Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 121: Chay e Mel antecipam retorno a capital


Animadas, Yasmin e Isabela se juntam a Úrsula, Gisele e Otaviano.
   — Por onde a gente vai começar? — pergunta Yasmin.
   — Primeiro nós temos que pegar uma cadeira para a transformação — diz Isabela. — Minha mãe vai me matar se alguma coisa acontecer com uma das poltronas dela.
   — Ela vai te matar de qualquer jeito — observa Vinícius sentando no sofá. Isabela lança um olhar de fúria para ele e diz para o namorado:
   — Pega uma cadeira lá na cozinha?
   — Eu não quero participar disso — responde Felipe. Isabel ergue as sobrancelhas.
   — Felipe!? É uma boa causa.
   — Eu não quero gerar problemas — diz Antônio tentando se levantar. 
   — Você fica! — ordena Yasmin segurando no ombro dele para que ele permaneça sentado. 
   — Felipe, por favor — pede Isabela. Ao ver o olhar meigo da namorada, ele cede. 
   — Ok.
Victor revira os olhos, sentado ao lado de Vinícius.
   — O Felipe é um cachorrinho da Isabela.
   — Cala a boca — diz Isabela.
Instantes depois Felipe retorna com a cadeira e a coloca ao lado da poltrona.
   — Sente-se aqui, seu Antônio — pede Isabela com gentileza. O senhor levanta da poltrona, envergonhado por causa dos olhares que Marina e Victor lançam para ele. 
   — Vamos começar cortando o seu cabelo e tirando sua barba — fala Otaviano. Antônio assente. Isabela sorri, contente e se senta em uma poltrona. 
   — Obrigada — sussurra para Felipe, que sorri levemente. Yasmin senta no braço da poltrona de Isabela e elas observam Otaviano trabalhar. Minutos depois, o cabelo de Antônio está aparado sobre a nuca e sem barba o que já deixa sua aparência bem mais agradável. 
   — E agora? — pergunta Isabela levantando.
   — É recomendável ele tomar um banho antes que a gente comece — observa Úrsula. Vinícius arregala os olhos.
   — Tomar banho? — repete boquiaberto. Isabela ignora o irmão e diz para a manicure:
   — Tudo bem. Tem um banheiro que aqui no térreo que você pode usar, seu Antônio. 
   — Não, não precisa — ele responde se encolhendo na cadeira.
   — Faz quanto tempo que você não toma banho? — pergunta Yasmin com curiosidade.
   — Yasmin? Isso é pergunta que se faça — repreende Isabela e olha feio para Victor, que gargalha no sofá. 
   — De verdade, senhorita Isabela, não precisa — insiste Antônio. A adolescente se aproxima dele com rapidez e pega em seu braço.
   — Seu Antônio, precisa sim! Vem, acho que algumas roupas do motorista deve servir no senhor.
Isabela arrasta Antônio até o corredor. Victor, Vinícius, Felipe e Marina trocam olhares enquanto Yasmin conversa empolgadamente com Otaviano. 
   — A Isabela vai querer dar banho nele também? — Felipe pergunta cruzando os braços.
   — Não — responde a jovem retornando do corredor. — Vocês são tão idiotas!
   — O que a gente fez? — questiona Victor. Yasmin para de conversar e passa a prestar a atenção na conversa dos amigos.
   — Ficam olhando para o Seu Antônio como se ele fosse um extraterrestre — Isabela responde. 
   — Não é todo dia que tem um mendigo na casa do meu namorado — comenta Marina.
   — Ele não é um mendigo, ok? É um físico!
   — Que mora na rua e não toma banho há sei lá quanto tempo — Vinícius completa. 
   — Ele só precisa de uma oportunidade para deixar às ruas — diz Yasmin caminhando até o centro da sala. — E nós estamos dando essa oportunidade. 
   — Só porque acordaram e decidiram ser boazinhas — retruca Marina. O sangue de Isabela ferve e sobe para sua cabeça, deixando seu rosto vermelho.
   — Olha aqui, Marina, se for pra ficar falando merda, dá um fora da minha casa.
Victor ergue as sobrancelhas, espantado com a atitude dela e Yasmin tem reação parecida, porém sorri levemente. Vinícius responde antes que a namorada possa fazer o mesmo.
   — Isabela, a casa também é minha e a Marina fica. 
   — Então manda ela calar a boca.
   — Ele não manda em mim! — interrompe Marina revoltada. — Nem todas as garotas são submissas que nem você. 
O queixo de Isabela cai e Felipe responde por ela:
   — Marina, cala a boca!
A adolescente, assim que terminou de falar, se arrependeu, porém seu orgulho faz com que não peça desculpas. 
   — Gente, vamos parar com isso! — pede Victor. — Que coisa chata. Só por causa de um mendigo.
   Antônio— corrigem Yasmin e Isabela em um uníssono.
   — Antônio, que seja. 
Eles se calam e um clima tenso toma conta do ambiente. Úrsula, Gisele e Otaviano os observam com atenção. Yasmin senta no sofá ao lado de Victor e Isabela volta a ficar na poltrona. 
   — Quando a gente pensa que pode ter uma relação civilizada com a Marina, ela faz isso — diz baixinho para Victor.
   — A Isabela que começou.
   — Ela está dentro da casa da garota e chama ela de submissa? Cara, depois de tudo que a Isabela passou com o Jonas... — Yasmin deixa a frase no ar. 
   — Eu sei, mas é que, tipo, a gente não tava aqui durante o namoro da Isabela com o Jonas, então a Marina não presenciou tudo o que aconteceu entre eles.
   — Mas quando a bomba explodiu, quero dizer, quando o término aconteceu vocês já estavam no Brasil. Dá pra imaginar como o namoro deles foi cruel pra Isabela pra ela ter tido aquela reação quando ele terminou com ela. 
Victor gira a cabeça discretamente e olha para a cicatriz no antebraço direito de Isabela. 
   — Eu sei, mas a gente não pode culpar a Marina. Ela está estressada. 
   — A Isabela também — retruca Yasmin.
   — Ok, todos estamos estressados. Não vamos discutir por causa disso, né?
   — Não — responde a loirinha acariciando o braço dele. Victor coloca sua mão sobre a dela e dá um beijo em sua bochecha próximo a boca. 
Isabela encara Marina, que devolve o olhar. Vinícius, notando o clima entre a irmã e namorada, fala para Marina:
   — Vamos para o meu quarto. 
   — Ótima ideia — ela responde enquanto se levanta. Os dois sobem silenciosamente os degraus da escada sob os olhares de Isabela, Yasmin, Felipe e Victor. 

Quando passam pela porta do quarto de Vinícius, eles soltam as suas mãos e ela se senta na cama enquanto ele se joga em um pufe. 
   — Eu preferi te chamar aqui em cima, porque acho que ninguém precisa ver certos momentos da nossa relação.
Marina assente e esfrega as mãos no rosto, jogando o cabelo para trás.
   — O que foi? — pergunta olhando para o namorado.
   — Eu não gostei do que você falou para a Isabela.
   — Vinícius, foi da boca pra fora — ela se defende. 
   — Eu sei, mas foi muito forte. Quando a Isabela pediu pra você ir embora, eu não deixei porque você é minha namorada e eu não acho certo você ser expulsa da minha casa, mas queria que você soubesse que eu não aprovei sua atitude. 
   — Eu estou arrependida!
   — Então pede desculpas pra Isabela.
   — Ela também me deve desculpas.
Vinícius não consegue segurar o riso.
   — Desculpas pelo o quê?
   — Por ter me mandado embora.
   — Fala sério, Mari. Você começou com isso. 
Marina coça uma das sobrancelhas.
   — É que — ela suspira — não é fácil pra mim pedir desculpas. Eu não sou acostumada com isso. 
   — Amor, quando as pessoas erram elas pedem desculpas. É natural. 
   — Tudo bem. Eu vou pedir. — Marina desliza o tronco sobre a cama de Vinícius e deita a cabeça no travesseiro dele, fechando os olhos lentamente. Vinícius fica olhando para ela por um tempo, depois pega o seu violão e começa a tocar uma melodia lenta e baixa. 

Antônio retorna do banho, deixando todos na sala de queixo caído. A pele dele não está mais amarronzada, e sim branquíssima, mostrando seu tom natural. Seus olhos ficaram ainda mais destacados no rosto limpo e liso e sua aparência melhorou bastante com as roupas de Evaldo. 
   — Uau! — exclama Yasmin boquiaberta. 
   — Você está parecendo outra pessoa, seu Antônio — fala Isabela sorrindo. 
   — Estou me sentindo uma outra pessoa — responde ele com um sorriso tímido no rosto. Felipe dá um leve sorriso quando vê o sorriso do senhor. 
   — Vamos terminar o serviço — diz Úrsula puxando o senhor para a cadeira. 

Malu e Graziele estão deitadas no tapete ao lado da cama da ruiva, no quarto. Malu assiste a um vídeo no youtube enquanto a outra conversa com Maísa no whatsapp. 
   — Já viu o clipe novo do Maroon 5? — pergunta a morena deixando o celular ao seu lado.
   — Não.
   — Me lembrou você e o Thiago. 
   — Como? — Graziele vira a cabeça na direção da amiga. 
   — Assiste.
As duas começam a assistir ao clipe da música Maps. Ao fim da música, Graziele questiona:
   — Então pra você eu vou morrer atropelada?
   — Não! — exclama Malu. — É que, sei lá, a festa do clipe me lembrou das festas que o Thiago frequenta e como vocês nem estão namorando, eu pensei, tudo pode acontecer. 
   — O Thiago não vai me trair e não vou ser atropelada, ok?
   — Primeiro, vocês não estão namorando pra ele te trair; e segundo, não se esqueça de olhar para os lados quando for atravessar a rua. — Ela começa a gargalhar e Graziele dá um tapa em seu braço.
   — Cala a boca, Maria Luíza! — Ela fica de barriga para cima. — Sabe, agora que você tocou no assunto, será que o Thiago não vai me pedir em namoro nunca?
   — Pensei que você estivesse confortável com isso — diz Malu se apoiando em seu cotovelo. 
   — Eu estou, mas...
   — Mas?
   — Sei lá, queria poder chamá-lo de meu namorado.
   — Ai, Graziele, só por isso?
   — Não só por isso. Tipo, quando a gente sai junto ele me apresenta como amiga. Amiga você é dele, eu sou mais do que amiga.
   — Como você quer que ele te apresente? — Ela engrossa a voz e diz: — Essa é a Graziele, minha mais do que amiga. Nós ficamos, já transamos, mas ainda não namoramos.
   Malu!
   — Uai, o que eu disse? Não é assim que você quer que ele te apresente?
   — Não. Quero que ele diga: "Essa é a Graziele, minha namorada". Olha que lindo!
As duas riem.
   — Ai, amiga, por que você não fala com ele? 
   — Ah, claro. Vou chegar e falar "Olha, Thiago, eu quero começar a namorar. Quando você vai me pedir em namoro?"
   — Mais ou menos isso.
   — Jamais!
O celular de Graziele começa a tocar. 
   — Olha quem é! — exclama Malu pegando o celular da amiga. — Não morre cedo. — Ela atende. — Oi, Thiago.
   — Não vá falar merda — adverte Graziele se sentando no tapete. 
   — A gente estava mesmo falando de você.
   — Malu? — pergunta Thiago do outro lado da ligação.
   — É. Não reconhece mais minha voz?
Ele ri. O coração de Graziele martela em seu peito com medo do que a amiga vai falar para Thiago. 
   — Do que vocês estavam falando de mim?
   — Palavras apenas, palavras pequenas, palavras — ela cantarola. 
   — Cadê a minha ruivinha? 
   — Ohh! — Ela olha para Graziele. — Ele te chamou de minha ruivinha.
Graziele ri, ficando da cor de seus cabelos, enquanto Thiago também gargalha. 
   — Passa logo pra ela, Malu. 
   — Thiago, eu tenho uma pergunta pra te fazer — diz a morena se sentando.
   — Maria Luíza — sussurra Graziele tentando ser ameaçadora. 
   — O que foi? — ele pergunta. 
   — Quando você vai parar de enrolar a minha amiga? — pergunta Malu de maneira natural.
   — Oi!? — Thiago questiona sorrindo. Graziele fica ainda mais vermelha, agora de raiva.
   — Vocês já estão saindo há bastante tempo, você pretende enrolar a Grazi por quanto tempo mais? Ela é uma moça de família, ok? 
Os dois riem, mas Graziele permanece de cara fechada. 
   — Passa logo pra Grazi — ele pede ainda sorrindo.
   — Só depois que você responder minha pergunta.
   — Isso só diz respeito a mim e a ela, Malu. 
   — Nossa, não precisa ser grosso.
   — E você não precisa ser dramática.
Eles riem novamente e Malu estica o iphone para a dona.
   — Oi, Thiago — Graziele força a voz para parecer o mais natural possível. 
   — Oi, minha linda. — A ruiva sorri ao ouvir a voz dele. — Quero te chamar pra um programa mais tarde.
Graziele solta um suspiro, acreditando saber o que vem por aí.
   — Olha, Thiago, se for algum festa cheia de... — ela engole a palavra drogados e diz: — colegas seus, eu passo. 
Thiago ri.
   — Não é nenhuma festa. Quer dizer, é uma festa mas só minha e sua. 
   — Como é? 
   — Os meus pais vão sair hoje para uma festa da Universo dos Livros e eu queria saber se você quer vim comigo.
   — Uma festa de gente normal? Não acredito! — Ela ri.
   — As festas que a gente vai são de gente normal, ok? — ele diz sorrindo.
   — Ok, mas eu não entendi a parte do "uma festa só minha e sua". 
   — É que a maioria dos convidados serão executivos, então vai ser só eu e você mesmo. 
   — Eu aceito — responde Graziele.
   — Vocês vão sair? — pergunta Malu com curiosidade. 
   — Te pego às oito. 
   — Fechado.
   — Te adoro, tchau.
   — Tchau. — Graziele desliga sorrindo.
   — Vocês vão sair? — Malu repete a pergunta.
   — Sim, vamos para uma festa.
   — Vish! Leva uma máscara, tá? Não quero que você inale nenhum tipo de droga sem querer. 
Graziele ri.
   — Você não estava ouvindo a conversa? Eu disse que dessa vez será uma festa de gente normal. 
   — Só ouvi o final, tava conversando com o Samuel pelo whats. Deixa eu ver se entendi, vocês vão para uma festa sem maconheiros e traficantes? Que milagre é esse? — Ela ri e fala com rapidez: — Eu poderia dizer que o Thiago fumou alguma, mas isso não seria nenhuma novidade.
   — Ela não fuma nenhuma droga ilícita, tá bom? 
   — Ok, só cigarrinhos da paz. 
   — Cala a boca! — pede Graziele olhando para a porta. — Se a minha mãe ouve isso... prefiro nem imaginar. 
   — Ok, não falo mais nada. Então, em que festa vocês irão?
   — Em uma da Universo dos Livros. Acho que nossos pais vão também, já que nossas mães são donas da companhia também. 
   — É, mas eu não vou. 
   — Então me ajuda a escolher uma roupa, vai. — Graziele levanta e saltita na direção de seu closet. 

No final de toda a transformação, a equipe de beleza sorri e os adolescentes ficam de queixo caído. Antônio, agora com o cabelo cortado, barba feita, unhas aparadas, pele limpa e cheirosa, e roupas novas, sorri agradecido. 
   — Você está maravilhoso, seu Antônio. Com todo o respeito — diz Yasmin. 
   — Muito, muito obrigada — ele agradece. — Eu nem sei o que dizer para vocês. 
   — Não diga nada — responde Isabela. — A gente está tão feliz quanto o senhor.
   — Não é querendo estragar o clima, mas o que vai ser agora? — pergunta Felipe.
   — Como assim? — Yasmin indaga franzindo a testa. 
   — Do que adiantou essa transformação toda se ele vai voltar para as ruas? 
   — Quem falou que ele vai voltar a morar nas ruas? — rebate Isabela.
   — Não!? Você vai querer que ele more aqui? — questiona Victor sorrindo sarcasticamente. 
   — Óbvio que não, meus pais nem deixariam. — Ela olha para o senhor. — Existe várias abrigos para moradores de rua pela cidade, o senhor sabe, né?
   — Sim, já tentei entrar em vários, mas nunca há vagas. 
   — Eu posso imaginar, mas nós vamos conseguir resolver esse problema. 
   — Isa, eu sei que você é determinada e tal, mas como você vai conseguir uma vaga para ele? — pergunta Felipe com curiosidade.
   — Não sei, mas eu vou conseguir.
Yasmin ri, chamando a atenção de todos.
   — Não é óbvio? — ela pergunta para eles. — É muito fácil dizer não para um mendigo, agora dizer não para duas jovens lindas e ricas é outra coisa. 
   — O que você quer dizer com isso? — pergunta Victor. 
Yasmin sorri para o loiro.
   — Victor, acho que ninguém te contou que quem manda aqui no Brasil é o dinheiro. E nós temos muito dinheiro. 
   — É errado agir assim, Yasmin — fala Felipe. 
   — É por uma boa causa, irmãozinho. 
   — Ela tem razão — diz Isabela. — A gente vai estar usando o nosso dinheiro para uma ótima causa. 
   — Eu não quero que vocês façam coisas erradas por minha causa — Antônio fala.
   — A gente não vai deixar você voltar para as ruas, Seu Antônio — diz Isabela decidida. — Vem, vamos para um abrigo. 
   — A gente vai com vocês — diz Victor levantando. 
   — Não vai caber todos nós no carro — observa Yasmin.
   — Algum de vocês pode vim com a gente — Úrsula diz. 
   — Ótima ideia! — apoia Isabela. — Vamos.
Eles todos saem. 

Graziele coloca um vestido na frente de seu corpo, fitando o seu reflexo no espelho. 
   — Peraí! — diz abaixando a peça e girando na direção de Malu, que remexe seus produtos de cosmética. — Você disse que estava conversando com o Samuel?
   — Oi? — A morena ergue a cabeça.
   — Você falou que estava conversando com o Samuel pelo whatsapp. Eu me lembro muito bem.
   — Eu disse mesmo.
   — Desde quando vocês conversam por whats?
   — Sei lá, ele puxou papo falando de uma banda aí e a gente começou a conversar. 
   — Uma banda aí? 
   — É, Grazi, uma de uns amigos dele que ele achou que eu ia gostar.
   — E você gostou?
   — O som não é dos piores. 
   — Sei — diz a ruiva com desconfiança. 
   — Quer que eu mostre a música? 
   — Não, não estou falando da música, e sim dessa aproximação de vocês.  
   — Qual é o problema?
   — Vocês se odiavam até semana passada.
   — Continuo não gostando dele, mas a gente tem alguns gostos em comum...
   — Então pode rolar alguma coisa?
   — Claro que não! Deus me livre.
   — É por causa da Mayara?
   — Eu e a Mayara não temos mais nada, ok? Nunca tivemos nada, na verdade.
   — Só na fazenda — corrige Graziele.
   — O que aconteceu na fazenda, permanece na fazenda. 
   — Ok, não está mais aqui quem falou.

Os carros de Úrsula e da família Rocha estacionam em frente a um abrigo para moradores de rua. A manicure, a pedicure, o cabeleireiro e Isabela descem do primeiro e Yasmin, Victor, Felipe e Antônio do outro. 
   — Ok, vamos tentar a sorte — diz Isabela caminhando até a porta. Eles entram, parando no centro de uma pequena e abafada sala. O cheiro do ambiente não é dos melhores e Yasmin torce o nariz. — Boa tarde — cumprimenta Isabela com a voz suave. 
   — Boa tarde — responde uma senhora de meia idade. Os adolescentes, os profissionais de beleza e Antônio permanecem alguns passos atrás dela.
   — Nós gostaríamos de saber se tem alguma vaga para esse senhor — diz a adolescente apontando para Antônio. A atendente olha para o grupo com desconfiança.
   — Ele precisa mesmo de um abrigo?
   — Sim — garante Isabela. — Nós tiramos ele da rua e agora estamos procurando um lugar para ele morar até que... até que as coisas na vida dele melhorem. 
   — Nobre a atitude de vocês.
   — Alguns não concordam — fala Yasmin olhando para o irmão e Victor.
   — No entanto — continua a senhora — nós não temos mais vagas. 
   — Nenhuma cama? — indaga Isabela com os olhos suplicantes. 
   — Nada. 
Yasmin respira fundo e se aproxima do balcão em que Isabela está encostada. 
   — Nós estamos dispostos a pagar pela vaga dele — diz sem rodeios. 
   — O abrigo é público, senhorita Yasmin. Não aceitamos dinheiro por vagas.
   — Como você sabe o meu nome? — A loirinha fica espantada. 
   — Eu leio revistas. 
   — Ótimo, isso significa que você sabe o quanto nós podemos pagar pela vaga. — Ela olha ao redor. — Esse lugar está precisando de uma recauchutada. 
   — Nós não... — a senhora começa a dizer, mas Yasmin a interrompe:
   — Vamos fazer o seguinte. Pra não ficar feio pra ninguém, nós fazemos uma doação gorda para o abrigo em troca da vaga. O que acha? — Yasmin nota a hesitação no rosto da mulher. — Vamos lá, é só uma cama. A gente pode até pagar pela cama também, a gente só quer um lugar para ele morar. Ele não pode ficar na nossa casa. 
   — Só um instante — pede a senhora e levanta, caminhando até um corredor na lateral da sala. 
   — Uau, será que vocês vão conseguir? — pergunta Victor.
   — Não tenho dúvidas — responde Yasmin. — Vai ficar tudo bem, Antônio. 
   — Muito obrigada, meninas. Ninguém nunca fez nada parecido por mim. 
Isabela sorri com os olhos molhados de lágrimas e Yasmin força um sorriso e olha para baixo, tentando esconder a emoção. A atendente de meia idade retorna.
   — E então? — pergunta Isabela com ansiedade.
   — Eu conversei com a equipe do abrigo e nós acreditamos que vai dar pra ele ficar. 
Todos sorriem aliviados e uma lágrima escorre pelo rosto de Antônio. 
   — Muito obrigada — agradece Isabela. Yasmin abre sua bolsa e pega um envelope pardo.
   — Aqui está nossa doação.
A senhora pega o envelope das mãos de Yasmin e abre para ver o conteúdo. Seus olhos se arregalam.
   — Nossa, quanto dinheiro. 
   — Eu prometo que todo mês vai ter uma quantia parecida entrando nesse abrigo — fala a loirinha com determinação. 
   — Yasmin? — Isabela se espanta. 
   — Esse lugar precisa de ajuda. Eu tenho certeza que a MelPhia vai adorar abraçar essa campanha. — Uma ideia passa por sua cabeça. — É isso! Vai ser a minha condição para participar do comercial da televisão. 
Isabela ri e enxuga as lágrimas que escaparam de seus olhos.
   — Ótima ideia.
As duas se viram para encarar Antônio.
   — Agora o senhor está seguro — diz Isabela. Com o rosto molhado, Antônio diz:
   — Eu desejo tudo de melhor pra vocês todos. As pessoas passavam por mim e sequer olhavam para o meu rosto, vocês não só fizeram isso como me levaram para dentro da casa de vocês e me ajudaram. Ninguém nunca fez tanto por mim. 
Isabela se joga nos braços do senhor e eles se abraçam, lágrimas transbordando dos olhos de ambos.
   — O senhor fez tão bem pra gente quanto a gente fez pra você. Que o senhor consiga recuperar tudo o que perdeu pra bebida. 
   — Eu juro que nunca mais vou colocar um pingo de bebida na boca — garante o senhor. — Eu sei que sou forte para isso. Só precisava de uma motivação e agora eu tenho. Toda vez que eu deixar o vício me levar, vou lembrar dos sorrisos de vocês duas. Das duas pessoas que olharam pra mim, que me ajudaram. Eu vou ficar limpo por vocês. 
Isabela, que ainda segura nas mãos dele, diz:
   — Qualquer coisa, pode me procurar. Tudo bem?
   — Sim, muito obrigada, senhorita Isabela. 
A adolescente solta as mãos dele para secar suas lágrimas e Yasmin estende sua mão para ele. 
   — Muito obrigada — ele agradece pegando na mão dela.
   — Se cuida, Antônio. Eu sei que você é forte o suficiente pra recuperar sua vida. Eu quero te ver voltando ao trabalho, ok? Eu tenho certeza que você é um físico incrível e o mundo precisa de você. — Ela sorri e se afasta. Úrsula, Gisele e Otaviano se despedem de Antônio. Em seguida, Felipe e Victor apertam a mão dele. Isabela dá mais um abraço no senhor.
   — Tchau! — diz Antônio vendo todos partirem. Do lado de fora, na calçada, Yasmin não consegue mais segurar as lágrimas e começa a chorar. 
   — Ei — fala Victor abraçando ela. 
   — Ele poderia ser da minha família — diz a loirinha com a voz abafada pela camiseta dele. — Poderia ser o meu avô Renato, que agora está doente. Ele poderia estar na rua agora, sozinho, sem apoio de ninguém. Poderia ser da minha família — ela repete entre as lágrimas. 
Felipe abraça Isabela.
   — Estou orgulhoso de você.
   — Eu também estou orgulhosa da minha atitude. Eu ajudei na mudança da vida dele. — Ela sorri ainda com os olhos umedecidos. Após se despedirem de Úrsula, Gisele e Otaviano, eles entram no carro e Evaldo dirige de volta para o condomínio.
   — Quero logo chegar em casa, estou faminto — diz Victor.
   — Com a transformação a gente até se esqueceu de almoçar — Yasmin fala. 
   — Que horas são? — pergunta Isabela.
   — Uma e meia — Felipe responde.
   — Caramba, a hora passou e eu nem vi.

Marina desperta e olha para os lados confusa.
   — Nossa, eu dormi que nem percebi — diz para si mesma. — Vinícius?
O adolescente sai do banheiro usando apenas uma bermuda jeans enquanto seca o cabelo cacheado em uma toalha branca.
   — Pensei que você não fosse mais acordar — fala sorrindo.
   — Que horas são? — pergunta Marina se sentando.
   — Oito horas.
   — Nossa! A gente comeu, eu vim pra cá e apaguei. — Ela se recorda do ocorrido na manhã. — Eles já voltaram?
   — Faz horas. 
   — E o mendigo?
   — Eles conseguiram um abrigo para ele morar. 
   — Legal. — Ela levanta. — Eu tenho que falar com a Isabela.
   — É, ela está no quarto dela, o Felipe acabou de ir embora. 
   — Tá, vou lá então.
Marina levanta da cama e sai do quarto. 

Mel está sob o chuveiro quando percebe que o sabonete acabou. 
   — Droga! — Ela fecha o chuveiro. CHAY!
Instantes depois Chay coloca uma cabeça para dentro do banheiro.
   — Aconteceu alguma coisa, amor?
   — O sabonete acabou, pega um na minha mala? Está dentro da necessaire. 
   — Ok, espera aí.
Chay sai do banheiro e caminha até o quarto do casal. Ele se agacha ao lado da mala de Mel e abre, buscando pela necessaire. Sua mão afunda pelas roupas e ele sente algo sólido e gelado entre elas. Chay puxa o objeto e fica espanto ao ver o que é.
   O ipad da Mel.
   — O que isso está fazendo aqui? 
Alguns segundos se passam até que Chay decida o que fazer. Ele coloca o ipad sobre a cama e volta a procurar a necessaire, encontrando-a após um tempo. Depois de pegar o sabonete, ele retorna ao banheiro. 
   — Aqui — fala entregando o sabonete para Mel.
   — Obrigada — ela sorri para ele. Chay retribui o sorriso e sai do cômodo com rapidez. Ele pega o ipad no quarto e caminha para a sala, se sentando no sofá com o aparelho nas mãos. 

Sentado de maneira confortável em um dos sofás da sala de estar da mansão de Larissa e Henrique, Thiago aguarda Graziele terminar de se aprontar. Os pais dela já saíram para a festa da livraria. Lentamente, Graziele começa a descer a escada.
   — Demorei muito? — ela pergunta parando no pé da escada.
   — Sim, mas valeu a pena. — Thiago levanta e caminha até ela. — Você está linda.
   — Obrigada, você também. 
Eles sorriem um para o outro e Thiago dá um beijo lento em Graziele. 
   — Então, vamos? — pergunta Thiago.
   — Sim, acho que a gente está atrasado, né?
   — Só um pouco — ele responde com eufemismo. De mãos dadas, eles saem da casa rumo ao local da festa. 

Em seu quarto, Isabela lê tranquilamente deitada em sua cama. Duas batidas na porta fazem ela perder a concentração.
   — Entra — pede fechando o livro. 
   — Isabela? — diz Marina passando pela porta. — Posso conversar um pouco com você?
   — O que é? — pergunta a menor com a voz mais encorpada. Marina caminha até a cama de Isabela e se senta na beirada.
   — Eu queria te pedir desculpas por mais cedo.
Isabela ergue as sobrancelhas, totalmente surpresa com a atitude da namorada de seu irmão.
   — Sério?
   — Sim, eu falei coisas que você não precisava ouvir. 
   — Tudo bem. Eu também preciso te pedir desculpas, eu me excedi quando pedi pra você ir embora. 
   — Ok. Então está tudo certo entre nós?
Isabela sorri.
   — Totalmente. 
Marina sorri e pergunta:
   — Posso te dar um abraço?
   — Claro.
Marina se aproxima de Isabela e elas se abraçam.
   — Você é mesmo pequena, hein? — comenta Marina se afastando dela.
   — Cala a boca! — As duas riem e Marina levanta. 
   — Vou embora. 
   — Pensei que você fosse dormir aqui hoje com o Vinícius.
   — Hoje não, quem sabe amanhã?
   — É, tem que aproveitar o último dia sem os meus pais.
Elas riem e Marinha caminha até a porta.
   — Tchau!
   — Tchau — responde Isabela sorrindo. Quando Marina deixa o quarto, ela retorna a ler o seu livro.

Mel entra na sala usando uma macacão floral de tecido fino da sua própria grife. Seu olhar se estreita ao ver Chay sentado de maneira tensa no sofá.
   — O que foi, Chay? — pergunta.
   — Não fazia parte do combinado não trazer nada além do celular? — ele questiona pegando o ipad que estava ao seu lado. A boca de Mel se abre levemente ao ver o aparelho que tinha passado despercebido anteriormente. — Então, Mel, não vai responder?
A empresária dá um passo em direção ao sofá.
   — Desculpa, é que eu precisava saber sobre a grife. 
   — Trabalho — ele pensa em voz alta.
   — Chay, a grife está passando por um momento difícil. 
   — Assim como o nosso casamento. 
Mel senta ao lado dele.
   — Eu sei que eu errei, mas se eu te contasse você não ia aceitar.
O cantor pensa por um breve momento e diz:
   — Eu tenho que te falar uma coisa. 
   — Que coisa? — ela questiona franzindo a testa.
   — Você não era a única que estava mantendo relação com o trabalho.
   — Como é?
   — O meu disco também precisa de mim.
   — Eu não esperava por isso — Mel deixa escapar. 
   — Você não pode se desligar do seu trabalho, mas eu posso?
   — Não é isso, Chay! É que... não era pra isso ter acontecido. — Os olhos dela se enchem de lágrimas. — Esse era pra ser o nosso momento, mas os nossos trabalhos estão monopolizando toda a nossa atenção. Não era pra isso ter acontecido!
   — Eu sei, nem eu queria que isso acontecesse — diz Chay com a voz embargada. Eles se olham e as lágrimas escapam de seus olhos.
   — Acho melhor a gente voltar para a cidade. — Mel se levanta. — Essa viagem não serviu pra nada. A gente estragou tudo! — Ela vai para o corredor chorando. Chay esconde as mãos no rosto e deixa as lágrimas escorrerem por suas bochechas. 

Em uma das ruas silenciosas e desertas do condomínio, Yasmin brinca com uma pedrinha no chão, sentada em seu skate favorito na frente da mansão dos Aguiar. O portão se abre e Victor surge atrás dela.
   — Oi — fala parando ao lado dela.
   — Até que enfim! — exclama a loirinha se levantando. 
   — Eu estava tomando banho.
Yasmin revira os olhos.
   — Meninas!
   — Cala a boca — diz Victor abraçando ela. — Parou de chorar, foi?
Yasmin sorri e dá um selinho nele.
   — Parei.
   — Já contou para os seus pais o que você fez?
   — Não, ainda não. Minha mãe nem chegou da empresa e o meu pai chegou cansado da gravadora. 
   — Desculpinhas — ele cantarola.
   — Talvez.
Eles riem e Victor a solta.
   — E aí, é hoje que eu vou aprender a andar de skate?
Yasmin sorri.
   — Sim, é hoje. Vem, vamos para a praça, lá tem um pista de skate. A essa hora vai estar vazia.
Yasmin coloca seu skate sob o braço e pega na mão de Victor. Juntos, eles caminham pela rua.

Graziele e Thiago chegam ao local da festa. O espaço fica na cobertura de um edifício de luxo. 
   — Boa noite, Thiago, Graziele — cumprimenta uma atendente reconhecendo os filhos dos donos da companhia. — Não sabia que vocês iriam vir, os seus nomes não estão na lista. 
   — A gente decidiu de última hora — responde Thiago. 
   — Ah, sim, a Maria Luíza também virá?
   — Não, ela não — Graziele responde. 
   — Ok! Fiquem à vontade. 
   — Obrigada.
Eles entram e caminham até os pais dele, Fernanda e Mateus.
   — Oi! — cumprimentam. 
   — Oi, meninos — responde Mateus. — Chegaram agora?
   — Sim — responde Thiago.
   — Que lindo está o meu garotinho — elogia Fernanda e Graziele ri.
   — Mãe, olha o mico — ele responde. 
   — Se arrumou todo assim pra impressionar a namorada? — provoca Fernanda para deixar o filho envergonhado. 
   — A gente não está namorando, mãe — diz Thiago. — Ainda.
Graziele dá um leve sorriso.
   — Vai ter que pedir a minha mão — fala Henrique surgindo ao lado deles. 
   — Estamos no século XXI, pai — lembra Graziele rindo.
   — Mas eu sou um cara a moda antiga.
   — Por você vale a pena — Thiago diz baixinho para a ruiva, mas Fernanda ouve.
   — Oh, que lindo, filho!
   — Mãe!? Não era pra senhora ter ouvido isso — ele fala ainda com o braço em torno da cintura de Graziele. 

Mel retorna para sala da casa em que está hospedada com Chay trazendo sua mala consigo. 
   — Você estava falando mesmo sério quando disse que queria ir embora? — pergunta Chay.
   — Chay, não tem porquê a gente continuar aqui. Não importa o lugar, a gente sempre vai estar ligado ao trabalho. Que seja em casa, com os nossos filhos. Até porque a gente tem que decidir a nossa situação. 
   — Acho que sei o que você quer dizer com isso — ele fala levantando.
   — Não vamos tomar atitudes precipitadas. Acho que a viagem de volta vai servir pra gente pensar. 
   — Ok, você está certa. Vou fazer minhas malas.
Chay passa por Mel e vai para o quarto do casal. A empresária caminha até a porta com sua mala e senta na rede, observando as ondas bateram na areia. 

Yasmin assiste as tentativas de Victor sentada em um banco. 
   — Equilíbrio você tem, Victor, você surfa. Vai, tenta mais uma vez! — ela o incentiva. Victor respira fundo e tenta novamente, dessa vez, conseguindo andar alguns metros sobre o skate.
   — Ah, sou muito f*da!
   — Quero ver você fazendo um smith grind agora.
   — Um o quê?
   — É aquela manobra que a gente desliza sobre corrimões e tal, sabe?
   — Desisto! 
Eles riem e Victor senta ao lado dela.
   — Eu consegui andar um pouco, mereço um prêmio, não mereço?
   — Amanhã te dou um saco de balas. — Yasmin gargalha. 
   — Você sabe muito bem o que eu quero — ele diz no ouvido dela. Yasmin sorri e vira a cabeça, roçando os seus lábios suavemente no dele.
   — Sei, é?
   — Sabe. 
Yasmin ri e dá um beijo quente no loiro. 

A manhã de domingo surge quente e ensolarada. Mel e Chay chegaram em casa no começo da madrugada e decidiram dormir em quartos separados para pensarem no que irão fazer, ambos querendo fechar os olhos para a decisão mais óbvia. Em seu quarto, Sophia dorme profundamente enquanto Micael, já acordado, desce para tomar café. Quando está na sala, o telefone começa a tocar e ele atende. 
   — Alô?
   — Seu Micael? — pergunta uma voz para ele desconhecida.
   — Sim, quem é?
   — É a Rosa, empregada da Dona Branca e do Seu Renato. 
   — Ah, sim. O que foi? — ele pergunta com a garganta se fechando, com medo da resposta da empregada. 
   — É que o Seu Renato passou mal agora pouco e uma ambulância foi chamada.
   — Onde ele está?
   — Ele foi para o hospital com a Dona Branca. 
   — Você me passa o endereço, por favor?
Após desligar o telefone, Micael sobe a escada, demorando em cada degrau enquanto pensa nas palavras que irá usar com a mulher. Em seu quarto, ele observa os últimos minutos de sono da loira. 
   — Sophia? — chama delicadamente. — Sophia! 
A empresária abre os olhos lentamente.
   — Bom dia — fala com a voz enrolada. 
   — Eu espero. 
Todos os sentidos de Sophia se acendem quando ela ouve o tom de voz sério do marido.
   — O que foi? — pergunta se sentando. — Aconteceu alguma coisa? 
   — O seu pai...
Os olhos da loira se enchem de lágrimas instantaneamente.
   — O que houve com o meu pai? — pergunta com a voz embargada. Micael segura nos ombros dela com firmeza.
   — Fica calma.
   — Micael, o que houve com o meu pai? — ela indaga com desespero.
   — Ele passou mal agora a pouco e foi para o hospital.
Sophia pula da cama.
   — Nós precisamos ir para lá. Agora!
   — Sim, nós vamos.
Minutos depois o casal deixa a mansão. 

Horas se passam, no meio da manhã Mel recebe um telefonema de Micael. Ela está acordada há alguns minutos, porém preferiu ficar na cama.
   — Oi, Mika — diz atendendo.
   — Oi, Mel. 
Ela nota a tensão na voz do amigo.
   — Está tudo bem?
   — Não. — Ele respira fundo. — A Sophia e a Branca estão precisando muito da gente. 
Tendo conhecimento do estado de saúde do pai da sócia e melhor amiga, Mel se senta na cama.
   — Micael, o que aconteceu?
Com a voz embargada, ele responde:
   — O Renato faleceu. 


Comentários

  1. Nossa mais super curiosa

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  2. Muito curiosa para o próximo capítulo...

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  3. Capítulo muito lindo!!!!!!!!!!!!! Sinto que a morte do Renato vai abalar a todos. É a primeira morte do Imagine (a da Míriam não conta kk)

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  4. Ameeei,pelo amr de Deus Chamel,n pooode se separar,mais se separa vai de morar quantos capitulos para eles voltarem????

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  5. Capitulo maravilhoso :)

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  6. O Thiago vai ficar enrolando a Grazi até quando? kkkk Amei o "Ainda"

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  7. Capítulo divônico! A-R-R-A-S-O-U

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  8. OMG! Não acredito que o Renato morreu :O

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  9. Acho que a morte do Renato vai mexer com todo mundo, né?

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  10. Yasmin tentando ensinar o Victor a andar de skate foi tão fofo kkk <<3

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  11. AMEI o que a Yasmin e Isabela fizeram com o Antônio. Se todos que tivessem dinheiro fizessem o que elas fizeram o mundo seria um lugar beem mais nobre. Foi lindo!!

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  12. Amo seu imagie <3. Estou muito anciosa para o próximo capitulo

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  13. Victor e Isabela como melhores amigos ia ser perfeito

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  14. Victor e Isabela como melhores amigos ia ser perfeito!

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  15. Acho tããããão bonitinho o Chay chorando!! Mas também me parte o coração! By: Gabriella
    Amando cada dia mais o imagine!!!!

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  16. "Mel está sob o chuveiro quando percebe que o sabonete acabou.
    — Droga! — Ela fecha o chuveiro. — CHAY!
    Instantes depois Chay coloca uma cabeça para dentro do banheiro."

    Era melhor ter ficado sem o sabonete, melhor passar um shampoozinho no corpo

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