Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 143: Isabela termina namoro com Felipe
Isabela está sentada em uma poltrona quando Felipe termina de contar da armação. Ela respira fundo e diz:
— Eu não sei como expressar o quanto eu estou magoada com você. Poxa, Felipe, eu pedi para você deixar o Jonas para lá! Você sabe muito bem o quanto eu odeio esse tipo de ação. Armação, intriga, plano... tudo isso é coisa de gente baixa.
— O Jonas precisava de uma lição, Isa, por tudo o que ele já fez com você.
— Você não acha que quem precisaria se vingar sou eu? Se eu não quero isso, porque você quer?
— Porque eu te amo.
— Não coloca o nosso amor no meio!
— Mas eu só fiz isso pelo nosso amor.
— Larga de ser clichê! — pede Isabela. — Você se rebaixou no mesmo nível do Jonas... Eu não esperava isso de você. Essa foi uma atitude do antigo Felipe, aquele playboyzinho pegador.
— Eu nunca deixei de ser eu mesmo. Melhorei, sim, mas aquele Felipe sempre vai estar em mim.
— É, pelo visto eu me enganei quando pensei que você tinha mudado.
— Não, Isa! Você me melhorou muito, mas eu não deixei de ser quem eu sou.
— E nem vai deixar — ela fala mais para si mesma do que para Felipe. — Talvez seja um equívoco nós continuarmos juntos.
Felipe se espanta.
— Como?
— O que você fez provou que nós temos diferentes concepções do que é certo e errado.
— Por isso você quer terminar comigo? Porque nós não somos exatamente iguais? Isabela, um namoro é assim, as pessoas não podem ser iguais porque se não nenhuma vai aprender nada com a outra.
— Sim, eu concordo com você! No entanto, as diferenças que devem existir precisam ser pequenas, não uma coisa tão séria como caráter.
— Você está falando que eu não tenho caráter? — indaga Felipe revoltado. Isabela não se assusta com o tom de voz elevado dele e permanece com a cabeça erguida e o olhar fixo no rosto dele.
— Não exatamente. Eu acho que o seu comportamento foi consequência de um desvio de caráter, mas acredito que você tenha um pouco disso.
— Um pouco? — A indignação é aparente na voz de Felipe. — Eu tenho um caráter completo, Isabela! Você está me ofendendo.
— Suas atitudes te ofendem. Mas não é o seu caráter que está em discussão, é o futuro do nosso relacionamento.
Felipe esfrega as mãos na calça.
— Você sabe muito bem o que eu quero para o futuro do nosso relacionamento.
— Eu achava que sabia, mas agora não tenho mais certeza.
O adolescente morde o lábio inferior.
— Isa, por favor, não toma nenhuma decisão com a cabeça quente.
— Eu não estou com a cabeça quente. Eu quero apenas... — Ela olha para baixo e os seus olhos se enchem de lágrimas. — Eu quero terminar — diz com a cabeça abaixada, não querendo ver o rosto de Felipe. O adolescente fecha os olhos e o quarto mergulha em um silêncio pesado.
— Isabela... — ele diz depois de um tempo, mas a jovem o interrompe.
— Não, a minha decisão já foi tomada. — Ela levanta. — Por favor, me deixa sozinha.
— Tudo bem.
Felipe levanta e caminha até a porta, antes de sair, diz:
— Por mais que isso te afaste de mim, eu não me arrependo do que eu fiz. Eu te amo e não é pouco.
— Sai — pede Isabela de costas para ele. Felipe fica olhando para ela por um momento e em seguida deixa o quarto. Isabela se joga na cama e liberta as lágrimas que a sufocam.
Com a sensação de alívio, Mel deixa seu escritório e encontra Felipe no corredor, apoiado em uma mesinha de flores. Ao se aproximar dele, percebe que ele está chorando.
— Felipe — chama assustada. — O que houve? — perguntando abraçando-o.
— Nada, Mel — responde o adolescente enxugando as lágrimas.
— Aconteceu alguma coisa, se não você não estaria chorando.
— Eu... eu e a Isabela terminamos.
— Por quê? — pergunta Mel com completo espanto.
— Eu fiz uma coisa que ela não compreendeu.
— Quer conversar?
— Não — ele responde entre as lágrimas.
— Tem certeza? — insiste Mel e como ele não responde, diz: — Vem, vamos conversar ali no escritório.
Mel leva Felipe até o cômodo em que ficam o seu escritório e o de Chay. Eles sentam no sofá e Mel pega nas mãos dele, dizendo:
— Me conta direitinho o que aconteceu.
Felipe respira fundo e começa a narrar para Mel o que fez e as consequências de seus atos.
Em seu quarto, Yasmin repensa nas coisas que fez. Com o ar condicionado aquecendo o ambiente, tira seu casaco, ficando apenas com uma segunda pele e deita na cama. Nesse instante, a porta é aberta e ela senta para ver quem entrou.
— Oi — fala Victor.
— O que você quer? — pergunta Yasmin.
— Nossa, eu não posso vir apenas te ver? — O loiro indaga fechando a porta.
Yasmin dá um leve sorriso.
— Desculpa, é que eu tava pensando aqui. — Ela volta a se deitar de barriga para cima na cama. Victor deita sobre ela, perguntando:
— Pensando no quê?
— Será que o que a gente fez foi muito errado?
— Óbvio que não, Yasmin — diz Victor dando um beijo no queixo dela.
Yasmin vira o rosto para um lado.
— Eu não quero perder a amizade da Isabela.
— Você não vai perder. Relaxa! — Victor começa a dar beijinhos no pescoço dela.
— Para, Victor! O lance é sério — diz o loirinha empurrando o rosto dele.
— Só estou deixando o clima mais descontraído.
— Para, eu estou falando sério.
Victor assente e dá o último beijo na clavícula dela.
— Ok, estou indo embora.
O adolescente tenta levantar, mas Yasmin segura o seu braço.
— Fica aqui comigo.
— Você está me deixando confuso.
Yasmin empurra ele para o lado e o abraça.
— Fica aqui comigo, mas quietinho. Preciso pensar um pouco.
— Ok, entendi.
Victor coloca um braço na cintura dela e Yasmin afunda o rosto no pescoço dele.
— Victor, promete que nada desse gênero vai abalar a gente?
— Claro que não. Nós dois somos... como se diz? Malévolos.
Yasmin ri e dá um beijinho no pescoço dele.
— Eu te amo.
— Pra você ter dito isso a situação realmente é séria. Nem ontem que a coisa tava boa entre a gente lá no carro, você não disse.
— Por isso que eu estou dizendo agora.
Victor acaricia o cabelo dela.
— Também te amo, minha coisinha.
Em um café, Maria Luíza e Samuel comem petit gateau e conversam, tentando afastar o frio.
— Então — fala Malu — a gente começou a conversar na beira da praia e como já era bem tarde, fomos assaltados. — Ela gargalha. — Foi horrível!
— Posso imaginar — ele responde rindo também. — O que é mais engraçado, é a minha imaginação da reação da Graziele.
Malu gargalha e lágrimas surgem em seus olhos.
— Cara, ela ficou apavorada! Pensa, nós duas sozinhas na praia, daí do nada aparece um cara e leva todas as nossas coisas. Eu pensei que ela não pudesse ficar ainda mais branca, mas ela ficou.
Eles riem mais um pouco.
— E quando foi isso mesmo?
— No começo do ano passado — conta Malu enxugando as lágrimas. — Ai — ela suspira —, até chorei.
Samuel, que está ao seu lado, leva uma de suas mãos ao rosto dela. Malu fica observando o gesto dele e sente os dedos gelados no garoto encostando em sua pele.
— Um cílio ia entrar no seu olho — ele fala mostrando o cílio em seu dedo indicador.
— Vamos fazer assim. — Malu coloca o seu dedo indicador sobre o dedo e fala: — No três a gente solta e vê quem ficou com o cabelinho.
— Qual é a lógica disso? — pergunta Samuel rindo.
— Quem ficar com o cílio faz um pedido.
Ele ri e assente.
— Ok.
— Um, dois, três — ela conta e eles soltam os dedos.
— Ficou comigo — comenta Samuel.
— Agora faz um pedido mentalmente.
Ele fita a mesa por alguns segundos e em seguida assopra o cílio.
— Não! — exclama Malu. — Você tinha que guardar perto do peito.
Samuel começa a gargalhar e joga a cabeça para trás.
— Você acredita mesmo nisso? — pergunta olhando para a morena.
— Não, mas dizem que funciona. — Ela dá de ombros. — Agora que você assoprou, não vai funcionar, sendo assim, me conta o que você pediu.
Samuel não faz rodeios ao responder:
— Um beijo seu.
Malu sorri e olha para o seu petit gateau. Samuel completa:
— Pelo visto o pedido realmente não vai funcionar.
— Quem falou? — ela pergunta olhando para ele, que sorri e se aproxima ainda mais dela.
— Isso quer dizer que...?
— Você é muito lento, moleque. — Assim que termina de falar, Malu beija Samuel.
A noite cai, assim como, a temperatura. Aquecida em seu quarto, Isabela lê um livro tentando esquecer seus problemas.
— Posso atrapalhar um pouquinho? — pergunta Mel colocando a cabeça para dentro do quarto. Isabela sorri, fechando o livro, e responde:
— A senhora nunca atrapalha, mãe.
Mel sorri e fecha a porta ao entrar.
— Estava querendo conversar com você.
Pelo tom de voz da mãe, Isabela deduz que ela já sabe o que aconteceu entra ela e Felipe.
— A senhora já está sabendo?
— Sim — Mel responde se sentando na cama ao lado da filha.
— Como?
— Eu e o Felipe conversamos.
— Sério?
— Por que o espanto? Esqueceu que eu sou a madrinha dele?
Isabela ri levemente.
— Não é isso, é que... sei lá. O que ele te falou? — pergunta com curiosidade.
— Me contou o que ele fez e o que você fez por causa do que ele fez.
Isabela pisca rapidamente.
— Confuso, mas entendi. — Elas riem e a adolescente pergunta: — O que a senhora acha realmente disso?
Mel abre a boca para responder, mas é interrompida por duas batidas na porta.
— Entra — fala Isabela. Vera, a governanta, abre a porta.
— Com licença. Isabela, a Yasmin quer falar com você?
A expressão de Isabela se endurece.
— Ela está aqui? — pergunta friamente. A porta é escancarada e a filha de Sophia e Micael entra.
— Estou.
Isabela olha para a sua mãe, que diz:
— Vou deixar vocês a sós. — Mel levanta da cama e caminha para a saída do quarto. — Vamos, Verinha.
As duas saem do quarto e fecham a porta. Sozinhas no cômodo, Isabela e Yasmin se olham intensamente.
No corredor, Vera fala para sua patroa:
— Dona Mel, eu não deixei ela subir. Ela que apareceu lá atrás de mim e entrou.
— Tudo bem, Verinha, eu conheço bem o jeito da Yasmin — responde a empresária sorrindo levemente. — Elas precisam conversar — emenda.
Isabela levanta da cama, perguntando:
— O que você quer aqui?
— Você conversou com o Felipe e tal, mas acho melhor você conversar com a responsável pela vingança. Eu.
— Você não foi a única responsável.
— Mas fui eu quem arquitetou tudo. Isabela, o Felipe só deu o incentivo, quem fez tudo fui eu.
— Não adianta tentar puxar toda a culpa pra você, Yasmin. Você não vai conseguir defender o seu irmão, se você veio para isso está perdendo o seu tempo.
— Eu não vim até aqui para defender o Felipe, vim porque nós somos amigas e precisamos conversar a respeito disso.
Isabela cruza os braços e encara Yasmin, questionando:
— E quem disse que eu quero conversar com você?
Vish o negócio ta tendo agita hein.
ResponderExcluirAgora *
ResponderExcluirSera que a isa vai parar de falar com a yasmin
ResponderExcluirCaramba conhecendo a nova isa
ResponderExcluirIsabela, quando a gente ama uma pessoa, amos por inteiro não só as partes boas da pessoa
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