Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 48: Vinícius ajuda Marina a superar o seu trauma


Imagine ChaMel - Filhos

Ainda na sala, Yasmin e Victor param de se beijar dando selinhos. Ela acaricia o rosto de Victor enquanto sente as mãos firmes dele em sua cintura.
   — Acho melhor a gente se afastar — ela diz. — Não quero que ninguém saiba do nosso namoro escondido. 
   — Você não acha melhor nós deixarmos esse plano para lá? — pergunta Victor. — Já estou cansado dele. 
Yasmin solta uma gargalhada. 
   — A gente começou a fingir hoje de manhã, Victor.
   — Eu sei, mas essa manhã passou muito devagar — argumenta ele. 
   — Não, nós ainda vamos continua namorando as escondidas — Yasmin determina. 
Victor revira os olhos, mudando o peso para a outra perna. 
   — Fazer o quê? — ele diz emburrado. 
Yasmin sorri e dá um selinho nele.
   — Desfaz esse bico. 
   — Eu não estou bicudo. 
   — Victor, essa é a única condição que eu exijo, se não está bom pra você a gente pode terminar — diz Yasmin começando a ficar irritada. 
Victor aperta ainda mais a cintura de Yasmin, a puxando mais para si.
   — Eu não quero isso — ele diz. 
   — Então para com essa frescura — ela pede. 
   — Frescura? — repete Victor. — Então é frescura pra você a minha vontade de querer passar mais tempo com você? É frescura eu achar ridículo a gente se encontrar só as escondidas? — Victor solta Yasmin e vira as costas para ela, soltando um suspiro de frustração. Ela fica quieta por alguns segundos, em seguida diz:
   — Não vamos brigar de novo, por favor!
Yasmin diminui a distância entre eles e passa as mãos pela cintura de Victor, o abraçando por trás. 
   — Vamos aproveitar esses dias aqui. Hoje é só o segundo e nós já brigamos duas vezes. 
Victor suspira novamente e se vira de frente para ela. 
   — Ok! 
   — Não gosto quando você fica assim comigo — confessa Yasmin.
   — Assim como? — pergunta Victor em um tom de voz grave. 
   — Frio. 
Ele pega segura o rosto dela em suas mãos. 
   — Desculpa — ele pede. — É que eu não consigo ser um príncipe. Nunca vou ser um Vinícius da vida. 
Yasmin dá um leve sorriso.
   — Eu não quero que você seja um Vinícius da vida, só quero que você seja o Victor. Só que as vezes você é muito grosso, principalmente comigo. 
   — Eu sou assim, mas se te incomoda tanto vou tentar mudar. 
Yasmin sorri. 
   — Obrigada. 
Victor abraça Yasmin e eles se beijam. 

Isabela olha apavorada para Felipe, que fica impassível. Mel diz do lado de fora:
     — Filha, deixa eu entrar rapidão. Tô muito apertada!
Isabela busca o olhar de Felipe e ele aponta para o papel higiênico. Ela franze a testa sem entender. 
   — Acabou — Felipe sussurra. 
Isabela entende o que ele quer dizer e fala para Mel:
   — O papel higiênico acabou, a senhora pode pegar mais? 
   — Ai, filha, vou fazer xixi primeiro. Espera aí!
Mel sai correndo para o seu quarto. Isabela solta um suspiro de alívio. 
   — Ufa!
   — Acho melhor eu ir antes que ela volte com o papel higiênico. 
   — É, vou ter que ficar aqui esperando para ela não desconfiar de nada. 
   — Tudo bem — diz Felipe. — Te espero lá na piscina. 
   — Vê se não fica dando moral pra nenhuma piriguete, ok?
Felipe sorri.
   — Pode deixar. 
Ele dá um selinho nela, destranca a porta e sai. Isabela pula da pia e se olha no espelho, se recompondo. 
   — Ai! Ai! 

Felipe caminha pelo corredor e vai para a sala. Ele entra no cômodo e enxerga Yasmin sozinha na sala, parada no centro. 
   — O que você está fazendo aí?
Yasmin pensa na resposta, mas não tem tempo de dizer, pois Victor entra na sala, dizendo:
   — Voltei com as bebidas — ele vê Felipe a tempo para não dizer "amor". 
   — Vocês estavam sozinhos aqui? — pergunta Felipe começando a ficar desconfiado. 
   — Sim, qual é o problema? — rebate Yasmin fingindo inocência. 
   — Nenhum — Felipe dá de ombros. — Só acho melhor nós sairmos antes que a Mel volte e veja a gente molhando a sala dela. 
   — Como assim antes que a Mel volte? — pergunta Yasmin. 
   — Ela foi para o quarto dela fazer xixi, por pouco não pega eu e a Isabela nos beijando no banheiro — responde Felipe rindo. 
   — Você quer dizer que  a Mel passou por aqui? — Yasmin fica com uma expressão de espanto. 
Felipe franze a testa, não entendendo o motivo da pergunta dela. 
   — Que eu saiba não tem outra passagem para os quartos. 
   — Como a gente não viu? — ela pergunta pra si mesma em voz alta. 
   — Talvez foi quando a gente tava... — Yasmin lança um olhar na direção de Victor e ele percebe o fora que ia dar em tempo de consertar sua frase — mexendo no celular. 
   — É pode ser — concorda Yasmin.
Felipe inclina a cabeça para o lado, dizendo:
   — Vocês estão muito estranhos.
Yasmin força uma risada.
   — Estranhos? — ela caminha até Victor. — Não viaja, Felipe. 
Yasmin pega o copo com refrigerante e sai da sala, deixando os dois sozinhos. Felipe vai até Victor.
   — Vai, me conta. Vocês ficaram, né? 
   — Eu e a Yasmin?
   — Não, você e a Isabela — diz Felipe com sarcasmo. 
   — É óbvio que eu não fiquei com a Isabela — responde Victor. 
   — Você bebeu, Victor? — pergunta Felipe. — É óbvio que você não ficou com a Isabela. Eu tava falando de você e da minha irmã.
   — Eu e a Yasmin?
Felipe revira os olhos com a lerdeza de Victor.
   — É claro! Eu não tenho outra irmã. 
   — É óbvio que a gente não ficou. Agora nós somos só amigos, esqueceu? — ele começa a caminhar até a porta. — Não sei porquê vocês continuam insistindo em nós dois como um casal. Eu, hein!
Victor sai resmungando. 
   — Eles não estão normais — diz Felipe. 

Vinícius pega na mão de Marina, mas ela puxa com rispidez. 
   — Quem te contou? — ela repete a pergunta. 
   — Alguém — responde Vinícius vagamente. 
   — Foi o meu pai ou a minha mãe? — ela levanta. — Ou melhor, foi o Victor, não foi? Ele é muito boca aberta — ela diz para si mesma. 
   — Senta aqui, Marina — pede Vinícius tranquilamente. 
Marina eleva a voz, aproveitando que ninguém vai ouvi-los. 
   EU NÃO QUERO SENTAR! NÃO QUERO NADAR! — ela respira fundo, tentando recuperar a calma. — Quero saber quem te contou do meu... problema. 
   — O que interessa quem me contou? — Vinícius também levanta, ainda calmo. — O que importa é que eu estou disposto a te ajudar a superar esse trauma. 
   — Eu sei que não consigo. 
   — Você já tentou? 
   — Têm coisas que nós não precisamos tentar pra saber que não vai dar certo. 
   — Mas o seu trauma não é uma delas — rebate Vinícius. 
A calma com que ele fala começa a deixar Marina ainda mais nervosa. 
   — Quem te contou? — ela insiste falando pausadamente.
   — Eu não vou falar. 
   — É sobre o meu problema que nós estamos falando! — grita Marina. — Eu tenho que saber. 
   — Pode ficar brava, mas eu não vou contar. Desculpa! 
Marina vira de costas para Vinícius e começa a chorar. 
   — Eu fico em pânico só pensar em entrar na água. 
Vinícius se aproxima dela e coloca as mãos em seus ombros, tentando tranquilizá-la. 
   — Não custa nada tentar. 
Ela vira de frente para ele, o rosto encharcado por lágrimas. 
   — Eu tenho medo de me afogar de novo. Medo!
   — Você já tentou? 
   — Uma vez — Marina funga — o Brian tentou me ajudar, porque ele se culpa por isso, só que eu não consegui colocar um pé dentro da piscina. Ele viu como eu ficava mal e desistiu. 
   — Só que eu não sou o Brian. Eu não vou desistir assim tão fácil.  
Marina abaixa a cabeça e continua a chorar. Vinícius diz:
   — Eu não vou deixar esse medo ser maior do que você, Marina. Entra na água pelo menos. 
Marina vira a cabeça lentamente na direção da lagoa formada pela cachoeira. 
   — Eu não vou conseguir — ela diz voltando a encarar o chão. 
   — Você só vai saber tentando. 
Vinícius pega em uma mão de Marina. Embora o seu medo a faça ficar sufocada, o contato com a pele de Vinícius tranquiliza Marina e ela se deixa ser levada até a beirada da lagoa. 
   — Eu vou entrar primeiro e se você se sentir confortável entra também, ok? 
Marina não diz nada e ele prefere acreditar que o silêncio é um "sim". Vinícius tira o tênis e a camisa, senta na ponta da pedra e mergulha na lagoa. A água bate na altura dos ombros dele e ele se vira para ver Marina. 
   — Viu? Eu estou bem. A água está natural, uma delícia. Não quer sentir? 
Marina continua imóvel e em silêncio. Com toda paciência, Vinícius caminha até a pedra e apoia os seus braços na beirada. 
   — Senta aqui! Só coloca as pernas dentro da água, só pra você sentir o frescor. 
Marina pensa por um momento e finalmente caminha até a beirada, se sentando no local indicado por Vinícius. Ela puxa o longo vestido para cima, desdobra as pernas e as mergulha na água, sentindo o frescor dito por Vinícius. Ele se posiciona na frente dos joelhos dela.
   — Quer entrar? Você fica na minha frente e eu te seguro o tempo que quiser. 
   — Eu tenho medo, Vini — ela diz. 
   — Você falando assim até se parece com a minha irmã. — Vinicius ri. 
   — Credo! — Marina fala em seu tom de voz habitual. — Não é por nada, não, mas a Isabela é uma mosca morta. 
Vinícius ri.
   — É uma questão de ponto de vista. Eu acho a Isabela incrível. 
   — Você é meio suspeito para falar — Marina ri, ficando mais relaxada. 
   — Então, vem aqui comigo? — ele pergunta sorrindo carinhosamente. 
   — E se o meu vestido atrapalhar? 
   — Você pode tirar se quiser — Vinicius dá um sorriso malicioso. 
Marina ri e levanta. 
   — Ok! — Ela abaixa as alças do vestido, que desliza pelo seu corpo e cai em seus pés. 
Vinicius fica contemplando o corpo de Marina de queixo caído. Ela dá um leve sorriso e caminha até a beirada da pedra, vestida com apenas sua lingerie preta que se contrasta com sua pele pálida. A calcinha é estilo americana, sendo um pouco mais larga, mas mesmo assim Vinícius fica encantado. 
   — Não me larga, por favor! — ela pede, voltando a ficar com medo. 
   — Ah, eu não vou te soltar, pode ter certeza. 
Mesmo morrendo de medo, Marina sorri, se senta na beira da rocha e respira fundo. Vinícius volta a ficar sério, pensando em somente ajudar Marina, e coloca as mãos na cintura dela. 
   — Vem!
Marina fecha os olhos e se impulsiona para dentro do riacho. As mãos de Vinícius ficam mais firmes em sua cintura conforme ela vai entrando na água. Sentindo o corpo de Vinícius próximo ao seu, Marina abre os olhos e olha para os lados. 
   — Eu estou dentro d'água. 
Vinícius sorri. 
   — Você conseguiu, deu o primeiro passo. 
   — Se eu não estivesse com tanto medo, pediria para você me beijar em forma incentivo. 
   — Eu posso fazer isso. 
Marina recua, sentindo a rocha encostar na pele de suas costas. As mãos de Vinícius continuam em sua cintura, como o prometido. 
   — Não! Não quero que você perca o foco e me solte, vai que eu escorrego, afundo e me afogo. — A voz dela fica esganiçada pelo medo. 
   — Isso não vai acontecer. Fica calma! — Vinícius tenta tranquilizá-la novamente. 
   — Eu quero sair daqui — diz Marina voltando a ficar apavorada. 
Vinícius diminui o espaço entre eles, ficando bem próximo a Marina.
   — Você já rompeu a primeira barreira, vai desistir agora? 
   — Eu estou com medo — ela volta a chorar. Vendo as lágrimas escorrendo pelo rosto de Marina, Vinícius fica tentado a atender a vontade dela. 
   — Você sabe nadar? — ele pergunta, afastando a ideia de sua cabeça. 
   — Mais ou menos — ela diz. — Mas não quero testar! — logo completa. 
   — Não, se você não quiser, não precisa. 
   — Eu não quero.
   — Tá. Quer tentar fazer uma coisa? — propõem Vinícius. 
   — Que coisa? — pergunta Marina. 
   — Você acha que fica bem se eu te soltar? 
Marina firma os pés no fundo do riacho e confirma com a cabeça. 
   — Ok! — diz Vinícius. — Me observe. 
Ele solta Marina e dá um passo para trás, depois mergulha. Vinícius só fica submerso, não nada nem se move. 
   — Quer tentar? — ele diz voltando a superfície. 
   — Será que eu consigo? — pergunta Marina cogitando a ideia. 
   — Só depende de você. 
Marina tira a tiara de flores e a joga para perto do vestido. 
   — Vou tentar — ela diz determinada. 
   — Pode fazer com tranquilidade. Vou ficar de olho para que nada dê errado. 
Marina dá um leve sorriso, achando fofa a atitude de Vinícius. Em seguida, ela volta a ficar séria, respira fundo, prendendo o ar e agacha. Ela sente a água no seu rosto e em seu cabelo, refrescando cada centímetro de pele. Começando a ficar sem ar, ela retorna a superfície contra a sua vontade. 
   — E aí? — pergunta Vinícius ansioso. 
   — A sensação é maravilhosa.
Vinicius sorri. 
   — Isso é um ótimo sinal. 
   — É. 
   — Quer tentar nadar? 
Marina volta a ficar tensa.
   — Não, nem pensar. 
   — Ok! Agora eu quero que você sinta uma coisa. 
   — Que coisa? — pergunta Marina curiosa. 
   — Confia em mim, né? 
   — Sem dúvida nenhuma — responde Marina com firmeza. 
   — Me dê a mão! 
Marina segura na mão de Vinícius. Ele a pega no colo e começa a caminhar para o meio do riacho, onde um raio do Sol ilumina a água. 
   — O que você vai fazer, Vinícius?
   — Aproveite. 
Os dois ficam sob a claridade do Sol e Vinícius diz:
   — Estica a perna. 
   — Pra quê?
   — Faz parte do que eu quero que você sinta. Nada vai te acontecer. 
Relutante, Marina faz o que Vinícius pede e estica as pernas. Ele mantêm o corpo de Marina na superfície, segurando por baixo d'água seus ombros e joelhos. 
   — Agora feche os olhos. 
   — Olha o que você está aprontando. 
Vinícius sorri e dá um selinho nela. 
   — Fecha logo esse olhos lindos, Marina. 
Marina ri e fecha os olhos. 
   — Agora abra os braços. 
Sem dizer mais nada, Marina abre os braços. Vinícius começa a girá-la em círculo sob a luz do Sol, encantado com a beleza dela iluminada pela luz natural. Marina dá um leve sorriso, sentindo a parte frontal do seu corpo se aquecer devido ao Sol e a parte posterior se resfriar por causa do contato com a água. Ela abre os olhos e vira a cabeça para olhar para Vinícius. 
   — Isso é incrível!
   — Você é incrível! 
   — Obrigada por me ajudar. De verdade. 
Vinícius volta a colocar Marina de pé no riacho e ela o abraça. 
   — Amo você! — ela sussurra no ouvido dele. 
   — Eu também amo você! — Vinícius dá um beijo na lateral do rosto dela. 
   — Não estaria aqui dentro sem você. 
   — Eu só quis te ver bem. 
   — Você me faz bem. 
Marina passa a mão molhada no rosto de Vinícius e ele fecha os olhos. Ela aproxima ainda mais o rosto do dele e fecha os olhos, encostando os seus lábios nos dele. O casal se beija apaixonadamente. 

As horas passam. Novamente, as meninas se arrumam para a festa em um quarto e os meninos em outro. Isabela se maquia em frente ao espelho...
enquanto Yasmin termina de vestir a sua roupa...
Marina sai do banheiro já vestida...
e caminha até a sua cama para pegar a sua maletinha de maquiagem. Ela senta no colchão, começa a se maquiar ali mesmo. As outras duas estranham a atitude dela e trocam um olhar. 
   — Vai se maquiar aqui com a gente, Marina? — pergunta Isabela.
   — Vou, algum problema? — ela pergunta sem a intenção de soar grosseira. 
   — Não — responde Isabela. — É que ontem você foi se maquiar no quarto dos meninos, a gente pensou que fosse fazer o mesmo hoje. 
   — Não, vou terminar de me arrumar por aqui mesmo. Estou tão feliz que nem a presença da Yasmin vai me incomodar. 
Yasmin ergue os olhos do seu sapato para encarar Marina.
   — Na boa, eu tô quieta, se você quiser parar de tocar no meu nome, eu agradeço. 
Marina ri e dá de ombros. 
   — Quer dividir o motivo da felicidade? — pergunta Isabela tentando socializar com Marina. 
   — Não faz o meu tipo ficar fofoquinha, mas vai ser bom dividir com alguém. — Ela sorri ao lembrar do que ocorreu. — Hoje de manhã o Vini me levou a uma cachoeira. 
   — Oh, que fofo! — diz Yasmin em tom de ironia. 
Marina ignora o comentário dela e continua se maquiando. Isabela sorri. 
   — Que legal!
   — Foi perfeito — continua Marina. — O seu irmão é incrível. 
"O seu também" pensa Yasmin. 
   — É mesmo.  O Vinícius é um verdadeiro príncipe. 
   — Sim — concorda Marina. 
   — Pena que ele foi se apaixonar logo por você — diz Yasmin. 
   — Cala a boca, Yasmin! — Marina fuzila Yasmin com o olhar. 
   — Ai que medo! — ironiza Yasmin. Isabela só observa as duas através do espelho. 
Marina balança a cabeça e continua fazendo sua maquiagem. 
   — Você e o Felipe estão namorando? — pergunta Marina depois de alguns minutos. 
   — Mais ou menos — responde Isabela. — A gente ainda não oficializou. 
   — É, igual a gente, eu e o Vinícius. 
Yasmin pensa: "Eu e o seu irmão já estamos. Chupa!"
   — Só você que está encalhada, né loura falsificada? — provoca Marina. 
Yasmin levanta da cama. 
   — Primeiro, eu não estou encalhada. Segundo, eu sou loura naturalmente. 
   — E terceiro, é mentirosa — Marina começa a rir. 
Yasmin respira fundo, se lembrando que prometeu para Victor que iria se controlar. 
   — Não vou cair no seu joguinho!
   — Está com medo de apanhar? — pergunta Marina dando um sorriso superior. 
   — Não são os meus braços que estão arranhados — rebate Yasmin.
Marina coloca a maletinha de lado e levanta da cama. Isabela corre e se coloca entre as duas. Ela é menor que Marina e Yasmin, mas diz com firmeza:
   — Eu não vou deixar vocês brigarem! A gente está se arrumando para a noite do Felipe e vocês não vão estragar tudo. 
Yasmin encara Marina e diz:
   — Não vou fazer nada pelo meu irmão — "e pelo seu" completa em pensamento e se afasta, indo até o espelho. Marina não diz nada e volta a se sentar na cama. Isabela respira fundo e continua terminando de se arrumar. 

No quarto ao lado do das meninas, Victor, Felipe e Vinícius conversam. 
   — Quer dizer que você e a Marina se pegaram na cachoeira? — pergunta Victor. 
   — Sim — confirma Vinícius. 
   — E ela entrou na água? — pergunta o louro.
   — Sim — repete Vinícius.
   — Por que ela não entraria? — questiona Felipe.
Victor e Vinícius se olham e o último diz:
   — Por nada. 
Felipe percebe que eles estão escondendo algo, mas como não é curioso não insiste em saber. 
   — Pelo o que eu vi a Isabela não ficou muito brava com você por causa das meninas, né Felipe? — pergunta Victor. 
   — A gente conversou e ela me entendeu — explica Felipe. — Foi impressão minha ou a Yasmin ficou com raiva? 
   — Impressão — desconversa Victor. — Por que ela ficaria com raiva? 
   — Ciúmes de você — responde Felipe. 
   — Do que vocês estão falando? — pergunta Vinícius.
   — De nada — diz Felipe, o excluindo da mesma forma que foi feito com ele. 
   — A Yasmin não tem porquê ficar com ciúmes de mim — diz Victor. 
   — Pra mim tem — contraria Felipe.
   — Pra mim também — concorda Vinícius.
   — Nóia da cabeça de vocês — fala Victor.
   — Ok, se você não gosta dela nem ela gosta de você, por que você não fica com uma garota na frente dela na festa pra provar pra nós dois que vocês não têm mais nada? — propõem Felipe com um sorriso travesso nos lábios. 
   — Boa! — apoia Vinícius. 
   — Eu não tenho que provar nada pra vocês — rebate Victor. 
   — Ih, aí tem! — Felipe começa a rir. — Está escondendo o jogo pra gente, né Victor? 
   — Não estou escondendo nada — mente o garoto. 
   — Então fica com a Luciana na frente da Yasmin — insiste Felipe, escolhendo uma garota. — Qual seria o problema? Você ficou com tantas ontem na festa do Vinícius.
   — Se você não aceitar — diz Vinícius —, só fará a gente ter certeza de que você a Yasmin ainda estão ficando.
   — E aí, o que você diz? — pergunta Felipe. 
Victor tem noção de que se não aceitar a proposta de Felipe vai ficar na cara que ele e a Yasmin ainda estão juntos, mas se aceitar e ficar com Luciana irá quebrar a sua promessa de fidelidade à Yasmin. Ele respira fundo, sem saber o que responder.


Comentários

  1. Amei,eu quero um namorado igual ao Vinícios,ele é muito fofo,tomara que o Victor arranje um jeito de não ficar com ninguem. @FMeldosantoro2

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  2. Ai tomara que ele fale a verdade

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  3. Na festa do Lipe tem que ter muito belipeeeee #amoforte

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  4. Quero um Vinícius pra mim!!! O Victor e a Yas tem que assumirrrrr

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  5. manda eles se f*der...kkkkkkkkk!!!!!!
    AMEI!!
    #ESPERANDO :3

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