosamente.
Mel levanta do sofá e exibe a produção de tirar o fôlego. Ela está elegantemente vestida com um vestido longo da cor preta com decote cavado e uma corrente de ouro completa o look.
— Boa noite — sorri para a filha e o ex-marido.
— Mãe, a senhora está linda — elogia Isabela. — Não está, pai?
Chay e Mel se olham e ele fala quase em um sussurro:
— Está, está muito linda.
— Como foi o trabalho, mãe? — pergunta Felipe se servindo de arroz branco.
— Cansativo. — Ela senta ao lado dele. — É sempre assim no dia de folga da Mel, mas eu ainda não me acostumei.
— Mãe, eu e o Victor voltamos a namorar — conta Yasmin mais uma vez.
— Sério? Que notícia boa, eu sabia que vocês irão voltar. Hoje eu recebi um e-mail te convidando para um comercial de perfume, quer fazer?
Yasmin balança a cabeça negativamente.
— Não.
— Por que, filha? — indaga Micael.
— Eu não gosto muito disso, pai, só aceito fazer comerciais se for para a Melphia.
— Sinto o poder — comenta Sophia e eles gargalham.
Depois de dormir durante algumas horas e ficar conversando com Iago por um longo tempo, Isabela deixa o seu quarto no apartamento de Chay, encontrando o cantor na sala.
— Oi, pai. — Ela se senta ao lado dele no sofá.
— Tá melhor? — pergunta Chay.
— Mentalmente sim, mas fisicamente...
Chay ri.
— Você está ótima, filha.
— Ótima não é um adjetivo que pode se encaixar a mim neste momento. Vou fazer um rápido relatório para comprovar como estou certa. O meu joelho está ralado, a minha costela está roxa, um galo se alojou na minha testa e para completar, as minhas bochechas estão queimadas.
Chay gargalha e passa a mão no cabelo despenteado.
— Veja pelo lado positivo, suas bochechas vermelhas podem substituir o blush.
Isabela ri.
— Ai, pai. — Ela apoia a cabeça no ombro dele. — Pai, posso te pedir um conselho?
— Claro, o que foi?
— Eu estou confusa.
— Com relação a quê?
— Dois garotos.
— Não vai me dizer que você está dividida entre o Felipe e o Victor!? Eu estou sabendo que você e o filho do Arthur estão mais próximos.
— Não, claro que não! Eu nunca me apaixonaria pelo Victor.
— Hum então quem são?
Isabela suspira e conta:
— Felipe e Iago.
— Quem é Iago?
— Um colega de classe.
— Vish, os dois estudam com você.
— Pois é. Eu fiquei com o Iago na festa à fantasia do Terceirão e foi fantástico. Ele é um fofo, super carinhoso, atencioso e inteligente, com ele eu posso conversar sobre todos os livros que eu quiser.
— Por que eu senti um "mas" oculto no final dessa frase?
— Porque mesmo ele sendo tudo isso... existe o Felipe.
— E o Felipe é?
— Ele não é o mais fofo do mundo, mas é romântico no momento certo, sabe a hora de me paparicar e a hora de me fortalecer, eu sinto que posso contar com ele para qualquer coisa e, principalmente, ele faz o meu coração bater mais forte.
— Ok, entendi. Agora só para eu confirmar, me descreve uma coisa.
— Que coisa?
— O que você sente sobre o beijo deles.
Isabela fica um pouco envergonhada.
— O senhor quer mesmo ouvir isso?
— Confesso que não é o meu assunto favorito, mas se é para te ajudar, vamos lá!
Eles riem.
— Entendi. Então, quando eu fiquei com o Iago lá no ginásio foi como num conto de fadas, foi um beijo tranquilo, doce, parecia que eu poderia continuar beijando ele eternamente sem perder o fôlego.
— E como era o do Felipe?
— Com o Felipe era uma coisa de outro mundo. Era quente, intenso, romântico sem ser meloso, eu ficava sem ar e queria sempre mais. Ele me deixava arrepiada e um calor tomava conta de mim me deixando quase febril.
Chay pega na mão da filha.
— Isa, vou te dar um conselho do fundo do meu coração. Às vezes a gente pensa que o que parece certo é o melhor, aquilo que é tranquilo, estável. No entanto, a diversão faz parte da vida, é tão bom não saber exatamente o que vai acontecer, sentir aquele friozinho na barriga, aquele calorzinho gostoso que vai tomando conta e quando você vê, já é tarde, você não consegue mais parar e quer mais e mais. Eu já estive em uma situação parecida com a sua.
— É sério? — se espanta Isabela erguendo a cabeça para encarar o pai.
— Sim. Quando a sua mãe entrou no colégio eu tinha uma namorada. O nosso relacionamento quando começou parecia perfeito, era tranquilo, a gente quase não brigava, mas depois foi caindo na monotonia e quando a Mel apareceu — ele sorri espontaneamente — foi como se eu nunca tivesse sentido o real significado da palavra desejo. Logo que eu a vi me senti atraído e quando a gente se beijou pela primeira, eu queria mais. E eu tive — acrescenta rindo. — Eu terminei com a minha namorada para ficar com a Mel, porque era ela que fazia o meu coração acelerar. Em momento algum, em todos esses anos, eu me arrependi de ter tomado essa decisão, porque eu fui muito feliz e graças a esse relacionamento eu recebi os maiores presentes que eu podia ganhar. Você e o Vinícius.
Isabela sorri.
— Entendi a decisão que o senhor quer que eu tome.
— Eu quero que você siga o seu coração.
Isabela assente.
— É isso que eu vou fazer. — Ela levanta. — E agora, o meu coração está mandando eu ir me arrumar. Se eu fosse o senhor faria a mesma coisa.
— Pode deixar.
Isabela caminha de volta para o seu quarto onde está uma maleta com o vestido que irá usar no jantar e sua necessaire com maquiagem.
Aproveitando a brisa noturna Graziele pedala sob o céu estrelado. Seus pensamentos vagam por sua vida e ela não ouve quando Malu a chama.
— Graziele! — chama Maria Luíza correndo atrás dela. — Graziele!
A ruiva olha por sobre o ombro e para a bicicleta.
— Oi, Malu.
— Até que enfim você me ouviu — diz a morena ofegante. — Preciso te contar uma coisa.
— Ok, vamos lá para a praça? Você pode ir correndo atrás da bike.
Maria Luiza dá uma risada irônica.
— Vai sonhando.
Graziele desce da bicicleta e vai caminhando com a amiga até a praça do condomínio.
— E aí, pra quando ficou sua tatuagem?
— Então, era para eu ter feito naquele dia, mas não deu certo porque a mãe do Pablo passou mal e tal, daí a gente não marcou ainda.
— Entendi.
Elas continuam jogando conversa fora até chegar na pracinha e se acomodarem em um banco.
— Vai, me conta — diz Graziele.
Malu respira fundo e começa:
— Hoje a tarde eu e o Samuel fomos passar uma tarde em um parque e ele está passando por um monte de perrengue, então a gente começou a conversar. Ele é tão maduro, Grazi, você não faz ideia.
— Não faço mesmo, porque não parece.
Elas riem.
— Pois é — continua Malu ficando séria. — Os pais dele estão em pé de guerra porque um filho fora do casamento apareceu...
— Sério? — interrompe Graziele.
— Aham, e o Samuel está morando na casa da avó dele desde que a bomba explodiu. Parece que foi feito um exame de DNA e foi confirmado que o garoto é realmente filho do pai do Samuel. Agora a mãe dele está entrando em depressão e a família está surtada.
— Caramba e nem parece que tudo isso está acontecendo, ele não demonstra.
— É isso que me fascina! Quero dizer, mesmo com tudo isso acontecendo ele tem agido de uma forma tão madura.
— Esconder os sentimentos não é ser maduro, amiga.
— Ele não está escondendo os sentimentos, eu sei que ele está p*to com o pai e preocupado com a mãe, mas ele não fica chorando as mágoas e pensando em fazer o pai pagar pelo o que fez. O Samuel está encarando as coisas com inteligência, ele está procurando uma psicóloga para a mãe e um lugar para morar com ela quando a separação acontecer, porque ele acredita que isso vai acontecer.
— Nossa, realmente é maduro da parte dele.
— É, e isso me encanta.
Graziele sorri.
— Você está apaixonada, Malu.
Maria Luíza passa a mão no rosto.
— É isso que me deixa angustiada. Eu, apaixonada, pelo Samuel?
— Acontece.
— Não! Aviões caem, carros batem, pessoas morrem, isso acontece, eu me apaixonar pelo Samuel não.
— Mas foi o que aconteceu.
— Pior que eu sei. E a outra coisa que eu queria te contar é que... aconteceu uma coisa lá no parque.
— Que coisa?
— Sei lá, um momento... romântico.
Graziele joga a cabeça para trás, gargalhando.
— Tudo isso por que rolou um momento romântico entre vocês dois?
— Você tem noção do que isso significa?
— Ok, me conta como foi.
— Nós estávamos deitados no lençol, olhando para o céu, e ele pegou na minha mão e disse que... ele disse...
— Disse o quê, Malu?
— Disse que estava gostando cada vez mais de mim e eu acho que ele ia dizer que estava apaixonado, mas mudou de ideia.
— E o que você respondeu?
— Sei lá, eu fiquei chocada que ele ia dizer que estava apaixonado por mim e não consegui dizer nada.
Graziele quase cai do banco.
— Você não disse nada?
— Eu dei um beijo nele e depois disse que também estava gostando muito dele.
— Menos mal.
— Acontece que eu... eu acho que...
— Você acha que?
— Eu que eu estou apaixonada pelo Samuel.
— Ai, que fofo!
— Cala a boca! — Malu dá um tapa no braço da amiga, que ri.
A campainha da mansão de Chay e Mel toca e Vera atende.
— Seu Chay! — exclama sorrindo. — Que saudades.
Chay dá um abraço na governanta.
— Também estava com saudades de você, Verinha.
— Estava com saudades de mim também? — pergunta Isabela sorrindo. Ela está deslumbrante em um vestido vermelho rodado, porém seus machucados no joelho e na testa deixam ela com uma aparência fragilizada.
— Claro, Senhorita Isabela.
Ela sorri para a governanta e entra na sua casa.
— Chegamos — fala para Vinícius e Mel, que estão conversando no sofá da sala de estar.
— Boa noite — cumprimenta Chay sorrindo charmosamente.
Mel levanta do sofá e exibe a produção de tirar o fôlego. Ela está elegantemente vestida com um vestido longo da cor preta com decote cavado e uma corrente de ouro completa o look.
— Boa noite — sorri para a filha e o ex-marido.
— Mãe, a senhora está linda — elogia Isabela. — Não está, pai?
Chay e Mel se olham e ele fala quase em um sussurro:
— Está, está muito linda.
Ai que perfeito vou morrer com isso ai que lindo 😍
ResponderExcluirNecessito de recaída chamel, parabéns pelo imagine!!!
ResponderExcluirPerfeito
ResponderExcluirPelo amor de Deus faz uma recaída de chamel no próximo capitulo a chameleira aqui ta quase pirando de ansiedade hahaha
ResponderExcluirPosta logo por favor...e parabéns por cada capitulo perfeito q vc escreve...
to amando cada frase :D
ResponderExcluirAmei Amei Amei
ResponderExcluirTudo de bom...eu estou adorando cada dia mais.
ResponderExcluirÉ a perfeição este imagine
ResponderExcluir++++++++++ muio mais
ResponderExcluirAmo muito tudo isso.
ResponderExcluirmais que perfeito um beijao pra vc Rê
ResponderExcluirestou amando
ResponderExcluirO jantar ainda nem começou e eu ja estou surtandooo!!
ResponderExcluirMuuuitas saudades de Vinícius e Marina mas o imagine esta cada vez melhor <3
ResponderExcluirEu comecei a ler td de novo, e td vez q leio essa parte da Malu falando do Samuel, confesso q, caraca, shipo eles forte kkkk
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