Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 139 [Parte 2]: Chay se desculpa com Mel por causa de beijo
Mel coloca uma mão no peito de Chay e o afasta.
— O que o Rogério falou e isso que aconteceu agora não muda os fatos.
Chay fita a morena por um momento, depois assente e se endireita no banco do motorista.
— Certo — fala ligando o motor. Mel vira a cabeça para o outro lado, fitando a rua entrar em movimento quando Chay dá partida no carro. Ela fecha os olhos e empurra o choro para o final de sua garganta, provocando dor na região.
Com a cabeça apoiada no encosto do banco, Felipe luta contro o sono no carro de Arthur. Nos bancos da frente, Yasmin e Victor estão entusiasmados seguindo o carro que Jonas está com Anabela. A loira coloca para tocar no som do carro a música Máximo Respeito do grupo Oriente.
— Eu nunca ouvi rap brasileiro — comenta Victor sem tirar os olhos do carro de Jonas, que está a dois automóveis de distância deles.
— Máximo respeito, do Oriente.
— Até que não é muito ruim.
— Até que não é muito ruim? — repete Yasmin. — O que é f*dão pra você?
— Sei lá, eu ouço Wiz Khalifa, Drake, Eminem, 50 cent...
— 50 cent, Victor? Nossa! — interrompe a loira.
— O que é que tem? — ele pergunta olhando de relance pra ela.
— É uma merda.
— Igual esse seu Oriente aí, rap pra moça.
— Rap pra moça é a sua bunda.
— Ok, e o resto do que eu falei, você curte, né? Eu lembro que a gente já ouviu Eminem juntos.
— É os outros são bons.
— Pelo menos nisso a gente concorda.
Yasmin troca a música do Oriente por uma do Drake, a Started from the bottom.
— Started from the bottom now we're here, started from the bottom now my whole team fucking here — canta Victor. O casal começa a cantar e Felipe revira os olhos.
— Vocês podem parar com isso? — pede.
— Não! — respondem os dois ao mesmo tempo.
— Eu não menti pro amor da minha vida pra passar por isso.
— Oh — exclama Yasmin olhando para trás. — Que lindinho! Vou gravar isso pra quando a Isabela descobrir a verdade, não ficar tão p*ta com você.
— Vai se ferrar, Yasmin!
Yasmin e Victor riem.
— Cara, pra onde será que eles vão? — pergunta Victor mudando a marcha.
— Jura que você não sabe? Até eu que sou virgem, posso fazer uma ideia.
— Ele é loiro, não vai entender — diz Felipe coçando o olho e Victor finge não ouvir enquanto Yasmin realmente não ouve, pois está escolhendo uma música. Quando Ela me faz bem do Rael da Rima começa a tocar, a loirinha explica em uma palavra o que quis dizer:
— Motel.
— Ah, entendi. Com relação você ainda ser virgem, você sabe que eu posso te ajudar a mudar isso.
Felipe coloca as mãos nos ouvidos de maneira dramática.
— Se vocês forem falar de sexo me avisem que eu pulo do carro.
— Virjão — brinca Victor.
— Quem ainda não pegou a namorada aqui é você, meu caro amigo Victor.
— A sua irmã não é minha namorada.
— Já foi e você não saiu do zero a zero com ela.
— Ei! — fala Yasmin aumentando o tom da voz. — Eu tô aqui, ok?
Victor coloca uma mão na coxa dela.
— Desculpa, meu amor.
— "Cê" tira sua mão de mim — pede Yasmin empurrando a mão dele, segurando uma risada. — Você quer tirar a minha pureza.
— A única coisa sua que eu quero tirar nesse momento é a roupa.
— Pra mim já deu essa vida! — exclama Felipe do banco de trás. Yasmin gargalha e acaricia a nuca de Victor.
— Acho que eu sei pra onde eles estão indo — fala Felipe olhando para fora do carro. — Tem um motel que fica aqui perto.
— Hum... Ele sabe — fala Victor virando em uma rua escura atrás de Jonas.
— Mantém distância — lembra Yasmin.
— É, sério, tem um motel a uma quadra daqui — garante Felipe.
Como dito pelo jovem, o carro de Jonas para na recepção de um motel. Victor para o veículo de seu pai do outro lado da rua sob a sombra de uma árvore. Yasmin abre um pouco do vidro fumê do carro e fotografa a entrada de Jonas e Anabela no motel.
— Eles não perdem tempo — comenta a loira.
— Não mesmo! — concorda Felipe mais desperto. Após tirar cerca de cinco fotos, Yasmin fecha a janela e fala para Victor:
— Missão cumprida! Vamos pra casa.
Malu está caminhando pelo shopping quando visualiza Samuel saindo de uma livraria.
— Samuel! — chama acelerando o passo. — Samuel!
O jovem revira os olhos e olha por sobre o ombro.
— Oi, Malu — cumprimenta com a voz arrastada.
— Que surpresa te ver aqui.
— É.
Malu franze levemente a testa, percebendo que Samuel não está muito para papo. Mesmo assim, pergunta:
— O que estava fazendo na livraria?
— Comprando livros — ele responde de maneira óbvia.
A morena assente.
— Quer comer alguma coisa comigo? Está tarde, mas eu acho que você tem um tempinho, né?
Samuel pensa por um momento, tempo o suficiente para Malu se arrepender do convite.
— Pode ser — ele responde por fim.
— Então vamos.
Chay desliga o motor do carro na garagem da mansão em que mora com a esposa e os filhos. Mel desce silenciosamente e caminha pelo acesso para o interior da casa sem dizer nenhuma palavra.
— Mel — chama Chay seguindo ela. Os dois param no pé da escada.
— O que foi?
— Desculpa por ter te beijado — pede Chay. — Não que eu me arrependa, mas foi um erro.
— Tudo bem. Eu retribui o beijo, o erro não foi somente seu.
Ele suspira.
— É que eu ainda te amo, mas sei que não tem como a gente continuar casado.
— É exatamente isso.
— Ok, desculpa mais uma vez.
Mel dá um leve sorriso e beija a bochecha dele.
— Boa noite — se despede e sobe a escada. Chay fica observando ela se afastar e depois caminha para o centro da sala, só então notando a presença da filha deitada no sofá.
— Eu não tive culpa de ouvir — fala a jovem se sentando. — Vocês se beijaram?
— Sim — confirma Chay sentando onde estava as pernas dela. — Ai, filha, isso é tão complexo.
— Estou percebendo. — Isabela pega na mão de Chay. — Pai, eu tenho pensado em como vai ficar minha vida com a separação, mas esqueci de pensar em como irão ficar a vida de vocês. Com certeza isso está sendo muito difícil e eu gostaria que o senhor soubesse que nós estamos do lado de vocês, tá? Pra qualquer coisa.
Chay sorri e passa um braço pelos ombros da filha.
— Obrigada, meu anjo.
Malu e Samuel sentam em uma mesa da praça de alimentação com sanduíches e batatas fritas. Eles começam a comer silenciosamente e Malu tenta puxar papo, mas Samuel responde apenas com "É", "Uhum" e "Aham". Em um certo momento, a morena larga o sanduíche na bandeja e pergunta:
— O que está pegando, Samuel? Você tá desse jeito deste que eu te encontrei. Você não queria ter cruzado comigo? Porque se for isso, era só não ter aceitado o meu convite pra comer, porque se é pra ficar com essa cara de bunda e nem falar comigo, eu prefiro comer sozinha.
Samuel ergue o olhar lentamente até focalizar o rosto de Malu.
— O mundo não gira em torno do seu umbigo.
— Como é?
— Essa noite eu não queria encontrar ninguém — ele confessa. — Só vim pra cá porque não queria ficar em casa.
— O que aconteceu? — pergunta Malu com curiosidade.
— Não quero falar sobre isso.
Malu se sente culpada por ter falado daquele modo com Samuel e pega na mão dele sobre a mesa.
— Ei, desabafar as vezes faz bem. O que está acontecendo na sua casa que você não quer ficar lá?
— Problemas familiares.
— Que problemas? Seus pais estão pegando no seu pé? — ela tenta adivinhar.
— Quem dera fosse — responde Samuel dando um sorriso entristecido. Malu fica preocupada, pois nunca viu o jovem dessa forma, tão abalado. Ela solta a mão dele, levanta e contorna a mesa, se sentando na cadeira ao lado da dele.
— Me fala. O que aconteceu?
— O meu pai tem outro filho — ele conta baixinho.
— Como é!?
— Uma ex-amante dele apareceu lá em casa hoje com a foto de um moleque dizendo que ele é filho do meu pai.
— Seu pai tinha uma amante? Sua mãe sabia?
— Não. Imagina como ela está agora? Como se não fosse suficiente saber que o meu pai traiu ela, agora ele tem um filho fora do casamento.
— Meu Deus! — Malu não consegue esconder a perplexidade. — Quantos anos tem o garoto?
— Dezessete.
— A sua idade — ela constata. — Isso quer dizer que...
— Que quando a minha mãe engravidou de mim, o meu pai tinha uma amante — completa Samuel olhando para o próprio sanduíche. — Eu tenho um irmão — diz virando a cabeça para olhar Malu. Ela está de queixo caído e aperta o braço dele.
— Isso não é o fim do mundo.
Samuel ri sem nenhum humor.
— Você só está dizendo isso pra me consolar.
— É verdade — confessa a garota. — É que eu não sei o que dizer.
— Então não fala nada.
Malu suspira e abraça Samuel.
— Por favor, não fica assim — pede com o rosto no pescoço dele.
Minutos depois a campainha da mansão de Chay e Mel toca. Isabela, que voltou a ficar sozinha na sala, levanta para atender a porta.
— Felipe? — se surpreende ao ver o namorado do lado de fora.
💜💎amei
ResponderExcluirAmei esta simplismente perfct!!!!!!
ResponderExcluirperfeitooooo, quero maisss, continua
ResponderExcluirPerfeitoo!!!!!!Ameiiii
ResponderExcluir