Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 93: Yasmin e Isabela têm papo sério com suas mães


Do outro lado da linha, Bernardo pergunta:
   — Você está sentindo muita dor?
   — Eu não estou conseguindo nem colocar o meu pé no chão — responde Anelise limpando as lágrimas que não param de escorrer pelo seu rosto.
   — Eu não posso sair daqui agora, Ane — ele fala baixinho não querendo dizer isso pra ela. Anelise morde um lábio para tentar controlar a dor.
   — Bernardo — ela chora. — O que eu faço?
Próximo a máquina de café da clínica em que trabalha, Bernardo coça a sobrancelha.
   — Você não consegue dirigir até o hospital, né?
   — Eu não consigo nem colocar o pé no chão! — ela repete.
   — Ok, vou tentar ir para ai.
   — Tentar?
   — Vou falar com o meu chefe. Fica calma, amor!
   — Vou tentar.
Eles desligam e Anelise coloca as mãos no rosto, chorando de dor. Minutos depois, Bernardo retorna a ligação, dizendo:
   — Aguenta firme, chego em vinte minutos.
   — Tudo isso? — ela repete sentindo uma pontada no pé.
   — Eu não posso voar, né amor!
Anelise solta um suspiro, ainda chorando, e diz:
   — Tudo bem.
   — Fica calma! — ele pede desligando o celular e ligando o carro. 

No colégio, Isabela encaixa a última peça do quebra-cabeça. 

   — Baía de Sydney — diz Iago.
   — Onde fica isso? — pergunta Jaqueline e todos olham para ela surpresos.
   — Você não sabe? — pergunta Graziele.
   — Não.
Isabela responde gentilmente:
   — É na Austrália. 
   — Então nós vamos pesquisar sobre a Austrália — diz a loira.
   — É o que parece — fala Felipe com obviedade. Isabela ergue a mão e chama:
   — Professora.
Tânia se aproxima das mesas deles e fala:
   — Olha, pelo visto vocês terminaram. Parabéns!
   — Nós temos que pesquisar sobre a Austrália e entregar para a senhora ou deixar no caderno? — pergunta Isabela.
   — É pra me entregar.
   — Certo.
Tânia se afasta e os cinco ficam calados. Instantes depois, Jaqueline pergunta para Iago:
   — Tá gostando do colégio?
   — Tô — ele responde.
   — Você veio de qual colégio?
   — 21.
Isabela sorri e diz:
   — Meus pais estudaram lá.
   — É, os professores sempre citam os nomes deles — fala Iago sorrindo. 
   — Por que você saiu de lá? — ela pergunta com curiosidade. — É um dos melhores colégios do Rio. Integral, né?
   — Aham — responde Iago. — Foi por isso que eu saí. Estava começando a atrapalhar algumas outras atividades que eu faço fora do colégio.
   — O que você faz?
   — Treino esgrima. 
   — Sério? É um esporte fascinante, né?
   — Muito — diz Iago orgulhoso. — Pratico faz três anos e amo cada dia mais.
Os dois engatam uma conversa e Isabela acaba deixando Felipe e Graziele de lado. Jaqueline fica emburrada por ter puxado papo com Iago e Isabela "roubado" a atenção dele.

Em seu grupo, Marina colabora bastante na montagem do quebra-cabeça. Samuel e Maria Luíza implicam um com o outro e Marina começa a ficar irritada. Em um determinado momento, ela se vira para Pedro e pergunta:

   — Eles são sempre assim?
   — Sempre que estão juntos, sim.
Marina assente com a cabeça, preferindo guardar sua opinião para si. Mayara se sente deixada um pouco de lado e trabalha quieta. Pedro se aproxima um pouco dela e pergunta:
   — Tá tudo bem?
   — Está — ela responde sem ao menos olhar para ele.
   — Você parece, sei lá, cabisbaixa.
Mayara ergue a cabeça e diz:
   — Só estou cansada por causa da educação física. — Depois de forçar um sorriso, ela volta a montar o quebra-cabeça. 

Enquanto todos em seu grupo estão em pé em torno das mesas, tentando montar o quebra-cabeça, Jonas senta de maneira relaxada em sua cadeira e tira o celular do bolso. Laís olha para ele e revira os olhos. Ela larga as peças do quebra-cabeça sobre a mesa e pergunta a ele:

   — Você não vai ajudar, não?
Os outros integrantes do grupo giram a cabeça na direção de Jonas. Ele ergue o olhar lentamente e responde:
   — Jogar vôlei me deixou cansado.
Laís dá um sorriso sem humor e diz:
   — Todos aqui jogaram e nem por isso deixaram de ajudar. 
   — Por isso mesmo, já têm vocês pra montar o quebra-cabeça. Não precisam de mim.
   — Acontece que nós somos um grupo. Infelizmente. Você vai ter que ajudar, Jonas.
   — Hoje não.
   — Hoje sim!
   — Desde quando você manda em mim? — ele questiona se endireitando no assento. Lorenzo e Maísa, ambos alunos novos, ficam surpresos com a arrogância de Jonas e em como Laís não abaixa a cabeça para ele. Luciana, que estuda com eles desde o primeiro ano do ensino médio, apenas observa com indiferença. Laís se aproxima ainda mais de Jonas e responde:
   — Eu não estou mandando em você. 
   — Não é o que parece.
   — Eu só exijo que você colabore com o grupo.
Jonas ri.
   — Você é quem para exigir alguma coisa? 
   — Você espera que eu responda o quê? Que sou filha de um dos mais bem-sucedidos empresários da cidade? Eu não sou ridícula como você pra ficar me vangloriando do status do meu pai.
   — Ah é, você é apenas uma fofoqueira metida a sabe tudo.
   — Eu não sou metida a sabe tudo. Eu sei tudo!
   — Ainda é humilde — ironiza Jonas sorrindo. 
   — Vai ajudar ou não? — ela pergunta cuspindo as palavras com ódio.
   — Não.
Laís se afasta e ergue a mão acima da cabeça, dizendo em voz alta:
   — Professora, estamos com um problema aqui!
Todos os alunos da classe olham para o grupo dela com curiosidade e Tânia se aproxima, perguntando:
   — O que está acontecendo aqui?

Anelise está deitada no sofá, olhando fixamente para o chão. Suas lágrimas secaram em seu rosto enquanto a dor em seu pé aumentava. Bernardo abre a porta do apartamento e corre até ela, jogando as chaves sobre a mesinha de centro.

   — Anelise? Ane, como tá?
   — Tá doendo muito — ela responde mecanicamente olhando para ele. Bernardo olha para o pé dela, que está apoiado no sofá. 
   — Deixa eu dar uma olhado.
   — Não! — ela estremece e puxa a perna instintivamente. Ele pega em sua mão e diz com tranquilidade:
   — Eu sou médico, lembra?
   — É que tá doendo muito — ela fala e volta a chorar. Bernardo afaga o rosto dela.
   — Ei, calma! — Ele se aproxima do pé dela e toca de leve, gerando um gemido de dor. — É quase certeza que houve uma fratura. Está inchado, tá vendo? 
   — Faz essa dor parar — ela pede soluçando. Mesmo acostumado a ver casos como o dela ou até piores diariamente, Bernardo fica angustiado vendo a noiva se contorcer de dor. 
   — Vem, vou te levar ao hospital — ele fala pegando ela no colo. Os dois saem do apartamento e descem pelo elevador. Anelise esconde o rosto no pescoço dele, se sentindo mais protegida em seus braços. Bernardo caminha em passos apressados até o portão do edifício. Uma senhora, moradora do prédio, está entrando no momento e ao ver a cena pergunta:
   — O que houve com ela?
   — Machucou o pé — ele diz passando pelo portão. Ao chegar até o carro, ele coloca Anelise no chão apoiada no veículo. Depois de abrir a porta, ele senta ela no banco e dá a volta.
   — Vai ficar tudo bem — promete dando partida no veículo. 

Na sala de aula, Laís responde a pergunta da professora:

   — Acontece, professora, que o Jonas não quer colaborar com a gente para montar o quebra-cabeça.
   — Por que não, Jonas? — questiona Tânia olhando para o adolescente.
   — Não quero — ele responde dando de ombros. Em seu grupo, logo atrás, Malu comenta com Mayara:
   — Patético. — A loira não diz nada e continua olhando para Jonas.
A professora tenta manter a calma e fala:
   — Acontece que você tem que ajudar, Jonas. É um trabalho em grupo!
   — Não estou a fim.
   — Não é questão de estar a fim ou não! — se entromete Laís.
   — Jonas, não queira criar problemas logo no início do ano.
   — Ok, eu ajudo esses... alunos — completa sob o olhar de advertência de Tânia. Do fundo da sala, Yasmin diz para todos ouvirem:
   — O que a pessoa não faz pra chamar a atenção. Vergonha alheia!
   — Vergonha alheia eu tenho toda a vez que você abre a boca — rebate Jonas. Antes que Yasmin possa dizer mais alguma coisa, Tânia interrompe.
   — Chega de discussões por hoje. Quem falar um piu pra brigar com alguém vai direto pra coordenação!
Os alunos não falam mais nada e retornam as suas atividades. Yasmin e Jonas trocam um olhar raivoso e ela desvia quando Victor acaricia suas costas.
   — Fica calma — ele fala baixinho. — Só quem pode se meter em confusão nesse casal, sou eu.
   — Só se for na sua cabeça — sorri Yasmin.
   — Não quero que você vá parar na direção por causa desse babaca, ok?
   — Por outro motivo pode? — ela pergunta rindo. Victor também ri e responde:
   — Se for por uma boa causa. Tipo, briga de garotas que acaba com roupas rasgadas e sutiãs a mostra.
Eles riem e Yasmin fala:
   — Você vai ter chances melhores de ver o meu sutiã.
   — Isso é um convite?
   — Quem sabe? — ela sorri enigmaticamente e volta a ajudar Thiago, Vinícius e Talita. 

Depois de alguns horas o sinal bate, liberando os alunos. Mayara guarda o seu material rapidamente e caminha em direção a porta sem se despedir de ninguém. Malu observa a ida dela e enfia os seus cadernos de qualquer maneira em sua mochila para ir atrás da loira. No corredor, o cabelo platinado de Mayara se destaca entre os demais alunos e Malu corre até ela.

   — Dizer "tchau" faz parte, sabia? — pergunta ao se aproximar.
   — Estou com pressa — responde Mayara secamente.
   — Aconteceu alguma coisa?
   — Aconteceu.
   — Quer dividir? — pergunta Malu descendo as escadas junto com Mayara.
   — Não sei se é o mais sábio a fazer.
   — O que houve?
   — É que você me deixou de lado a aula toda hoje.
   — O quê? — Malu é pega de surpresa com a declaração de Mayara.
   — Quando a gente ficou junto pra fazer o trabalho de inglês você só ficou de papinho com o Samuel.
   — É normal. A gente sempre fica de implicação um com o outro.
   — Sei bem onde essas implicações terminam — fala Mayara caminhando em direção aos portões do colégio.
   — Peraí! No meu caso com o Samuel não termina aonde você está pensando, não.
   — Quem garante? — pergunta Mayara parando abruptamente.
   — Eu garanto! Poxa, Mayara, o que eu tenho com o Samuel é apenas uma implicância idiota, chega até ser infantil. Isso nem se compara a ligação que eu tenho com você.
Mayara coça a cabeça, desviando o olhar.
   — Eu acho melhor eu ir — fala desconsertada. — Mais eu te ligo. — Ela sai do colégio e caminha apressadamente em direção ao carro de seus pais. Malu dá um leve sorriso e anda sem pressa até a calçada do colégio. Um pouco atrás dela, Graziele e Thiago caminham lado a lado.
   — Estava pensando em ir ao cinema mais tarde — ela comenta. — Quer ir?
   — Hoje?
   — É, por quê? Você já tem algum compromisso?
   — É que hoje vai ter uma festa na casa de um parceiro meu.
   — Tudo bem — diz a ruiva com sinceridade.
   — Eu até te chamaria, mas você não vai curtir o lugar.
   — É tipo a casa do Douglas?
   — Não, é bem mais barra pesada, assim como o pessoal que vai.
   — E mesmo assim você quer ir?
   — Eu gosto, Grazi. 
   — Ok, é que eu tinha esquecido desse seu lado... — ela deixa a frase no ar, despertando a curiosidade de Thiago.
   — Desse meu lado?
   — Eu não sei explicar.
Ele passa um braço em torno dos ombros dela e diz:
   — Talvez seja melhor nem dizer. — Os dois continuam andando em meio aos demais alunos até a saída do colégio.

Ainda na sala de aula, Yasmin passa pela carteira de Isabela e pergunta baixinho no ouvido dela:

   — Está tudo certo aí atrás?
Disfarçadamente ela vira as costas para Isabela, que com sutileza olha para a sua calça.
   — Está — responde a morena no ouvido da amiga. Yasmin sorri e se vira para Isabela novamente:
   — A conversa mais tarde, não se esqueça.
   — É claro que eu não vou esquecer. Estou ansiosa pra que chegue logo.
   — Confesso que eu também.
Victor, Felipe e Vinícius com Marina se aproximam das duas e o loiro pergunta:
   — E aí, vamos?
Eles descem as escadas juntos e se despedem na entrada do colégio. 

Bernardo abre a porta do apartamento e ajuda Anelise entrar. Ela está com o pé engessado e caminha com o auxílio de duas muletas de ferro. 

   — Duas semanas com isso no meu pé. Duas semanas!
   — Poderia ter sido pior — ele ameniza fechando a porta. — Ficaria bem pior se precisasse de cirurgia.
   — Sabe o que significa duas semanas, Bernardo?
   — Catorze dias — ele responde desabando ao lado dela no sofá.
   — Sim, catorze dias. Outra pergunta, quanto dias faltam mesmo para o nosso casamento?
Bernardo arregala os olhos e diz:
   — Nove! — Ele passa a mão na testa. — Eu não tinha pensado nisso.
   — Mas eu passei o caminho de volta pensando nisso.
   — E agora? 
Anelise sorri e passa uma mão no rosto dele.
   — Eu pensei e cheguei a conclusão de que não vai ser um pé quebrado que vai impedir que esse casamento aconteça.
   — Mas, amor...
   — Mas nada — ela interrompe. — Nós vamos nos casar com ou sem gesso. 
Bernardo sorri e fala:
   — Você é incrível! Simplesmente incrível.
Anelise fecha os olhos e beija o noivo.

No fim da tarde, Yasmin e Isabela passam pela porta da mansão de Sophia e Micael e caminham na direção de um carro de luxo que as espera estacionado em frente o casarão. A loirinha fecha o portão e olha para o carro.
   — Uau, que carrão!
   — Elas mandaram um dos motoristas da grife vim buscar a gente — conta Isabela.
   — Que chique! — exclamação Yasmin. Isabela pega no braço da amiga e caminha em direção a porta de trás do veículo.
   — Vem, vamos entrar.
As duas entram e Yasmin cumprimenta o motorista:
   — Boa tarde.
   — Boa tarde — também fala Isabela.
   — Boa tarde! — responde o senhor e liga o carro. O veículo desliza suavemente pela rua indo para a saída do condomínio.
   — Aonde nós vamos encontrar com elas mesmo? — pergunta Yasmin a Isabela.
   — Em um bistrô no centro.
   — Preferia ter essa conversa em casa.
   — Eu também, mas como foram elas que escolheram...
Isabela deixa a frase no ar e arruma a corrente de sua bolsa Chanel em seu colo. Yasmin vê seu reflexo no retrovisor central e passa uma mão no comprimento de seu cabelo, falando:
   — O meu bebê está crescendo cada dia mais.
   — Daqui a pouco está na cintura — fala Isabela olhando para o cabelo da amiga.
   — Igual ao seu.
Isabela sorri e olha para os seus fios, que caem por seus ombros e costa.
   — Estou pensando em ir ao Max para dar uma repicada — continua Yasmin.
   — Por que você não faz uma coloração?
   — Que cor?
   — Preto — responde Isabela rindo.
   — Deus que me livre — fala Yasmin.
   — Daí você ficaria parecida com a Marina.
Yasmin olha para ela com um sobrancelha arqueada. 
   — Nem no meu pior pesadelo eu me pareceria com a Marina — ela garante se apoiando no encosto do banco.
   — Ah, ela está legal ultimamente.
Yasmin demora um tempo para responder e acaba confessando:
   — Verdade.
   — Bem que vocês poderiam se tornar amigas, né?
   — Vamos com calma! — gargalha Yasmin. O seu celular começa a tocar e ela atende: — Oi, Victor!
   — Já está tudo pronto pra mais tarde — ele diz sorrindo.
   — Mais tarde — ela repete sorrindo. — Que horas eu vou pra aí?
   — Pra cá, não, porque eu estou na academia com o Felipe e com o Vinícius — ele fala rindo. — Mas lá pra casa, pode ser a hora que você quiser.
   — A hora que eu quiser? E se eu chegar lá e você estiver no banho?
   — Você me espera sair e acidentalmente eu deixo a toalha cair. — Os dois riem e Yasmin diz:
   — Não seria uma má ideia.
   — Dá pra deixar ele treinar em paz? — Yasmin reconhece a voz de seu irmão e ri.
   — Por acaso foi ele quem me ligou, ok?
   — Sei que você está com a minha namorada, passa o telefone pra ela?
   — Por que você não vai treinar em paz? — pergunta a loira rindo.
   — Passa logo, Yasmin — pede Felipe. Ela ri e estica o braço na direção de Isabela.
   — É o Felipe.
Isabela sorri e pega o celular.
   — Oi, Fê.
   — Só queria cantar um trecho de uma música da Rihanna pra você.
Ela franze a testa, surpresa.
   — O quê?
   — Só ouve — ele pede. — Ella ella eh eh eh eu amo a Isabela. Ella ella eh eh eh eh eh eh.
Isabela começa a gargalha descontroladamente e desperta a curiosidade de Yasmin.
   — O que ele falou? — ela pergunta.
   — Eu não sei nem o que dizer — Isabela fala para Felipe.
   — Diz que me ama, que eu já vou ficar feliz.
   — É claro que eu te amo, meu Rihanno.
Felipe ri.
   — Ok, chega de melação — fala Victor pegando o celular de volta na academia. — Vou desligar. Tchau, grande anã.
Isabela sorri e devolve o celular para Yasmin.
   — O Victor me chamou de grande anã.
   — Esse foi o motivo dessa gargalhada toda?
   — Não — responde Isabela voltando a sorrir. — O Felipe cantou uma musiquinha da Rihanna pra mim.
   — Como?
   — Ella ella eh eh eh eu amo a Isabela. Ella ella eh eh eh eh eh eh — canta Isabela rindo. Uma onda de riso invade o carro e elas ficam rindo boa parte do caminho até o bistrô.

Em uma mansão em um bairro de alto luxo, Laís conversa com Maísa deitada em um espreguiçadeira ao lado da piscina. 
   — Você prestou a atenção na atitude do Jonas hoje? — ela pergunta se virando para a sua prima. Maísa, que está deitada sobre um pano pegando Sol, responde:
   — Quem não prestou? Vocês chamaram a atenção da sala toda.
   — Pra você ver como aquele panaca me tira do sério — responde a morena arrumando os seus óculos escuros em seu rosto.
   — Mas vamos combinar, ele é gato.
   — O quê? — engasga Laís. 
   — É sério.
   — Maísa, entrou água na sua cabeça?
   — Ai, Laís, você não é cega.
   — Ele é bonito, óbvio, mas é tão ignorante que fica feio.
   — Eu não estou falando de beleza interior nem caráter, só tô dizendo que ele é bonito por fora.
   — Vale a pena ficar com um garoto assim pra você? Porque pra mim, definitivamente, não.
   — Quem está falando de ficar, amiga? — ri Maísa. — Se eu fosse ficar com alguém da sala, que está disponível, seria o Samuel.
   — Tudo farinha do mesmo saco.
   — Não! O Samuel parece ser diferente do Jonas.
   — Pouco, bem pouco. Eles são melhores amigos, né!
   — Vale a pena investir?
   — Eu acho que não. Quer focar em alguém? Observa os meninos do outro terceiro.
   — Por quê?
   — Eles são mais certinhos do que os da nossa sala.
   — O aluno novo, Iago, é bonito e tem cara de certinho — comenta Maísa.
   — É, tenho que concordar com você. 
   — Agora o outro, Lorenzo. Nossa! Que garoto estranho.
   — Ah, ele parece ser gente boa.
   — É uma questão de opinião.
Elas riem e continuam conversando sobre o público masculino do colégio.

Cansada de ficar em casa, Marina decide correr pelo condomínio. Ela coloca um short de tactel e uma regata, calça seus tênis e prende o cabelo em um rabo de cavalo. Após pegar seu celular e fone de ouvido sobre a mesinha de estudos, sai do quarto e desce as escadas alongando os braços.
   — Vai na academia, filha? — pergunta Arthur chegando em casa.
   — Não, vou correr pelo condomínio mesmo — ela responde. — Mais tarde eu volto. Beijos!
Marina dá um beijo na bochecha de seu pai e sai. Ela começa a caminhar pela calçada enquanto conecta o fone de ouvido em seu iphone. Depois de muitos passos inicia um trote e em seguida uma corrida. Enquanto ouve músicas do John Mayer, diversas lembranças invade sua mente, principalmente as do segundo dia de aula. A hora em que teve que ficar sentada na arquibancada próximo a Luciana e seus amigos e o momento em que teve que formar grupo com pessoas que mal fala são as recordações que a deixam mais para baixo. Ao contrário da solidão que ficou nesses momentos, lembra de como era acolhida em todos os grupos em seu colégio nos Estados Unidos. Lágrimas começam a surgir em seus olhos, e cansada de manter a pose de durona, começa a chorar. Ela limpa as lágrimas, mas não as segura mais. Sua visão começa a ficar embaçada e por isso não percebe quando alguém sai de uma mansão, surgindo em seu caminho.
   Marina dá de encontro com Thiago e se assusta.
   — Marina? — ele pergunta surpreso segurando ela pelos braços.
   — Ah, oi, Thiago — responde a garota olhando para ele.
   — O que houve com você? — pergunta Thiago notando as lágrimas pelo rosto dela. Marina se solta e limpa o rosto antes de responder:
   — Nada demais.
   — Não é o que parece.
   — Eu, eu só estou cansada disso tudo — responde ela com sinceridade.
   — As vezes é bom dar uma relaxada, né?
   — É. — Ela repara na roupa dele e pergunta: — Pra onde você tá indo todo arrumado?
   — Encontrar com uns amigos meus aí.
   — Pré-balada? — ela questiona.
   — Mais ou menos. A gente vai se reunir na casa de um parceiro antes de ir para uma festa.
   — Que tipo de festa? — pergunta Marina começando a ficar interessada.
   — Um tipo de festa que garotas como você não costumam frequentar.
   — Você não sabe o tipo de garota que eu sou — ela provoca.
   — É uma festa mais descontraída, se é que me entende.
   — Drogas — ela conclui. Thiago assente discretamente com a cabeça e para a sua surpresa, Marina pergunta: — Você pode levar uma acompanhante?
   — O quê? Você quer ir comigo?
   — Esse é o tipo de festa que eu preciso.
   — Marina, você vai se arrepender...
   — Eu não sou nenhuma princesa, Thiago — ela o interrompe. — Posso muito bem ser, como diz?, vida louca.
Thiago ri e desce o olhar pelo corpo dela.
   — Então acho melhor você trocar de roupa.
   — Me espera na entrada do condomínio?
   — Se você não aparecer em vinte minutos, eu vou embora.
   — Daqui a quinze minutos eu vou estar lá.
Marina sorri e volta a correr, agora retornando para a sua casa. 

O carro em que Isabela e Yasmin estão estaciona em frente a um bistrô e elas olham para a fachada do lugar.
   — Que fofa a decoração — diz Isabela. 
   — Vamos! — chama Yasmin abrindo a porta.
   — Até mais — fala Isabela para o motorista.
   — Bye — diz Yasmin saindo do veículo.
   — Tchau! — fala o motorista para as duas. Isabela sai atrás da amiga e ajeita a saia que está vestindo. Elas se olham e Yasmin diz:
   — Seja o que Deus quiser.
   — Que elas nos entendam — torce Isabela. As duas respiram fundo e caminham em direção a entrada do bistrô. Assim que elas passam pela porta, uma moça simpática se aproxima, dizendo:
   — Isabela! Yasmin! Suas mães estão aguardando por vocês. Me acompanhem!
As duas adolescentes seguem a moça até uma mesa afastada da porta. No caminho, Isabela repara nas paredes revestidas por tecido com estampas florais.
   — Fiquem a vontade — diz a moça indicando a mesa em que Sophia e Mel estão.
   — Obrigada — responde Isabela. Ela e Yasmin sentam nas cadeiras disponíveis ao lado de suas mães.
   — Oi! — cumprimentam em um uníssono.
   — Como vão? — pergunta Sophia.
   — Bem — responde Isabela começando a ficar nervosa.
   — Demoraram, hein? — comenta Mel sorrindo.
   — O trânsito estava uma loucura — fala Yasmin.
   — Demoraram se arrumando e colocam a culpa no trânsito — Mel diz para Sophia e as quatro riem. A morena se volta para a filha e Yasmin e fala: — Nós pedimos dois cupcakes para cada uma de vocês e um chá.
   — Excelente! — fala Yasmin se esforçando para continuar escondendo o nervosismo. 
   — Então, o que vocês querem falar com a gente? — pergunta Sophia. Isabela e Yasmin se olham, mas nenhuma das duas diz nada.
   — Meninas? — chama Mel.
Isabela abre a boca para responder, mas é Yasmin que acaba dizendo:
   — É um assunto delicado, íntimo.
Sophia e Mel se olham, do mesmo modo que as filhas, e a loira pergunta:
   — Que assunto?
Yasmin continua:
   — Vocês sabem que eu e a Isabela estamos namorando o Victor e o Felipe. Um namoro sério.
   — Sabemos — confirma Mel.
   — Nós duas queremos — ela faz uma pausa entre as palavras, escolhendo a próxima com cuidado —, dar um passo nos nossos relacionamentos.
   — E queremos contar vocês duas — completa Isabela. Mel e Sophia assentem com a cabeça, compreendendo o que Yasmin e Isabela querem dizer.
   — Vocês estão falando que querem fazer amor com eles — conclui Mel.
   — É, cada uma com o seu namorado — explica Yasmin.
Sophia ri.
   — É claro. 
   — A gente queria conversar com vocês sobre isso — fala Isabela. — Ouvir o que vocês têm a nos dizer, conselhos, dicas, precauções.
Mel limpa a garganta e começa:
   — Bom, eu acho vocês muito novas para isso, mas como estou acompanhando de perto o namoro de vocês vejo o porquê dessa vontade. As coisas estão tão intensas hoje em dia que nem parece que vocês duas só têm 15 anos de idade.
   — Vamos fazer 16 esse ano — fala Yasmin.
   — Mas ainda têm 15. 
   — Mesmo sendo novas, nós nos sentimos prontas, mãe — argumenta Isabela com delicadeza. 
   — Bom, se é isso que vocês querem, nós estamos aqui para apoia-las, não é Sophia?
   — Claro! Eu fico muito feliz de vocês terem nos contado antes de fazer. 
Yasmin e Isabela sorriem timidamente.
   — Então — fala Mel entrelaçando as mãos sobre a mesa —, o que vocês querem saber?
   — Tudo — responde Yasmin de imediato. — Do começo ao fim.
Mel e Sophia trocam um olhar enquanto sorriem.
   — Ok, vamos começar do começo — diz Sophia se endireitando na cadeira. 

Arthur está deitado em um dos sofás da sala de estar e Marina desce correndo as escadas.
   — Vai sair? — ele pergunta olhando para a roupa dela. — Nem te vi chegando.
   — Acho que o senhor tava lá em cima e, vou.
   — Pra onde você vai?
   — Vou em uma festa — ela responde caminhando para a porta. 
   — Com o Vinícius?
Marina fica hesitante ao ouvir o nome de seu namorado.
   — Não — responde com sinceridade. — Vou sair com o Thiago.
   — Thiago? Filho da Fernanda e do Mateus? — questiona Arthur sentando no sofá.
   — Não sei o nome dos pais dele, mas é o Thiago que vocês conhecem. Depois eu ligo. Beijos!
Marina sai o mais rápido que consegue para que Arthur não possa impedi-lá. Ela caminha rapidamente até a entrada do condomínio.
   — Não sabia como era longe da minha casa até aqui andando a pé — ela fala para Thiago, respirando pesadamente. Ele levanta do meio fio e olha para ela dos pés a cabeça.
   — Caprichou, hein?
   — Exagerei? — ela pergunta olhando para si.
   — Não, você está bonita.
Marina dá um leve sorriso.
   — Então, vamos? 
   — Claro.
Os dois passam pelo portão e encontram um táxi estacionado do lado de fora. Eles entram e Thiago fala o endereço da casa de seu amigo.
   — Quando a gente chegar, não diga que eu não avisei.
   — Nada pode ser pior do que passar a noite trancada sozinha no quarto.
   — E o Vinícius?
Marina se endireita no banco e se vira para Thiago.
   — Eu não quis dizer que as pessoas me deixam sozinha — ela começa a explicar. — É que eu estou cansada dessa vida, sabe? Não do Vinícius, dos meus pais ou algo assim. É tudo isso e ao mesmo tempo não é. Entendeu?
   — Não. 
Os dois riem e Marina fala:
   — É complexo de entender, eu sei. Essa pré-festa e a festa vão ser a minha maneira de extravasar tudo isso.
   — Espero poder te ajudar.
   — Você está ajudando, pode ter certeza.
Eles sorriem um para o outro.

No bistrô, Yasmin e Isabela comem enquanto Sophia começa a falar:
   — Eu acho que a primeira vez tem que ser com uma pessoa especial, que você ame e que te ame também. Sei que existe uma paixão entre vocês e o Felipe e o Victor. Acho que tendo isso, tudo vai sair bem.
   — A gente sabe disso, mãe — fala Yasmin. — Nós queremos entender da parte prática. O que fazer quando chegar na hora H?
Mel e Sophia riem.
   — Vocês já conversaram sobre isso com eles dois? — pergunta Mel.
   — Mais ou menos — responde Isabela. — A gente fica, vocês sabem, e sempre que as coisas vão ficando mais quentes — ela começa a ficar envergonhada de compartilhar isso com sua mãe e Sophia — nós os afastamos. No começo, eu não queria ir até o fim com o Felipe, nem com ninguém. Quando eu namorava com o Jonas, nem passava pela minha cabeça transar com ele. Só que com o Felipe é diferente, não é só uma coisa corporal, é sentimental. 
Sophia sorri emocionada com o que Isabela disse. Ela pega em uma das mãos da adolescente e fala:
   — Fico muito feliz por ter você como nora. De verdade. 
Mel se vira para Yasmin e fala:
   — Eu também, Yasmin. Não, pera!
As quatro começam a rir. 
   — Então, gente, até agora vocês não responderam as nossas perguntas — lembra a loirinha. Mel dá um tapa na mesa e diz:
   — Ok, seremos diretas agora. — Ela respira fundo e recomeça mais séria: — Quando chegar na hora H, vocês devem estar calmas e confiantes. O local também é muito importante, não pode rolar tudo em qualquer lugar. Eu sei que o Felipe não é mais virgem e creio que o Victor também não seja.
   — Victor virgem? É mais fácil a gente ficar pobre — gargalha Sophia.
   — Olha a ostentação! — exclama Yasmin rindo. 
   — Então — continua Mel —, eles vão saber encaminhar vocês. 
   — Luz acesa ou apagada? — pergunta Yasmin.
   — Depende de vocês. Se você ficar mais tímida é melhor deixar a luz apagada, porque assim fica mais fácil de se soltar.
   — Eu prefiro meia luz. Um abajur aceso é a melhor opção. 
   — Tá — diz Isabela. — O que fazer antes e durante a gente já tem uma noção, agora, e depois?
Sophia responde:
   — Pra primeira transa eu recomendo que vocês passem a noite juntos...
   — Rapidinha logo na primeira não rola — gargalha Mel. Isabela e Yasmin também riem e começam a ficar mais relaxadas.
   — Por isso — continua Sophia —, depois vocês podem conversar ou simplesmente dormir abraçadinhos. 
   — E é claro, não se esqueçam da camisinha — diz Mel. — Sério, meninas, sem camisinha jamais! Não só para não engravidar, mas pra se proteger de diversas doenças.
   — Mãe! A gente sabe disso — fala Isabela.
   — Não custa nada fixar.
   — A Mel tem razão — apoia Sophia. — Alguma outra pergunta?
   — Eu tenho — diz Yasmin começando a ficar vermelha. — É... quando a coisa está acontecendo, é, a gente deve falar alguma coisa? 
Mel e Sophia sorriem e a morena conta:
   — Na minha primeira vez com o Chay, nós nos declaramos um para o outro. Foi lindo e sempre que eu lembro fico emocionada e toda boba — sorri.
Yasmin respira fundo e diz:
   — Estou me sentindo muito mais confiante agora.
   — Eu também! — sorri Isabela.
   — Quando acontecer, quero ser a primeira a saber, ok? — fala Mel para Isabela.
   — Pode deixar, mãe.
Elas sorriem e se abraçam.
   — Minha mocinha está virando mulher — fala Mel dando um beijo no topo de cabeça da filha. Sophia também abraça Yasmin.
   — Você vai continuar sempre sendo o bebê da mãe, tá? Não se esqueça disso!
   — Ai, mãe, olha o mico! — fala Yasmin rindo. Sophia ri junto com ela e dá um beijo em sua bochecha.
   — Então, mais cupcakes? — pergunta Mel soltando Isabela.
   — Claro! — responde a jovem.

Vinícius, Victor e Felipe conversam enquanto andam pela calçada rumo as suas casas após treino na academia. 
   — Hoje as gatas não apareceram — lamenta Felipe.
   — Por isso você se concentrou melhor do que ontem — fala Vinícius rindo. — Em compensação o Victor está mais avoado do que nunca.
Victor nem presta a atenção na conversa dos dois e continua caminhando silenciosamente. Felipe dá uma cotovelada nele, chamando:
   — Victor! Calçada, condomínio, Rio, Brasil, Terra.
   — Você esqueceu do continente — fala Victor rindo.
   — Está com a cabeça aonde? — pergunta Vinícius.
   — Ou em quem? — questiona Felipe sorrindo.
   — Estou pensando em mais tarde — responde o loiro.
   — O que vai ter mais tarde? — pergunta Felipe com curiosidade.
   — Eu vou montar uma barraca lá no quintal de casa pra mim e pra Yas.
   — Olha, o nosso menino está progredindo! — fala Felipe.
   — Daqui a pouco vai ser só o Felipe que não pegou a namorada — comenta Vinícius.
   — Eu estou esperando o tempo dela, ok? — rebate Felipe. — O que eu posso fazer se a Isabela não é dada igual a Marina?
   — Ei! — reclamam Victor e Vinícius ao mesmo tempo.
   — Não me provoquem que eu não falo nada — se defende Felipe.
   — Então, como vai ser a noite dos pombinhos? — Vinícius pergunta a Victor.
   — Vai ser perfeita! Sinto que hoje vai, sabe? A Yasmin tá querendo tanto quanto eu.
   — Aproveita, meu amigo — fala Felipe dando tapinhas nas costas de Victor —, porque muitos querem estar no seu lugar.
   — Eu sei que sou privilegiado de ter a Yasmin como namorada.
   — Ele tá todo apaixonado! — zoa Felipe bagunçando o cabelo do loiro.
   — Falou quem comprou uma floricultura pra pedir a namorada em namoro.
   — Com direito a presentinho animal — lembra Vinícius.
   — Cala a boca, vocês dois! O Vinícius não pode falar nada, eu não me esqueci do lance do rio lá na fazenda, não.
   — Eu estava simplesmente ajudando a Marina a superar o seu medo de água — se esquiva o jovem.
   — Ô tava — exclama Victor com descrença.
   — Vamos ser sinceros — pede Vinícius sorrindo. — Nós três somos caidinhos pelas meninas.
   — Eu não, a Yasmin que corre atrás de mim — fala Victor rindo.
   — Todo mundo sabe que você é caidinho por ela.
Victor lembra dos momentos que passou junto com Yasmin e um sorriso apaixonado se forma em seu rosto.
   — Olha esse sorriso bobo aí! — diz Vinícius. — Aposto que pensou nela.
   — Claro que não — Victor ri.
   — Mente que nem disfarça — fala Felipe. Os três vão se zoando o caminho inteiro, caminhando pelas ruas do condomínio.

O táxi em que Thiago e Marina estão estaciona na frente de um prédio. Ele paga e desce com Marina. Depois de passarem pela portaria, entram no elevador.
   — Preparada pra conhecer os meus amigos? — ele pergunta.
   — Preparada pra curtir a noite com vocês — corrige Marina sorrindo. Eles saem do elevador e caminham até um apartamento. Thiago toca a campainha e depois de alguns instantes um rapaz abre a porta.
   — Thiago, até que enfim! — ele diz e olha para Marina. — Se eu não estou enganado a sua namorada é ruiva.
   — A Graziele não é minha namorada e ela continua ruiva. Essa aqui é a Marina.
   — Oi — cumprimenta Marina sorrindo.
   — Oi, Marina. — O rapaz, chamado Hugo, passa um braço em torno dos ombros de Thiago e fala baixinho para ele: — Já trocou?
   — Ela tava precisando dar uma espairecida e eu a trouxe.
   — Opa, então você veio pro lugar certo, garota — fala Hugo para Marina. — Vem, entrem!
Marina e Thiago passam por Hugo e entram no apartamento.
   — Conheça o meu mundo secreto — fala Thiago no ouvido de Marina. Ela olha em volta, as pessoas, o apartamento em si e sorri.
   — Já estou me sentindo em casa.
   — Essa é das minhas — fala Hugo atrás dos dois.


Comentários

  1. Mais um grande capítulo para animar a nossa noite! Grande não só no tamanho, mas no conteúdo. Achei incrível a Sophia e Mel conversando com as meninas. Muito legal esse papo de mães para filhas! Me emocionei com a Anelise e estou muito ansiosa para ler o casamento dela com o Bernardo. A conversa do Victor, do Vinícius e do Felipe me fez rir bastante. E por último e mais importante, é a reviravolta da Marina. Das três protagonistas, ela era a que menos tinha foco e agora isso está mudando. Fico muito feliz, porque a amo. Espero que essa aproximação dela do "mundo secreto" de Thiago traga muitos agitos e confusões para os próximos capítulos! Vocês arrasou como sempre, Renata. Um beijo de sua fiel leitora, Flávia!

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  2. Capítulo grande: OS LEITORES PIRAM!! \o/ \o/ \o/ \o/

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  3. #MegaImagine foi demais! Arrasoooou

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  4. Sinto que a Marina vai causar :o :o

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  5. Ansiosa para ler a primeira vez de yasmim e victor adorrp d+ os dois
    Espero ke nd d mais aconteça ns festa
    #proximocapitulovemquevem hahaha :)

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  6. Aii adorei ansiosissima para o próximo capítulo

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  7. Amei o capitulo:) esperando para primeira vez de YasVi :D Mega ansiosa para o proximo imagine!!!!!!
    #megacapitulo:D:D
    #tristeporentrevista1Drapidad+
    #seraquemarinavaiusardrogas?????

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