Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 71: Isabela visita Felipe



Isabela, visivelmente emocionada, para ao lado da cama de Felipe e pega na mão dele. Felipe aperta os dedos dela e diz:
   — É tão bom te ver.
Isabela sorri.
   — Você não sabe como eu fico feliz de estar aqui com você. Fiquei tão preocupada!
Felipe analisa o corpo de Isabela com os olhos e pergunta:
   — Você se machucou? Sofreu alguma coisa?
   — Não, eu estou bem, e em breve você também vai estar.
   — Só de você estar aqui comigo eu já me sinto bem melhor, muito melhor.
Isabela se inclina na direção do corpo de Felipe e dá um curto beijo nele. Felipe movimenta um braço para tocar no rosto dela e Isabela visualiza os ferimentos na pele dele.
   — Você está tão machucado.
   — Se não doesse tanto, não seria problema — comenta Felipe sem pensar.
   — Dói muito? — pergunta Isabela, fazendo-o se arrepender do que disse, pois não quer preocupá-la.
   — Quase nada — mente Felipe.
   — Felipe, fala a verdade. 
Felipe desvia o olhar para o seu pé imobilizado e diz:
   — Incomoda muito, em todo momento. 
Isabela suspira e começa a acariciar a parte de dentro do braço de Felipe que não está machucada. Eles ficam alguns minutos em silêncio, até que Isabela diz:
   — Vamos falar alguma coisa, daqui a pouco eu vou ter que ir embora.
Felipe dá um leve sorriso.
   — Ok, vamos ver... Ah, minha mãe me contou que o Victor ficou aqui ontem.
   — Ah, foi — confirma Isabela.
   — Eu não esperava por isso.
   — Não foi por você, foi pela Yasmin — ela sorri. Felipe gargalha e leva uma mão à barriga. 
   — Ai.
Isabela acha graça do estado dele.
   — Queria ficar aqui cuidando de você — diz enquanto passa uma mão no cabelo dele.
   — Quando eu for para casa, vou precisar de uma enfermeira — ele diz com um sorriso malicioso nos lábios.
   — Bobo!
Felipe pega uma mão de Isabela e dá um beijo na palma da mão dela.
   — Te amo! — diz olhando para os olhos dela. Isabela retribui o olhar e diz:
   — Também te amo... muito!
Ela se inclina e eles se beijam novamente. Uma enfermeira abre a porta.
   — O horário acabou.
Isabela lança um sorriso entristecido para Felipe.
   — Tchau!
   — Tchau, minha linda.
Isabela sai do quarto acompanhada da enfermeira. 

As horas se passam e Maria Luíza vai para a mansão de Larissa e Henrique para se arrumar com Graziele para o seu encontro com Mayara. As duas conversam enquanto se maquiam:
   — Ai, tô nervosa — comenta a ruiva.
   — Relaxa, você vai conversar com o Thiago, um dos seus melhores amigos, eu estou me aproximando de uma menina totalmente nova. 
   — Só dela ser menina já é uma coisa nova. — Graziele ri e Malu dá uma risada irônica.
   — Palhaça!
Graziele pega dois vestidos em cima da cama e os coloca na frente de seu corpo.
   — Com qual dos dois eu vou? Esse? — Aponta um vermelho soltinho. — Ou esse? — Olha para um verde claro tubinho. 
   — O vermelho de matar.
Graziele joga o vermelho sobre a cama e vai para o seu closet com o verde.
   — Ué — questiona Malu confusa —, não vai seguir a minha opinião?
Graziele responde de dentro do closet.
   — Não quero parecer uma prostituta. 
Malu ri e olha para o vestido dizendo:
   — Não parece de prostituta. 
   — É uma questão de opinião
Malu ri e continua se maquiando. Minutos depois Graziele sai do closet vestida com o vestido verde.
   — Vamos? — pergunta pegando a bolsa.
   — Vamos — responde Malu dando uma última conferida no visual: calça jeans de cintura alta, blusa de alças largas azul e oxford preto. 
As duas saem do quarto, descem as escadas e encontram com Larissa na sala.
   — Estamos indo, mãe — informa Graziele caminhando até a porta.
   — Aonde vocês vão mesmo? — pergunta Larissa olhando na direção das meninas.
   — Em um barzinho com uns amigos — responde Malu.
   — Tá, tomem cuidado!
   — Pode deixar.
As jovens saem da mansão.
   — E aí, nós vamos de táxi ou a pé? — questiona Malu.
   — Vamos chamar um táxi, não quero ir a pé, vou ficar suada. 
Malu ri e pega o celular na bolsa. Depois de ligar para o ponto de táxi, ela e Graziele caminham para a entrada do condomínio para esperarem o veículo chegar.

Victor e Marina riem assistindo a uma séria americana. Eles gargalham tanto que chegam a chorar de rir.
   — Acho que vou mijar nas calças — diz Victor rindo. 
   — Não no sofá da mãe, porque ela te mata — responde Marina se curvando de tanto gargalhar. Eles olham mais uma cena da série e mais uma onda de riso os invade. O celular de Victor começa a tocar, ele olha no visor e silencia. 
   — Quem é? — pergunta Marina.
   — A Yasmin.
   — Ué, não vai atender? — ela se espanta. 
   — Agora, depois eu retorno. 
   — Ela não vai gostar. 
   — Desde quando você se importa para o que ela gosta ou não? — pergunta Victor em tom de zoação.
   — Nossa, tá bom! Só estava tentando não te deixar mal com a sua namorada — diz Marina dramatizando. 
   — Eu me entendo com a Yasmin.
Marina dá de ombros.
   — Se você diz.
Os dois voltam a olhar para a tela da televisão e continuam assistindo e rindo com a série. 

Yasmin deixa o celular sobre a cama e sai do quarto. 
   — Sem Felipe, sem Victor, que saco! — reclama descendo as escadas. — Mãe, vou lá na casa da Mel, tá?
Sophia, que está sentada no tapete diante da mesinha de centro, responde:
   — Tá bom. Depois vou precisar de uma opinião sua.
   — Pra quê?
   — Sobre esses desenhos para a MelPhia. 
Yasmin olha para a mesinha, notando os vários croquis.
   — Ah tá, depois eu digo o que acho. Vou adorar fazer isso!
Sophia sorri.
   — Vou indo — diz Yasmin. — Beijos!
   — Beijos!
Yasmin sai da mansão rumo a casa dos amigos.

Maria Luíza e Graziele chegam ao barzinho que combinaram com Mayara e Thiago e só encontram a loira. As duas caminham até a mesa em que ela está sentada.
   — Oi — cumprimenta Malu. Mayara ergue os olhos da tela do celular e sorri ao responder:
   — Olá!
   — Essa aqui é a minha amiga, Graziele. 
   — Oi — sorri Graziele.
   — Eu te vi na fazenda. Eu lembro — comenta Mayara enquanto as suas se sentam. Malu fica ao lado dela e Graziele na frente da amiga.
   — Sério? — se surpreende Graziele.
   — Aham, não é muito difícil não te ver, né? O cabelo não é dos mais discretos. 
As três riem e Malu e Mayara trocam um breve olhar. Graziele dá uma rápida busca no bar com o olhar à procura de Thiago, mas não o encontra. Mayara começa a conversar com entusiasmo com Malu, e Graziele solta um suspiro, torcendo para Thiago chegar logo. 

Yasmin toca a campainha da mansão de Chay e Mel e Vera, a governanta, abre a porta.
   — Oi, Verinha — cumprimenta Yasmin entrando. — Cadê o povo dessa casa?
   — Estão todos em seus quartos — responde a senhora fechando a porta.
   — Vou lá encher o saco da Isa então.
Yasmin sobe as escadas e vai para o quarto da amiga. Ela abre a porta devagar e encontra a adolescente dormindo em sua cama.
   — Que bonitinha — sussurra, vendo Isabela dormir abraçada em um travesseiro. Yasmin caminha até a cama e senta ao lado de Isabela. — Isa — sussurra. — Isabela?
A morena continua dormindo serenamente e Yasmin revira os olhos.
   — Vou encher o saco de outro — diz levantando da cama. Ela sai do quarto silenciosamente e vai até o de Vinícius. O jovem está dormindo igual a irmã, mas Yasmin não sussurra para chamá-lo, e sim pula sobre ele.
   — Acorda, idiota!
Vinícius se mexe e Yasmin cai ao lado dele na cama.
   — Ai, é você — diz coçando os olhos.
   — Quer pessoa melhor? — gargalha Yasmin.
   — A Marina — responde Vinícius ainda sonolento e Yasmin revira os olhos.
   — Eca!
Vinícius sorri e olha para a jovem.
   — O que você quer aqui? 
   — Pra ser sincera, não tinha nada pra fazer e resolvi vim encher o saco de vocês. O Felipe tá no hospital, o Victor não atende ao celular, então me sobrou você e a Isa.
Vinícius esconde o rosto no travesseiro.
   — Que pena de mim!
Yasmin gargalha.
   — Agora você vai te que me aturar. 

Graziele dá mais uma conferida no celular para olhar as horas. Malu e Mayara continua conversando, mas a morena percebe que a amiga está incomodada com a situação.
   — Eu vou indo, gente — diz Graziele pegando sua bolsa.
   — Por quê? — pergunta Mayara surpresa.
   — A pessoa que eu estava esperando, pelo visto, não vem. 
   — Ele vai vim, Grazi — Malu tenta tranquilizá-la. Graziele se controla para não começar a chorar ali no meio do barzinho e diz com a garganta apertada:
   — Ele não vai vim. Está mais de trinta minutos atrasado.
   — Liga para ele.
   — Não vou ficar correndo atrás de ninguém. Pra mim já deu! Tchau, meninas.
Graziele levanta e sai do bar rapidamente. Malu olha para Mayara e diz:
   — Ela é minha amiga, não deixar ela sair assim. Já volto!
   — Tudo bem — responde Mayara compreendendo a situação. Malu levanta e corre atrás de Graziele. A ruiva já está caminhando pela calçada da avenida em que fica o barzinho. 
   — Graziele! — chama Malu indo até ela.
   — O que você tá fazendo aqui? Volta pro seu encontro com a Mayara. 
   — Não, não vou te deixar nesse estado.
Graziele dá um leve sorriso.
   — Obrigada, mas eu não quero ser empata f*da. Volta pro seu encontro, eu vou me sentir melhor sabendo que uma de nós duas se deu bem nessa noite.
   — Você tem certeza?
   — Absoluta. 
Malu sorri e abraça Graziele.
   — Fica bem, tá?
   — Ok, agora volta logo pra lá. 
Malu dá um beijo na bochecha de Graziele e começa a caminhar de volta para o barzinho. A ruiva segue o seu caminho para o condomínio. Em um determinado momento, uma moto preta para ao lado de Graziele. Ela fica um pouco assustada e apressa o passo. A moto acelera e começa a andar do lado dela. Graziele fica assustada, sem saber o que fazer. O motoqueiro levanta a viseira preta e diz:
   — Não vai falar comigo, não?
Graziele para ao reconhecer a voz e olha para o dono da mesma.
   — Thiago?


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