Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 97: Felipe e Isabela têm primeira noite de amor


Yasmin está deitada em um dos sofás de uma das salas de estar da mansão de seus pais. O seu celular está ao seu lado e ela tira um cochilo entre as almofadas. Sophia entra no cômodo e caminha até ela.
   — Yasmin? — chama com suavidade. — Filha.
A adolescente se mexe quando a sua mãe toca em seu braço, mas não desperta. 
   — Yasmin? — insiste Sophia agora um pouquinho mais alto.
   — Hum? — Yasmin abre os olhos lentamente.
   — Eu fui convidada para a abertura de uma loja essa noite, quer vim comigo?
   — Que loja? 
   — A de uma parceira da grife. Vem comigo, filha — pede Sophia passando uma mão pelo cabelo claro de Yasmin.
   — Tô com preguiça, mãe.
   — Vai ser legal — tenta persuadir Sophia.
   — Por que o pai não vai com a senhora?
   — Porque ele está compondo e não quer interromper o "seu momento criativo" — ela diz fazendo as aspas com as mãos.
   — E o Felipe?
   — Ele foi jantar fora com a Isabela.
   — Ah, verdade. — Ela coça os olhos e diz: — Tá bom, eu vou.
Sophia sorri e levanta.
   — Vou me arrumar.
   — Peraí! — chama Yasmin sentando rapidamente. — Com que tipo de roupa eu devo ir?
   — Um vestidinho normal.
   — Ok.
Sophia sai da sala de estar e Yasmin fica em pé. Ainda sonolenta, ela anda até a porta e vai para o seu quarto.

Com as pernas erguidas sobre a mesinha de centro da sala da mansão de Chay e Mel, Marina espera Vinícius voltar da cozinha com as pipocas para o filme.
   — Vinícius, é pra hoje! — ela grita. Vinícius retorna a sala com dois baldes de pipoca nas mãos.
   — Calma.
Marina olha para ele.
   — Até que enfim — diz sorrindo. 
   — O filme não vai fugir — fala Vinícius. — Sem contar que nós temos a noite toda só pra gente.
Marina se endireita no sofá, colocando os pés no chão.
   — Enquanto você demorava um século pra fazer a pipoca eu estava pensando em uma coisa.
   — Em quê? — pergunta Vinícius sentando ao lado dela.
   — A gente podia assistir o filme aqui na sua casa e depois ir para a minha.
   — Por quê?
   — A Isabela e o Felipe foram jantar fora, lembra? Uma hora eles irão voltar.
   — E?
Marina inclina a cabeça com descrença.
   — Vinícius!? — exclama. — Eles vão querer aproveitar a viagem do Chay e da Mel, né?
   — Você acha que eles vão...?
   — Óbvio que eu acho.
   — O Felipe com a minha irmã?
   — Comigo que não é.
Vinícius passa a mão no cabelo.
   — Ai, a minha irmãzinha nos braços do Felipe?
   — Vinícius, eles namoram caso você não se lembre.
   — Mas ela é minha irmã!
   — Nós dois já fizemos amor e o Victor não teve essa reação.
   — Mesmo assim. — Vinícius pensa por um momento. — Acho melhor nós irmos dormir na sua casa mesmo, não quero estar aqui quando isso acontecer.
Marina joga a cabeça para trás rindo.
   — Que bonitinho você com ciúmes da sua irmã — ela fala entre os risos.
   — Vamos parar de falar nisso — pede Vinícius enchendo a mão com pipoca. Marina continua rindo e se aproxima dele.
   — Você é muito bobo, sabia?
   — Só de pensar na Isabela e no Felipe fazendo você sabe o quê me dá arrepios.
   — É difícil falar fazendo sexo? — pergunta Marina se divertindo com a situação.
   — Para, Marina! — pede Vinícius e ela ri ainda mais.
   — Tadinho do meu principezinho ciumento — gargalha Marina acariciando o cabelo dele.
   — Isso não é engraçado.
   — Ok, parei — ela fala segurando um riso. — Posso dar play no filme?
   — Pode.
Marina pega o controle e dá play.
   — Esquece isso e aproveita o filme — ela pede se alinhando nos braços dele. Vinícius passa um braço em torno dos ombros dela e Marina apoia a cabeça em seu peito. 

O carro cedido por Mel para em frente a um luxuoso restaurante, Felipe desce e dá a volta no veículo para abrir a porta para Isabela. Ela sorri ao aceitar a mão dele e sai do carro. Os dois observam a fachada do restaurante e Isabela fala encantada:
   — Essa lugar é lindo.
   — Eu quero que você tenha uma noite de conto de fadas — diz Felipe olhando para o delicado rosto de Isabela. A jovem sorri e eles andam até a porta. Um maître se aproxima dos dois.
   — Boa noite.
   — Boa noite — respondem Felipe e Isabela.
   — A reserva está no nome de quem?
   — Felipe Borges — responde o adolescente e o homem assente com a cabeça.
   — Podem me seguir, por favor.
De mãos dadas, Felipe e Isabela acompanham o maître até uma mesa no centro do salão. Eles se sentam um de frente para o outro e o maître diz:
   — Vou chamar um garçom para atender vocês.
   — Obrigada — diz Felipe educadamente, fazendo Isabela dar um leve sorriso. Quando o homem se afasta, ela diz:
   — É tão diferente te ver, assim, mais sério.
   — Diferente bom ou ruim? — pergunta Felipe sorrindo.
   — Diferente bom. Você fica tão lindo com ar de mais velho.
Felipe sorri e pega na mão dela sobre a mão.
   — Você fica linda de qualquer jeito.
Um garçom se aproxima dos dois e entrega os cardápios. 

No carro junto com sua mãe, Yasmin vai para a inauguração da loja. Look:
   — Mãe?
   — O que foi? — pergunta Sophia dirigindo.
   — Quando a gente voltar, posso chamar o Victor pra dormir lá em casa?
   — Pode.
Yasmin sorri e se endireita no banco.
   — Valeu.
   — Contanto que você se comporte na abertura da loja.
   — Eu sempre me comporto!
   — Nada de querer causar — continua Sophia —, nem chamar muito a atenção. Sorria e seja simpática com todos.
Yasmin revira os olhos.
   — Pode deixar.

Enquanto espera o pedido chegar, Isabela observa o interior do restaurante. Todas as meses estão disposta em fileiras, deixando espaços para que os atendentes e os frequentadores caminhem com tranquilidade, sem precisar ficar desviando de mesas. Nas paredes foram colocados iluminadores e no teto há lustres complementando a iluminação do espaço. No centro de cada mesa foi colocado um pequeno vasinho com flores vermelhas e no lugar de cadeiras, os clientes estão sentados em baixas poltronas bege.
   — A essa hora o meu pai deve estar se preparando para entrar no palco — ela comenta olhando para Felipe. 
   — Você queria estar lá?
   — Não — responde Isabela sorrindo. — O lugar em que eu estou é exatamente onde eu queria estar.
Felipe também sorri.
   — Fico feliz por isso.
Eles sorriem um para o outro e Felipe acaricia a mão dela.

Sophia e Yasmin sorriem para os fotógrafos que estão na entrada da loja enquanto caminham até a porta. Yasmin fala sem diminuir o sorriso:
   — A senhora não falou que ia ter tantos fotógrafos.
   — Pensei que você fosse imaginar, já que esta noite os melhores da área irão se encontrar aqui.
   — E a senhora está aqui — diz Yasmin rindo. — Que mulher poderosa! — Ela dá um tapa no braço da mãe e Sophia se apressa em dizer:
   — Yasmin, se comporta.
A adolescente se segura para não revirar os olhos e volta a sorrir para os fotógrafos. As duas entram na loja e Yasmin fica impressionada com a riqueza que encontra do lado de dentro. Várias pessoas conversam com taças de champanhe nas mãos e garçons transitam entre elas servindo a bebida. Sophia acena para um mulher, que se aproxima das duas.
   — Milena! — sorri Sophia abraçando a mulher. Yasmin olha para esta e deduz que ela deva ter 27 anos no máximo. — Sua inauguração está bombando, hein?
   — Pois é — sorri Milena e em seguida olha para Yasmin. — Olá, Yasmin!
   — Oi — responde Yasmin um tanto surpresa por Milena saber seu nome. 
   — Sophia, você tem que ver uma arara exclusiva para as roupas da MelPhia.
   — Claro! Vamos lá. — Ela olha para Yasmin. — Você vem com a gente, filha?
   — Vou dar uma olhada na loja — sorri Yasmin. 
Sophia e Milena se afastam e Yasmin volta a observar a loja e as pessoas. Ela caminha até um garçom e pega uma taça de champanhe. Logo depois começa a analisar as roupas da loja. Em um determinado momento, um rapaz se aproxima dela sem que ela perceba. 
   — Não esperava ter que encontrar aqui — ele diz a ela. Yasmin gira a cabeça lentamente e fica admirada com o que vê. O rapaz é alto, cabelos castanho escuro, pele bronzeada, maxilar definido e olhos verdes. 
   — Desculpa, eu te conheço? — pergunta se recuperando do choque.
   — Acho que não, mas eu te conheço. Na verdade, todos te conhecem.
   — Ah, esqueci que os meus pais são famosos — ela fala dando um sorriso incômodo. — E quem é você?
   — Nossa, nem me apresentei — ele comenta. — Meu nome é Breno. 
   — Nome diferente.
   — Os melhores — ele sorri.
   — Prefiro os mais comuns — ela opina.
   — Yasmin não é o mais comum.
   — Não fui eu quem escolhi esse nome — ela diz e os dois riem.
   — Bem sacado.
Yasmin toma um gole de sua taça.
   — O que você está fazendo aqui? — pergunta a ele.
   — Minha mãe é dona de um blog de moda e foi convidada.
   — Daí resolveu te trazer.
   — Exatamente — ele concorda dando uma batidinha com sua taça na dela.
   — Entendo completamente.
   — Aconteceu o mesmo com você, né? — ele pergunta dando um leve sorriso.
   — Sim — responde Yasmin e os dois riem.
   — Quem sabe o fato de nós estarmos aqui não seja mera coincidência.
Yasmin sorri levemente enquanto bebe um gole de champanhe fitando os olhos de Breno.

Enquanto assiste ao filme com Vinícius, Marina nota que ele está um pouco disperso. Em alguns momento, o adolescente mexe no celular, digitando algumas palavras. Ainda com a cabeça no ombro dele, ela enxerga o que ele está fazendo.
   — Conversando com quem no whats? — pergunta em um tom casual.
   — Com a Laís — responde Vinícius sem tirar os olhos da tela do iphone.
   — Quem é Laís?
   — A Laís lá da sala.
Marina demora um tempo para responder, tentando se lembrar quem é a garota, mas não consegue. Mesmo assim, diz:
   — Ah, sei! Sobre o que vocês estão conversando?
Vinícius olha para Marina e pergunta com um leve sorriso no rosto:
   — Por que você quer saber? Está com ciúmes da Laís?
  — Não — responde Marina forçando ao máximo a voz para parecer natural, mas ela e Vinícius notam o exagero, o que indica que ela está realmente com ciúmes. — É que deve ser um assunto muito importante pra você ignorar completamente a mim e o filme — emenda com rapidez.
   — Ela só perguntou se eu já tinha feito a pesquisa de inglês. Daí o papo foi fluindo. 
   — Entendi.
Vinícius passa um braço em torno dos ombros dela, a puxando para perto novamente.
   — Mas vou deixar o meu celular pra lá e ficar com a minha namorada linda — diz dando um beijo na bochecha de Marina, que dá um leve sorriso.

   Victor está em uma das salas de estar de sua casa jogando uma partida online no computador. Já sua namorada, Yasmin, continua conversando com Breno na inauguração da loja.
   — Até que eu gosto desses eventos — ele comenta. — Ainda mais agora que eu comecei a trabalhar com a minha mãe.
   — É? O que você faz?
   — Eu cuido do designer do site e estudo designer também.
   — Você já está na faculdade — ela pensa alto. — Bacana!
   — É, com 18 anos já está na hora de começar a cuidar da minha vida.
   — Estou contando os dias para terminar o ensino médio para começar a trilhar o meu caminho também.
   — Você está com 15 anos, né?
   — Poxa, você sabe o meu nome, a minha idade, sabe também a cor da minha calcinha e CPF? — pergunta Yasmin rindo.
   — O CPF eu não faço a mínima ideia, agora a calcinha é vermelha?
   — Não.
Os dois riem.
   — Eu pensei nisso porque as mulheres costumam ficar lindas de calcinha vermelha. Com você acho que não seria diferente.
Yasmin sorri e diz:
   — Mas você errou.

Após jantarem Isabela e Felipe se deliciam com a sobremesa.
   — Depois que a gente sair daqui eu quero te levar a um lugar.
   — Que lugar?
   — Surpresa. 
Isabela sorri.
   — Você e suas surpresas. 
   — Elas são boas, não são?
   — Sim, como tudo que você faz — ela fala acariciando a mão dele.
   — Você ainda não viu nada — diz Felipe com malícia. Isabela ri e chuta ele por baixo da mesa.
   — Idiota.

Quase uma hora se passa. O filme que Vinícius e Marina estão assistindo acaba e ela levanta.
   — Vamos lá pra casa?
   — Vamos, antes que a Isabela chegue com o Felipe.
Marina ri.
   — Pega as suas coisas.
   — Por quê? — ele pergunta levantando. — Tudo o que eu quero está aqui na minha frente.
Vinícius abraça Marina e dá um beijo no queixo dela.
   — Roupa eu concordo que você não precisa, porque eu prefiro que você sem elas — ela diz rindo. — Agora uma escova de dentes não faz mal pra ninguém.
   — Ok, você me convenceu. — Vinícius sorri e solta a namorada. — Volto em três minutos.
Ele dá um selinho nela e corre em direção as escadas.
   — Vou contar — sorri Marina sentando no sofá. Nina, a cadelinha de Isabela, entra na sala abanando o rabinho. — Oi, cachorrinha! 
Marina pega a cadela no colo e faz carinho na cabeça dela.
   — Você é muito fofa, sabia? Muito!
Vinícius desce as escadas com uma mochila marrom nas costas.
   — Tô pronto.
   — A gente não pode levar essa coisa fofa, né? — pergunta Marina sorrindo encantada com Nina.
   — Só se você quiser uma morte lenta e dolorosa feita pela Isabela — responde Vinícius rindo.
   — Ok, a Nina nem é tão fofa assim — diz Marina deixando a cachorra no chão. Ela e Vinícius riem. — Vamos! — diz levantando. — Tchau, Nina!
Vinícius pega uma agenda que está sobre a mesinha de centro e escreve com uma lapiseira um bilhete para Isabela, depois afaga a cabeça da cachorrinha e diz:
   — Tchau, coisinha.
Ele e Marina dão as mãos e saem da mansão. 

O carro em que Isabela e Felipe estão para em frente a praia de Copacabana. O casal desce do automóvel e Felipe pergunta:
   — Se lembra dessa praia?
   — Copacabana — responde Isabela com obviedade, fazendo Felipe rir.
   — Aconteceu uma coisa aqui que marcou bastante a nossa história. 
Isabela ri ao se recordar do que ele está falando.
   — Ah, sei. Eu só me lembro de você me contando o que eu fiz, porque no dia mesmo eu tava bêbada.
   — Quando eu te contei, pensei que fosse te perder pra sempre.
Eles conversam enquanto vão caminhando em direção as ondas.
   — Eu também pensei que as coisas não fossem voltar ao normal entre a gente. Como eu pude tentar te beijar bêbada, foi o que eu pensei.
   — E hoje você me beija bêbada, sóbria.
Isabela ri e abraça Felipe. Eles param de andar e ele pega o rosto dela entre as suas mãos.
   — Você é o garoto mais incrível que eu conheço — diz Isabela acariciando o rosto de Felipe.
   — Sou assim porque você faz parte da minha vida.
Felipe envolve a cintura dela com os seus braços e a puxa para perto. Isabela ergue a cabeça e fecha os olhos. As suas bocas se unem com perfeição e eles começam a se beijar com paixão.

Yasmin e Breno continuam conversando no coquetel de inauguração da loja. Ele já soltou várias cantadinhas para cima dela e piadinhas com duplo sentido, mas Yasmin finge não entender e parte de seu corpo acaba gostando do clima de azaração. 
   — Você modelou para sua mãe uma vez, né?
   — Duas — ela corrige.
   — Eu estava no último, que desfilaram você e a Isabela, né?
   — Foi. Eu estava bastante nervosa esse dia.
   — Mas você arrasou.
   — Obrigada — responde Yasmin sorridente.
   — Por que você não desfila sempre?
   — Porque eu não sou modelo, não levo jeito pra coisa.
   — Discordo de você, pra mim você leva muito jeito — ele opina. Os dois trocam um profundo olhar e Yasmin desvia primeiro, fitando uma mesa com canapés.
   — Acho que vou comer alguma — ela diz voltando a olhar para Breno. — Você vem comigo?
   — Sim.
Os dois levantam e se encaminham em direção a mesa. No trajeto, ele toca nas costas dela, a guiando até a mesa. Eles apoiam as taças na mesa e começam a se servir com alguns canapés.
   — Eu prefiro os sanduíches do McDonald's — comenta Breno fazendo Yasmin sorrir.
   — Eu também — ela concorda mastigando. Breno olha para a boca dela e diz:
   — Está sujo aqui — fala levando uma mão ao rosto de Yasmin. Ele toca o canto da boca dela tirando restos de canapé e Yasmin fica encantada com os olhos verdes dele.
   — Obrigada — ela diz abaixando o olhar com delicadeza, fazendo Breno ficar ainda mais admirado com seu jeito. 
   — Vamos dar uma volta pela loja? — ele pergunta pegando sua taça de champanhe novamente.
   — Vamos.
Eles começam a caminhar pela loja, conversando sobre os modelos das roupas. Em um determinado momento param diante de um suporte para cuecas. 
   — Ainda há homens que compram cueca vermelha? — se pergunta Yasmin erguendo uma cueca escarlate. — Cueca vermelha é tão cafona!
   — Eu tenho cueca vermelha — conta Breno em tom de confissão.
   — Joga fora, rasga, taca fogo — aconselha Yasmin e os dois riem.
   — Pode deixar. 
Uma mulher se aproxima dos dois e fala:
   — Breno, vamos embora, filho?
Os jovens se viram na direção dela e Breno apresenta:
   — Mãe, essa é a Yasmin — enquanto ele fala, coloca uma mão na cintura dela. A loira fica surpresa com a atitude dele, mas não consegue controlar o calafrio que percorre o seu corpo e prefere não empurrar a mão para não parecer rude para a mãe dele.
   — Prazer, Yasmin. Eu sou Marcela — cumprimenta a mulher sorridente.
   — O prazer é meu — diz Yasmin gentilmente.
   — Eu só vou me despedir dela e já te encontro na saída, mãe — diz Breno.
   — Tudo bem. — A mulher sorri para os dois e se afasta. Breno fica de frente para Yasmin sem tirar a mão do corpo dela.
   — Foi um prazer te conhecer melhor, Yasmin.
   — Eu também adorei — diz Yasmin com sinceridade.
   — Me passa o seu whats pra gente não perder o contato, vai que a minha mãe precisa de uma garota linda para fotografar para o blog, aí eu te ligo.
Yasmin ri e passa o seu número para ele.
   — Até mais! — diz Breno se aproximando dela para dar um beijo em sua bochecha.
   — Até mais!
Eles se abraçam e Yasmin aproveita para sentir o perfume dele, ficando enfeitiçada pelo toque amadeirado da fragrância. Breno dá um beijo na bochecha dela um pouco perto da boca. Eles se olham ainda com os rostos bem próximos e Breno umedece os lábios. Yasmin olha para a boca dele, sentindo uma forte atração.
   — Eu te ligo, ok? — diz Breno.
   — Ok — responde Yasmin com um sussurro. Ele dá mais um beijo, agora quase no canto da boca dela e se afasta. Yasmin fica olhando para as costas dele enquanto ele se distancia.

Após perder várias partidas, Victor resolve parar de jogar e sai da sala de estar. Ele desce as escadas e encontra Arthur.
   — Pai, vou dormir lá na casa da Yasmin hoje, pode ser?
   — Se o Micael deixar — responde Arthur dando de ombros. 
   — Ok — fala Victor voltando para o segundo andar. Ele pega uma mochila e coloca sua escova de dentes, uma camisa regata, uma samba canção, o carregador do seu celular e uma camisinha.
   — Sempre prevenido — fala fechando o zíper da mochila. Depois pega o seu celular e sai do quarto. No corredor encontra com Vinícius e Marina.
   — E aí? — cumprimenta Vinícius.
   — Hoje a noite vai ser boa, hein irmãzinha? — se diverte Victor.
   — Sinto o cheiro da inveja — rebate Marina.
   — Você acha que eu quero ficar com o Vinícius?
   — Não, idiota. A inveja está no fato de que quando eu e o meu namorado dormimos juntos nós fazemos outras coisas, agora você e a sua namorada...
   — Tô rindo tanto — fala Victor com ironia. — Fui.
Ele continua caminhando pelo corredor rumo a escada. Vinícius olha para a namorada e fala:
   — Você e suas piadas pesadas.
   — A culpa não é minha se a Yasmin é uma piriguete virgem.
   — Marina!?
   — É uma piadinha, amor. Relaxa! — diz dando beijos no rosto dele.
   — Sei.
   — Vem — ela diz puxando ele para o quarto. 

Isabela e Felipe estão sentados na areia. A adolescente tirou os sapatos de salto para conseguir pisar melhor na areia.
   — Pena que o céu está nublado, queria poder ver as estrelas — diz Isabela.
   —  Nem tudo é perfeito na vida.
   — Você é.
Felipe sorri e beija o ombro de Isabela.
   — Beijinho no ombro pro recalque passar longe — canta Isabela rindo.
   — Ui, Valesca Popozuda. 
   — É mais fácil eu me chamar Valesca do que ser popozuda — ela comenta rindo.
   — Pra mim você é linda de qualquer jeito.
Isabela senta no colo de Felipe de frente para ele.
   — Meu lindo — fala apoiando os braços nos ombros dele.
   — Acho que estou tendo um djavú. 
Isabela ri e arruma o seu vestido.
   — O que pensa que eu sou, se não sou o que pensou — ela canta.
   — Que música é essa?
   — Uma daquela bandinha djavú.
   — Você está muito zoeira, hein? — ele fala apertando a barriga dela.
   — Para! — pede Isabela rindo. Ela acaba se desequilibrando e cai na areia. — Ai meu vestido — diz puxando a vestimenta para baixo.
   — Se tiver te incomodando você pode tirar — fala Felipe ficando sobre ela.
   — Aqui não.
   — Aqui não?
   — Lá em casa mais tarde, talvez — diz Isabela fazendo mistério. Felipe tira uma mecha do cabelo dela de seu rosto.
   — Se você está se sentindo pronta...
Isabela empurra ele para conseguir se sentar e Felipe fica sentado em sua canela.
   — Eu estou mais do que pronta.
Felipe pega no braço de Isabela e levanta, a puxando consigo. 
   — Vamos andar um pouco.
Eles começam a andar pela praia, se aproximando da água. Isabela solta a mão de Felipe e corre em direção a água, parando na beira.
   — Vem — chama.
   — Não quero molhar a minha roupa. É essa que eu uso em ocasiões especiais.
Os dois riem.
   — Vem logo, amor!
Felipe caminha até Isabela e quando está se aproximando dela, a jovem chuta água em sua direção.
   — Isabela! — ele repreende rindo.
   — Não vale revidar.
   — Por que não?
   — Porque você é um rapaz lindo, educado, romântico — diz Isabela se aproximando dele. Os dois se abraçam e Felipe aproveita da oportunidade para tirar umas casquinha de Isabela. Suas mãos vão até o decote em forma de coração nas costas dela e ele começa a acariciar as suas costas, descendo levemente. Isabela segura a sua mão antes que esta chegue em suas nádegas.
   — Você não perde uma, hein?
Felipe ri e segura Isabela em seus braços com firmeza. Em seguida, inclina o corpo dela em direção a água.
   — Felipe, não! Para!
   — Hora da vingança — fala o adolescente rindo.
   — Amor — choraminga Isabela e Felipe a traz para cima novamente.
   — Só porque você me chamou de amor.
   — Você é o meu príncipe, o meu amor, o meu amigo, o meu namorado.
Isabela fica na ponta dos pés para beijar Felipe.  
   — Vamos lá pra casa? — ela pergunta sussurrando entre os beijos.
   — Vamos.
Os dois saem da água, Felipe pega os sapatos de Isabela e eles caminham em direção ao carro.

Victor toca a campainha da mansão de Sophia e Micael. Ao invés da empregada, quem atende é o pai da adolescente.
   — E aí, sogrinho?
   — Sogrinho é o Arthur, e sou o excelentíssimo Micael.
Victor ri.
   — Excelentíssimo Micael, a Yasmin está em sua adorável moradia?
Micael segura uma risada e responde:
   — Ela foi a um evento com a sua maravilhosa mãe.
   — Posso esperar pelo retorno das duas repousando o meu bumbum no assento da sua sala de estar?
Micael ri.
   — Entra aí, moleque.
Victor passa pela porta rindo e caminha em direção ao sofá.
   — Em que evento elas foram? — pergunta se sentando.
   — Na inauguração de uma loja aí.
   — Será que elas vão demorar?
   — A minha companhia é tão ruim assim?
   — Não, mas eu prefiro a da sua filha.
Os dois riem.
   — Já jantou? — pergunta Micael.
   — Ainda não.
   — Então vamos comer, porque com certeza quando elas chegarem já vão estar de barriga cheia.
Victor deixa a sua mochila sobre o sofá e segue Micael até a sala de jantar.

Juntas, Sophia e Yasmin se despedem da dona da loja, Milena, e entram no carro. Sophia começa a dirigir rumo ao condomínio em que mora. 
   — O que aconteceu, Yasmin? — pergunta mudando a marcha.
   — Como assim? 
   — Você está diferente. O que houve?
   — Está tão na cara que aconteceu alguma coisa?
   — Está — responde Sophia.
Yasmin suspira e começa a contar:
   — A senhora reparou que eu passei boa parte da inauguração com um garoto?
   — Aham. Vocês já se conheciam?
   — Não, nos conhecemos hoje. O nome dele é Breno.
   — E aí?
   — A gente ficou conversando e um clima de azaração foi surgindo. Ele é muito legal e eu fui ficando envolvida.
   — Yasmin, o que aconteceu?
   — Quando ele foi me apresentar para a mãe dele, colocou a mão na minha cintura e me deu um arrepio. Depois, na hora que a gente foi se despedir, ele deu um beijo quase no canto da minha boca e rolou um super clima.
   — E o que aconteceu?
   — Nada mais do que isso. Acontece que eu senti vontade de ficar com ele. Mãe, como isso pode acontecer?
   — Você achou ele um menino interessante, bonito. Acontece.
   — Acontece com quem é solteira, agora eu tenho namorado, mãe, e o amo.
   — Mas não aconteceu nada entre você e o garoto, Yasmin.
   — Mas eu senti atração por ele. Isso nunca tinha acontecido comigo!
   — Ok, agora eu te faço uma pergunta. Se você tivesse passado mais tempo com ele, existiria a possibilidade de vocês ficarem?
Yasmin pensa por um momento e acaba dando um suspiro.
   — Eu, sinceramente, não sei.
   — É aí que está a questão que você deve pensar. Talvez você não esteja madura o suficiente para continuar namorando com o Victor.
   — Mas eu amo o Victor!
   — Amor nem sempre é o suficiente.
   — Você está querendo dizer que eu devo terminar com o Victor?
   — Não terminar, mas talvez dar um tempo para que você possa saber o que realmente quer.
   — Eu quero o Victor, mãe, o que houve foi apenas uma distração.
   — Você gostaria que ele tivesse esse tipo de distração?
   — Não.
   — Então.
   — Agora eu não sei se conto ou não para ele, porque vai ser uma briga desnecessária, porque, afinal, não teve nada demais.
   — Novamente, se fosse ao contrário e ele não te contasse...?
   — Eu ficaria brava.
   — Acho que você já tem a resposta então.
Yasmin gira o rosto para fitar a rua passando e encosta a cabeça na janela, pensativa. 

Thiago está deitado em sua cama, solitário em seu quarto. O celular ao seu lado começa a tocar e ele atende:
   — Alô?
   — E aí, mano. Não apareceu na festa da Ingrid ontem, a gente sentiu sua falta — fala Douglas rindo.
   — Estou sem cabeça para festas.
   — O que houve, parceiro?
   — Lembra da Grazi?
   — A ruiva magrinha ou a morena?
   — A ruiva.
   — Lembro.
   — Então, ela me deu um fora — conta Thiago.
   — E você tá depressivo por causa disso? P*rra, Thiago, vamos comemorar — gargalha Douglas.
   — Ela é importante pra mim, tá?
   — Ela e todas as outras meninas do mundo. Qual é, Thiago, vai se amarrar?
   — A gente não tava namorando, só que ela faz falta.
   — Não rola nem uns pega de vez em quando?
   — Não.
   — Isso é um sinal.
   — Que sinal? — questiona Thiago.
   — Sinal de que você deve fumar alguma coisa pra relaxar.
   — Eu estou em casa, nem dá.
   — Vem aqui pra casa.
   — Estou sem vontade, Douglas.
   — Aposto que pra ir para a casa da ruiva você tem coragem.
   — Se ela me chamasse.
   — Por que você não invade a casa dela e tasca logo um beijo nela?
   — Porque ela ia dar um tapa na minha cara.
   — O amor e o ódio andam juntos, sabia?
   — Acho que você andou fumando umas a mais, Douglas — diz Thiago dando um leve sorriso.
   — Faz parte do meu show — cantarola Douglas.
   — Ok, vou continuar aqui na minha fossa mesmo. Tchau!
   — Falô.
Eles desligam e Thiago afunda suspirando na cama.
   — Ai, Graziele, deveria te odiar por me fazer me sentir assim.

Em seu quarto, Marina e Vinícius namoram deitados na cama dela. Em um certo momento, ela levanta abruptamente.
   — Ah, eu quero te mostrar uma coisa.
   — O quê? — pergunta Vinícius com curiosidade.
   — Eu estava pensado em maneiras para deixar a nossa noite mais agitada, daí eu pensei, o que eu posso fazer para deixar as coisas mais animadas? A resposta tava na cara.
Marina sorri com empolgação e alcança duas almofadas vermelhas.
   — Eu não tenho mais os meus pompons — ela lamenta —, mas isso serve.
Vinícius sorri.
   — Está demais.
Marina caminha até a cama e joga uma almofada sobre o cobertor.
   — Vem cá.
Marina pega na mão de Vinícius e o guia até a ponta da cama. Ela pega o seu celular e coloca Problem da Ariana Grande para tocar. Em seguida volta a pegar a almofada e dança no ritmo da música para Vinícius. O adolescente fica a observando de queixo caído, desejando o corpo dela. Quando chega na parte da rapper Iggy Azalea, Marina começa a fazer movimentos com as almofadas simulando que estas são pompons e ergue as pernas com sincronia. Ela se aproxima de Vinícius, dançando no espaço entre as pernas dele. Vinícius continua olhando hipnotizado para ela. Ao final da música Marina deixa as almofadas caírem no chão e fica parada fitando os olhos dele. Vinícius envolve a cintura dela rapidamente e a joga na cama, ficando sobre o seu corpo.
   — Você conseguiu me animar — ele fala beijando o pescoço dela. Marina ri e segura no cabelo dele com firmeza.
   — Era exatamente isso que eu queria.
Os dois começam a se beijar com voracidade. Marina ergue a camisa de Vinícius e ele passa a peça pelo pescoço, jogando-a para fora da cama. Depois ela começa a abrir o zíper de seu short, sem tirar os seus lábios dos de seu namorado. Vinícius a ajuda a tirar o short aproveitando da oportunidade para acariciar a coxa dela. Marina busca a boca dele com volúpia, passando as mãos pelo seu tronco definido. Vinícius coloca os dedos por dentro da blusa dela e alisa sua pele macia, fazendo Marina se arrepiar com o toque. Ele começa a levantar a roupa dela, exibindo o sutiã preto. Marina passa a blusa pela cabeça e joga no chão próximo a blusa dele. Eles voltam a se beijar e ela entrelaça suas pernas na dele. Vinícius desce sua boca para os ombros dela e em seguida sussurra em seu ouvido:
   — Você é maravilhosa.
Marina suspira de prazer em resposta e volta beijar Vinícius, agora com mais vontade ainda. Sem interromper o beijo, ela pega na mesinha de cabeceira um pacote de preservativo e coloca na mão de Vinícius. 

O silêncio no carro de Sophia permanecia intacto até que Yasmin diz:
   — Acho que quando chegar em casa não vou mais ligar para o Victor, não.
   — Por quê?
   — Por causa do que aconteceu. Não quero falar com ele agora, ia acabar tendo que contar o que eu senti com o Breno e preciso entender os meus sentimentos primeiro.
   — Se você se sente melhor assim, meu anjo.
Yasmin dá um leve sorriso e retorna a encostar a cabeça na janela.

Com sua pequena e fina mão, Isabela destranca a porta da mansão de seus pais e entra acompanhada pelo namorado, Felipe. As luzes da sala estão apagadas, assim como o resto da casa.
   — O Vinícius já foi dormir? — pergunta Isabela acendendo a luz.
   — Bom pra gente — comemora Felipe e Isabela sorri para ele. Algo na mesinha de centro chama a atenção dela e ela caminha até lá. Felipe acompanha o movimento dela com o olhar e a observa pegar um bilhete.
   — Ele foi dormir na casa da Marina — fala Isabela amaçando o papel. — A Vera e as empregadas devem estar no último sono, isso significa que a casa é toda nossa.
Eles trocam um sorriso cúmplice e Felipe caminha até ela.
   — É ótimo saber disso.
Isabela passa seus braços em torno dos ombros dele e o beija com delicadeza. Felipe abraça a cintura dela e retribui o beijo com tranquilidade. Eles sentam no sofá e ela tira os sapatos de salto.
   — Agora você voltou a ser a minha pequena — comenta Felipe sorrindo com os olhos enquanto faz pequenos círculos com o dedo indicador pouco acima do joelho dela. Isabela abaixa o olhar de forma angelical, provocando ainda mais desejo em Felipe. — Seu jeito de ser é tão... magnífico — ele diz e volta a beija-lá. 

Thiago permanece pensando em Graziele e decide tomar uma atitude para sessar sua saudade da ruiva. Ele levanta de sua cama, calça um par de tênis e sai do cômodo. 

Sophia desliga o motor de seu carro, na garagem da mansão, e desce juntamente com Yasmin. As duas caminham até a porta que dá acesso ao interior da moradia e entram. Ao se aproximarem da sala, elas ouvem risadas e Yasmin fica surpresa ao identificar a voz de seu namorado. Ela e Sophia chegam a sala e a loira mais velha esconde o espanto ao ver Victor e olha para a filha de relance. 
   — Victor!? — exclama. — Que surpresa te ver aqui.
   — Vim ver a Yasmin, mas como ela não estava — responde Victor olhando para a namorada —, jantei com o Micael.
   — Vocês jantaram juntos? — questiona Sophia.
   — Sim — responde Micael.
Yasmin permanece paralisada ao lado de sua mãe, pensando em todos os sentimentos de sua noite, principalmente da atração que sentiu por Breno, e também em como vai contar isso a Victor. O loiro levanta e caminha até as duas, dizendo para ela:
   — Demorou, hein?
Yasmin força um sorriso e assente com a cabeça.
   — Vamos deixar eles sozinhos, amor — diz Sophia esticando a mão em um convite para Micael. Ele levanta do sofá, caminha até ela e pega em sua mão. Juntos, os dois sobem as escadas rapidamente. Assim que os seus sogros deixam a sala, Victor rouba um beijo de Yasmin. No início o corpo dela continua rígido, porém quando a língua de Victor entrelaça com a sua, todas as preocupações, pensamentos e angústias desabam em seus pés e apenas o amor que sente por ele permanece firme em seu peito. No fim do beijo, Victor acaricia a bochecha dela e pergunta:
   — Está tudo bem? Quando você chegou parecia tensa?
Yasmin cogita a possibilidade de contar tudo a Victor nesse mesmo instante, até abre a boca para dizer a verdade, mas ao invés disso responde:
   — Só estou cansada — diz massageando as têmporas, aproveitando para não encarar os olhos encantadores e profundos de Victor.
   — Quer que eu te ajude a relaxar? — pergunta Victor afagando os ombros dela.
   — Não precisa.
   — Mas eu faço questão. Eu aprendi a fazer uma massagem com a minha mãe que é uma delícia. 
Yasmin dá um leve sorriso, ficando ainda mais culpada por ter desejado beijar Breno. Mesmo assim, diz:
   — Ok, vamos lá para cima.
Os dois sobem os degraus e vão para o quarto dela.

Isabela leva a mão até os primeiros botões da camisa de Felipe e começa a desabotoá-los, acariciando a pele dele. Felipe puxa o corpo dela para mais perto do seu e continua a beijá-la com intensidade. Ele joga o cabelo dela para trás e começa a beijar o seu pescoço. Isabela relaxa nos braços dele e começa a deitar lentamente no sofá com Felipe sobre ela. Ele volta a beijar os seus lábios e aperta ainda mais a sua cintura. Isabela coloca uma mão no peito dele, o afastando para conseguir olhar para o seus olhos.
   — Vamos para o meu quarto — ela pede em um sussurro. Os olhos de Felipe brilham ao ouvir as palavras dela, sem acreditar que finalmente vai ter o seu amor em seus braços. Ele levanta e a pega em seus braços. Isabela gargalha e balança as pernas no ar.
   — Que menino forte!
   — Você é mais leve que os pesos que eu pego lá na academia.
   — O exagero nem chegou aí, né?
   — Chama-se hipérbole. 
Isabela ergue as sobrancelhas, surpresa, e abre um sorriso encantado.
   — Você citando uma figura de linguagem? Caramba, que espanto!
   — Eu estudo, sabia?
   — Não o bastante.
Felipe continua subindo as escadas e responde:
   — Se eu não estudasse não teria passado de ano direto no ano passado.
   — Mas eu fiquei sabendo que por pouco você não fica de exame em várias matérias.
   — Mas eu não fiquei. — Felipe dá um cheiro no pescoço dela e Isabela ri.
   — Eu vou ficar muito orgulhosa quando você passar em todas as matérias ainda no terceiro bimestre.
   — Milagres acontecem. — Os dois riem e Isabela repousa a cabeça no ombro de Felipe. Ela fecha os olhos nos últimos passos do percurso até o seu quarto, ansiando pelo momento que ocorrerá em breve. 

Com os pés calçados com meias que vão até os joelhos, Graziele caminha até o banheiro de seu quarto para escovar os dentes, se preparando para dormir. Quando retorna ao seu quarto, se surpreende ao encontrar Thiago em frente a sua escrivaninha, de costas para o resto do quarto.
   — Thiago?
Ele gira em sua direção com um porta-retrato nas mãos que exibe uma foto em que Graziele aparece sorridente ao lado dos pais, Larissa e Henrique.
   — Precisava vim te ver — ele conta deixando o porta-retrato sobre a escrivaninha. 
   — Como você entrou?
Thiago aponta para a sacada e Graziele arregala os olhos.
   — Vocês escalou a parede?
Ele sorri de maneira relaxada e responde:
   — Eu entrei pela porta, a empregada abriu pra mim.
   — Eu preciso conversar com ela, não pode simplesmente permitir a entrada de qualquer um.
   — Ela só me deixou entrar porque me conhece, sabe que eu sou seu amigo — diz Thiago mais sério.
   — O que você quer aqui? — questiona a ruiva com rispidez na voz.
   — Eu já disse, precisava te ver.
Graziele caminha até a porta de seu quarto e abre.
   — Pois bem, já me viu, já conversou comigo... já pode ir.
Thiago caminha até ela e fecha a porta.
   — Até quando você vai ficar sem falar comigo.
   — Eu não estou sem falar com você, essa conversa é a prova disso.
   — Você é ruiva, não loira. Entendeu muito bem o que eu quis dizer.
Graziele fica um certo tempo em silêncio, mas recupera a voz e diz:
   — Ficar longe de você é o melhor pra mim.
   — Como diz aquela música que os pais da Marina cantavam, você é o melhor pra mim.
   — Marina — pronuncia Graziele. — Já que você tocou no nome dela, eu tenho uma pergunta a fazer.
Thiago muda o peso do corpo para a outra perna, não gostando nem um pouco do rumo que a conversa está tomando.
   — Faça — diz encarando os olhos dela.
   — Vocês continuam saindo juntos?
   — Não.
Graziele assente lentamente e não fala mais nada. Diante do silêncio dela, Thiago fala:
   — Grazi, eu tenho pensado muito em você, em nós dois. 
   — Não posso fazer nada — ela dá de ombros.
   — É impossível que você não pense em nada.
   — A única coisa que eu penso é que ficar perto de você só vai me fazer mal.
   — Não era isso que você queria um tempo atrás? Ficar comigo?
   — Isso ficou no passado.
   — Não consigo acreditar.
   — Não posso fazer nada — ela repete começando a ficar com a garganta apertada.
   — Graziele — ele pronuncia em um sussurro. Ela fecha os olhos, se segurando para permanecer firme e diz:
   — Sai daqui.
   — Por favor, não faz isso.
   — Sai — ela volta a pedir ainda com os olhos fechados. Thiago aproveita que ela está não está vendo nada e rouba um beijo seu. A ruiva é pega de surpresa e empurra o jovem, mas Thiago continua beijando-a. Aos poucos ela vai cedendo e retribui o beijo. 

Yasmin está deitada em sua cama, sentindo sua pele em contato com sua coberta de tecido fino. As mãos de Victor massageiam as costas dela.
   — Ficaria melhor se você estivesse sem esse vestido — ele comenta. 
   — Está bom do jeito que está — corta a garota. 
   — Os seus músculos estão tensos — ele percebe. — Aconteceu alguma coisa durante esse evento?
Yasmin vê mais uma oportunidade de contar a verdade para Victor, mas mesmo assim não surge coragem suficiente para fazer isso.
   — Não — mente.
   — Eu vim com a ideia de dormir aqui com você, até o Micael já deixou, a gente conversou durante o jantar.
   — Que bom — responde Yasmin monotonamente.
   — Yasmin, está mesmo tudo bem? Você está distante.
Ela dá um tapinha na perna dele, sinalizando para que ele saia de cima dela. Assim que Victor senta ao seu lado na cama, Yasmin vira de barriga para cima e fala olhando para o teto.
   — Eu não estou bem. 
   — O que houve? — pergunta Victor tocando na mão dela.
   — Amanhã eu te conto, pode ser? Eu quero dormir.
   — Claro. Quer que eu vá para casa?
   — Não, fica aqui comigo. — Mesmo estando culpada, Yasmin prefere que Victor permaneça com ela.
   — Vou pegar a minha mochila que ficou lá na sala, ok?
   — Tá, enquanto isso eu vou trocar de roupa.
Os dois levantam e Victor sai do quarto ao mesmo tempo que Yasmin se tranca em seu closet. Ela escorrega até o chão com as costas apoiadas na porta e fecha os olhos lentamente.
   — Eu tenho que contar o eu senti para o Victor. Não é justo esconder isso dele.
Ela troca de roupa, colocando um babydoll de seda. Ao sair do closet se depara com Victor trocando de roupa. Ele já veste um short preto ao invés da calça jeans que usava antes, mas está sem camisa.
   — Uau! — ela deixa escapar. Victor ergue o olhar para ela e sorri.
   — Você está linda.
   — Isso é porque eu ainda não tirei a maquiagem — diz Yasmin caminhando em direção ao banheiro.
   — Iria fazer uma piadinha, mas como você não está bem, vou ser sincero logo de cara. Você fica ainda mais linda sem maquiagem.
Yasmin dá um leve sorriso e fecha a porta do banheiro em suas costas.
   — Como eu pude pensar em beijar o Breno? — ela se pergunta abrindo a torneira. — Isso estragaria tudo o que eu tenho com o Victor, se é que eu já não estraguei pelo fato de ter cogitado essa ideia. 
Yasmin lava o rosto, passa demaquilante, escova os dentes e aplica um de seus cremes na pele de seu rosto. Em seguida sai do banheiro. Victor passa por ela e entra no cômodo. Yasmin liga o ar-condicionado e regula na temperatura desejada, apaga a luz do quarto e caminha até a sua cama de casal. Após ligar o abajur de seu lado, afunda sob a coberta. Victor sai do banheiro e se espanta com a luz apagada.
   — Você é rápida, hein?
Yasmin sorri. Victor guarda a sua escova de dentes em sua mochila e deita ao lado de Yasmin na cama. Rapidamente, ela se aconchega nos braços dele e Victor começa a passar a mão em seu cabelo.
   — Victor — ela sussurra.
   — O que foi?
   — Eu te amo.
Victor fica surpreso com o que ela diz.
   — Nossa, a gente quase nunca diz isso um para o outro.
   — Eu só queria que você soubesse — diz Yasmin afundando ainda mais nos braços dele.
   — Eu também te amo. 
Yasmin ergue a cabeça e o beija. 
   — Boa noite — diz apoiando a cabeça no peito dele.
   — Boa noite, amor.
Victor puxa a coberta ainda mais para cima e fecha os olhos, sentindo o calor do corpo de Yasmin sobre o seu.

Graziele empurra Thiago e consegue afastá-lo.
   — Sai! — pede com a voz embargada.
   — Esse beijo foi a prova de que você ainda pensa em mim, a prova de que ainda quer ficar comigo. Eu não vou desistir de você, Grazi! Não agora que eu descobri a garota incrível que você é. 
Thiago rouba um selinho dela e sai do quarto. Graziele bate a porta e corre até a sua cama, libertando as lágrimas que estavam presas em sua garganta.

Ao lado do palco, Mel assiste ao show do marido com um pouco de desânimo. Durante o dia, ele mal ficou com ela por causa dos preparativos para o início da turnê. Mesmo entendendo completamente o lado profissional dele, ela gostaria que ele fizesse apenas um pouco de esforço para ficar ao seu lado. Uma das funcionárias da equipe dele, se aproxima de Mel e pergunta:
   — Você está curtindo o show?
Mel estava tão perdida em seus pensamentos, que sequer notou a aproximação da funcionária.
   — Oi?
   — Você está curtindo o show? — repete a moça.
   — Ah, claro. 
   — É que você parece um pouco desanimada. 
   — Não, é que eu estou um pouco cansada. Nada demais!
   — Quer beber alguma coisa?
   — Não, muito obrigada — agradece Mel sorrindo. A funcionária se afasta e Mel se esforça para aparecer mais empolgada. Em um certo momento, Chay olha na direção que ela está e um sorriso se abre em seu rosto. Mesmo estando chateada, Mel cede ao ver o sorriso dele e retribui.

Felipe coloca Isabela no chão e ela abre a porta. Quando os dois pisam dentro do quarto, Nina, a cadelinha dela, corre até ambos.
   — Nina — sorri Isabela se agachando para pegá-la. 
   — Por que ela não desceu para receber a gente? — pergunta Felipe abraçando Isabela por trás. Isabela responde com a voz mais fina do que o normal, fingindo ser Nina.
   — Porque eu sou preguiçosa, Lipe. Prefiro continuar aqui na minha caminha dormindo.
Felipe ri e acaricia a cabeça de Nina.
   — Ela dorme na sua cama? — pergunta e dá um beijo na nuca de Isabela.
   — Não — responde Isabela retornando a sua voz. — Eu comprei uma caminha pra ela. — A adolescente aponta para uma cama de cachorro cor de rosa que está ao lado da porta de seu closet.
   — Saquei.
Isabela coloca Nina no chão e se vira de frente para o namorado.
   — Só quem pode dormir comigo é você — diz abraçando-o. 
   — Fico muito feliz por essa honra.
Os dois riem e se beijam. O beijo vai ficando mais intenso e Isabela puxa Felipe para a cama. Eles deitam e Felipe passa a beijar o pescoço de Isabela enquanto a jovem acaricia as costas dele por dentro de sua camisa. Quando eles voltam a se beijar, ela interrompe o beijo e diz:
   — Peraí!
   — O que foi? — questiona Felipe surpreso.
   — Só um instante. — Isabela sai de baixo de Felipe e desce da cama. Em seguida pega Nina no colo e deixa o quarto. Felipe senta no meio na cama com a testa franzida, curioso com a atitude da namorada. Depois de poucos minutos Isabela retorna sorridente, apaga a luz e senta na cama ao lado dele. 
   — O que você foi fazer? — ele pergunta abraçando ela.
   — Eu fui deixar a Nina deitada lá na sala de jogos. Quero que esse momento seja só nosso.
Felipe ri.
   — Ai, Isa. Só você mesmo.
   — Eu me esqueci, onde nós estávamos mesmo? — ela pergunta segurando uma risada. O sorriso de Felipe aumenta e ele responde:
   — Eu te ajudo a lembrar.
Eles riem e voltam a se beijar. O quarto está iluminado por abajures e pela luz da Lua, que surgiu por entre as nuvens. 
   Felipe deita Isabela lentamente na cama sem interromper o beijo. O corpo de Isabela reage ao momento e ela começa a sentir um frio na barriga, mas juntamente com essa sensação vem o prazer de ter Felipe envolvendo-a e beijando sua pele. Ela leva uma mão até os botões da camisa dele e começa a abri-los lentamente. Quando todos os botões estão abertos o jovem tira a camisa e Isabela olha para o seu abdômen malhado e solta um suspiro, admirada com o seu corpo. Um leve sorriso se abre no rosto dele e Felipe diz:
   — Isa, posso te falar uma coisa?
   — Agora? — ela pergunta puxando-o para mais perto com desejo de seus beijos.
   — É — fala Felipe com a voz firme. Isabela dá uma murchada e relaxa entre os travesseiros.
   — O que foi?
Felipe acaricia a barra do vestido dela com delicadeza e fita os seus olhos, dizendo:
   — Só queria que você soubesse que eu te amo, que você é o melhor presente que eu já ganhei.
Isabela dá um sorriso radiante.
   — Eu também te amo, Lipe. Você é a melhor coisa que me aconteceu!
Os dois ficam se fitando por um período e Felipe inicia um beijo tranquilo em Isabela. Logo em seguida, leva as mãos até o zíper nas costas dela e começa a abrir. Sentindo o pequeno e magricelo corpo de Isabela entre o seu, ele começa a abaixar a manga do vestido dela.
   — Peraí — pede Isabela puxando a manga para cima. — Não é assim que tira — ela ri. — É por baixo.
Felipe ri e para a sua surpresa, Isabela o joga de costas na cama. Rapidamente ela senta sobre o quadril dele e tira o vestido. O adolescente fica paralisado, de queixo caído, admirando cada curva do corpo dela. Isabela acaricia a barriga dele e desce até o cós da calça. Sem interromper o contato visual, abre o botão e o zíper. Felipe coloca as duas mãos na cintura de Isabela e deita ela novamente. 
   — Você é perfeita — diz no ouvido dela, causando um calafrio de prazer em Isabela. Os dois voltam a se beijar com paixão e intensidade e instantes depois Felipe tira a calça, ficando apenas com sua cueca box preta. 
   Com os corpos colados em todos os pontos, eles se sentem plenamente felizes e apaixonados. Felipe afaga a coxa a coxa de Isabela enquanto permanece com os lábios nos dela. Isabela passa a ponta do pé pela perna dele, provocando ainda mais prazer no jovem. Sentindo borboletas na boca do estômago, Isabela estica o braço até a mesinha de cabeceira e apaga a luz, mergulhando o quarto na pseudo-escuridão. Estando um pouco nervoso, porém confiante, Felipe conduz as mãos até as costas dela e abre o seu sutiã. 
   Isabela fecha os olhos, sentindo-se exposta e ainda mais nervosa. No entanto, o suave toque das mãos de Felipe em seu rosto, faz com que esse nervosismo diminua, desaparecendo por completo no momento em que ele sussurra:
   — Você é o amor da minha vida.
Um sorriso se abre no rosto dela, assim como os os seus olhos. E com sede do beijo de Felipe, busca a boca dele, com ainda mais certeza de sua decisão.

Após o encerramento do primeiro show da turnê pelo Brasil, Chay deixa o palco e corre até sua mulher, Mel. Entusiasmado, ele pergunta com um enorme sorriso no rosto:
   — E aí? Como foi o show?
   — Foi incrível, Chay! — responde Mel com sinceridade.
   — Sério? 
   — Muito! Você estava lindo, cantou bem, dançou... foi perfeito.
   — Estou tão feliz, Mel!
   — Dá pra perceber, a felicidade está estampada no seu rosto.
Chay ri e várias pessoas se aproximam dele para comemorar o sucesso do início da turnê, trazendo champanhe e taças. Eles formam uma roda e erguem as taças cheias. Chay diz:
   — Eu só queria agradecer a todo mundo que está aqui e aos que não estão, mas que colaboraram para que esse show acontecesse; Ao meu empresário, a minha assessoria, aos meus fãs e — ele olha para Mel — para a minha mulher.
Mel sorri e brinda com os demais.

Na manhã seguinte, Marina acorda e sorri ao olhar para o lado e ver Vinícius dormindo. 
   — Tão lindo, tão cheiroso, tão meu. 
Ela se aproxima dele e dá um beijo em seu pescoço. Vinícius desperta abruptamente e Marina o tranquiliza:
   — Sou eu, Vini.
Vinícius olha para ela e sorri. 
   — Que belo despertador — diz sonolento. Marina sorri e levanta da cama.
   — Vou tomar banho.
   — Quer companhia? — provoca Vinícius.
   — Até que não seria má ideia — responde a morena de dentro do banheiro.
   — Olha que eu vou — ele ri. Marina coloca a cabeça para fora do banheiro e chama:
   — Vem!
   — Sério? — se surpreende Vinícius.
   — Ninguém mandou você dar ideia.
Eles riem e Vinícius joga a coberta para o lado e levanta, usando apenas uma cueca box. Quando se aproxima da porta do banheiro, Marina segura em seu braço e o puxa para dentro, fechando a porta com o pé.

Sem abrir os olhos, Isabela respira profundamente e o aroma do perfume de Felipe invade o seu corpo. Um sorriso se forma em seu rosto no momento em que ela recorda da noite anterior. Sem pressa abre os olhos e olha ao redor, encontrando a cama e o quarto vazio. 
   — Felipe? — chama se sentando lentamente na cama. Ela olha para o travesseiro onde ele apoiou a cabeça enquanto dormiu e reconhece de onde sentiu o cheiro do perfume. — Prefiro a fonte — diz para si. Quando levanta da cama, vestindo apenas a sua lingerie rendada favorita, se depara com a embalagem rompida do preservativo que foi usado horas atrás. Pisando no chão gelado, caminha até o closet e coloca um vestido floral soltinho e um cardigã creme comprido. Depois de escovar os dentes, ainda estranhando o sumiço de Felipe, decide ligar para sua fiel confidente. Após aguardar alguns instantes, escuta a voz melodiosa de Mel.
   — Oi, filha!
   — Bom dia, mãe! Acordei a senhora? — pergunta andando pelo quarto.
   — Não, já estava acordada lendo.
   — Mãe, a senhora não sabe o que aconteceu noite passada — começa Isabela com empolgação. 
Em seu quarto no hotel, Mel se endireita e pergunta:
   — É o que eu estou pensando?
   — Acho que sim.
O queixo de Mel cai.
   — Não acredito, filha! Como foi? 
   — Foi perfeito, mãe! O Felipe foi um fofo. Ele me levou para jantar, depois a gente foi à praia e por fim, viemos aqui para casa.
   — Eu quero saber os detalhes — Mel exige com empolgação, após verificar que Chay permanece em um sono profundo. — Me conta tudo!
   — Depois que a gente chegou aqui em casa, começamos a nos beijar e tal e subimos aqui para o meu quarto. — Isabela começa a ficar envergonhada e completa: — Ah, mãe, o resto a senhora já sabe.
Conhecendo a filha como conhece, Mel prefere não insistir e decide abordar de outra maneira: através de perguntas.
   — Ele foi bonitinho?
   — Foi um verdadeiro príncipe, mãe. Enquanto a gente, né, ele me perguntava se eu estava bem, dizia que me amava, essas coisas. 
   — Usaram camisinha, né?
   — Claro.
   — Doeu? 
Isabela sorri timidamente. 
   — No começo, sim, mas estava tão maravilhoso que eu até esqueci disso.
Mel ri.
   — Ele tem pegada?
   — Mãe?!
   — O que, Isa, eu quero saber — gargalha Mel. Isabela também ri e responde com um brilho nos olhos.
   — Tem muita! Sem contar que ele é lindo, mãe, tanto por dentro quanto por fora. 
   — Você está tão feliz, né? Estou reconhecendo isso pela sua voz.
Isabela se joga na cama.
   — Estou explodindo de felicidade! Não consigo parar de sorrir.
Mel sorri junto com a filha.
   — Estou tão feliz por você, Isa! A minha menininha! Onde o Felipe está?
   — Não sei — responde Isabela. — Acordei e ele já não estava no quarto. Deve estar lá em baixo comendo alguma coisa.
   — Aposto que está preparando alguma surpresa pra você — opina Mel.
   — Será? — pergunta Isabela sentando na cama.
   — Só há um jeito de você saber. Desce e descobre!
   — Ok, vou lá. Beijos, mãe!
   — Beijos, minha linda. Fiquei muito feliz pelo o que você me contou!
Isabela sorri e se recorda do motivo da viagem dos pais.
   — Ah, como foi o show?
   — Foi maravilhoso! O seu pai arrasou.
   — Deve ter sido incrível. A plateia estava cheia de mulheres, né? Fica de olho nele, mãe — ri Isabela.
Mel olha para o lado, vendo Chay dormir.
   — Eu estou de olho nele, só que ele não está de olhos em mim — fala com certa melancolia. 
   — Como assim? — questiona Isabela. Mel não quer dividir suas preocupações com a filha e se esquiva, dizendo:
   — Nada demais. Vai descobrir o que o Felipe está aprontando!
   — Tudo bem. A gente conversa quando a senhora voltar. Beijos, tchau!
   — Tchau! — se despede Mel. 
Isabela deixa o celular sobre a cama e sai do quarto. Logo na porta, ela pisa em algo e olha para baixo, encontrando um bilhete:
   Estou te esperando na beira da piscina. Vem logo, estou com saudade do seu sorriso! Te amo.
Isabela sorri e guarda o bilhete no bolso do cardigã. Ela caminha até o final do corredor e desce a caminho dos fundos da mansão.

Diferentemente do habitual para um sábado de manhã, Yasmin acorda mais cedo e vai para o banheiro tomar banho. Minutos depois, Victor também desperta e descobre que Yasmin está tomando banho por causa do som do chuveiro. Ele fica deitado na cama pensativo. 
   O celular de Yasmin começa a tocar, interrompendo os pensamentos do loiro. 
   — Yas! — ele chama. — Seu celular tá tocando.
   — Atende pra mim — pede gritando Yasmin. 
Victor se arrasta até o outro lado da cama e alcança o celular dela.
   — Alô? — diz atendendo. 
   — É o celular da Yasmin?
Victor não reconhece a voz grave do outro lado da ligação.
   — É — responde. — Quem quer falar com ela?
   — Diz pra ela que é o garoto da cueca vermelha.
   — Como?
   — Quem está falando? — pergunta Breno.
   — O namorado da Yasmin — responde Victor com rispidez.
   — Ela não me falou que tinha namorado ontem — Breno pensa em voz alta.
   — Mas ela tem — diz Victor e desliga na cara dele. A porta do banheiro se abre e Yasmin surge usando um roupão e com uma toalha enrolada no cabelo.
   — Quem era? — pergunta inocentemente. Victor levanta da cama ainda com o celular dela nas mãos.
   — O garoto da cueca vermelha — responde com um ódio controlado na voz.
   — Quem? — repete Yasmin sem ligar os pontos.
   — Algum garoto que você andou olhando a cueca, que por sinal era vermelha. — O loiro não polpa a grosseria da voz. Yasmin passa por ele e caminha em direção ao closet do outro lado do quarto.
   — Eu não vi a cueca de nenhum menino — ela diz. — Ainda mais vermelha. Cueca vermelha é tão cafona!
Yasmin para abruptamente e se vira na direção de Victor com a expressão vazia. Ao repetir a frase que disse para Breno no dia anterior, se recorda dele, do clima que rolou entre eles, da atração que sentiu por ele, de absolutamente tudo da noite passada. 
   — Se lembrou, não é? — percebe Victor. — Você costuma ver tantas cuecas por aí que nem se lembra mais? 
   — Como você pode dizer isso, Victor?
   — Não tenta mudar o jogo, Yasmin! Pra ver a cueca de alguém, você precisou ver a pessoa sem calça... Prefiro nem imaginar que situação foi essa!
   — Não foi assim!
   — Ah, não? — questiona Victor cruzando os braços. — Então por que você não me conta, Yasmin? 
A loira engole em seco, a garganta se apertando, o medo fazendo o seu coração bater mais acelerado.
   — Estou esperando — diz Victor com arrogância. 


Comentários

  1. Eu li seu imagine desde a primeira temporada , desde sexta e amei muito! você escreve muito bem , Parabéns!!
    sou nova leitora õ/ . Beijos , Malu.

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  2. Amei a primeira vez de belip.A yasmin e o victor nao podem.terminar por causa de um imbecil

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  3. Ameeeeeeeeeeei sem mais,mtt perfeição!!!
    A Yas e o Vitor n podem se sepaarar pff,eles sao mt lindos juuuntos

    ~um leitora fiel~

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  4. Mds scrr 'o' continua o/
    #PrimeiraVezDeBeLipe *---*
    #YasVicNãooPodAcbr /:
    #Marina&Vinicius ♡
    #AnsiosaProProxCapitulo :3
    #EscritoraDiva :') baai :*

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  5. Foi pft esse capitulo... pfvr n faz a yas e o Victor terminar eu amo eles d++++♡♡♡♥♥♥n ia te graça c eles termina.. ansiosa para o próximo capitulo!!!!

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