Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 113: Sophia se preocupa com o estado de saúde de seu pai


Para que o namorado não fique com ciúmes, gerando possivelmente uma discussão entre eles, Marina completa com rapidez:
   — É, eles está pensando em vim com os pais e com a namorada. 
   — Namorada? — repete Vinícius em tom de espanto e um perceptível alívio. 
   — Aham — confirma Marina forçando um sorriso. — O Brian está namorando uma garota aí.
   — Fico feliz por ele.
   — Por que ele ou por nós? — pergunta Marina sem pensar.
   — Como por nós?
Ela sacode a cabeça, clareando os pensamentos, e responde:
   — Nada demais.
Vinícius sorri meigamente e coloca as duas mãos no pescoço de Marina e em seguida beija os lábios dela. Após o afeto, confessa:
   — Acho que é pela gente.
Marina sorri e diz:
   — Desnecessária essa preocupação com o Brian, já que o meu coração pertence à você agora.
   — Mas já pertenceu à ele.
   — Isso é passado. Eu estou focada no presente e no futuro, e os dois tempos me rementem à você.
Vinícius dá um selinho dela sorrindo de leve e diz:
   — Desculpa, é que eu tenho medo de te perder.
   — Isso não vai acontecer! — garante Marina antes de beijá-lo. 

As horas passam e os adolescentes são liberados. Quando chegam em casa, Vinícius e Isabela encontram somente Chay.

   — A mãe saiu? — pergunta Isabela.
   — Sim — responde Chay se esforçando para manter a voz firme para que a filha não perceba o quanto ele está mal. 
   — Ok — responde Isabela estranhando, pois Mel disse que elas iriam conversar quando retornasse do colégio. — Vou deixar a minha mochila lá em cima e desço para o almoço. 
Isabela sobe as escadas com rapidez, porém o seu irmão não a acompanha. Vinícius se senta ao lado de Chay no sofá e pergunta sem rodeios:
   — O que está pegando, pai?
   — Nada.
   — O senhor não sabe mentir pra gente — fala Vinícius com sutileza e deixa a mochila no chão. — Está acontecendo alguma coisa entre o senhor e a mãe, não está? Eu venho notando que o clima na casa está cada vez mais pesado e algo me diz que é em relação a vocês. 
Chay coça a sobrancelha esquerda e responde tentando atenuar a situação: 
   — Talvez nós estejamos passando por uma crise.
   — Isso é normal nos casamentos de tantos anos. Chega até a ser saudável.
   — Acontece que nós nunca tivemos uma crise tão séria assim.
   — Pra tudo tem uma primeira vez, não? — fala Vinícius tentando deixar a conversa mais leve, porém não tem sucesso e Chay continua cabisbaixo. — Vocês já tentaram conversar sobre o assunto?
   — Não, sempre que começamos, discutimos. 
   — Acho que se vocês conversassem ao menos que uma vez, já resolveria tudo isso, poupando todo esse estresse. 
Vinícius pega a sua mochila e sobe para o seu quarto. Chay apoia a cabeça no encosto do sofá e solta um suspiro de cansaço. 

Durante a tarde, Mel se reúne com a equipe da Melphia para discutir o futuro da nova coleção, agora que quase todos os croquis que originariam as roupas foram queimados. Quando são quatro horas da tarde, ela retorna para sua casa com os ombros curvados de cansaço. Logo que entra na mansão esbarra no filho que está saindo.

   — Tô indo pra academia com os moleques, mãe — diz Vinícius passando por ela e dando um beijo em sua bochecha. — Fica bem, tá? Qualquer coisa, independente do que seja, conversa comigo. Tchau!
Mel é pega totalmente de surpresa com o comentário do filho e o máximo que consegue dizer é:
   — Tchau.
Ela fecha a porta e assim que vira para dentro da mansão enxerga Isabela no final da escada.
   — Ainda bem que a senhora chegou — diz a adolescente caminhando até ela.
   — Oi, Isa — responde Mel ainda espantada com a atitude de Vinícius. — O Chay está em casa? — pergunta tentando evitar qualquer encontro com o marido. 
   — Sim — responde Isabela para o pesar de sua mãe. — No escritório, não saiu de lá desde o almoço.
Mel assente lentamente e diz:
   — Ok, vou pro meu quarto. 
   — Vou com a senhora — se prontifica Isabela. — Acho que uma massagem iria cair bem. Até pedi pra Vera preparar uma banho quente pra senhora, imaginei que chegaria exausta. 
Um sorriso de abre no rosto fatigado de Mel e ela abraça a filha.
   — Só você mesmo, Isabela.
As duas sobem abraçadas para o quarto de Mel. Enquanto deixa a mãe relaxando na banheira, Isabela caminha apressadamente para o escritório do pai. Depois de dar três rápidas batidinhas na porta e ouvir um "Estou ocupado" de Chay, ela gira a maçaneta e entra. 
   — Desculpa atrapalhar — pede com meiguice com um certo receio de que Chay possa brigar com ela.
   — O que foi, Isa? — ele pergunta.
   — É que eu queria saber como o senhor está — diz a adolescente se sentando em uma das cadeiras na frente da mesa dele. As palavras dela deixam Chay emocionado e ele abaixa a cabeça para controlar as lágrimas que começam a se formar.
   — Estou bem — mente. 
   — Pai — chama Isabela pegando em suas mãos por cima da mesa. — Independente do que aconteça, eu sempre vou estar aqui, tá bom?
   — Tá bom, minha princesinha. 
Isabela solta as mãos de Chay com rapidez e as leva até seu rosto para esconder o choro que não consegue controlar. O cantor levanta da cadeira e rodeia a mesa para sentar ao lado dela.
   — O que foi, Isabela? — pergunta passando a mão por suas costas de maneira protetora e tranquilizadora. 
   — Nada — responde a jovem enxugando as lágrimas. — É que fazia tanto tempo que o senhor não me chamava assim. 
As palavras de Isabela atingem Chay como um soco e ele percebe que não se afastou apenas da esposa, mas dos filhos também. Sem pensar duas vezes, ele abraça Isabela com força.
   — Não importa o que aconteça, eu sempre irei te amar, tá bom?
Isabela funga e responde:
   — Tá, eu também. Agora eu tenho que... — ela pensa em alguma mentira, mas decide contar a verdade. —, eu tenho que ir ver como está a mãe.
Chay solta Isabela e pergunta:
   — A Mel já chegou?
   — Aham e ela está bem mal, como o senhor — diz Isabela tentando aproximar os pais. Chay não responde nada e volta para a sua cadeira, dizendo enquanto remexe nos papéis:
   — Eu tenho que voltar para o trabalho.
Isabela entende o sinal e levanta.
   — Ok. — Ela caminha até a porta e sai. 

Em seu quarto, Mel sai do banheiro usando apenas uma lingerie preta e por cima um roupão branco com o seu nome gravado na parte de trás em letras douradas. Ela solta os cabelos - que preferiu não molhar no banho - e começa a penteá-los com uma escova macia. A porta se abre e Isabela entra ainda com o rosto vermelho.

   — Por que você estava chorando? — pergunta Mel vendo o rosto da filha pelo reflexo do espelho. 
   — Não estava chorando — mente Isabela. — Só espirrei quando ia entrar. 
Mel assente, sabendo perfeitamente que Isabela não está contando a verdade, porém não diz nada. A adolescente caminha até a mãe e fala:
   — Melhorou?
   — Estou me sentindo renovada — conta Mel com sinceridade. 
   — Já está bem para me contar o que houve?
Mel se vira de frente para a filha e respira fundo antes de responder com firmeza:
   — Sim.
As duas sentam na cama de Melanie e ela conta tudo o que houve na noite passada para a filha. Quando termina, assiste a reação de espanto da adolescente.
   — Meu Deus! Como vai ficar a coleção agora?
   — A gente conversou bastante e a única alternativa é correr contra o tempo mesmo. Os nossos estilistas vão trabalhar em dobro e nós também. 
   — E... e quanto ao pai? Como vai ser? 
Mel demora um tempo para responder, mas quando abre a boca fala com determinação:
   — Hoje eu vou conversar com ele. Estou mais calma, já resolvi o problema com a grife e agora só falta resolver essa situação entre nós. 
   — Se a senhora quiser, eu e o Vini podemos ir para a casa da Yas para vocês ficarem mais a vontade. 
   — Eu agradeceria. — Ela faz carinho no longo cabelo de Isabela. — Não quero que vocês ouçam coisas que não devem ouvir.
   — Nós não somos mais crianças, mãe — lembra Isabela. — Nós até namoramos agora, entendemos que isso é normal. 
   — Mesmo assim, não quero que vocês participem disso, tá? Esse é um assunto que pertence somente a mim e ao seu pai.
Isabela assente.
   — Tudo bem. 
Mel abraça a filha e diz:
   — Obrigada, tá meu anjo? Por todo o apoio que você tem me dado.
   — Estou aqui pra isso, mãe. 

Deitada em sua cama, Yasmin assiste televisão. Ao ouvir vozes elevadas, ela se senta apurando os ouvidos. O timbre de Sophia se destaca e a adolescente pula da cama e sai do quarto com rapidez.

   — O que está acontecendo, mãe? — pergunta chegando na sala, enxergando Sophia andando de um lado para o outro enquanto conversa com Micael, que está sentado no sofá. 
   — O seu avô, ele passou mal hoje a tarde — conta a loira passando a mão no cabelo.
   — Como passou mal?
   — Problemas cardíacos — explica Micael. — Mas já está tudo bem, ele saiu do hospital.
   — Ele foi parar no hospital!? — se espanta Yasmin.
   — Na idade dele, né filha?
Sophia se senta ao lado do esposo e respira fundo.
   — Está tudo bem! Está tudo bem! — repete para si mesma. Yasmin olha para o pai e pergunta:
   — Está tudo bem?
   — Agora, sim. 
A loirinha suspira e se joga em uma poltrona.
   — Ai que alívio!
Micael passa um braço em torno dos ombros de Sophia e fala:
   — Fica calma, tá? Está tudo bem com ele agora, não vai acontecer mais nada.
Sophia assente e encosta a cabeça no ombro dele.

A noite chega com rapidez e Victor, Vinícius e Felipe descansam em suas casas. Marina caminha com rapidez até o quarto de Victor, encontrando o loiro apenas de bermuda. 
   — Ô, delícia! — exclama Marina rindo. 
   — Baba, querida — rebate Victor entrando na brincadeira. 
   — E essa barriguinha sarada, hein? — diz ela deitando na cama dele. — Mais um pouco e vai ficar feio.
   — Não, eu vou só manter agora, não quero que ela fique mais definida, não. 
   — Ah tá, porque acho que a Yasmin não gosta muito de caras bombados. 
   — Eu não malho pra Yasmin.
   — Aham, sei  ela diz com descrença. 
   — É sério, malho por mim. 
   — Ok, vamos mudar um pouco de assunto então. O Vinícius vai vim pra cá daqui a pouco, você poderia chamar a Yasmin, né?
   — Por que eu chamaria a Yasmin?
   — Pra vocês brincarem de boneca — ela ironiza. 
   — Não, não vou chamar não.
   — Por quê?
   — Porque eu não quero, ué.
Marina revira os olhos.
   — Ok, eu vou ficar namorando e você vai ficar aí chupando dedo. 
   — Vai se f*der, Marina.
   — Quem está se f*dendo aqui é você, dando mole com a Yasmin.
   — A gente é só amigo agora, ok? Aceita isso.
Marina levanta da cama e caminha até a porta dizendo:
   — Você é muito trouxa!
Victor balança a cabeça e se joga na cama. 

De volta ao seu quarto, Yasmin atende a um telefonema e se espanta ao ouvir a voz do outro lado da linha.
   — Oi, Yasmin — diz Breno.
   — Oi, Breno. Pensei que você não fosse ligar mais — confessa sem pensar.
   — Depois da última vez que eu liguei pensei em dar um tempo. 
   — É, acho que foi melhor mesmo. 
   — Como ficou as coisas entre você e o seu namorado? — ele pergunta com curiosidade.
A loirinha demora um certo tempo para responder e quando diz prefere não entrar em muitos detalhes.
   — Está tudo certo agora.
   — Agora?
   — É. Mas aposto que você não ligou para perguntar sobre como anda o meu namorado, não é?
Breno sorri e responde:
   — Realmente não. 
   — Então, o que manda?
   — Lembra do que eu falei quando pedi o seu telefone?
   — Palavras? — Yasmin ri.
   — Sim, palavras — concorda Breno rindo com ela. — Pelo visto você não se lembra. 
   — Você pode refrescar a minha memória?
   — Eu disse que te ligaria caso a minha mãe precisasse de modelo para fotografar para o blog. 
   — Ah, é claro! Agora eu me lembro.
   — Então, essa oportunidade surgiu... você aceita?
Yasmin morde o lábio inferior, colocando na balança as consequências que sua resposta pode ter.

No andar de baixo, Felipe atende a porta e encontra sua namorada do outro lado.
   — Oi — ele cumprimenta sorrindo e dando um selinho nela.
   — Oi, Lipe. 
Isabela entra na mansão de Sophia e Micael e caminha até o sofá.
   — Fiquei surpreso do seu auto-convite para vim jantar aqui — comenta Felipe seguindo a namorada. 
   — Auto-convite? — repete Isabela rindo suavemente.
   — É. — Ao olhar direito para o rosto dela, Felipe nota que algo está a deixando aflita. — O que aconteceu?
Isabela fecha os olhos lentamente suspirando e responde:
   — Os meus pais.
   — O que foi com eles?
   — A situação está complicada. Eles vão ter uma conversa essa noite e eu e Vinícius decidimos não estar presente quando isso acontecer.
   — Então não será apenas uma conversa, não é?
   — Não. — Ela olha no fundo dos olhos escuros de Felipe e completa: — Estou com medo do que possa ser decidido nessa conversa. 

Um tanto quanto impaciente, Mel aguarda Chay retornar do banho em seu escritório. Quando ela já está quase desistindo de esperar, ele passa pela porta e se espanta ao vê-la sentada no sofá.
   — Mel?
A ex-rebelde se levanta e diz com calma:
   — Eu já estou mais controlada e acho que você também, então... acho melhor a gente conversar. 
Chay fecha a porta lentamente e se vira para ela, dizendo:
   — Ok, vamos conversar. 


Comentários

Postar um comentário

Veja mais

Mostrar mais

Postagens mais visitadas deste blog

Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - 1º Capítulo: Os rebeldes se reencontram

Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 85: Isabela reencontra Jonas no primeiro dia de aula