Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 39: As famílias chegam a fazenda para os dias de festas

Imagine ChaMel - Filhos

Horas depois. Yasmin resmunga, tentando puxar a mala no corredor do segundo andar. Conforme vai puxando, o tapete bege vai vindo junto. Felipe sai do seu quarto com um mochila preta nas costas. Ele ri da dificuldade da irmã.

   — Tá difícil aí, Yasmin?

Yasmin ergue a cabeça e tira o cabelo do rosto, olhando para Felipe com um alívio nos olhos.

   — Ai, ainda bem que você apareceu! — ela ofega. — Me ajuda aqui.

   — Você vai levar essa mala enorme para a fazenda? — ele pergunta descrente. 

   — Vou — responde Yasmin, comumente. 

   — Você não acha que é um pouco de exagero?

   — Não! — Yasmin endireita a coluna e olha para a mala que bate na altura da sua cintura.

Felipe dá de ombros, conhecendo o jeito da irmã.

   — Ok, segura a minha mochila que eu carrego a sua mala. — Ele tira e entrega a Yasmin.

   — Você vai levar essa mochilinha para a fazenda? — ela pergunta no mesmo tom descrente que Felipe usou com ela.

   — Vou — ele responde tranquilamente.

   — Você não acha que é pequena demais? 

Felipe começa a rir.

   — Yasmin, eu não sou você.

Ele caminha até a mala dela e tenta ergue-lá. 

   — Eita, p*rra! Quantos quilos tem aqui?

   — Nem queira saber — responde ela aos risos.

   — Senhor, não consigo carregar, não. 
Felipe ergue a mala só a alguns centímetros do chão, para não puxar o tapete, e vai para as escadas. Yasmin o segue com a mochila preta. No andar de baixo, Micael passa pela porta, entrando na mansão.
   — Sua mãe já está lá no carro com as nossas coisas, só faltam vocês. — Os olhos dele encontram Felipe. — Não acha que é muita coisa só para quatro dias na fazenda, filho?
Micael ri, pois sabe que a mala não é de Felipe, já que é cor de rosa. 
   — Nossa, muita graça, pai! — ironiza Felipe. 
Yasmin que vem logo atrás, diz:
   — É só o necessário, pai.
   — Acho que você precisa rever o que é necessário e o que não é? — Ele ri novamente. 
Yasmin revira os olhos e ri. Felipe pede:
   — Bem que o senhor poderia dar uma mãozinha, né pai?
   — Só vou ajudar porque nós estamos atrasados — responde rindo.
Micael sobe os degraus restantes e ajuda Felipe com a mala de Yasmin. Quando eles terminam de descer, Felipe começa a rir.
   — Qual é a graça? — pergunta Yasmin.
   — Nada, só estou rindo do que o pai disse sobre o que é necessário pra você, não deu pra rir na hora porque eu tava carregando a mala. — Ele continua rindo.
   — Nossa, você extrapola os limites da retardadice. — Yasmin diz saindo da mansão.
   — Não é a toa que ela é sua irmã, né? — Micael diz para o filho. Os dois riem e Yasmin grita do lado de fora:
   — Não é a toa que nós somos seus filhos. 
   — Mas que gritaria toda é essa? — pergunta Sophia do carro.
Yasmin se aproxima do veículo e entra.
   — O pai que tá mais palhaço do que o normal hoje.
Sophia ri. Micael e Felipe terminam de embarcar a bagagem no porta-malas e entram no carro. 
   — Fazenda do Chay e da Mel, aí vamos nós!
   — Uhul! — Sophia ri. 

Mais horas se passam. Na fazenda de seus pais Isabela caminha até um janela de mogno e a abre, vendo a iluminação do entardecer. 
   — Ai, como é bom estar aqui! — Ela inspira o ar puro. 
   — Fazia tempo que a gente não vinha, né? — diz Mel parando ao seu lado.
Isabela olha para a mãe e confirma com a cabeça. Elas veem ao mesmo tempo um carro se aproximar da casa pela estradinha de terra. 
   — É o carro do Micael, seu eu não me engano — diz Mel. 
Isabela estremece pois sabe quem vem junto com Micael além de Sophia e Yasmin. 
   — Vem, vamos atendê-los. — Mel se afasta da janela e vai até a porta de madeira, grande e sofisticada. Isabela não se move e vê o carro parar e os ocupantes descerem. Os seus olhos observam cada movimento que Felipe dá. Em um determinado momento ele olha para ela, imitando o movimento dos outros. Isabela não percebeu que Mel havia apontado em sua direção, pois estava concentrada em Felipe. Yasmin acena para sua amiga, fazendo Isabela desviar dos olhos profundos de Felipe. 
   — Oi! — ela diz e em seguida sai da janela. 
Segundos depois de desviar o foco da janela, Felipe vê Isabela saindo pela porta e indo até o carro.
   — Oi, Isa! — Sophia abraça e beija a bochecha de Isabela. A menina lança um breve olhar a Felipe. 
   — Até que enfim vocês chegaram — fala Mel. — Nós já estávamos pensando que tinham se perdido no caminho. 
Os adultos e Yasmin riem, Felipe e Isabela continuam incomodados com a situação. 
   — A Lua e o Arthur já chegaram? — pergunta Yasmin, tentando parecer despreocupada, mas pensando em Victor.
   — Ainda não — responde Mel. — Estou sabendo que você e o Victor estão juntos.
   — É. — Isso é o máximo que Yasmin consegue dizer, não querendo explicar o que houve para Mel e os pais ali, na entrada da casa. 
Mel percebe que Yasmin ficou um pouco constrangida, mas prefere não falar mais nada sobre o assunto. Em vez disso, olha para Sophia, dizendo:
   — Vamos lá para dentro?
   — Claro! — Sophia olha para Micael. — Amor, pega as coisas.
   — Não precisa — interrompe Mel. — Um dos rapazes que trabalham para a gente faz isso.
   — Ui, que chiqueza! — Sophia ri. Ela e Mel começam a caminhar para dentro da grande casa, seguidas por Micael. 
Os três adolescentes continuam imóveis, Yasmin distraída com a paisagem e pensando em Victor e Isabela e Felipe se encarando. 
   — Vamos entrar também! — Isabela desvia novamente dos olhos de Felipe e aponta para a casa atrás de si. Yasmin desperta de seus pensamentos.
   — É, vamos — ela diz.
As duas viram para entrar na casa e Felipe vai atrás delas. Quando passa pela porta, eles veem os pais distribuídos em dois sofás e Vinícius mexendo no celular encostado ao lado da enorme estante. Felipe vai até ele e Isabela puxa o braço de Yasmin, a levando para o corredor. 
   — E aí! — diz Felipe se aproximando.
Vinícius ergue os olhos do aparelho em suas mãos e olha para o amigo.
   — Nossa, nem vi vocês chegarem.
   — Chegamos! — Felipe ri, mudando totalmente seu astral.
   — Tava conversando com a Marina, daqui a pouco eles chegam, ela falou que o carro está passando em uma estrada sem asfalto e com mato em volta. — Ele ri.
   — Depois que a gente sai da rodovia, todas as estradas são assim. — Felipe diz rindo também.
   — Empolgado para a nossa festa? — pergunta Vinícius mudando de assunto.
   — Nem tô, cara — responde Felipe, pensando em Isabela.
   — Por que não?
   — Tá acontecendo umas coisas aí. — Felipe dá de ombros.
   — Ih, você tá envolvido em algum rolo, não é? — Vinícius fala quase em um tom de aprovação.
   — Mais ou menos.
   — Vou ter mesmo que te torturar pra você me contar? — Vinícius ri, mas Felipe continua sério. 
   — Não sei se você vai gostar de saber — responde Felipe.
   — Por que eu não gostaria? Eu to envolvido? — Vinícius fica ainda mais curioso. 
   — Não, mas uma pessoa próxima a você tá.
   — Dãr, você, né? — Vinícius volta a rir e dessa vez Felipe o acompanha. 
   — Não, cara. — Felipe volta a ficar sério. — A Isabela. 
   — A Isabela? No que você e a Isa estão envolvidos?
Felipe olha sobre o ombro para os adultos, vendo que eles estão bastante entretidos, mesmo assim prefere não arriscar que eles ouçam.
   — Tem um lugar pra gente conversar? — ele pergunta.
   — Tem, vamos pro meu quarto.
   — Opa, nós no mesmo quarto. — Felipe não resiste e faz a piada.
   — Tem medo de não resistir aos mesmo cachos, baby? — Vinícius diz passando a mão no cabelo e requebrando até o corredor. 
   — Claro, gata! — Felipe ri ainda mais e vai atrás dele. 
Os adultos continuam conversando e não percebem a graça dos filhos. 

Sentadas em uma cama de solteiro no quarto de Isabela, ela e Yasmin conversam. Isabela atualiza Yasmin com relação a Felipe e Yasmin fala sobre Victor. Quando as duas terminam de desabafar, começam a dar conselhos uma a outra. 
   — Eu ainda acho que você deve ficar com o Felipe — aconselha Yasmin. — Qual é o problema? Vocês se gostam e são lindos juntos.
   — Eu não sei se gosto dele. Eu ainda penso no Jonas as vezes — admite Isabela. — Se bem que ontem eu nem sequer lembrei do Jonas, só tava pensando no que aconteceu comigo e com o Felipe.
Yasmin dá um tapa na cama.
   — Viu? Isso é porque o Felipe está ocupando o lugar do Jonas no seu coração. 
   — Ai, não sei!
   — Pensa, amiga! Eu nunca vi o Felipe apaixonado, seria a primeira vez. Você sempre vai ser a primeira da vida dele? O primeiro beijo, a primeira paixão. 
   — Para de exagerar, Yas! Ele falou que ficaria comigo, isso não quer dizer que ele está apaixonado. 
   — Eu conheço muito bem o Felipe, ele não ficaria com você se não tivesse mesmo gostando de ti.
   — Eu também conheço ele e o Felipe fica com várias garotas que não sabe nem o nome, muito menos gosta dela.
Yasmin revira os olhos.
   — Isabela, acorda! Quando você vai perceber que não é igual as outras pra ele? Caramba, vocês são amigos! 
   — Por isso mesmo, nós somos amigos. Eu não quero ficar com ele e estragar a amizade. 
   — E se vocês ficarem, namorarem, casarem e serem felizes para sempre? 
   — Para de exagerar, Yasmin! — pede Isabela.
   — Ué, por que não? Os nossos pais são a prova de que isso é possível.
   — Tá, vai, você tem razão.
O rosto de Yasmin se ilumina.
   — Então você vai ficar com ele?
   — Não, idiota, eu tava falando que você tem razão sobre os nossos pais.
   — Ah! — Yasmin murcha. 
   — Qual é o problema de você continuar com o Victor?
   — Eu não quero me entregar de cabeça nisso e sair machucada no final.
   — E se vocês namorarem, casarem e serem felizes para sempre? — Isabela repete as palavras de Yasmin e as duas sorriem.
   — O Victor não é o Felipe. Os dois são muitos parecidos, é claro, mas ainda são bem diferentes. O Victor não se apaixona.
   — Parece que se apaixonou, não foi isso que ele disse pra você?
   — Disse, mas eu não acredito. — Yasmin cruza os braços.
   — Por que não? E se ele estiver mesmo apaixonado? Você vai abrir mão de uma paixão por causa do medo? 
   — Olha quem fala! — rebate Yasmin. 
   — Não estamos mais falando de mim. O assunto agora é você e o Victor.
   — Não existe mais eu e o Victor! Nós não vamos mais ficar. Acabou! — ela diz com firmeza. — We are never ever getting back together.
   — Ai, acho que você está agindo errado. 
   — Digo o mesmo!
Elas ficam em silêncio por um tempo. Nesse momento ouvem barulho de conversas e risos. Entre as vozes, ouvem a de Lua e Arthur.
   — Eles chegaram! — diz Yasmin, ficando nervosa.
   — Eu nunca vi você agindo tão estranha assim por causa de um menino. Isso só pode ser um sinal. — Isabela sorri.
Yasmin levanta e diz:
   — Um sinal de que esse menino é um idiota! Agora vamos lá pra sala.
   — Vamos!
As duas levantam e vão para a porta. Isabela abre no exato momento em que Vinícius e Felipe estão passando pelo corredor, de volta para a sala. Eles param e olham para elas. Todos ficam tensos e em silêncio.
   — Achamos que a Lua e o Arthur chegaram — diz Isabela, olhando para o irmão.
   — É, nós também, por isso estamos indo para a sala — responde Vinícius.
   — Então vamos todos! — Yasmin passa por Isabela, cruza um braço em torno do braço de Vinícius e o puxa pelo corredor, deixando Isabela e Felipe para trás. 
Uns quatro passos na frente de Isabela e Felipe, Vinícius diz:
   — Pelo visto você já sabe, né?
   — Você também — responde Yasmin.
   — É, ele acabou de me contar.
   — O que você acha?
   — Que eles devem ficar e você?
Yasmin sorri e Vinícius adivinha a resposta dela antes que ela diga:
   — Também.
Felipe e Isabela caminham logo atrás pelo longo corredor até a sala. Um silêncio mortal transita junto com eles, até que Felipe interrompe os passos de Isabela, parando na frente dela.
   — O que é? — ela pergunta erguendo os olhos para o rosto dele.
   — Não aguento ficar nesse clima com você — admite Felipe. — Acho que você tem medo de que a nossa amizade fique estranha se a gente ficar, mas isso que está acontecendo agora é o que? 
Isabela não diz nada, pensando e concordando interiormente com o que ele disse.
   — Isa — ele coloca alguns dedos no queixo dela — você é minha melhor amiga. Eu aceito você não querer que a gente fique, mas conversa comigo pelo menos. Você é muito importante para eu te deixar ir, assim, sem mais nem menos.
Isabela olha nos olhos dele, sentindo uma forte ligação entre eles.
   — Felipe — ela sussurra. Eles ficam em silêncio, apenas olhando um nos olhos do outro.
Felipe solta o queixo de Isabela e ri.
   — O que foi? — Isabela não compreende a atitude dele.
   — Você falando o meu nome desse jeito — ele sorri — é muito difícil controlar a vontade de te agarrar, aqui mesmo. — O sorriso dele desaparece. — Mas eu sei que se fizer isso, você não vai gostar.
   — É, não vou mesmo! Não gosto de beijo roubado. 
   — No entanto foi isso que você fez comigo lá na praia, tentou me roubar um beijo. 
   — Eu estava bêbada! — diz Isabela. — Nunca faria isso de novo sóbria.
Isabela se arrepende do que disse ao ver um músculo da mandíbula de Felipe se contrair. Ele diz asperamente:
   — Ok, não vou discutir isso. Vamos lá pra sala logo.
Felipe volta a andar, deixando Isabela para trás. Ela fecha os olhos com força.
   — Droga! — diz baixinho e volta a andar também.

A família Aguiar está na sala com Chay, Mel, Sophia, Micael, Yasmin e Vinícius quando Felipe e Isabela se juntam à eles. Sobre a mesa de centro estão empilhadas sete embalagens de pizza. 
   — A gente já ia chamar vocês pra almoçarem quando a Yasmin e Vinícius apareceram dizendo que todos já estavam vindo — diz Mel sorrindo.
Felipe continua completamente sério e Isabela dá um leve sorriso. No mesmo instante, Mel percebe que algo não está devidamente certo entre eles. 
   — Vamos sentar? — pergunta Sophia para atenuar o clima, pois também notou algo entre o filho e Isabela.
Todos sentam, se espalhando pela sala. Chay, Micael e Arthur servem as pizzas a mando das mulheres, que riem no sofá e entregam para os adolescentes. Marina e Vinícius estão sentados no sofá ao lado de Yasmin e Victor. Assim que viu Marina, Vinícius sentou no lado dela, obrigando Yasmin sentar-se ao lado de Victor, pois foi a única vaga que sobrou. Felipe e Isabela se acomodam no chão, sobre o tapete, encostados no sofá dos amigos e irmãos. Eles começam a comer e Marina e Vinícius conversam baixinho, mesmo assim Yasmin e Victor conseguem ouvir.
   — Amanhã é o seu níver! — Marina sorri.
   — O meu presente eu ganhei faz um tempinho — diz Vinícius em um tom enigmático.
   — Que presente?
   — Você. — Ele sorri e beija Marina. Ao seu lado, Victor revira os olhos e diz baixinho:
   — Acho que vou vomitar de tanta melação.
   — Procure outro banheiro, porque o do corredor vai ser usado por mim. É uma pena regurgitar uma pizza tão deliciosa. — diz Yasmin.
Eles riem e então percebem que falaram um com o outro. Yasmin fica séria e ele olha para ela.
   — É tão bom ouvir você falar comigo — diz Victor.
   — Isso é tão meloso quanto o que o Vinícius falou. — Yasmin adota um tom de voz mais grave para esconder o sorriso que ameaça surgir em seus lábios.
   — Por você vale a pena fazer papel de idiota apaixonado.
   — Ai, Victor, para com isso! — pede Yasmin voltando a encarar sua pizza.
   — Ok, se você não acredita a culpa não é minha. — Ele dá de ombros e volta a comer.
Lado a lado no chão, Isabela e Felipe comem em silêncio. A culpa toma conta do corpo dela e a melancolia do corpo dele.
   — Desculpa se eu disse alguma coisa errada. — Isabela sussurra só para Felipe ouvir.
Victor e Yasmin ficam atentos ao verem que os dois conversam, mas não conseguem ouvir nada.
   — Tá — responde Felipe seco. 
Isabela suspira.
   — Felipe, para de agir assim. Você me machuca.
Felipe ri sem o menor humor. 
   — E você acha que VOCÊ não me machuca? 
Isabela não diz nada mas continua olhando para ele. Yasmin e Victor estão quase debruçados para ouvir a conversa, até que ela encosta no sofá novamente, resmungando:
   — Quando a gente quer ouvir, não consegue.
   — Para de abelhudar a vida dos outros, garota. — Victor também se endireita.
   — Olha quem fala — rebate Yasmin.
Isabela recura a voz e diz:
   — Desculpa se eu te machuco.
   — Desculpas não são suficientes para mim.
   — O que você quer que eu faça?
   — Acho que você sabe a resposta — responde Felipe ainda sério.
Isabela volta a olhar para o seu prato, sabendo muito bem a resposta: ficar com ele.

Depois de jantarem, todos conversaram mais um pouco e foram dormir. Por enquanto cada adolescente pôde dormir em um quarto, mas foram informados pelos adultos que quando os convidados chegarem, terão que se dividir em apenas dois cômodos. 
Na manhã seguinte, todos acordam logo cedo para receberem os convidados. A mesa de café da manhã está repleta de alimentos e aos poucos todos chegam, ainda sonolentos. Vinícius e Felipe são os únicos que ainda não apareceram. Em seu quarto, Vinícius conversa com o reflexo no espelho.
   — É o meu aniversário, o dia inteiro tem festa, a noite tem baladinha... Hoje o dia promete! — ele sorri, balança os cachos e sai do quarto. 
No quarto ao lado, Felipe pensa alto enquanto veste uma camisa e uma bermuda jeans.
   — Hoje a fazenda vai se encher de gente, inclusive de várias meninas. — Ele sorri. — É, Isabela, se você não quer, com certeza tem quem queira.

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