Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 83: Adolescentes se preparam para o início do ano letivo


Uma garota com cabelos cacheados preso em um rabo de cavalo se aproxima de Thiago e Graziele e se joga nos braços dele.
   — Ai, que saudades que eu tava de você! — ela diz soltando Thiago.
   — Ah, eu também — ele diz sem um pingo de sinceridade. — Você tá com o Breno aí? 
   — Não, a gente terminou — responde a jovem chamada Giulia. — Estou solteira novamente — ela lança um sorriso para Thiago, que acha graça. Graziele vira o rosto para o outro lado, observando um grupo de de garotos que conversam empolgadamente, se arrependendo amargamente de ter aceitado ao convite de Thiago. Ele e Giulia continuam conversando e em um determinado momento, Thiago se toca de que está deixando Graziele de lado. 
   — Então, Giulia, essa é a Graziele — ele apresenta puxando a ruiva para mais perto de si.
   — Oi — diz Graziele séria.
   — Oi, Grazi! — responde Giulia dando um abraço em Graziele. Após ter os braços de Giulia longe de seus ombros, Graziele olha para Thiago, que dá de ombros com sutileza. 
   — Vocês são namorados? — pergunta Giulia. Thiago e Graziele se olham e ela responde rapidamente:
   — Deus me livre!
Thiago fica surpreso com a resposta dela e ergue as sobrancelhas. 
   — Que bom! — diz Giulia voltando a sorrir para ele. Ele dá um sorriso amarelo para ela e lança um rápido olhar de curiosidade para Graziele, que não nota pois está olhando para o outro lado. Minutos depois Giulia se afasta e Thiago puxa Graziele para um canto mais vazio.
   — Deus me livre? — ele repete surpreso. 
   — Pensei que fosse isso que você gostaria de ouvir — diz a ruiva de mau-humor. 
   — Por que isso, Grazi?
   — Quero ir embora, Thiago! — ela pede cruzando os braços. Thiago muda o peso de uma perna para a outra.
   — Por quê?
   — Porque eu não me encaixo aqui. 
   — Eu sei disso, mas você mesma falou que ia ser divertido.
   — Mudei de ideia. 
Thiago respira fundo.
   — Grazi, a gente acabou de chegar, vamos ficar mais um pouco.
   — Eu não quero, Thiago!
   — Mas eu quero — ele rebate com a voz grave. Graziele morde um lábio e estufa o peito.
   — Se você não me levar embora eu vou pedir para o Dodô me levar.
Thiago solta uma gargalhada sem o mínio humor.
   — Você vai se arrepender disso!
   — Se acontecer alguma coisa a culpa vai ser sua.
   — A sua burrice e teimosia não é minha culpa.
   — Eu não sou burra!
   — O cara deixou claro que quer te pegar e você vai pedir carona justamente para ele? Se isso não é burrice é o quê?
   — Vontade de sair desse lugar horrível.
   — Esse lugar horrível faz parte da minha vida, Graziele. São os meus amigos que estão aqui e eu gosto de festas desse tipo.
   — Ok, então fica aí. 
Graziele vira as costas e começa a caminhar em direção a saída lateral da casa. Thiago corre até ela e segura em seu braço.
   — Graziele, fica!
   — Não quero! — ela diz segurando um choro. — Eu pensei que fosse ser legal conhecer um pouco desse seu "universo", mas eu não gostei. Eu estou com medo dessas pessoas, desses caras drogados e bêbados. 
   — Ninguém vai fazer nada contra você. Eles não são tão diferentes do Felipe ou do Victor, eles fazem piadinhas, mas isso não quer dizer que vão te agarrar sem que você não queira.
   — Você deu a entender que se eu fosse embora com o Douglas poderia acontecer alguma coisa.
   — Claro, seria uma brecha que você daria pra ele. Se você continuar aqui comigo, a gente vai curtir e você nem vai ficar de nóia. 
Graziele respira fundo e desvia o olhar dos olhos de Thiago. Ele acaricia o cabelo dela e dá um beijo na ponta da sua orelha.
   — Fica aqui comigo, por favor!
Graziele suspira e olha para ele.
   — Só com uma condição. 
Thiago continua com o rosto bem próximo do dela e pergunta:
   — Qual?
   — Só se você não colocar um cigarro na boca. 
Thiago dá um leve sorriso.
   — Isso é tipo pedir para o macaco não comer banana.
Graziele não sorri com ele e dá um passo para trás, se afastando de Thiago.
   — É a única condição que eu imponho. 
Thiago olha para os seus amigos que fumam ao lado deles e depois volta a olhar para Graziele.
   — Grazi, por favor.
   — Eu não vou ficar ao seu lado enquanto você fuma. Depois eu vou olhar como pra sua mãe?
   — Com os olhos.
   — Se você fica confortável mentindo para ela, eu não. Além do que não vou te beijar com cheiro de cigarro. Nem pensar!
Thiago sorri e puxa Graziele para mais perto, passando um braço em torno da cintura dela.
   — Isso quer dizer que você pretende me beijar?
   — Você sabe a resposta.
Thiago solta um suspiro e diz finalmente:
   — Ok, nada de cigarro. 
Graziele sorri e leva uma mão a nuca dele.
   — E não me deixa sozinha, tá?
   — Pode deixar.
Eles sorriem e Graziele dá um beijo no pescoço dele. 
   — Vem, vou te apresentar os meus amigos mais de boa — diz Thiago pegando na mão dela. 

Maria Luíza está deitada em sua cama com o celular nas mãos conversando com Mayara. 
   — Já comprou o seu material escolar? — ela fala enquanto digita a mensagem. Depois lê a resposta de Mayara: — Ainda não, sou daquelas que compra em cima da hora. 
Malu ri e responde: "Eu ainda também não"
"Estou muito empolgada para começar a estudar no seu colégio" manda Mayara. Maria Luíza sorri.
   — Eu também estou — fala digitando. 

Isabela, Vinícius, Felipe e Yasmin estão na cozinha comendo um lanche preparado por Vera. A loira diz com a boca cheia:
   — A gente podia fazer uma noite do pijama na semana que antecede a volta as aulas, né? 
   — Boa, Yas! — apoia Isabela. — A gente poderia chamar o pessoal do colégio pra participar. Dai o Victor e a Marina conheceriam melhor o povo.
   — Excelente! — diz Felipe.
   — Não sei se é uma boa ideia o Victor conhecer melhor o pessoal — fala Yasmin menos empolgada. 
   — Por quê? — pergunta Vinícius.
   — Porque aquelas meninas são todas atiradas, né?
Isabela e Felipe riem.
   — Não se garante, irmãzinha? 
Yasmin dá de ombros, ficando mais séria. Os outros três percebem que ela não estava brincando e ficam sérios também.
   — Não tem porquê dessa insegurança, amiga — fala Isabela docemente. — Você e o Victor não estão namorando? Então não tem motivos pra se preocupar.
   — É que ele não conheceu muitas meninas desde que chegou aqui no Brasil — fala Yasmin se abrindo para os amigos. — Tipo, conhecer de conhecer mesmo, não só ficar por uma noite. Eu tenho medo de que ele conheça alguma garota legal e veja que eu não sou tudo isso que ele acha. 
Felipe dá um leve sorriso e Vinícius pega nas mãos dela.
   — Nesses meses que a gente vêm convivendo com o Victor percebemos que não tem pessoa melhor, que mais combina com ele do que você. 
Yasmin dá um leve sorriso igual ao do irmão.
   — Vocês têm razão. — Ela abre um sorriso. — E se ele arrumar coisa melhor, eu também arrumo ué. 
Todos riem e continuam comendo.

As horas passam. Yasmin e Felipe vão para a sua casa e Isabela e Vinícius se preparam. Marina e Victor permanecem conversando e brincando madrugada adentro. Um táxi estaciona na frente da mansão de Larissa e Henrique. Thiago paga ao motorista e desce com Graziele. 
   — E aí, gostou da noite? — pergunta abraçando a garota.
   — Por incrível que pareça, sim. Depois que a gente começou a conversar com aquele povinho foi ficando legal. 
   — Viu como os meus amigos são legais? 
   — Até que são.
Thiago coloca uma mecha do cabelo de Graziele atrás da orelha dela.
   — Tenha uma boa noite.
   — Ótima!
Eles sorriem uma para o outro e se beijam. 

Na manhã seguinte. Arthur entra no quarto de Marina e se espanta com a temperatura do ambiente. 
   — Isso é um quarto ou o Polo Norte? — se pergunta caminhando até a cama da adolescente. Ele toca no braço de Marina chamando carinhosamente: — Marina? Marina?
A jovem abre os olhos lentamente e enxerga o pai.
   — O que foi? — pergunta sonolenta. 
   — A gente vai comprar o material escolar, lembra?
   — Ah, mas já deu o horário? Ainda tá escuro.
   — As cortinas estão fechadas, é natural que esteja escuro — responde Arthur sorrindo gentilmente. 
   — Idiota.
   — Olha o respeito! Vai, levanta, mocinha.
   — Só mais cinco minutos, pai.
   — A gente tem que ir, filha.
   — Por que tão cedo? — ela pergunta olhando para o teto, como se perguntasse para os céus. 
   — A gente já explicou. A loja vai ser aberta só pra gente, por isso tem que ser mais cedo para não atrapalhar a venda normal. 
Marina resmunga e tira o cobertor de cima de seu corpo. Ela caminha para o seu banheiro enquanto Arthur sai do quarto. Ele vai para o de Victor.
   — Victor? — chama se aproximando da cama. O loiro nem se move e Arthur toca no braço dele. — Victor?
   — Hum? 
   — Acorda, filho. 
   — Que horas são?
   — Hora de você acorda, se arrumar e ir comprar o seu material escolar com a gente. 
Victor solta um suspiro.
   — Ok, já tô levantando.
   — Se você não levantar em dez minutos volto com um balde de água gelada pra te acordar — fala Arthur enquanto sai do quarto rindo. Em seguida vai para o seu quarto e senta na cama ao lado de Lua, que permanece dormindo.
   — Amor?
Lua abre os olhos lentamente e diz:
   — O que foi?
   — Eu vou levar os meninos para comprar o material escolar, ok?
   — Aham.
Ela fecha os olhos e volta a dormir. Arthur sorri e diz:
   — Minha linda. — Ele dá um selinho nela e vai se trocar. 

Uma hora depois, Chay, Arthur, Micael e os adolescentes estão entrando em uma grande papelaria. Yasmin está usando um óculos de sol que esconde metade do seu rosto, Marina usa um outro um pouco menor e arredondado, já Isabela optou por um de estilo gatinho. Victor usa um boné preto de aba reta virado para trás, querendo esconder o seu rosto com ele. Já Felipe e Vinícius não escolheram nenhum acessório para esconder a cara de sono. 
   — A loja é toda de vocês. Escolham o que quiserem! — fala Micael. Os seis jovens não se movem e continuam um escorado no outro.
   — Vocês podem ir escolher, gente — diz Chay. Victor dá uma leve cotovelada em Yasmin para que ela desperte, já que esta está quase dormindo apoiada em seu ombro.
   — Hã? Eu não ouvi.
   — A gente já chegou, gente. Podem começar a pegar o que vocês querem.
   — Nós estamos aqui para ajudá-los no que for necessário — fala uma das atendentes se aproximando ainda mais do grupo. 
   — Ok, vamos começar as compras — diz Yasmin ficando um pouco animada. 

Minutos antes do almoço, eles chegam com milhares de sacolas. Lua e Sophia estão na mansão de Mel e Chay e recebem todos. 
   — Como foi?
   — Até que foi legal, depois a gente acordou — fala Isabela rindo e tirando os óculos. Elas sentam no sofá e começam a comprar as compras para as mães. 
   — Agora é só esperar os dias passarem para poder usar essas coisas todas — fala Marina.
   — Espero que a gente se adapte ao colégio — fala Victor.
   — Vocês vão ter um pouco de dificuldade com português — diz Felipe.
   — Principalmente história. 
   — Nossa, eu não sei quase nada da história do Brasil — comenta Victor.
   — Nem eu — apoia Felipe e todos gargalham. 


Comentários

  1. querida renata COMO VOCE PODE SER TAO GENIAL?????? cara adorei o imagine!!!!!!
    MAS nao gosto da marina... BELIPE uouuuuu!!!!
    #ANIMADAPROPROXIMO!!!!!

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  2. Linduh de+ da conta rapaiz *.*

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