Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 104: Chay retorna de viagem


Diante dos questionamentos de sua filha, Mel joga as cobertas para um lado e pula da cama com rapidez.
   — Quantas perguntas tão cedo — diz prendendo o cabelo em um coque enquanto caminha para o banheiro.
   — Tantas perguntas e nenhuma resposta.
   — Quando eu souber o que responder te aviso — fala Mel fechando a porta.
   — Acho bom a senhora descobrir logo as respostas, porque o pai chega hoje a noite — lembra Isabela falando mais alto para que a mãe ouça.
   — Pode deixar — Mel grita de volta. Isabela sacode a cabeça e vendo que não vai conseguir arrancar nada de Mel, decide voltar a se arrumar para ir pro colégio. 

Ainda sonolenta e cansada da noite anterior, Marina fica pronta para sair pra aula. Como percebeu que a casa continua silenciosa demais resolve ir até o quarto de Victor. Ela caminha com passos leves e bate na porta do quarto do irmão, mas não recebe nenhuma resposta.
   — Victor? — chama se apoiando no batente e mais uma vez é deixada no vácuo. Ela gira a maçaneta e entra na escuridão. Seguindo o seu senso de direção começa a andar até a cama dele, mas tropeça em algo e quase cai. — Mas que merda! 
Depois de tomar todos os cuidados para não tropeçar em mais nada, Marina consegue chegar na cama de casal em que Victor dorme. 
   — Victor? — ela volta a chamar, agora sacudindo os braços dele. — Victor, acorda.
   — O que foi? — responde o loiro com a voz enrolada devido ao sono.
   — A gente tem aula, esqueceu?
   — Eu não vou.
   — Você tem que ir — diz Marina sentando ao lado dele. — Faz parte do acordo: a gente pode sair durante a semana contanto que a gente vá para a escola no dia seguinte. 
   — Uma vez não vai fazer mal a ninguém.
   — Victor, não!
   — Sai, Marina, deixa eu dormir.
A adolescente respira fundo e diz:
   — Ok, bons sonhos. — Ela levanta e sai do quarto com rapidez, sem se importar em tropeçar novamente. Minutos depois retorna com um copo de água gelada e para ao lado da cama do irmão.
   — Victor?
   — Já voltou? — ele pergunta sem abrir os olhos.
   — Você não vai mesmo levantar? — pergunta posicionando a mão com o copo sobre a cabeça dele.
   — Não.
   — Eu te dei opções — avisa Marina e vira o copo com água. Victor desperta na hora e senta na cama.
   — Filha da p*ta! — xinga passando a mão no rosto molhado.
   — Eu não vou perder a minha liberdade semanal por sua culpa.
   — Precisava fazer isso? — esbraveja Victor. — Que car*lho! 
Marina dá um leve sorriso e caminha até o interruptor de luz. Com o quarto iluminado, consegue ver o estado do irmão e o seu sorriso aumenta. Victor está com o cabelo, o rosto e o tórax molhados e o sua face está bem fechada e vermelha.
   — Pode ir rindo, mas vai ter volta — ameaça levantando. — Vai ter volta.
   — Ui, que medo — ironiza Marina rindo.
   — Some da minha frente, vai. 
   — Não se atrasa, tá maninho? — ela provoca ainda mais Victor e sai do quarto. O adolescente olha para a sua cama molhada e sacode a cabeça.
   — Ela vai me pagar — diz indo para o seu banheiro. 

Reunidos a mesa, Felipe e Yasmin tomam café da manhã sem os pais. Enquanto serve um pouco mais de suco, ele pergunta:
   — Cadê todo mundo?
   — Devem estar dormindo ainda — responde Yasmin mastigando um morango.
   — Que inveja.
Ela dá um leve sorriso e diz:
   — Nem todo mundo tem que acordar as seis da manhã.
   — O meu dia ainda vai chegar e eu também não irei precisar.
Os dois riem e continuam comendo com tranquilidade. 

Apenas Arthur e Marina estão na sala de jantar. Ele pergunta para a filha:
   — Como ele ficou?
   — Bravo, muito bravo — conta Marina rindo.
   — Se prepara, hein? Ele vai querer se vingar.
   — Ele disse isso, mas eu tô nem aí — ela fala dando de ombros. Victor passa pela porta já vestido com o uniforme do Otávio Mendes. 
   — Ela te contou o que aprontou comigo? — pergunta sentando na frente de Marina.
   — Aham — responde Arthur.
   — Agora a Lourdes vai ter que trocar o meu lençol de cama — diz Victor visivelmente mais calmo.
   — É um despertador natural, ué — fala Marina voltando a sorrir.
   — Você fica na sua, tá? — ele rebate passando requeijão em um pão. 

Minutos depois eles já estão no colégio e se reúnem no pátio principal no térreo. Marina e Vinícius estão abraçados no canto do banco e ele apoia a cabeça no ombro dela. Isabela e Yasmin estão do lado dos dois e Felipe e Victor em pé na frente deles. 
   — Vocês não sabem o que eu fiz com o Victor hoje — diz Marina fazendo o irmão revirar os olhos.
   — A criança vai contar a sua nova arte para os coleguinhas — fala Victor cruzando os braços. 
   — Cala a boca — ela pede.
   — O que você fez? — pergunta Isabela.
   — Eu fui acordar ele, né? E ele não queria levantar, daí eu chamei, balancei e nada. Saí do quarto e voltei com um copo d'água.
   — Não acredito que você fez isso — diz Felipe começando a rir.
   — Ele não queria acordar — justifica Marina dando de ombros. Um onda de riso invade o grupo e todos riem.
   — Vou fazer o mesmo com você, Felipe — avisa Yasmin rindo. 
   — Pode fazer, mas a vingança vai ser pior — ele rebate.
   — É o que vai acontecer com a Marina — fala Victor coçando os olhos para espantar o sono. Ele toca os pés de Isabela com os seus e fala:
   — Se aperta aí porque eu quero sentar.
   — Ah, não dá, não.
   — Se vocês se apertarem dá.
Isabela respira fundo e se aproxima ainda mais de Yasmin. Victor senta ao lado dela e fala:
   — Falei que ia dar. 
Uma ideia surge na mente de Isabela e ela diz:
   — Tá muito apertado, não dá pra ficar aqui.
Ela levanta rapidamente e Victor, que estava apoiado no seu braço, cai em direção a Yasmin. Isabela fica ao lado do namorado, que passa um braço em volta da sua cintura. Yasmin olha para Victor e ele se endireita com rapidez. Ela dá um leve sorriso e resolve provocá-lo.
   — Posso apoiar no seu ombro? — ela pergunta baixinho só pra ele. 
   — Apoia no do Vinícius.
   — A Marina não vai gostar.
   — Pensei que vocês fossem amiguinhas agora.
   — Só que não, né?
   — Vocês não estavam de conversinha ontem?
   — Sim, mas dizer que nós somos amigas já é exagero. 
Eles conversam próximos e Yasmin aproveita para apoiar a cabeça no braço dele.
   — Quem te deu permissão pra isso? — ele pergunta olhando pra os olhos claros dela.
   — Para, Victor — pede Yasmin com manha. 
   — Sai, Yasmin — ele pede também com suavidade. 
   — Deixa eu cochilar um pouquinho antes de bater o sino — ela fala fechando os olhos. Victor suspira e desiste de afastá-la. A loira se aproveita da situação e começa a acariciar a parte interna do antebraço dele. Victor segura a mão dela e fala com firmeza:
   — Não, por favor.
   — Ok, desculpa. — Ela para com a carícia, mas não tira a sua mão do braço dele. 
Felipe sussurra no ouvido de Isabela:
   — Acho que a volta está mais perto do que a gente imagina.
   — Tomara — fala a adolescente erguendo o olhar para enxergar o rosto dele. Felipe dá um selinho em seus lábios corados e Isabela diz: — Estou doida para te ver amanhã de terninho no casamento.
   — Eu não estou nada empolgado para ficar engravatado.
   — Você vai estar tão fofo — sorri Isabela apertando as bochechas dele.
   — Eu sou fofo.
Isabela gargalha e recebe outro selinho do namorado. Vinícius cochila com a cabeça apoiada no ombro de Marina e ela resolve acordá-lo de maneira diferente. Ela coloca o dedo indicador em uma das narinas dele, fazendo-o acordar na hora.
   — Mas hoje você está terrível, hein?
Marina sorri e dá um selinho no namorado, limpando o seu dedo na calça jeans dele. O sinal toca e eles vão para a sala de aula.

Por volta das nove horas da manhã Mel sai para ir a um ensaio fotográfico que fará para um revista de moda. Ela dirige seu carro com tranquilidade pelas ruas do condomínio e quando passa pelos portões acelera rumo ao seu compromisso. Enquanto isso, Bernardo e Anelise despertam no apartamento em que moram. Após fazerem suas higienes matinais, eles partem para a cozinha. Bernardo anda a alguns passos na frente de Anelise e ela corre com um pé só para alcançá-lo e pula em suas costas.
   — Garota, quer morrer? — ele pergunta se espantando e segura as pernas dela.
   — Eu sei que você não vai me deixar cair — fala Anelise se agarrando nos ombros dele.
   — Eu não contaria com isso. — Bernardo ri e Anelise solta uma mão para puxar o cabelo dele. — Ai, car*lho.
   — Hoje é o nosso último dia de solteiros.
   — Nem fala isso que eu até sinto uma dor no peito.
Eles passam pela sala e chagam a cozinha.
   — Não quer casar, não casa.
   — Que alívio saber disso — fala Bernardo deixando a noiva sentada no tampo da pia. 
   — Cala a boca!
Bernardo se vira para ela e apoia uma mão em cada lado do quadril dela.
   — Só se você me der um beijo.
   — Não. Por essa gracinha eu vou fazer greve até o casamento.
   — Olha que hoje é a minha despedida de solteiro.
   — A minha também.
Bernardo envolve a cintura dela e a puxa para a ponta do tampo.
   — Só um beijinho — ele implora.
   — Nem um, nem dois, nem...
Bernardo interrompe a fala dela e rouba um beijo seu, porém o contato não dura quase nada pois ela morde a sua língua propositalmente. 
   — Ane? — ele questiona passando dois dedos na língua. 
   — Greve é greve. 
   — Você estava falando mesmo sério?
   — Óbvio — ela mente.
   — Então tá. — Ele vira as costas para ela e caminha em direção à geladeira. Anelise sorri e fala meigamente:
   — Bernardo? Me ajuda aqui.
   — O que foi? — ele pergunta olhando por cima do ombro para ela.
   — Eu não consigo sair daqui — responde Anelise balançando as pernas de maneira infantil. Bernardo revira os olhos sabendo muito bem que a noiva está fazendo manha, mas mesmo assim se aproxima dela e a pega no colo. 
   — O seu pé está quebrado, mas não amputado — ele fala.
   — É que está doendo hoje.
   — Talvez devêssemos adiar o casamento então.
Anelise dá um beijo no canto da boca dele e diz:
   — Nem a pau.
Bernardo coloca Anelise sentada em uma cadeira e volta a procurar ingredientes para o café da manhã na geladeira.
   — Amor? — ela chama.
   — O que foi agora, Anelise?
   — Nada não, só queria te ver.
Bernardo solta um suspiro de frustração e recolhe o queijo branco preferido dela, o requeijão e o leite.
   — Sabe o que eu andei pensando? — pergunta Anelise.
   — Eu ainda não leio pensamentos — ele responde deixando as coisas sobre a mesa e indo pegar o pão integral.
   — Eu estava pensando o que eu vou levar pra nossa lua de mel, porque eu não sei o que se usa em um hotel fazenda.
   — Roupas.
Anelise ri.
   — Seu bobo — ela continua fingindo que não está notando o jeito frio do noivo. Bernardo termina de pegar os itens para o desejum e senta na frente de Anelise. — O que a gente vai fazer hoje?
   — Não sei, pensei que você fosse passar o dia fazendo coisas de mulheres.
   — Já fiz isso ontem com a Mel. Não tenho nada pra fazer até a hora que elas vierem me buscar pra despedida.
   — Hum.
Anelise levanta, dá a volta na mesa e senta no colo de Bernardo.
   — A gente pode fazer alguma coisa.
   — Pensei que você estivesse de greve — ele fala tirando ela de seu colo e levantando. 
Bernardo caminha para a sala com um pão nas mãos e Anelise segue ele de perto.
   — Acho que estava, mas mudei de ideia. — Ao vê-lo sentar no sofá, ela se alinha ao lado dele. — Eu estava brincando com você o tempo todo, Bê — conta fazendo carinho no abdômen dele.
   — Brincadeira sem graça — ele rebate com seriedade.
   — Eu não achei.
   — Porque não era com você.
   — Larga de ser bobo, Bernardo.
   — Você faz brincadeira sem graça e eu sou o bobo?
A morena passa a mão no cabelo, desfazendo o coque e suspira:
   — Não acredito que a gente vai brigar na véspera do casório.
   — Eu também não estou acreditando — ele concorda terminando de comer o pão.
   — Desculpa, tá? — pede Anelise dando um beijinho abaixo da orelha dele. Bernardo permanece imóvel e não responde. — Me desculpa, Bernardo? — ela pergunta mais séria.
   — Sei lá, Ane. — Ele olha para o pé engessado dela que está em cima do sofá. — Você veio andando sem as muletas — constata.
   — Pra você ver como você é importante pra mim.
   — Se você continuar com essa teimosia o seu pé não vai sarar nunca — diz ele de maneira clinica. 
   — Ok, doutor. Se você me desculpar prometo não colocar o pé no chão.
   — Isso não é uma negociação.
   — Bernardo, para com isso — ela choraminga.
Ele sorri graciosamente e afaga o braço dela.
   — Como a vingança é doce.
   — O quê?
Bernardo puxa Anelise para o seu colo e acomoda o pé fraturado com delicadeza.
   — Eu sempre tenho que ficar correndo atrás de você quando a gente briga, só me vinguei agora.
   — Você nunca corre atrás de mim — ela fala franzindo a testa. Ele brinca com a alça da blusa dela, dizendo:
   — Nunca? Desde que a gente começou a morar juntos, em todas as brigas quem é que busca a reconciliação?
   — A gente sempre se reconcilia de forma natural.
   — Natural? — ele ri. — Ane, eu que tenho que ficar atrás de você, fico te agarrando até você ceder.
   — Não concordo com isso.
   — Mas é a verdade e no fundo você sabe disso. E hoje, eu tive finalmente a minha oportunidade de vingança.
   — Quer dizer que você não ficou bravo comigo em momento algum?
   — Não — responde o rapaz sorrindo.
   — Mas você é um idiota, hein? — Anelise dá um tapa no peito dele.
   — Um idiota que vai se casar amanhã com a blogueira mais linda de todo o Rio de Janeiro.
   — Você realmente não conhece muitas blogueiras.
   — Mas sei que vou te achar a mais linda de todas mesmo que as outras sejam mais bonitas. A ciência explica aquela frase "O amor é cego", sabia? É porque...
   — Não — interrompe Anelise. — Não quero explicações médicas, tá? É com o Bernardo que eu vou me casar amanhã e não com o Dr. Bernardo.
   — Mas é o doutor Bernardo que vai te ajudar com esse gesso na fazenda, sabia mocinha?
   — Ok, talvez eu case com o doutor Bernardo também.
   — Daí a gente vai poder brincar de médico na lua de mel.
Anelise joga a cabeça para trás e ri. Bernardo gargalha e dá um beijo no queixo dela.

Um hora se passa e Mel aproveita a pausa na sessão de fotos para tomar um suco de laranja sentada nos bastidores. Sua assessora e sua empresária estão acompanhando ela e as três conversam. A morena está entretida vendo os funcionários trocar o cenário e não percebe que o seu celular está vibrando ao lado de sua bolsa.
   — Mel, o seu celular — avisa Veridiana, sua empresária.
Ela pega o celular e lê no identificador de chamadas: "Chay".
   — Eu esperei a sua ligação o dia todo ontem, agora que eu estou ocupada você resolve me ligar? — ela conversa com o celular como se fosse Chay. — Agora você vai esperar também.
Veridiana e Raquel, a assessora, trocam um olhar e uma delas pergunta:
   — Está tudo bem, Mel?
   — Sinceramente não sei — responde Mel soltando um suspiro. — Essa turnê do Chay está nos afastando.
   — Vocês sempre conviveram com a distância, seja nas turnês dele ou nas suas viagens a trabalho, o que está acontecendo agora? — pergunta Raquel.
   — Os nossos trabalhos estão exigindo muito de nós dois e a gente está esquecendo do nosso casamento.
   — Já pensou em tirar umas férias e fazer uma nova lua de mel? — sugere Veridiana com empolgação.
Mel ri da ideia.
   — Férias agora, Vê? Com a nossa coleção surgindo e a turnê dele começando? Sem chances.
   — Acho que uma boa conversa resolveria tudo — opina Raquel.
   — Mais tarde ele vai chegar para o casamento da irmã e essa conversa vai acontecer.
   — Antes do casamento? — se espanta Veridiana. — Vocês são padrinhos na noiva, não podem estar brigados no altar.
   — Vou aguardar até depois da festa, então conversaremos. 
   — Sábia atitude — diz Raquel.
Um moça, coordenadora da sessão, se aproxima de Mel.
   — Vamos continuar?
   — Só se for agora — responde Mel levantando com empolgação. 
Assim que ficam sozinhas, Veridiana fala:
   — É isso que eu admiro nela.
   — Isso o quê?
   — A força. — Elas olham para Mel, que faz poses diante dos flashes do fotógrafo. — Ela consegue ser forte e separar os problemas pessoais do profissional.
   — Anos de experiência — fala Raquel. Elas sorriem e continuam assistindo a sessão de fotos da chefe. 

As horas passam e a tarde calorenta faz com que todos busquem se refrescar de todas as maneiras. De mãos dadas Thiago e Graziele chegam ao estúdio do amigo dele.
   — Fala, Thiago! — cumprimenta um rapaz com o corpo todo tatuado e alargadores enormes nas orelhas. 
   — E aí, Bob! — sorri o adolescente dando um toque em uma das mãos do outro. — O Fábio tá aí?
   — Tá lá no canto dele.
   — Está com algum cliente?
   — Que nada, sobe lá. 
   — Ok.
Thiago puxa Graziele em direção a uma escada em forma de caracol feita de ferro e eles sobem para a sala do tatuador.
   — Quem é vivo sempre aparece — diz Fábio levantando de sua cadeira preta acolchoada. Ainda com a mão envolvida pela de Thiago, Graziele dá uma geral no primeiro andar, observando as duas macas em que são realizadas as tatuagens e as colocações de piercings e alargadores, os equipamentos de Fábio, o notebook dele sobre uma mesinha e um banheiro na lateral aposta a escada. Em um volume bem baixo, um rap pode ser ouvido através do notebook. 
   — Larga de ser exagerado, semana passada eu vim aqui.
Fábio ri e abraça Thiago, em seguida olha para Graziele.
   — Oi, garota! Quanto tempo.
Ela franze a testa e pergunta:
   — Você me conhece?
   — Você não tava na festa do Dodô com o Thiago?
   — Estava.
   — Então, p*rra, te vi lá — ele sorri caminhando até uma das macas.
   — Boa memória você tem.
   — Como esquecer de uma dama com cabelos em chamas e a pele pálida igual a lua cheia em um céu nublado após uma tempestade? — ele fala chamando Thiago com um gesto.
   — O Fábio é poeta nas horas vagas — conta o jovem rindo e se sentando na maca.
   — Ou depois de fumar uma — completa o tatuador sorrindo e se sentando em sua cadeira ao lado de Thiago. — Deita aí, mano — pede pro adolescente.
Graziele sorri, já acostumada com os hábitos nada saudáveis dos amigos de Thiago. Ela começa a caminhar pelo estúdio, observando os quadros com desenhos e logos de bandas.
   — Qual vai ser o desenho? — pergunta Fábio mais sério.
   — Ainda não decidi, quero ver as minhas opções — responde Thiago sorrindo. O tatuador levanta e pega três pastas com milhares de desenhos, frases e símbolos. 

Uma quantidade razoável de fotógrafos se reúnem em frente a um salão de beleza no shopping Village Mall para tentarem garantir um flagra das estrelas Mel Fronckowiak, Sophia Abrahão, Lua Blanco e os seus filhos. As três fecharam o salão para se prepararem para o casamento de Bernardo e Anelise. As meninas fazem depilações, limpezas de pele, unhas, massagem, todos os serviços que o espaço oferece. Já Victor, Felipe e Vinícius foram arrastados para cortarem os cabelos e fazerem limpeza de pele. 
   Victor, permanece sentado em um sofá de couro branco após ter terminado sua limpeza de pele e cortado os fios loiros de sua cabeça. Yasmin, que está com uma máscara de hidratação de coloração esverdeada no rosto caminha até o sofá em que ele está e senta ao seu lado.
   — Seu rosto está vermelho, sabia?
   — Aham, eu vi no espelho.
   — Mas pelo menos aquele cravo que tava no seu queixo saiu — ela fala sorrindo e massageando o queixo dele.
   — Agora o meu rosto está lisinho igual bumbum de neném.
Os dois riem e assistem o cabelo de Isabela ser repicado por uma das cabeleireiras enquanto Marina sai da sala de massagem a tempo de ver Vinícius choramingar para a cabeleireira:
   — Pode cortar, mas não corta muito não.
   — Filho, tá muito grande.
   — Os meus cachos são o meu charme, mãe.
Yasmin e Victor caem na gargalhada e continuam vidrados em Vinícius.
   — Você vai sair nas fotos do casamento com essa cabeleira toda?
   — Eu não vou tirar o cabelo pra tirar fotos, né mãe?
Mel ri e fala com determinação:
   — Mas vai cortar. — Ela olha para a atendente e diz: — Pode cortar.
   — Não, não pode, não!
   — Vini, só um pouquinho não vai fazer mal nenhum — diz Marina se aproximando, já pronta.
   — Mas, Marina...
   — Larga de ser criança, moleque — fala Felipe surgindo ao lado deles com o cabelo mais curto. — Até eu cortei.
Vinícius hesita por um momento e diz:
   — Tá bom, mas só um pouco.
A cabeleireira sorri e começa o seu trabalho. 

Depois de terem feito tudo, eles saem do salão e vão embora pelas portas do fundo devido ao tumulto que se encontra no shopping por causa das suas presenças. Já em sua casa, Mel toma um banho refrescante em sua banheira e se veste para ir para a despedida de solteiro de Anelise. Depois de estar vestida...
... ela desce as escadas mexendo no celular e paralisa ao ouvir uma voz tão conhecida entre as do casal de adolescentes. 
   — Mãe, olha quem chegou — fala Vinícius com empolgação no exato momento que Mel ergue o olhar.
   — Oi, amor — sorri Chay. — Sentiu a minha falta?


Comentários

  1. Estou adoorando!! YasVic perto de voltar, eu amoo; Chay e Mel se separando, sinto que vou chorar; Ri muito com o Vinícius com medo de cortar o cabelo.

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  2. Vinícius com medo de cortar o cabelo kkkkkkkkkkkk
    #morri

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  3. Vc podia fazer uma maratona,ia se bem legal

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  4. chamel se separando :\

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  5. responde as pergunta do ask !

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    1. Faz tempo que eu não entro lá, vou dar uma passada por lá e respondo :)

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  6. Fk mt top esse capitulo amei

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  7. yasvi de volta logo , não faz isso comigo não já to chorando sem ChaMel

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  8. Estou amando cada parte do imagine,eu acho qe chamel devia fazer Uma 2 lua de mel,ou outra coisa,mebos se separa!! Asheuahawu

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  9. Ameiiiiii posta ++++

    #NataliaMarques

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  10. Ai meu deus, Vini era só um pouco do cabelo shuashuasha e Chay e Mel se separando.. Nada que uma boa conversa e uma Segunda Lua de Mel e Thiago e Graziele, tipo estou amando os dois Juntos. Cara, você devia escrever um livro, sabe por que? Você escreve a parte romântica, a parte de confusões, tipo.. tudo que você escreve tem um carisma especial. E todos os capítulos são bem grandes e tipo.. tomara que um dia eu chegue a escrever assim como você! - @MafiaJerry

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    1. Muuito obrigada! Do fundo do coração. É pela motivação que vocês me dão que eu continuo escrevendo. <3

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