Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 84: O clima esquenta entre os casais
Em seu apartamento, Anelise senta no sofá com as penas entrelaçadas na altura do tornozelo com os pés apoiados na mesinha de centro. Ela pega o seu notebook e começa a trabalhar. A porta principal é aberta e Bernardo entra dizendo:
— Cheguei, amor!
Anelise não tira os olhos da tela do notebook, mas responde:
— Oi!
Bernardo deixa a sua mochila sobre a mesinha de centro, ao lado do pé dela e se senta ao seu lado no sofá.
— Nossa, a madrugada foi muito cansativa lá na clínica. — Ele começou a trabalhar em uma clínica gratuita em um bairro da periferia do Rio de Janeiro para ajudar os moradores de baixa renda. A clínica é de um rico médico empresário que resolveu criar esse projeto e contratou médicos recém formados.
— Hum — Anelise está tão concentrada em seu trabalho que mal ouve o que ele diz.
— Um garoto apareceu lá com o pé todo aberto, tive que dar vinte pontos.
— Nossa — ela fala mecanicamente.
— Depois uma senhora passou mal em casa por causa da pressão alta, mas nada muito preocupante.
— Aham.
Bernardo percebe que ela não está prestando a atenção no que ele diz.
— O último caso foi o pior. Uma criança foi mordida pela Anaconda! Não pude fazer nada, ela morreu nas minhas mãos.
— Nossa — diz Anelise sem alterar o tom da voz.
— Anelise!?
Ela vira a cabeça rapidamente, olhando para ele pela primeira vez no dia.
— O que foi?
— Eu tô aqui contando como foi o meu plantão lá na clínica e você nem tá prestando a atenção.
— Claro que tô.
— Eu acabei de dizer que uma criança foi mordida pela Anaconda e você respondeu "Nossa".
Anelise dá um leve sorriso e diz:
— Sério?
— Aham.
— Desculpa, Bê. É que eu devia ter acordado cedo hoje para atualizar o site da loja, mas eu perdi o horário.
Anelise trabalha em uma grande e luxuosa loja de produtos de beleza, dando consultorias de estética. Conseguiu o emprego logo que terminou a faculdade de estética e cosmética.
— Desde quando você atualiza o site?
— Desde que foi criado tipo um blog para mim, para eu postar as novidades.
— Isso é bom, né?
— Isso é ótimo! Eu não vou crescer só na empresa, mas outras lojas podem ver o meu trabalho e me contratar.
— Legal. Então você vai assinar as suas publicações, né?
— Claro. Vai ser tipo um blog mesmo. Eu tive uma reunião com a gerente da rede, não só da loja que eu trabalho, e ela falou que eu vou representar não só a minha loja, mas toda a rede. E também ela quer uma coisa mais próxima do consumidor, por isso vai ser um blog igual esses que a gente vê por aí, sabe? Só que nós vamos fazer a propaganda da marca, é claro.
Anelise sorri com alegria.
— Nossa, amor, que ótimo!
— É — ela olha para a tela do notebook. — Só que eu devia ter começado a postar hoje de manhã, só que perdi o horário.
— Quer que eu te ajude?
Anelise sorri agradecida para o noivo.
— Obrigada, Bê, mas não precisa.
— Ok — ele diz levantando. — Vou tomar um banho e fazer o almoço. Você tirou aquele negócio que frita sem usar óleo da caixa?
— Vish! Não, eu esqueci.
Bernardo balança a cabeça sorrindo e vai para o corredor do apartamento.
— Vou tomar banho e ver como funciona aquela bagaça.
Anelise sorri e continua em seu trabalho.
Após o almoço, todos na mansão de Chay e Mel se espalham pela casa. Vinícius e Marina conversam na beira da piscina. Ele está com a calça dobrada até os joelhos e com os pés dentro d'água e Marina sentada sobre as pernas ao seu lado.
— Sabe, Vini — ela diz prendendo o cabelo em um coque —, eu estava pensando em uma coisa.
— Que coisa? — pergunta Vinícius mexendo os pés dentro d'água.
— Um pedido, na verdade.
— Que pedido?
— Dorme lá em casa hoje?
Vinícius coça o queixo, fingindo estar pensando.
— Vamos ver. Acho que sim.
Marina sorri e dá um tapa no braço dele.
— Para, Vini!
Vinícius começa a rir e abraça Marina.
— Claro que eu durmo na sua casa.
Ela passa a mão no cabelo dele e beija o canto de sua boca.
— Te amo.
— Também te amo — responde Vinícius. Eles se abraçam e Marina deita com a cabeça apoiada no colo dele.
Isabela e Felipe giram de mãos dadas no jardim. Ela fecha os olhos e solta um grito enquanto Felipe permanece com os olhos abertos e ri. As mãos deles se separam e cada um cai de um lado no jardim.
— Tá bem? — pergunta Felipe sentando, olhando para Isabela. Ela também se senta na grama e joga o cabelo para trás.
— Ai minhas costas — ela reclama sorrindo.
— Quer que eu faça uma massagem? — pergunta Felipe com malícia. Isabela sorri e levanta.
— Impossível fazer massagem no jardim.
Felipe levanta e responde enquanto se aproxima dela.
— Se você quiser a gente vai para o seu quarto.
Isabela sorri novamente e diz:
— Ok.
— Sério? — ele pergunta surpreso.
— Vamos logo antes que eu me arrependa. — Isabela pega na mão dele e eles vão para o interior da mansão.
No segundo andar, na sala de jogos, Yasmin e Victor brincam de guerra de almofadas. Ele bate com uma almofada roxa na barriga dela, que rebate dando uma almofadada na cabeça dele.
— Cabeça não vale — diz Victor acertando a perna de Yasmin.
— A sua vale — ela rebate batendo na cabeça dele novamente.
— Direitos iguais, então. — Victor dá uma almofadada na cabeça de Yasmin, que cai sobre o enorme sofá.
— Ai! — ela reclama. Victor ri, mas Yasmin permanece imóvel no sofá.
— Você tá bem? — ele pergunta se aproximando dela.
— Tô tonta.
Victor tira o cabelo de Yasmin do rosto dela.
— Sério, Yas?
— Você acertou uma almofada na minha cabeça. Quer que eu me sinta como?
— Pensei que você não fosse tão sensível assim — ele diz sentando ao lado dela. Yasmin se endireita e apoia a cabeça no ombro dele.
— Posso não parecer, mas ainda sou uma menina.
Victor dá um leve sorriso e diz:
— Desculpa, tá?
— Tá bom.
— Isso foi sincero?
— Foi.
Victor vira a cabeça na direção do rosto de Yasmin para beijá-la. Ela se impulsiona para o colo dele e dá um tapa em seu rosto.
— Otário.
Victor fica surpreso e pergunta:
— Você não tava tonta coisa nenhuma?
Yasmin sorri.
— Não.
Ele fecha a cara e empurra ela de seu colo. Yasmin cai ao seu lado novamente e Victor levanta do sofá.
— Eu fiquei preocupado, Yasmin.
— Era só uma brincadeira, Victor.
— Brincadeira sem graça — reclama Victor se aproximando da mesa de sinuca. Yasmin suspira, levanta do sofá e caminha até ele.
— Victor? Para com isso!
— Eu pensei realmente que você estivesse mal, Yas — ele fala se virando para ela e surpreende com a mínima distância entre eles. Yasmin se aproveita do pouco espaço e rouba um selinho dele.
— Desculpa pela brincadeira, tá?
Victor gira Yasmin rapidamente e senta ela na mesa de sinuca.
— Eu também estava brincando com você.
Yasmin joga a cabeça para trás e gargalha.
— Vai se f*der, Victor!
— Brincou comigo, eu brinco com você.
— Eu te beijei, você deveria me beijar, né?
Victor sorri e dá uma mordida no lábio dela.
— Faço isso com o maior prazer.
Eles se beijam e Yasmin entrelaça as pernas em torno do quadril dele enquanto Victor prende o corpo dela contra o seu.
Isabela deita em sua cama de barriga para baixo e Felipe senta sobre suas coxas. Ele começa a fazer uma massagem nas costas dela.
— Nossa, que delícia! — ela diz fechando os olhos. Felipe sorri e começa a massagear as costas dela de maneira sensual. Isabela nota, mas se deixa levar. Em seguida, ele se inclina e começa a beijar a nuca dela. Isabela se arrepia e Felipe sai de cima dela, deitando em seu lado.
— Por que parou? — pergunta Isabela olhando para ele.
— Porque pretendo fazer massagem com outra parte do meu corpo.
Isabela sorri.
— Qual? — pergunta já sabendo a resposta dele. Felipe se aproxima ainda mais dela e responde.
— Com a língua.
Isabela acaricia o rosto dele e eles começam a se beijar. Felipe passa a mão pelas costas dela, colando os seus corpos.
Victor se afasta de Yasmin e volta a se aproximar do sofá, ofegante. Yasmin permanece sentada na mesa de sinuca e limpa o batom da boca.
— Uau — diz respirando rapidamente. — Você que se afastou.
— Pra você ver como eu ainda tenho auto-controle.
Yasmin sorri e pula da mesa.
— Ótimo isso.
— Mais ou menos.
Victor sorri e senta no sofá. Yasmin caminha até a porta.
— Vamos descer?
— Já que as coisas não podem subir, vamos descer.
Eles riem e saem da sala de jogos.
Isabela empurra Felipe e diz ofegante:
— Melhor a gente parar.
— Você quer isso? — pergunta Felipe olhando nos olhos dela. Isabela observa o rosto dele enquanto sente os seus corpos colados respirarem no mesmo ritmo.
— Acho que sim — diz como se tivesse hipnotizada pelo olhar de Felipe.
— Acha? — pergunta Felipe erguendo as sobrancelhas. Isabela não diz nada, apenas acaricia o rosto dele.
— Te amo tanto — ela faz uma pausa. — Por isso que é melhor a gente parar por aqui.
Isabela levanta da cama, arrumando sua blusa. Felipe deita de barriga para cima e suspira.
— Também te amo, minha pequena — ele diz depois de um tempo. Isabela sorri e vai para perto da porta.
— Vamos descer — diz abrindo a porta.
— Ok — responde Felipe levantando da cama. Isabela impede a saída dele, ficando entre o corredor e o interior do quarto.
— Quando for o momento vai acontecer, ok?
— Relaxa, amor. Eu vou te esperar.
Isabela sorri e dá um beijo em Felipe.
As horas passam. Todos os adolescentes vão para as suas casas com os seus pais e Vinícius acompanha Marina. Eles jantam com os pais dela e Victor e em seguida vão para o quarto dela. Depois de escovarem os dentes e se trocarem eles apagam a luz e deitam na cama. Vinícius acaricia o cabelo dela, dizendo:
— Estar ao seu lado é tudo para mim.
Ele dá um beijo nela.
— Te ter em minha vida é tudo para mim — responde Marina e dá um selinho nele. — Você, sem dúvida alguma, foi a melhor coisa que me aconteceu aqui no Brasil.
Vinícius acaricia a cintura de Marina.
— Espero continuar sendo.
— Vai continuar, com certeza.
Eles se olham por um momento e em seguida se beijam. Marina segura no cabelo de Vinícius com firmeza e aprofunda o beijo.
— Não encontrei nenhuma camisinha no quarto do Victor — ela diz entre o beijo. Vinícius aperta mais a cintura dela e responde beijando o seu pescoço.
— Não tem problema.
Marina se afasta e diz:
— Sem camisinha não dá.
Vinícius sorri e se inclina para pegar algo no bolso da calça jeans que está no chão. Ele surge novamente segurando um pacote de preservativo entre os dedos. Marina sorri e puxa ele para mais perto.
— Meu príncipe.
Eles voltam a se beijar com a mesma intensidade de antes. Vinícius tira a blusa e Marina começa a arranhar as costas dele, deixando ambos com mais desejo ainda. Ele ergue a blusa dela e Marina passa a peça pelo pescoço e a joga para fora da cama. Marina fecha os olhos e deixa o corpo de Vinícius se moldar no seu. Os dois são consumidos pelo prazer, amor e desejo e fazem amor.
Os dias se passam. Anelise e Bernardo estão empolgadíssimos com a proximidade da data do casamento, Chay está alegre com a volta de sua turnê e os adolescente permanecem apreensivos com o início do ano letivo. Isabela acorda em seu quarto com o despertador do seu celular.
— Nossa, tinha esquecido como é acordar tão cedo — diz olhando as horas no celular. Ela levanta e abre a cortina. A luz do Sol invade o quarto e Isabela se espreguiça. — Finalmente chegou o dia.
Malu desliga o seu despertador e volta a se cobrir com a coberta. Ela fecha os olhos e a voz de Mayara invade a sua mente: "Nós vamos estudar no mesmo colégio". Malu senta na cama abruptamente e diz passando a mão no cabelo:
— Caramba! É hoje!
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