Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 47: Vinicius leva Marina a cachoeira

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Jaqueline e Luciana começam a conversar com os dois, que respondem apenas "É", "Aham", "Legal", entre outras pequenas palavras. Em alguns momentos, Victor analisa o corpo de Luciana, descendo o olhar para as pernas torneadas da garota. Felipe também se deixa levar pelo instinto, olhando para os seios de Jaqueline. 

Nem Maria Luíza nem Graziele entendem a atitude de Yasmin. Thiago se afastou das meninas e conversa com uma garota do 1º ano. Isabela continua em estado de choque e não consegue formar um pensamento com lógica. 
   — Ficou com ciúmes, Yas? — pergunta Malu se divertindo com a expressão das duas. 
Mesmo estando furiosa por dentro, Yasmin consegue lançar um sorriso tranquilo para Malu. 
   — Se você está querendo dizer que eu tô com ciúmes do Victor, está completamente enganada. 
   — Então porquê dessa reação? — Malu não se deixa convencer. 
   — Eu tomei as dores da Isa, lógico. O que o Felipe está pensando? Que vai ficar com a minha melhor amiga e depois descartá-la? — ela interpreta muito bem o papel de amiga revoltada/protetora. 
   — Hum, sei — Maria Luíza continua com um pé atrás. 
Ao fingir estar preocupada com Isabela, Yasmin realmente pensou na amiga, deixando o ciúmes de lado. Ela pega em um braço de Isabela, a puxando de volta para a realidade. 
   — Isa?
   — Eu não acredito que ele está dando mole para aquelas garotas — diz Isabela adotando um tom de voz mais grave. 
O jeito com que Isabela fala faz Yasmin, Maria Luíza e Graziele ficarem surpresas. As três esperavam que ela ficasse triste e cabisbaixa como sempre fazia com Jonas, mas para a surpresa delas, Isabela parece renovada. 
   — Se ele acha que vai ficar de azaração com aquelas piriguetes está muito enganado — continua Isabela. — Hoje ele se declarou para mim e agora está lá com elas como se eu nem existisse? Eu deveria ir lá e acabar com essa palhaçada, mas ele é dono do próprio nariz. Se é isso que ele quer — ela dá de ombros. — Que não venha me procurar depois. 
Isabela ameaça sair da piscina, mas Yasmin continua segurando firme em seu braço. Sua vontade é de ir até Victor e Felipe e fazer um barraco, por isso precisa de Isabela, pois não pode ir sozinha até lá sem estragar o plano. 
   — Não! — ela diz. — Você precisa ir lá — tenta usar o poder da persuasão para convencer Isabela.
   — Eu, não — diz Isabela. — Não faço o tipo que faz barraco por causa de garoto. 
Se Yasmin soubesse que Isabela tem ideia de seus pensamentos pensaria que aquela frase foi uma indireta. Mas como sabe que é impossível a garota ler sua mente, continua tentando persuadi-lá. 
   — Eu sei, mas você vai deixar ele fazer isso na frente de toda a galera do colégio? Todo mundo viu vocês dois de chamego no café da manhã, agora você vai parecer só mais uma na listinha dele. 
   — Que de listinha não tem nada, é uma listona — ri Malu.
   — Não provoca, Malu! — diz Graziele.
Isabela pensa por poucos segundos e diz:
   — Você tem razão!
Yasmin sorri radiante. 
   — É, vou lá com você pra te ajudar. 
   — Não precisa. — Isabela começa a caminhar pela água até a beira da piscina.
   — Ah, mas eu faço questão! — Yasmin começa a segui-lá. 
As duas saem da piscina e vão pingando em direção a mesa de frutas, onde Victor e Felipe estão. 

Com os pés no sofá e sentindo o pano da camisa de Vinícius em contato com a pele de seu rosto, Marina solta um suspiro. Vinícius aperta os seus braços em torno dela e diz:
   — O que foi? 
Ela demora um pouco para responder, mas diz:
   — Eu não acho justo. 
   — Não acha o que justo? — pergunta Vinícius. 
Marina sai do abraço de Vinícius e levanta. 
   — Não acho justo o que estou fazendo com você.
Ele fica sem entender e se endireita no sofá.
   — Como assim, Marina?
   — Você deveria estar lá fora agora, na piscina, se divertindo com os seus amigos e com a sua família. Ao invés disso está enfornado aqui dentro comigo. 
Vinícius coloca as mãos no rosto e suspira. 
   — Eu te entendo. 
Marina começa a caminhar pela sala.
   — Não, você não me entende. — Ela se encosta na estante ao lado do sofá que Vinícius está sentado. 
   — Você não sabe o que eu sei, quer dizer, você sabe, mas não sabe que eu sei. 
Marina franze a testa.
   — Do que você tá falando? 
Vinícius levanta do sofá e vai até ela.
   — Topa ir à um lugar comigo? 
   — Que lugar? Primeiro me diz do que você tava falando.  
   — Você confia em mim?
Marina responde automaticamente:
   — Claro. 
   — Então vem comigo.
Vinícius pega na mão de Marina e a puxa para a porta. Em vez de ir para a área da piscina, eles caminham em direção a mata. 
   — Pra onde você está me levando? — pergunta Marina olhando para trás, vendo o casarão cada vez mais longe. 
   — Pra um lugar especial — responde Vinícius vagamente. 

Batendo três palmas lentas e sarcásticas, Yasmin se aproxima das meninas que conversam com Victor e Felipe.
   — Que lindo vocês dando em cima dos meninos — ela diz ignorando os olhos arregalados dos dois. 
Luciana e Jaqueline se olham e depois encaram Yasmin.
   — A gente só tava conversando — defende Jaqueline. 
   — Posso imaginar aonde vocês queriam chegar com essa conversa — diz Isabela asperamente. 
Tanto Felipe quanto Victor ficam surpresos com a atitude dela. 
   — O que você ainda tá fazendo aqui? — Yasmin eleva a voz para Luciana. — Rala, sua mandada.
   — Aproveita e leva a sua amiguinha junto — completa Isabela.
   — Eu, hein! — Luciana resmunga ao se afastar. 
   — Duas loucas — diz Jaqueline.
   — Você ainda não me viu louca, querida — esbraveja Yasmin. 
Quando Jaqueline e Luciana estão distantes, Yasmin e Isabela encaram Victor e Felipe. 
   — Eu esperava mais de você — dispara Isabela para Felipe e se afasta na direção oposta a seguida por Jaqueline e Luciana. 
   — Peraí, Isabela! — pede Felipe. — Não aconteceu nada demais. — Ele corre para alcançá-la. 
Yasmin fuzila Victor com o olhar.
   — Muito bonito, Victor! — ela ironiza. — Lembra do que você disse pra mim hoje de manhã? 
   — Eu te disse tantas coisas.
Yasmin se controla para não explodir ali na frente de todos. Depois de respirar fundo, ela diz:
   — Vamos lá para dentro, nós precisamos conversar. — Dito isso, ela começa a caminhar para o casarão. Victor suspira e abaixa a cabeça.
   — Eu só faço merda — ele sussurra e vai atrás dela.

Na piscina, Graziele e Maria Luíza viram tudo. 
   — Vish, sinto o cheiro de treta — diz Graziele.
   — Eu sinto cheiro de cloro — ri Malu. — Eles que se virem com os problemas deles, vou nadar que eu ganho mais. 
   — Você viu o Thiago? — pergunta Graziele rapidamente, antes que Maria Luíza mergulhe.
   — Serve aquele ali? — ela aponta para Thiago que beija uma garota na beira da piscina e some sob a água. Graziele fica alguns segundos o vendo beijar a garota, depois dá de ombros e também mergulha. 

Na corredor do casarão, Isabela para e espera Felipe chegar atrás dela. Segundos depois, ele surge. 
   — Isabela, me ouve! — ele pede apressadamente. 
   — Você tava dando mole para aquelas duas! 
   — Não, não estava. Juro! 
   — Eu tenho cara de idiota? — pergunta Isabela com raiva. 
Felipe começa a ficar desesperado com medo de que Isabela não acredite nele.
   — Não. — Ele começa a explicar. — Foi assim, elas chegaram e começam a conversar com a gente, nós só respondemos. 
   — Quando uma delas te beijasse, você iria responder também? — ela esbraveja.
Felipe passa a mão na testa.
   — Ai, Isa, acredita em mim, por favor.
   — Eu quero acreditar, mas está difícil. Quando eu olhei pra você, seus olhos estavam no peito da Jaqueline. No peito! 
Felipe não diz nada, sabendo que é verdade.Isabela continua:
   — Aquelas duas galinhas, no colégio pagam de santa e na primeira oportunidade que tem se jogam pra cima de vocês. O Victor dar moral para o papo delas até vai, porque ele está solteiro. Agora você, Felipe? 
Felipe segura nos braços de Isabela, olhando profundamente nos seus olhos.
   — Confia em mim! Eu quero só você. Sei que sempre fui um galinha, mas agora eu não quero ficar com mais ninguém além de você. 
   — Então por que você tava olhando para os peitos dela? 
   — Ai, Isa! Como eu vou te explicar isso? Eu sou menino, é natural. 
   — Natural? — O sangue dela volta a ferver. 
   — Eu ter olhado, não significa que eu estava desejando. Entende? Eu só tenho desejo por uma garota e agora estou conversando com ela. 
Isabela fica sem palavras, mas não se deixa vencer por completo. Felipe aproveita que ela abaixou as barreiras e a abraça.
   — E aí, o que você me diz? — ele pergunta.
   — Não quero sofrer tudo aquilo de novo — ela faz referência ao término com Jonas. 
   — Eu juro que eu não vou fazer você sofrer. 
Isabela respira fundo.
   — Tudo bem, vamos deixar isso pra lá.
Felipe dá um enorme sorriso e inclina a cabeça para beijar Isabela. Depois do longo beijo, ele sorri olhando para o chão.
   — Nós estamos molhando todo o corredor. 
   — É verdade — Isabela ri.
   — Acho melhor nós irmos para um lugar mais adequado. 
Felipe segura a cintura de Isabela e abre a porta mais próxima dos dois. 
   — O banheiro? — Isabela ri. 
   — Já ouviu falar que o que importa é a companhia não o lugar? — Felipe sorri.
Isabela o abraça.
   — Você tem razão.
Eles começam a se beijar com intensidade. As mãos habilidosas de Felipe percorrem as costas de Isabela. Sem interromper o beijo, ele senta Isabela no longo tampo da pia. Ela cruza as pernas em torno do quadril dele, o puxando para si. O casal continua se beijando. 
   — Eu te amo! — diz Felipe entre os beijos.
   — Eu também te amo — corresponde Isabela.
Os dois voltam a se beijar. As línguas se entrelaçando no mesmo ritmo, as pernas de Isabela apertando cada vez mais o quadril de Felipe e as mãos dele acariciando a coxa dela. Isabela desce o rosto para o pescoço de Felipe e começa a beijar a região. Ele leva uma mão ao cabelo dela, segurando com firmeza. Isabela continua beijando o pescoço dele enquanto uma de suas mãos acaricia a barriga definida. Felipe ergue o rosto dela e volta a beijá-la com profundidade. 

Poucos metros dali, na sala, Yasmin e Victor voltam a discutir.
   — Eu não consigo acreditar que você tava de papinho com aquelas v*dias! — grita Yasmin. 
   — A gente só tava conversando, Yasmin. Para de ciúmes! 
   — VOCÊ TAVA COMENDO A GAROTA COM O OLHAR! 
   — Olhar não tira pedaço. 
Yasmin balança a cabeça.
   — Hoje de manhã a gente voltou, você falou que iria se controlar. Eu vi como você se controlou! 
   — Eu falei que não ia te trair e fiz isso. 
   — Trair não significa só beijar na boca. Vai dizer que você não pensou em pegar a Luciana? 
   — Pensei — confessa Victor. 
Yasmin abaixa a cabeça, sentido a garganta se apertar em um choro seco.
   — Foi o que eu pensei — ela sussurra. 
   — Eu pensei em pegar aquela garota, mas no momento em que pensei nisso lembrei de você. Lembrei do seu toque, do seu cheiro, do seu beijo. Não consegui pensar em mais nada. 
   — Você acha que eu vou acreditar nisso?
   — Não sei, só estou sendo sincero. Ontem, na festa do Vinícius, a gente ficou. Hoje de manhã, nós decidimos namorar escondido, fugimos de carro, brigamos, você me deu um soco, nós voltamos, eu te defendi, nós nos reconciliamos e agora estamos aqui, brigando novamente. Tudo isso em uma única manhã. 
   — Tudo culpa sua! 
   — Concordo. A culpa é minha mesmo por ter me apaixonado por você. 
Yasmin volta a abaixar a cabeça e não diz nada. Victor se aproxima dela e ergue o seu queixo.
   — Eu já disse que acho que te amo. Dá pra acreditar que eu só quero ficar com você? 
   — É difícil. 
   — Você acha que eu não penso que você vai me trair também? Você é linda, simpática e rodada. 
   — RODADA?
   — A verdade seja dita, amor — Victor sorri.
Yasmin morde o lábio, controlando a raiva. 
   — Deixa isso pra lá — ela diz.
   — Minha maluca!
Yasmin acaba sorrindo.
   — Meu cafajeste. 
Victor aproxima o rosto do de Yasmin.
   — Todo seu. 
Eles sorriem e se beijam. Victor aperta o corpo de Yasmin contra o dele, beijando os lábios macios dela. Mel entra na sala, vê os dois se beijando e passa de fininho para o corredor. 
   — Ai que vontade de fazer xixi! 
Ela pensa em caminhar até o seu quarto, mas o banheiro principal é mais perto e ela gira a maçaneta, mas a porta não abre. Dentro do pequeno cômodo, Isabela e Felipe se olham assustados.
   — Quem tá aí? — pergunta Mel.
   — Mãe? — o pânico toma conta de Isabela.

De mãos dadas, Marina e Vinícius chegam a uma cachoeira. Marina arregala os olhos ao ver a água caindo e se acumulando no centro. 
   — Gostou? — ele pergunta. 
   — Sim — mente ela. 
   — Vem aqui! — ele tenta puxar Marina, mas ela não sai do lugar.
   — Eu não quero mergulhar! — ela quase grita. 
   — Nós não vamos mergulhar. Vem comigo! — diz Vinícius tranquilamente. 
Mesmo com medo, Marina confia em Vinícius e deixa ele levá-la até uma grande rocha. Os dois sentam e ficam olhando a água logo abaixo. 
   — Eu te trouxe aqui, porque quero te ajudar — diz Vinícius. 
   — Me ajudar? — Marina não entende. 
   — Eu sei do sei trauma de água, Mari. 
   — COMO É QUE É? QUEM TE CONTOU?

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