Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 106: Anelise e Bernardo curtem suas despedidas de solteiro


Reunidos na ampla sala de jantar da mansão de Chay e Mel, Isabela, Vinícius e o pequeno Nícolas jantam.
   — Esse bife com batata frita está uma delícia — diz a garota limpando a boca em um guardanapo de pano. — Está gostando, Ni?
   — Aham — ele responde com a boca cheia e Vinícius ri.
   — Vou te ensinar uma coisa, Ni — começa Isabela. — Quando você estiver comendo, mastigando especificamente, não fala, tá bom? — diz meigamente. — É falta de educação.
Nícolas assente com a cabeça e continua comendo as batatas fritas de seu prato, ao lado dele na mesa Vinícius diz:
   — Ele é só uma criança, Isa.
   — Por isso mesmo, tem que aprender desde cedo.
O adolescente resolve provocar a irmã e enche a boca com arroz e diz:
   — Você não gosta que ele faça isso?
   — Vinícius!? — ela repreende. — Você está dando um mau exemplo pra criança.
   — Larga de ser cricri, a gente nem é os pais dele — diz o irmão dela engolindo a comida. Nícolas continua comendo e não presta a atenção nos dois.
   — Mesmo assim, a gente tem que dar um bom exemplo pro nosso primo. 
Vinícius sacode a cabeça e não fala mais nada. 
   — Vamos partir para a sobremesa? — Isabela se anima olhando para Nícolas.
   — Vamos! — responde a criança sorrindo. 

O carro de Cecília para e ela desce do carro para abrir a porta para Anelise, que está com os olhos vendados com uma faixa preta. Ela entrega as muletas para a blogueira e a ajudar a sair do automóvel. 
   — Isso é mesmo necessário? — questiona Anelise se apoiando nas muletas.
   — Faz parte da surpresa. Agora vem! 
As duas caminham alguns passos e passam por uma larga porta preta, entrando no estabelecimento em que ocorrerá a despedida de solteiro. O silêncio do ambiente causa estranhamento em Anelise, que diz:
   — Está quieto, né?
   — Por enquanto — sorri Cecília. — Para aqui!
Anelise, com bastante curiosidade, faz o que a amiga pede. — Seja bem-vinda a sua despedida de solteiro! — fala tirando a venda dela. O queixo de Anelise cai no exato momento em que vê onde se encontra e tirinhas de papel luminoso desabam sobre ela, que começa a rir.
   — Não acredito que vocês fizerem isso!
Ela olha para suas amigas e familiares que estão sentadas em duas mesas unidas no centro de uma casa noturna. As paredes pintadas de pretos destacam diversos quadros com ilustrações de posições sexuais, globos brilhantes estão pendurados no teto, ao lado direito o balcão do bar contém dois postes de pole dance e ao fundo, no centro, há um palco com formato de T com cortinas vermelhas vivas nas laterais. 
   — Vai ficar aí parada? — questiona Mel rindo. Anelise caminha até as mesas ao centro e senta em uma cadeira que foi destinada à ela. Um rapaz de grande porte físico usando apenas uma calça preta com um colete vermelho aberto se aproxima e pega as muletas dela. 
   — Um desses na minha vida ia ver uma diferença — comenta uma funcionária da franquia para a qual Anelise trabalha e todas riem. 
   — Vamos começar com os presentes? — pergunta Hérica, a mãe da noiva.
   — Presentes? Mas vocês já mandaram os presentes lá pra casa — diz Anelise confusa.
   — Mas esses presentes são, digamos, especiais — fala Cecília e elas riem, deixando Anelise ainda mais curiosa. 

Victor tira um cochilo no tapete da sala de visitas com a parte superior do tronco sob a mesinha de centro e Marina dorme no sofá próximo a ele. A campainha toca e eles continuam absorvidos em seus sonos. No segundo toque a adolescente desperta e olha para o irmão.
   — Victor? — ela chama cutucando o irmão com o pé. — Victor, acorda!
   — O que foi? — responde o loiro sem se mover.
   — Alguém tá tocando a campainha.
   — A Sandra não foi atender?
   — Ela tirou folga hoje, lembra? Igual as outras empregadas. Vai atender!
   — Por que você não vai?
   — Porque eu não sei quem é, vai que é um bandido?
   — Um bandido não bate na porta e ninguém consegue entrar no condomínio sem ser anunciado. 
   — Então como alguém está tocando a campainha da casa sem ter sido anunciado pela portaria?
   — Deve ser alguém que já mora no condomínio, tipo o seu namorado — fala Victor sendo envolvido pelo sono novamente. 
   — É, pode ser.
Marina levanta e caminha com os pés descalços até a porta. Ela destranca e abre, se surpreendendo com a pessoa que encontra.
   — Pensei que ninguém fosse atender — diz Yasmin.
   — Você esteve certa por alguns minutos. — Ela se vira para dentro e diz para o irmão: — É a Yasmin.
Os olhos de Victor se abrem na hora e ele ergue a cabeça, chocando-a com o vidro da mesinha.
   — P*ta que pariu! — xinga levando a mão a testa e se arrasta de baixo da mesinha. 
   — Está tudo bem? — pergunta Marina e Yasmin estica o pescoço para fitar o interior na mansão.
   — O que houve? — ela questiona. 
   — Nada, não, estou bem — diz o loiro sentindo a cabeça latejar. 
   — Não é o que parece — diz a morena vendo os olhos do irmão lacrimejarem. Um braço envolve a cintura de Yasmin, fazendo ela desviar o seu olhar.
   — Você falou que ia me esperar — fala Felipe.
   — Você ficou demorando pra secar o cabelo, parecia uma menina — reclama Yasmin.
   — A culpa não é minha se você não secou o seu cabelo.
A loirinha revira os olhos e volta a fitar o seu affair, que levanta ainda com a mão na testa.
   — Já volto — ele diz indo em direção a cozinha. Marina franze a testa e olha para os irmãos que permanecem na porta. — Então, o que vocês querem?
   — Obrigada, Marina, eu aceito um copo d'água — diz Yasmin puxando Felipe para dentro da mansão. Marina solta um suspiro e fecha a porta. 
   — A gente veio chamar vocês para irem a um restaurante com a gente — fala Felipe sentando em um sofá.
   — Nós ligamos para a Isa e o Vini, mas eles estão cuidando do Nícolas — complementa Yasmin se encostando no braço de uma poltrona. 
   — Então a gente é segunda opção — conclui Victor surgindo novamente na sala, agora com um gelo enrolado em um pano de prato encostado na lateral de sua testa. 
   — Digamos que sim. — Felipe gargalha.
   — Não — discorda Yasmin e se vira para o loiro, se espantando ao ver o pano. — O que foi?
   — Eu bati a cabeça na mesa — explica Victor parando ao lado dela.
   — Deixa eu ver isso.
Yasmin se aproxima ainda mais dele e tira o gelo para ver o machucado. 
   — Eita, o estrago foi feio, hein?
   — Coitada da mesa — ri Marina sentando ao lado de Felipe.
Victor revira os olhos e Yasmin dá um leve sorriso enquanto coloca de volta o gelo sobre o machucado dele. Os dois se olham com intensidade e Victor pressiona o gelo caminhando para sentar na poltrona em que Yasmin está ao lado. 
   — Parece que quando vocês namoravam não eram tão românticos assim em público — comenta Felipe de propósito para deixá-los incomodados. 
   — Eu também reparei nisso — concorda Marina. — Eu acho que é porque quando eles namoravam tinham mais tempo para ficarem de romantismo quando estavam a sós, agora que eles não estão mais juntos, têm que aproveitar o tempo que aparece. 
Yasmin ri e se joga no sofá entre os dois.
   — Vocês não querem calar a boca, não?
   — Eu estou na minha casa — lembra Marina sorrindo.
   — A casa não é minha, mas eu não vou calar a boca, não. — Felipe começa a gargalhar. Victor permanece inexpressível e olha de um para o outro. 
   — Mas eu não vou permitir que vocês fiquem falando de mim — Yasmin rebate com tranquilidade. 
   — Tecnicamente nós não estamos falando de você, e sim do seu meio namoro com o Victor — fala Felipe.
   — O nosso namoro não é meio — fala Yasmin sem pensar.
   — Nunca foi — Victor complementa baixinho, mas todos ouvem. Um silêncio toma conta da sala e finalmente, Marina diz:
   — Então, vocês vieram chamar a gente pra jantar fora?
   — É — confirma a loira.
   — Eu não vou sair com a testa desse jeito — diz Victor.
   — Larga de ser fresco — pede Felipe.
   — Fresco? Essa porcaria está latejando, sabia?
   — Acho que se alguém que você goste der um beijinho vai sarar — provoca Marina olhando diretamente para Yasmin.
   — Chega dessas brincadeiras sem graças, né? — corta Victor.
   — Já que não vai rolar, vamos voltar pra casa, Yas — diz Felipe levantando.
   — É, vamos — responde a adolescente com desânimo. Os irmãos levantam e caminham para a porta.
   — Tchau — se despede Yasmin e sai.
   — Victor, sabe o que deve estar doendo na sua testa? — pergunta Victor rindo. — Não é a pancada, e sim o chifre. Tchau, Marina.
   — Tchau — responde a morena rindo e fecha a porta após os dois saírem. — Essa do chifre foi ótima — diz voltando para o sofá.
   — Tô rindo tanto — ele fala ironicamente. 
   — Bem feito! Bem feito pra você. Que fora foi esse que você deu?
   — Acho que a batida foi muito forte, porque eu não entendi.
   — Cara, os nossos pais não estão em casa, a Yasmin surge aqui chamando a gente pra comer fora e o que você faz? Recusa. Como você pôde recusar?
   — Desde quando eu sou obrigado a querer ficar junto da Yasmin?
   — Desde quando eu estou tentando juntar vocês de novo.
   — Já pensou na possibilidade de eu não estar querendo isso?
   — Você não está querendo isso de verdade. Eu sei.
   — Ai, Victor, você é um idiota, sabia? A Yasmin deveria ficar com outro só pra você se ferrar.
Victor dá de ombros e diz:
   — Eu não me importaria. 
   — Vou fingir que acredito.
   — Mas é verdade.
   — A prova de que você está mentindo é esse galo aí na sua cabeça. Só a menção do nome da Yasmin fez esse estrago, imagine...
   — Fica quieta, Marina! — pede o loiro levantando. — Cuida do seu namoro que eu cuido do meu. — Ele sobe rapidamente para o seu quarto e Marina sorri.
   — É uma questão de tempo pra eu conseguir unir esses dois.

Com os copos e latinhas erguidos, Bernardo e seus amigos brindam ao som de uma batida eletrônica em um camarote de uma das maiores casas noturnas da cidade. 
   — Demais essa ideia de reservar um camarote só pra gente — comenta um colega de faculdade de Bernardo. 
   — Concordo — fala o anfitrião bebericando uma cerveja. 
   — Olhem aquelas gatinhas ali em baixo — diz Adrian, se debruçando sobre a grade de ferro para enxergar algumas garotas que dançam na pista lotada no térreo. 
   — Calma, Adrian — pede Pablo sorrindo. — Daqui a pouco chegam as nossas garotas.
   — Como? — se surpreende Bernardo.
   — Já ouviu falar de uma despedida de solteiro sem mulheres? — questiona Pablo rindo.
   — Gente, eu tenho que manter a minha fidelidade — comenta Bernardo rindo.

Isabela está tão concentrada lendo um livro no sofá da sala de jogos no primeiro andar, que nem ouve os comentários empolgados de seu irmão e primo que jogam videogame. A porta se abre e Chay entra.
   — Boa noite!
   — Boa noite, pai — respondem Isabela e Vinícius.
   — Tio! — Nícolas larga o controle e corre em direção ao cantor. Chay pega a criança no colo e a abraça com força.
   — E aí, garotão? Como está?
   — Bem. 
   — Como está na escolinha?
   — Legal e o seu trabalho?
   — Legal também, sabia que hoje eu cheguei de um show?
   — É?
   — Aham. Um dia eu ainda vou te levar comigo, pode ser? 
   — Pode — responde Nícolas sorrindo. — Eu quero ir no palco com você.
   — Olha que garoto abusado — diz Chay apertando as bochechas do sobrinho, que gargalha. — Não vou atrapalhar o jogo de vocês, volta a jogar lá. — Ele coloca Nícolas no chão, que corre até o tapete em frente a televisão e Vinícius diz:
   — Vamos começar uma nova partida, porque eu ganhei aquela.
   — Ganhou nada.
   — Ganhei, sim, você abandonou o jogo.
Eles riem e começam a jogar novamente. Chay se senta ao lado da filha e passa um braço em torno dos ombros dela.
   — Como está, pequena?
   — Bem — responde Isabela fechando o livro. — E o senhor?
   — Cansado, mas bem também.
   — Deve estar morrendo de saudades da mãe, né? — comenta a adolescente com esperteza, buscando chegar ao seu objetivo.
   — Estou.
   — Por que você não ligou para ela?
   — Ela comentou sobre isso com você? — se espanta Chay.
   — Por cima — mente Isabela. 
   — Então ela ficou realmente chateada — ele conclui.
   — Creio que sim. — Como Chay não diz mais nada, Isabela prossegue: — O senhor podia fazer alguma coisa pra fazer as pazes com a mãe, né?
   — Como o quê, por exemplo?
   — Não sei — responde Isabela dando de ombro. — O senhor era tão bom nas surpresas quando vocês namoravam, por que não inventa mais uma? 
Chay coça a cabeça e diz:
   — Sei lá, eu era muito mais jovem, tinha mais criatividade.
   — Mas, pai, pela mãe vale a pena forçar a criatividade, né? 
Chay massageia as têmporas e diz de forma evasiva. 
   — Vou pensar. 
   — Pensa também no amor que você sente pela minha mãe, tenho certeza que isso vai ajudar. 
Isabela sorri e volta a ler. Chay permanece pensando nas palavras da filha e repousa a cabeça no encosto do sofá. 

Ondas de risos se formam todas as vezes em que Anelise abre um presente. O embrulho de Mel está nas mãos dela e ela tenta adivinhar o que é através das pistas da cunhada e futura madrinha de casamento.
   — É de usar? — pergunta.
   — Digamos que sim.
   — Usa por baixo da roupa? — questiona Anelise já pensando em algo.
   — Não.
Ela ergue as sobrancelhas surpresas e diz:
   — Não sei o que possa ser. 
   — Faz mais perguntas — aconselha Hérica. Anelise pensa por um momento e indaga:
   — É uma fantasia sexual?
   — Sim.
   — É uma fantasia de alguma coisa? 
   — Não.
Anelise suspira e fala:
   — Eu realmente não sei.
   — Então abre — diz Mel sorrindo. 
Anelise abre o embrulho e joga a cabeça para trás gargalhando. 
   — Mel!?
   — Falaram para eu comprar coisas para o seu casamento, então...
   — O que é? — questiona Cecília curiosa.
Anelise pega o presente de Mel dentro do embrulho e o exibe para as outras. Elas começam a rir e a noiva fita o par de algemas vermelhas que estão em suas mãos. 
   — Pra esquentar o seu relacionamento com o Bernardo — explica Mel.
   — Eu nem sei como poderia usar isso — diz Anelise gerando uma nova onda de risos.
   — Aposto que na hora certa você saberá — fala Hérica.
   — O próximo presente tem que ser o meu — diz a chefe de Anelise. — Ele combinará com o presente da Mel.
Anelise pega o presente e o apalpa. 
   — É uma caixa — conclui. 
   — Sim.
   — É um acessório?
   — Não.
   — Um item de decoração?
   — Também não.
   — Uma roupa?
   — Pode-se dizer que sim.
   — Combina com o da Mel — fala Anelise pensativa. — É alguma tipo de fantasia sexual?
   — Sim. 
   — É uma lingerie?
   — Mais ou menos. 
Anelise pensa por um momento e diz:
   — É uma fantasia de policial?
O sorriso da sua chefe se amplia.
   — Sim!
Anelise volta a rir e abre o embrulho e a caixa, encontrando uma fantasia super sexy de policial.
   — Se uma policial usasse esse tipo de roupa no trabalho ela seria presa por atentado ao pudor. 
Elas gargalham e Anelise continua abrindo os presentes. Enquanto isso em uma outra casa noturna Bernardo quase deixa a latinha de cerveja cair quando vê as convidadas de Pablo chegarem ao camarote. Adrian começa a rir e o cutuca, dizendo:
   — Aposto que esse é o maior teste de fidelidade que você está tendo desde que começou a namorar com a Anelise, né?


Comentários

  1. Maisss...vc podia posta mais um hj nrh??? E nas ferias tbm!!! To amando ta mt baun :)

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  2. Se o bernado, trair a Anne, eu vou bater nele! U.U Meu deus, que presente são esses? Fantasia de Policia Sexy e Algemas, vemos que a Lua de Mel vai ser boa, haha. E A Criatividade hein Chay? Queremos CHAMEL pôô!!

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  3. Poosta mais,ta mtt bmmm

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