Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 154: Yasmin pede Victor em namoro


Em seu quarto Yasmin aproveita o tempo livre para abrir algumas caixas de presentes que recebeu de certas marcas. Ela ouve a campainha e instantes depois a porta de seu quarto é aberta.
   — O que você quer aqui? — pergunta para Victor, que fecha a porta e desvia das caixas para chegar até a cama.
   — Preciso de um motivo para vir na casa da minha amiga colorida? — ele indaga se jogando esparramado na cama dela. Yasmin lança um olhar torto para ele e continua cortando o durex que envolve a caixa de papelão. — O que é tudo isso? Comprou pela internet?
   — São presentes que eu ganhei de algumas marcas.
Yasmin consegue romper o lacre e sorri ao encontrar um kit com esmaltes. 
   — Elas mandam, assim, de graça?
   — É, é por causa do desfile e da campanha, daí eu fico mais na mídia — ela responde mecanicamente sem olhar para ele.
   — Que estranho.
   — Hum — resmunga Yasmin analisando as cores. Victor começa a acariciar as costas dela, que estão nuas em uma blusa frente única. 
   — Ai, Victor, tá calor — ela fala empurrando a mão dele. O loiro franze a testa.
   — O ar está ligado.
Yasmin se inclina para o chão para pegar mais uma caixa e aproveita para pensar no que vai responder. 
   — Mas você está quente — diz ao colocar uma caixa pesada sobre a cama. Victor se senta e fala próximo ao ouvido dela:
   — Eu sou quente. — Yasmin não responde e começa a abrir a caixa. — O que está pegando, Yasmin? — pergunta Victor tentando entender a atitude fria da jovem. 
   — Nada — ela responde dando de ombros. 
   — Olha nos meus olhos e diz isso.
Yasmin vira a cabeça para encará-lo e diz:
   — Nada.
   — Ok — ele fala fingindo acreditar. Yasmin volta focar sua atenção na caixa, que consegue abrir. Ela sorri, feliz com que encontra: roupas de sua loja favorita. Ela tira um vestido branco de renda e o ergue, analisando-o. — Você vai ficar linda nele — Victor opina. 
   — É. 
Ele começa a dar beijos na nuca dela, com ritmo lento e suave. Yasmin não reage à carícia dele e Victor fala, se afastando dela.
   — Eu sabia que tinha alguma coisa.
   — Hã?
   — Você nunca resiste a beijos na nuca. É o seu ponto fraco. 
   — Acho que meu ponto fraco sempre vai ser você — cantarola a loira baixinho.
   — Vai, fala o que está acontecendo.
Yasmin larga os presentes e se vira por completo para ele.
   — Você quer mesmo saber o que está acontecendo? Pois bem, eu não gostei do que você falou lá na sala sobre a Isabela me dar um soco.
   — Ah. É isso?
   — É, como você pode fazer piadas com um assunto tão sério como esse?
   — Porque a graça da vida é isso, fazer piadas com as coisas que tememos. 
   — Faça sobre as coisas que você teme. 
   — Eu não temo nada. — Yasmin revira os olhos e fica e boca calada. — Desculpa, tá — pede Victor. — Eu não queria que você ficasse magoada.
   — Ok.
   — Ok mesmo?
   — Aham. 
Mesmo com ela olhando para ele, Victor não sente sinceridade na voz dela.
   — É sério, Yas, eu me arrependo de ter feito aquela piada. Não quero que a Isabela fique chateada comigo, muito menos você. 
Yasmin pula da cama.
   — É isso que me incomoda — fala caminhando de uma lado para o outro.
   — Isso o quê?
   — Essa aproximação de vocês dois.
O rosto de Victor se ilumina. 
   — Ah, não precisa ter ciúmes de nós dois. Você sabe o que eu sinto e por quem eu sinto. 
   — Eu não estou com ciúmes dela com você, e sim de você com ela. 
   — E tem diferença?
   — Tem — responde Yasmin sentando novamente na cama. — Eu não estou incomodada dela estar perto de você, eu sei que você não se interessaria por ela porque você gosta de mim, mas... ela com você? A Isabela sua amiga? E eu? Ela está me trocando por você. Logo por você. 
   — Obrigada pela consideração — ironiza Victor.
   — Não. Você é incrível, mas eu sou a melhor amiga dela, não você. Vocês nem se falavam direito!
Victor pensa por um momento. 
   — Eu irei tentar  juntar vocês duas.
   — Ai, Victor, eu já estou desistindo.
Victor pega nas mãos de Yasmin.
   — Cadê a Yasmin que eu conheço? 
Ela suspira e se aproxima mais dele sobre a cama.
   — Victor, já faz um tempo que eu quero te dizer uma coisa. 
   — O quê? Você acha que eu não devo deixar o meu cabelo crescer? — ele pergunta passando a mão nos fios loiros. — Faz um tempinho que eu não corto, quero ver como fica.
Yasmin ri.
   — Não, seu bobo, você está lindo. Como sempre — acrescenta olhando intensamente para os olhos dele. — O que eu quero te dizer é... 

Sentadas em macas na emergência de um hospital, Mel e Isabela aguardam serem liberadas pelo médico. O rosto de Mel está com levíssimas queimaduras, assim como as bochechas da filha ocasionadas pelos airbags. O celular da empresária toca e ela atende com rapidez, mesmo assim recebe um olhar de censura de uma enfermeira que está checando o curativo no joelho de Isabela. 
   — Oi, Verediana. Como ficou as coisas?
   — Pode ficar relaxada — tranquiliza a mulher que é seu braço direito. — Já resolvi tudo com o dono do outro veículo, você irá pagar o conserto do carro, sem problemas, né?
   — Claro, se ele quiser eu até compro outro carro para ele.
   — Não é pra tanto. Então, como vocês estão?
   — Bem, a gente nem queria vir para cá, mas você praticamente nos obrigou. Só tivemos algumas queimaduras bobas do airbag. 
   — Entendi. Com relação ao seu carro, eu mandei ele para o conserto também. 
   — Ok, depois que ele tiver consertado, pode autorizar a venda. Eu vou comprar outro. 
   — Mel, não precisa de tudo isso, ele vai ficar novinho.
   — Eu sei, mas eu já estava pensando em trocar. Acho que esse foi um sinal divino — ela fala rindo. 
Verediana também ri.
   — Mudando um pouco de assunto, eu acho que você deve ligar para o Chay.
   — Como?
   — Ele ficou sabendo do acidente, também pudera já está em todos os portais de notícias e redes sociais, daí ele me ligou porque o seu celular estava desligado.
   — É, foi na hora em que eu estava sendo atendida. 
   — Pois é. Ele está preocupado com vocês já que essa não é a primeira vez que vocês se envolvem em um acidente automobilístico. 
Mel assente. 
   — Tudo bem. Obrigada, Verediana. Tchau!
   — Tchau! — Elas desligam. 
Isabela, que estava entretida puxando pelinhas das laterais de suas unhas, ergue a cabeça para olhar para a mãe.
   — E aí, mãe?
   — Deu tudo certo. Agora vou ligar para o seu pai, ele está preocupado com a gente. — Mel coloca o telefone no ouvido e instantes depois, diz: — Oi, Chay.
   — Mel? — Ele suspira. — Ai que alívio ouvir sua voz. Como vocês estão?
   — Bem. Só estamos esperando a alta para ir embora. 
   — Como isso foi acontecer?
   — Eu estava distraída e não vi quando o sinal fechou, daí bati no carro da frente. 
   — Meu Deus! Mas o que importa é vocês estão bem, né?
   — Exatamente. 
   — Mais tarde nós poderíamos jantar juntos, nós quatro. 
   — É uma ótima ideia. 
   — Ok, vou falar com a Vera. — Ele hesita. — Você não se incomodaria de eu falar com ela, né? 
   — Claro que não, pode ligar para a nossa, para a minha governanta. 
   — Tá. Passa para a Isabela?
   — Ok. — Mel entrega o celular para a filha. — Seu pai quer falar com você.
Isabela pega o aparelho e coloca no ouvido.
   — Oi, pai — fala com a voz cansada. 
   — Oi, princesa. Como você está?
   — Exausta — Isabela confessa. — Sinto-me moída. O meu corpo, a minha mente, até a minha alma está clamando por descanso. 
   — Ôh, minha pequenina, quer vir aqui para o meu apartamento. Eu ainda estou arrumando as coisas por aqui, mas o seu quarto e o do Vinícius estão prontos.
O único desejo de Isabela é ir para a sua casa, pro seu quarto e dormir em sua cama, porém recusar o pedido de Chay soa rude e cruel pois ele pediu com tanto carinho.
   — Eu aceito — responde sacrificando a sua vontade.
   — Ok, vou te buscar então. A gente deixa a sua mãe no condomínio e vamos para o meu edifício. 
   — Combinado. Até daqui a pouco!
   — Até!
Eles desligam e Isabela devolve o celular para a mãe.
   — Ele vem buscar a gente.
   — Não precisava, nós íamos de táxi.
   — É que eu vou para o apartamento dele depois — conta a adolescente. Mel ergue as sobrancelhas e assente.
   — Entendi. 

Após respirar fundo, Yasmin continua:
   — Eu sei que não demonstro os meus sentimentos, sei que não fico de beijos e abraços com você na frente dos outros, sei que não digo palavras românticas com frequência, sei que não sou meiga e fofa com você, sei que te dou mais patadas do que você merece, eu sei tudo isso. No entanto, ao mesmo tempo, sinto o meu coração disparar quando te vejo, sinto um calor quando nos beijamos, sinto alegria quando você diz que me ama e, acima de tudo, sinto que te amo. 
Victor sorri, encantada com a declaração.
   — Obrigado — fala imitando o que Yasmin disse quando ele se declarou para ela no carro de Arthur. A loira ri e dá um soco de leve no peito dele.
   — Trouxa. — Ela se aproxima ainda mais dele, ficando com o rosto a poucos centímetros do dele. — É por todos esses motivos, Victor Aguiar, que eu te pergunto: Quer namorar comigo? 
A boca de Victor se entreabre. 
   — É sério? 
Yasmin sorri. 
   — É. Já passou da hora da gente dar um nome para o nosso relacionamento. 
   — Amizade colorida é um nome. 
   — Um nome que eu não quero. A gente já está agindo como namorados, Victor. — Ela sorri. — Eu estou te pedindo em namoro, vai demorar para responder? 
Victor coça o queixo.
   — Não sei, estou pensando. 
   — Ah, vai ser assim? 
O loiro gargalha e a puxa, fazendo Yasmin cair em seu colo. Com a cabeça apoiada nas coxas dele, Yasmin ouve dizê-lo:
   — Eu aceito o seu pedido. 
Victor inclina a cabeça e beija Yasmin. 
   — Te amo — sussurra. A loirinha sorri e dá uma mordidinha no lábio dele.
   — Eu também. 

A governanta da mansão de Mel, Vera, entra na sala correndo com o rosto vermelho e os olhos marejados.
   — Seu Vinícius, Seu Vinícius! — chama parando ofegante ao lado de uma poltrona. Os adolescentes olham para ela com curiosidade.
   — O que foi, Vera? — pergunta Vinícius. 
   — Eu acabei de ver na internet...
   — Você acessa a internet? — pergunta Felipe baixinho, surpreso devido a idade da governanta. 
   — O que você viu? — questiona Vinícius mais alto que o amigo.
   — A Dona Mel e a Senhorita Isabela sofreram um acidente de carro.
Os jovens pulam do sofá boquiabertos. 
   — Como assim? — indaga Felipe.
   — Ai meu Deus, de novo não, de novo não — torce Vinícius alcançando o celular sobre a mesinha de centro. — Vou ligar para a minha mãe. — Ele disca o número de Mel. — Atende, mãe, atende. MÃE? Ainda bem que a senhora atendeu. É verdade isso? Você a Isabela sofreram um acidente de carro? Uhum, sei. Mas como a senhora foi bater? Distraída? Sei. Aham. Tá bom, vamos esperar. Tá. Tchau! — Ele desliga e olha para Felipe e Vera. 
   — E aí? — pergunta o moreno.
   — É verdade.
   — Como elas estão?
Vinícius conta o que aconteceu, tranquilizando os dois.
   — Hoje o dia foi péssimo para a Isabela, ela penou com a Amanda e agora se envolveu em um acidente de carro — comenta Felipe sentando novamente no sofá. 
   — Pois é. 
O celular de Vera começa a tocar e ela retorna para a cozinha. Vinícius também senta no sofá e manda uma mensagem no grupo nomeado Little Rebels.
   — É melhor eu avisar para a galera, antes que eles fiquem sabendo pela internet. 

Assim que recebem alta do médico, Mel e Isabela deixam a emergência e entram no carro de Chay. 
   — Oi — ele cumprimenta ligando o motor e elas respondem. — Mantenham a janela fechada, todos os portões do hospital estão cheios de fotógrafos e jornalistas. 
   — Eles foram rápidos dessa vez — diz Mel afivelando o cinto ao seu lado, no banco do passageiro. Isabela, que está no banco de trás, comenta:
   — Eles não perdem tempo. 
Chay sai da vaga e acelera rumo à saída. Mesmo com o vidro fumê, Isabela tampa o rosto com a mão ao passar pelos fotógrafos e jornalistas. Assim que cruza o portão, Chay pisa fundo no acelerador e dirige para o condomínio.
   — Eu já liguei para a Vera, está tudo certo para o nosso jantar em família mais tarde — conta.
   — Que bom, faz um tempo que não nos reunimos — Mel responde.
   — É — concorda Chay olhando para ela ao parar suavemente o carro no sinaleiro. — Estou com saudades desses momentos. 
Mel dá um leve sorriso e eles permanecem trocando um intenso olhar. Uma buzina alerta Chay de que o sinal abriu e ele desvia o olhar desconcertadamente. Mel pisca rapidamente, ligeiramente corada, e fita a rua. 


Informo que os dias de publicação do Imagine se reduzirão para terça e sábado até o dia 31 deste mês. A mudança se deve pelo fato de que eu irei começar a escrever um livro de presente de aniversário para uma amiga. Com essa alteração, os capítulos ficarão maiores para eu não ser injusta com vocês leitores (purpurinados que amo). 
   O dia para a volta do cronograma habitual pode ser adiantado caso eu termine o livro antes do dia 31. Conto com a compreensão de vocês! Um beijo e um queijo.   :)


Comentários

  1. Simplesmente adorei....
    a chameleira aqui clama pelo uma recaída de chamel hahahahahaha seu imagine e otiiiiimo já li e reeli várias vezes...

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  2. Aii meu deus vou fikar mais anciosa ainda , mais vai valer a pena ! Tava otimo esse capitulo amei YasVic bjsss

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  3. Então vc vai postar hoje. Por favor posta

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  4. Recaída chamel por favor!!!

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  5. Recaída chamelll
    pleace!!!

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