Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 114: Chay e Mel tentam se acertar

Mel olha para o espaço vago ao seu lado no sofá e Chay entende o sinal e se senta junto à ela. 
   — Eu queria primeiramente te pedir desculpas — diz Mel. — Por ontem. Eu deveria ter te avisado assim que soube que não poderia ir ao jantar. Desculpas. 
Chay assente.
   — Tudo bem, eu te desculpo. Também queria que você me desculpasse por ter sido tão insensível quando você chegou. Deveria ter entendido um pouco mais o seu lado e te dado o apoio necessário.
   — Desculpado.
Os instantes que se prossegue é cheio de silêncio, até que Mel limpa a garganta e diz:
   — Então, eu acho que nós devemos colocar tudo pra fora nessa conversa. — Ela olha para as próprias mãos e volta a fitar os olhos de Chay. — O que eu quero dizer é eu não quero me separar sem ao menos tentar acertar as coisas. 
   — Eu não quero me separar de você, Mel. Eu te amo.
Mel respira fundo e responde:
   — Eu também te amo, só que a gente está vivendo a prova de que só amor não basta. É preciso confiança, respeito, lealdade... e eu acho que a gente perdeu esses três itens.
   — Como? — Chay se espanta. — Eu não acho que a gente perdeu essas coisas.
   — Ok, essa é a sua opinião, mas acontece que algo está muito errado no nosso casamento. Isso é indiscutível! Nós estamos deixando a nossa relação de lado em prol do trabalho, porém a culpa não da turnê e nem da grife, é única e exclusivamente nossa. 
Chay pega nas mãos de Mel abruptamente com um brilho de entusiasmo nos olhos.
   — Eu tive uma ideia.
Mel, espantada, franze a testa.
   — Que ideia?
   — Vamos viajar nesse final de semana. 
   — Como é? Quero dizer, eu não posso, não dá. 
   — Você vai deixar mais uma vez o trabalho na frente da nossa relação?
Mel demora um tempo para responder.
   — Não é isso. Acontece que eu não posso abandonar a grife agora, justamente nesse momento que ela precisa tanto de mim. 
   — Eu também preciso de você. 
   — A sua saúde não está em risco como a da grife está. — Mel puxa suas mãos das de Chay. — Desculpa — ela levanta e vai caminhando para a porta ainda com os olhos pregados nele. — Desculpa, mas eu não posso.
Mel sai do escritório e caminha apressadamente para o seu quarto. Quando entra no cômodo corre para pegar o seu celular e liga para Sophia.
   — Oi, Melzita — diz a loira ao atender. — Você não sabe do susto que eu passei hoje. Se acredita que o meu pai passou mal? Foi até parar no hospital, mas por sorte tudo está bem agora. 
   — Nossa, que susto mesmo. Que bom que está tudo bem! Fico feliz por vocês.
   — Qual foi o motivo da ligação? Aposto que não foi pra ouvir a minha voz — fala Sophia rindo. Mel dá um leve sorriso e responde:
   — Realmente, não foi. Eu quero saber se você acha que a grife pode ficar sem mim até semana que vem. 
   — Como assim? Você está pensando em se ausentar, por quê? 
   — O Chay me convidou para uma viagem, só que eu recusei por causa da grife, mas a nossa situação está complicada e eu queria ir. 
   — Eu te entendo, Mel, mas tem que ser logo agora que a gente está em apuros? 
   — O meu casamento está por um fio, amiga. 
Sophia pensa por um segundo e diz:
   — Ok, vai! Eu me viro sozinha no comando. 
Mel sorri aliviada.
   — Ai, obrigada, você não sabe como eu fico feliz em ouvir isso.
   — Só topei porque eu amo muito vocês dois, tá bom? 
   — A gente também te ama, pode ter certeza.
   — Aproveita essa viagem, Mel — aconselha Sophia seriamente. — Volta renovada e com esse casamento em pé.
   — Pode deixar. Mas eu vou ficar com o celular ao meu lado o tempo todo, me mantêm atualizada dos passos da coleção, ok?
   — Você tem certeza disso? Não é melhor você se jogar totalmente nessa viagem.
   — O melhor eu sei que é, mas eu não vou conseguir sabendo dos riscos da coleção. Sem contar que eu vou fazer de tudo pro Chay nem desconfiar de que eu estou tendo contato com a empresa. 
   — Tudo bem, você é quem sabe. 
   — Mais uma vez obrigada, amiga.
   — Não há de quê. 
Elas sorriem e se despedem antes de desligar. Mel larga o celular sobre a cama e corre de volta ao escritório de Chay.
   — Chay? — chama abrindo a porta.
   — Hum? — ele pergunta olhando pra ela de seu cadeira.
Mel sorri e pergunta:
   — Suas malas já estão prontas? 

No quarto de Felipe, ele e Isabela namoram sobre a cama. Os beijos estão intensos e Felipe acaricia a coxa dela enquanto Isabela arranhas suas costas por dentro da camisa. As mãos dele percorrem a cintura dela por cima da regata e Isabela sorri entre o beijo. Em seguida, Felipe tira a própria camisa e joga para o chão. Isabela coloca uma das mãos no pescoço dele, buscando por sua boca com desejo. Eles voltam a se beijar e Felipe pergunta com os lábios encostados nos dela:
   — Você quer?
   — Muito — sussurra Isabela em resposta, fazendo surgir um sorriso no rosto de Felipe, que volta a beijá-la com voracidade. 

Sentados um na frente do outro na sala de estar no primeiro andar, Marina e Vinícius jogam conversa fora. Ele está com um dos violões de Arthur e toca baixinho enquanto conversa com a namorada. 
   — Eu estava pensando em pedir uma grana pros meus pais pra mudar a decoração do meu quarto. O que você acha? — pergunta Marina.
   — Ah, sei lá, não é muito cedo pra mudanças? Não faz nem cinco meses que vocês se mudaram pra cá.
   — Pior que eu sei disso — ela fala prendendo o cabelo em um coque frouxo. — Só que eu queria dar uma mudada, sabe? Queria colocar uns quadros nas paredes. Mudar. 
   — Tenta mudar uma coisa ou outra, porque a decoração toda não sei se eles deixariam. 
   — É, não agora. — Após uns segundos, Marina sorri e se estica pra dar um selinho em Vinícius. — Por isso que eu te amo, sempre me dando bons conselhos.
   — Grande conselho o que eu dei — ele ironiza sorrindo.
Voltando a se sentar na frente dele, Marina diz:
   — E aí, não vai tocar nada pra mim? 
Vinícius sorri e começa a tocar os primeiros acordes de "Garotos", em seguida canta melodiosamente: 
   — Seus olhos e seus olhares, milhares de tentações. Meninas são tão mulheres, seus truques e confusões. Se espalham pelos pelos, boca e cabelo, peitos e poses e apelos. Me agarram pelas pernas, certas mulheres como você me levam sempre onde querem. Garotos não resistem aos seus mistérios, garotos nunca dizem não. Garotos como eu sempre tão espertos, perto de uma mulher são só garotos. 
Ele continua tocando e cantando, deixando Marina com um sorriso bobo de encantamento no rosto. Após a música, ela pergunta:
   — De quem é?
   — Leoni. 
   — Me sinto uma idiota por nunca conhecer nenhuma música que você toca — confessa rindo. — Ainda mais idiota quando você fala o cantor e eu nunca ouvi falar.
   — Por isso eu estou aqui, para te apresentar — fala Vinícius sorrindo com o olhar.
   — Ok, então toca mais uma desse cantor. 
Vinícius sorri e começa a tocar lentamente "Por que não eu?". No refrão, ele canta e toca sem tirar os olhos do rosto de Marina:
   — Por que não eu? Ah, ah! Por que não eu? Por que não eu? Ah, ah! Por que não eu?
No fim, ele sorri mordendo um dos lábios. Marina puxa o violão dos braços dele e o deixa de lado. Em uma fração de segundos empurra Vinícius de costas no tapete e senta sobre o quadril dele. 
   — Shit, Vinícius, por que você tem que ser tão irresistível? — pergunta erguendo a camisa dele. Vinícius sorri, ainda surpreso pela atitude da namorada, e tira a camisa. 
   — Irresistível?
   — Sim, muito! — afirma sorrindo e dando beijos no pescoço dele. Com uma mão ele acaricia as costas e com a outra aperta uma das coxas dela. Marina passa sua blusa pela cabeça, exibindo uma barriga pálida e o sutiã vermelho rendado. 
   — Você de vermelho fica ainda mais sexy — comenta Vinícius. — Uma pena que eu vou ter que tirar tudo.
Eles sorriem um para o outro e começam a se beijar com intensidade, Vinícius gira o corpo, ficando por cima de Marina, e leva uma de suas mãos até o cós da calça jeans dela, abrindo o botão e o zíper. Ela continua beijando cada parte do corpo dele, agora o pescoço e o ajuda e tirar sua calça jeans. Em seguida, a brasileira/estadunidense cruza suas pernas em torno do quadril de Vinícius e ele levanta com ela no colo. Sem tirar seus lábios dos dela, Vinícius caminha até o sofá e joga Marina sobre as almofadas. Tira sua bermuda jeans e, sem perder tempo, deita sobre ela e volta a beijá-la com ainda mais intensidade e desejo.    Marina segura no cabelo cacheado dele com força e pergunta entre os beijos:
   — Você tem proteção aí?
   — Eu sabia pra onde estava vindo — responde Vinícius sorrindo. Ele dá um selinho nela e se estica até sua bermuda, pegando um preservativo no bolso de trás. Marina joga a cabeça pra trás e ri, em seguida puxa Vinícius de volta para perto de si. O casal respira com irregularidade enquanto se beija com voracidade. Marina arranha as costas de Vinícius com suas unhas compridas e recebe uma mordida no pescoço, soltando um suspiro de prazer. 

 No quarto de Felipe, ele e Isabela namoram deitados na cama dele. A porta, que está trancada, é forçada abruptamente e Isabela se assusta, mordendo sem querer a língua do namorado. 
   — Ai! — exclama Felipe.
   — Alguém está na porta.
   — Não é nada, não, amor — fala Felipe passando um braço pela cintura dela e tentando beijá-la novamente. Isabela desvia o rosto e insiste:
   — Tem alguém na porta.
Uma batida ecoa pelo quarto vindo da porta e Isabela ergue as sobrancelhas para Felipe em um silencioso "Eu avisei". Ele levanta, contragosto, e caminha até a porta.
   — Até que enfim! — fala Yasmin assim que a porta se abre. Ela entra no quarto e olha para a amiga. — Atrapalhei alguma coisa? 
   — Não, imagina — ironiza Felipe à suas costas. 
   — Ah, desculpa — pede Yasmin sentando nos pés da cama. Felipe olha para Isabela, que continua observando a cena, exatamente como quando era criança onde via tudo e não dizia nada. O seu namorado fala para irmã:
   — Já que você percebeu que está incomodando é a hora de vazar. 
   — Não, eu ainda não fiz o que vim fazer aqui. 
Felipe bufa e anda de volta para a cama, se sentando ao lado de Isabela, que pergunta:
   — O que foi, Yas?
   — Eu quero saber a opinião de vocês sobre uma coisa.
   — Que coisa?
   — Lembram do Breno?
   — Não — responde Felipe de imediato.
   — Sim — diz Isabela ao mesmo tempo que ele.
   — Quem é Breno? — indaga Felipe para a namorada.
   — O garoto que a Yasmin quis ficar.
   — Ah, saquei. — Ele passa um braço em torno da cintura de Isabela e olha para a irmã. — O que é que tem ele?
   — Ele me ligou e me chamou para fotografar para o blog da mãe dele — conta Yasmin.
   — Você não aceitou, né? — fala Isabela de olhos arregalados. 
   — Aceitei.
   — Amiga!? Agora que você está finalmente se acertando com o Victor, você faz isso?
   — Vocês acham que o Victor vai ficar incomodado? 
   — Tenho certeza — afirma Isabela e para o seu espanto, Yasmin sorri radiante.
   — Eba!
   — Eba?
Felipe apenas observa a conversa das duas enquanto acaricia a cintura de Isabela. 
   — Eu quero que o Victor fique muito incomodado, quero ele se rasgando de ciúmes.
   — Vocês não decidiram ser só amigos?
   — Sim, e eu quero isso. Só que ele precisa pagar pelas ceninhas ridículas que protagonizou com a Jaqueline.
Isabela balança a cabeça, sorrindo, e apoia a cabeça no ombro de Felipe.
   — Sinto o cheiro de confusão.
   — Relaxa, amiga. — Yasmin sorri e levanta. — Vou deixar vocês namorarem em paz. Ah, não se esqueçam de usar camisinha, tá? Se quiserem tem no meu quarto — brinca caminhando até a porta.
   — Deve estar vencida, né irmãzinha? Já que você não usa. 
Yasmin revira os olhos e bate a porta com força. Isabela dá um tapa no braço de Felipe e censura:
   — Felipe, que piadinha sem graça!
   — Relaxa, pequena, a Yasmin sabe que é zoeira. 
   — Continua sendo sem graça.
Felipe aperta Isabela em seus braços e fala dando beijos no pescoço e ombro dela.
   — Como é certinha essa minha namorada, meu Deus. 
Isabela sorri e vira a cabeça para beijar Felipe. 

Com almofadas sobre pontos estratégicos de seus corpos, Marina e Vinícius relaxam no tapete em frente ao sofá. 
   — Uau — ela diz ofegante. — Estou entendendo o porquê dizem que a prática leva à perfeição. 
   — Olha que a gente nem pratica também assim.
   — Acho que nós deveríamos mudar isso — diz Marina passando os dedos pelo abdômen dele e Vinícius sorri. 

Na manhã seguinte, por volta das dez horas da manhã, Vinícius e Isabela conversam na sala de visitas da mansão de Chay e Mel.
   — Ontem quando eu cheguei você não tava em casa ainda, né? — pergunta Isabela.
   — Não, eu dormi na casa da Mari. Cheguei hoje mais cedo.
   — Ah, entendi!
Vinícius sorri e coça a cabeça. Chay e Mel descem as escadas juntos e os filhos olham para os dois com curiosidade, querendo saber como foi a conversa.
   — Nós temos uma notícia para dar pra vocês — fala Mel sorrindo, deixando o casal de adolescentes mais aliviados.
   — Que notícia? — pergunta Vinícius.
   — Nós estamos viajando hoje — conta Chay.
   — Como? — indaga Isabela com espanto.
   — Nós decidimos passar o final de semana no litoral e vamos hoje — explica Mel.
   — É um tempo pra gente se reencontrar — completa Chay sorrindo.
Isabela e Vinícius também sorriem e ela diz:
   — Pelo visto vai ser bem animado esses dias. 

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