Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 44: Yasmin e Marina saem no tapa


Imagine ChaMel - Filhos

Chay tira os olhos das mãos unidas de Felipe e Isabela para olhar para o rosto da filha.
   — Que notícia? — ele pergunta.
   — Nós estamos juntos! — informa Felipe sorrindo.
   — Juntos? — repete Chay ficando em estado de choque.
   — Juntos em que sentido? — pergunta Mel.
Isabela estranha a pergunta da mãe e responde:
   — Juntos no sentido adolescentes que se gostam. 
   — Vocês se gostam como amigos, não é? — Chay continua tendo esperanças de que os dois jovens são apenas amigos. 
   — Nós somos amigos e sempre seremos — explica Felipe. — Só que agora nós somos mais que amigos, entendeu?
Chay se apoia na mesa com a mão no peito.
   — Está tudo bem, amor? — Mel se aproxima dele preocupada.
Isabela e Felipe se olham, assustados com a reação dos pais dela. 
   — Mais que amigos? — ofega Chay.
   — É, pai! O que a gente quer dizer é que nós ficamos. Eu e o Felipe nos beijamos hoje!
Chay desaba na cadeira mais próxima. 
   — Isso não pode estar acontecendo!
   — Qual é o problema, Chay? — pergunta Felipe sem entender.
   — Vocês dois, nós nunca poderíamos imaginar, vocês dois, ai meu Deus! — Chay se atrapalha. 
Isabela olha para Mel buscando alguma explicação.
   — Ele só está surpreso — Mel diz para o casal de adolescentes. 
   — Eu não entendo a sua surpresa, Chay — diz Felipe. — Eu e a Isa sempre fomos muito próximos um do outro.
   — Sim, mas como amigos! — rebate Chay.
   — Mas agora nós somos mais que amigos, pai. A gente se gosta e queremos ficar juntos — diz Isabela.
Chay respira fundo e levanta.
   — Você não vai fazer a minha filha sofrer, né Felipe? — ele aponta um dedo para o garoto.
Felipe arregala os olhos, espantado com o tom ameaçador na voz de Chay. 
   — Não, claro que não — responde.
   — Por que se você for igual ao Jonas...
   — Eu jamais serei como o Jonas — interrompe Felipe, se sentindo ofendido com a comparação. 
   — Acho bom! Acho muito bom. 
   — Isso quer dizer que vocês aprovam o nosso relacionamento? — pergunta Isabela.
   — Vocês estão namorando? — Mel pergunta.
   — Ainda não — responde Felipe. — Mas é só uma questão de tempo para isso acontecer.
Isabela sorri com a resposta dele.
   — Sendo assim a gente... — Mel tenta autorizar, mas Chay a interrompe.
   — Enquanto vocês não namoram oficialmente não vão ficar se pegando com outros como a Yasmin e o Victor fazem, né?
Felipe e Isabela riem.
   — Não, Chay! — responde Felipe com tranquilidade. — Eu quero ficar só com a Isabela.
Chay coloca a mão no peito novamente.
   — Ai meu Deus! Dói ouvir isso. Você é meu afilhado, é como o meu terceiro filho, Felipe. Ouvir você dizendo que quer ficar somente com a minha filha é muito estranho para mim. 
Mel ri e coloca as mãos nos ombros de Chay.
   — Relaxa, amor! O importante é que eles se gostam.
Isabela sorri para a mãe. 
   — Quero só ver onde isso vai dar — diz Chay. 
   — Isso quer dizer que? — insiste Isabela.
   — Que vocês podem... se pegar — responde Chay.
Felipe e Isabela riem com o termo que ele usa. 
   — Obrigada, gente. — Isabela puxa Felipe para a sala. 

Yasmin e Victor conversam no sofá. Ela está com as pernas no colo dele e ele apoia os pés na mesinha de centro. Isabela e Felipe chegam rindo no cômodo e os dois olham para eles. Felipe para ao ver a irmão com Victor.
   — Vocês dois juntos? — ele pergunta em um tom de surpresa na voz.
   — A gente decidiu ser só amigos — responde Yasmin.
Isabela e Felipe caminham até um sofá ao lado do qual Yasmin e Victor estão e se sentam. 
   — Enquanto vocês decidem ser só amigos nós dois decidimos ser mais do que isso — diz Isabela.
Yasmin se endireita no sofá, colocando os pés no chão.
   — Peraí! Isso quer dizer que vocês finalmente se acertaram? — ela pergunta com um sorriso nos lábios.
   — Sim — responde o seu irmão. — Nós estamos juntos.
Yasmin e Victor se olham e riem. 
   — Isso é ótimo! — diz Victor. — Os três casais juntos!
Os outros três olham para ele com espanto. 
   — Vocês não acabaram de dizer que eram só amigos? — pergunta Isabela com desconfiança. 
   — É — responde Victor. — Força do hábito.
Yasmin revira os olhos discretamente, com raiva por Victor ter se atrapalhado e quase entregado os dois. 
   — É um idiota mesmo! — suspira. 
   — Ei, também não precisa exagerar — rebate Victor. 
   — Ai, Deus! Não precisa começar o barraco, gente — pede Isabela, sorrindo.
   — Eu tenho cara de quem faz barraco? — pergunta Yasmim em um tom de ofensa. 
   — Não, imagina — diz Felipe com ironia. — Só tem cara daqueles participantes do Casos de Família.
Isabela, Felipe e Victor começam a rir. Yasmin revira os olhos e cruza os braços.
   — Seus idiotas!
   — Já repararam que é só essa a ofensa que ela usa? — Victor ri.
Isabela e Felipe continuam rindo no outro sofá. 
   — Não, posso muito bem dizer que você é um imbecil, um retardado, um ridículo, um filho da p*ta... 
   — Tá bom, já pode calar a boca! — rebate Victor. 
   — Não calo, a boca é minha. 
   — Para de falar merda, Yasmin!
   — Eu não tô falando merda. 
Isabela e Felipe só observam os dois.
   — Ih, lá vai! — sussurra Felipe. 
   — Aposto que tá — diz Victor.
   — Ai, Victor, cansei! Cala a boca.
   — Como você mesmo disse, não calo já que a boca é minha. 
   — A boca é sua mesmo, mas o ouvido é meu e eu não quero ouvir mais as besteiras que você fala. 
Os dois discutem um de frente para o outro sentados no sofá.
   — Não posso fazer nada se você não gosta do que eu falo — diz Victor
   — Pode, sim, cala a boca!
   — Se você quer tanto que eu cale a boca, porque não me ajuda a fazer isso — desafia Victor com um sorriso nos lábios. 
   — Eu não vou cair no seu joguinho! — diz Yasmin, pensando em Isabela e Felipe no outro sofá. 
   — Tem medo de não resistir, eu sei!
Yasmin sacode a cabeça e levanta do sofá.
   — Vai se f*der!
Ela caminha em passos apressados para o corredor. Felipe e Isabela olham para Victor, que também levanta.
   — Vou lá continuar enchendo o saco dela — ele diz.
   — Cuidado, hein! Depois ela taca alguma coisa em você.
   — E eu taco — ele engole a palavra "beijo" — de volta. 
Victor sorri e vai para o corredor. Isabela sacode a cabeça, rindo.
   — Esses dois são uma comédia.
   — E você é um encanto — diz Felipe.
Ela sorri e coloca uma mão na perna dele.
   — Nem acredito que os meus pais aceitaram.
   — Por um momento eu pensei que o Chay não fosse aceitar.
   — Eu também — confessa Isabela.
Eles sorriem.
   — O que importa é que agora nós estamos juntos — diz Felipe.
   — Sim! Juntos. 
Felipe coloca uma mão na nuca de Isabela e a beija. 

Victor entra no corredor e vê Yasmin apoiada na parede a alguns passos dele. Ela sorri ao olhar para ele.
   — Se você quer tanto que eu cale a boca, porque não me ajuda a fazer isso — ela repete as palavras ditas por ele. — Por pouco eu te agarro ali mesmo.
   — Eu pensei que você não fosse se controlar — diz Victor caminhando até ela.
   — Eu sou mais forte do que você imagina.
Victor sorri e coloca as mãos na cintura dela.
   — É forte o suficiente para não me beijar aqui, agora que estamos sozinhos? — ele diz sorrindo. 
   — Aí já é pedir demais! — Yasmin passa um braço em torno do ombros de Victor, o aproximando ainda mais dela e o beija. Victor aperta a cintura dela, aprofundando o beijo. 

Marina respira antes de abrir os olhos e sente o perfume de Vinícius. Ela sorri e dá um beijo no peito próximo ao pescoço dele. 
   — Acho melhor a gente acordar — ela aconselha. — Imagine se alguém me vê aqui com você? Vão achar o quê? 
Vinícius sorri ao responder.
   — Vão achar que nós chegamos ao paraíso. 
   — Chegamos ao paraíso? — Marina gargalha. 
   — Transar com você significa isso para mim.
Marina sorri e dá um beijo no queixo de Vinícius. 
   — Como a vida é irônica, né? — ela ri.
   — Como assim? 
   — Eu, capitã das líderes de torcida, namorada do garoto mais lindo e popular do colégio e rica. Achava que a minha vida não podia melhorar, aí tudo virou do avesso. Vim morar no Brasil contra a minha vontade e conheci um garoto que é um verdadeiro príncipe. Eu, que nunca acreditei em contos de fadas, estou vivendo um ao seu lado. 
   — Eu não sou um príncipe! 
   — Eu não tenho dúvidas de que você é sim.
Vinícius sorri.
   — Então encontrei a minha princesa.
Marina sorri e dá um selinho nele.

Sem para de beijar Yasmin, Victor caminha em direção ao seu quarto. Yasmin interrompe o beijo, percebendo para onde eles estão indo.
   — Não! A Marina ainda está dormindo no quarto.
   — Ela dorme feito uma pedra, relaxa! — argumenta Victor.
   — E se ela acordar? Eu não quero que justamente a sua irmã descubra o nosso plano.
   — Ela não vai acordar, ok? Confia em mim!
Victor beija novamente Yasmin e ela acaba cedendo. Ele abre a porta do quarto e interrompe o beijo para olhar para a cama em que Marina deveria estar dormindo.
   — Olha que maravilha! Ela não está aqui.
Yasmin ainda não se sente convencida.
   — Ela pode estar no banheiro. A gente não a viu saindo do quarto. 
Victor vai até o banheiro e abre a porta, encontrando o cômodo vazio.
   — Viu? Não tem ninguém. Relaxa, amor. 
Yasmin ergue as sobrancelhas. 
   — Você me chamou do quê?
Victor está tão surpreso quanto ela.
   — Amor. Nossa, saiu. 
   — Se arrependeu de ter dito? — ela pergunta.
   — Eu nunca me arrependo de nada que eu faço. Ainda mais coisas que a envolve. 
Yasmin sorri e abraça Victor.
   — Lindo!
   — Seu lindo!
   — Eu não estou te reconhecendo — Yasmin ri.
   — Nem eu! 
   — Estou adorando esse Victor que estou conhecendo. 
   — Não fala mais nada. 
Victor a beija novamente. Yasmin vai dando passos para trás até que senta na cama. Victor a deita e fica por cima dela. Os dois continuam se beijando apaixonadamente e Yasmin acaricia as costas dele.

Isabela levanta do sofá. 
   — Vou me trocar. Daqui a pouco os outros convidados acordam e eu ainda estou de pijama e cardigã. 
Felipe sorri carinhosamente.
   — Você fica linda de qualquer jeito, sem pijama e cardigã, sem nada. 
   — Felipe!? 
   — Foi mal! Pensei alto. 
   — É isso que você pensa sobre mim? — ela pergunta controlando uma risada. 
   — Às vezes, sim. — Isabela arregala os olhos e ele completa: — Eu sou menino, ué. Estranho seria se eu NÃO pensasse. 
   — Você é um tarado, sabia? 
   — Não exagera, Isa. 
Isabela sorri e inclina para beijá-lo novamente. 
   — Agora vou me vestir porque daqui a pouco começa o Felipe Day. 
   — Felipe Day? — ele pergunta aos risos. 
   — Hoje nós estamos comemorando o seu aniversário, lembra? Ao contrário da festa do Vini, a sua começa desde cedo. 
   — Tinha me esquecido que todos os convidados já estão aqui. 
   — Pois é. Por isso eu tenho que me trocar. Imagine aquelas meninas da escola me vendo assim? — ela ri. — Deus me livre!
Felipe ri também. 
   — Vou ficar te esperando aqui!
   — Ok, daqui a pouco eu estou de volta. 
Isabela vai para o corredor e caminha para o quarto que está dividindo com Yasmin e Vinícius. 

Marina levanta do colchão e vai até o espelho. 
   — Nossa, eu tô horrível! 
   — Discordo — diz Vinícius do chão. 
Marina manda um beijo para ele. 
   — Vou voltar para o meu quarto antes que alguém me veja aqui com você.
A porta do quarto se abre e Isabela entra.
   — Tarde demais! — diz Vinícius com tranquilidade. 
Os olhos de Isabela percorrem o quarto, indo do irmão para Marina. 
   — O que estava acontecendo aqui? — ela pergunta fechando a porta devagar. 
   — Não é nada disso que você está pensando — diz Marina. 
Vinícius ri no travesseiro e Isabela ergue as sobrancelhas, questionando em silêncio. 
   — Sério que você vai dizer isso? — ela pergunta. 
   — Não, de verdade, nós não estávamos fazendo nada demais. 
Isabela dá de ombros e caminha até o armário embutido. 
   — Sinceramente, não me interessa o que vocês estavam ou não fazendo. O meu dia está ótimo e eu não vou perder o meu tempo pensando em vocês. 
Ela pega algumas peças de roupa no armário e vai para o banheiro. Marina olha para Vinícius.
   — Ela não vai abrir a boca para ninguém, né? 
   — Não, é só falar pra ela não contar nada. 
   — Acho bom, porque os meus pais não iam gostar nada de saber que eu estava no seu quarto. 
   — Marina, posso perguntar uma coisa? — Vinícius se senta no colchão.
   — O quê? 
   — Você é virgem?
   — Vinícius! Isso não é uma coisa que se pergunte. 
   — Curiosidade — ele dá de ombros.
   — Não. Eu e o Brian já fizemos amor. 
   — Tá, não precisa entrar em detalhes — Vinícius se apressa ao dizer. 
Marina sorri e caminha até o colchão.
   — Você não gosta de ouvir falar sobre o meu relacionamento com o Brian?
   — Nem um pouco!
Marina acaricia a bochecha dele.
   — Fofo!
Vinícius sorri e dá um selinho nela. No banheiro, Isabela se veste:



   — Prontinho! Agora é só aproveitar o dia ao lado do meu lindo. 
Ela sorri e sai do banheiro. Marina e Vinícius olham para ela. 
   — Isa, não conta pra ninguém que você viu a Marina aqui, tá? — pede Vinícius.
   — Ok! — Isabela guarda o seu pijama. — Só acho melhor vocês tomarem mais cuidado, porque se fosse a Yasmin que tivesse visto ela contaria. 
   — É, sei como é aquela...
   — Agradeceria se você não falasse mal da minha amiga na minha frente — interrompe Isabela.
   — Foi mal! — diz Marina.
Isabela continua se arrumando e Marina e Vinícius conversam baixinho. 

No quarto ao lado, Yasmin empurra Victor. 
   — Não, Victor! — Ela levanta da cama. — Nós já conversamos sobre isso. 
Victor senta na cama, dizendo:
   — Foi mal, é que eu pensei que você poderia ter mudado de ideia. 
   — Eu não vou mudar de ideia, é bom você saber e respeitar isso se não o nosso namoro nem vai começar. 
Victor levanta rapidamente e pega nas mãos dela.
   — Ei, calma! 
   — O que eu quero dizer, Victor, é que se você quiser mesmo ficar comigo vai ter que esperar o meu tempo e ser fiel a mim. 
   — Eu estou disposto a aceitar isso. Prefiro esperar o seu tempo e ficar com você, do que sair transando com qualquer uma. 
Yasmin sorri e o abraça. 
   — Obrigada por me entender. 
Victor dá um beijo na bochecha dela e a solta.
   — Eu estava pensando em fazer algo, topa? 
   — Depende, o que é? 
   — Não sai daqui! — Ele caminha até a porta.
   — Victor? — diz Yasmin, mas ele já saiu do quarto. Ela senta na cama.
   — O que ele tá aprontando? 
Dois minutos depois a porta se abre novamente. 
   — Foi rápido, hein? — diz Yasmin sem olhar para a porta. Marina franze a testa ao dizer:
   — Hã?
Yasmin olha para ela.
   — Ah, é você. 
   — O que você tá fazendo aqui? 
   — Não te interessa. 
   — O quarto é meu, caso você não se lembre. 
   — O quarto não é seu, meu bem — rebate Yasmin rispidamente. 
   — Aposto que você não está atrás do seu irmão, o que me faz pensar que o motivo da sua indesejável presença aqui seja o Victor.
   — É sim, algum problema?
   — Pensei que vocês estivessem brigados! Já voltaram a se pegar, é?
   — Agora nós somos só amigos.
   — Conta outra, garota. 
Yasmin dá de ombros.
   — Se não quer acreditar, f*da-se!
Marina revira os olhos, procurando algumas peças no armário.
   — Não sei o que o meu irmão viu em você. 
   — Pergunta pra ele que ele te responde. 
   — Uma piriguete idiota, o Victor me decepcionou. 
Yasmin levanta da cama rapidamente, tomada pelo ódio.
   — Repete o que você me chamou!
   — Você ouviu bem — diz Marina com algumas roupas nos braços. 
   — Não é mulher o suficiente para repetir? — desafia Yasmin se aproximando dela.
Marina não se deixa intimidar e olha para ela, repetindo suas próprias palavras.
   — Você é uma piriguete idiota. 
   — Vou te mostrar quem é a piriguete idiota — ameaça Yasmin.
   — Ui, que medo — ironiza Marina. 
Yasmin puxa as roupas dos braços de Marina e as joga no chão. Marina fica indignada. 
   — Pega as minhas roupas. AGORA!
   — Tsc tsc! Quero as suas mãos livres quando eu quebrar a sua cara. 
   — Isso se eu não arrancar esses seus fios descoloridos antes. 
   — Eu sou loura natural! — rebate Yasmin enfurecida. 
   — Está explicado porque é burra. 
   — Se eu sou burra a sua mãe e o seu irmão também são, esqueceu que eles também são louros? 
   — Azar o deles! 
   — Azar é o seu de nós duas estarmos sozinhas aqui.
   — Acho que é sorte, pois eu estou louca para te bater — diz Marina. 
   — Nos seus sonhos você pode conseguir isso, na realidade, jamais!
   — Veremos agora! — Marina dá um tapa no rosto de Yasmin. 
A loura devolve o tapa e puxa o cabelo de Marina. 
   — Só sabe puxar o cabelo, é? — diz Marina se soltando. 
   — Vou te mostrar o que eu sei. — Yasmin empurra Marina, que cai sobre uma cama, e senta sobre o quadril dela. Marina consegue inverter a posição e fica sobre Yasmin, dando tapas nela e recebendo vários arranhões no braço. Victor entra no quarto e se espanta com a cena que encontra. 
   — Yasmin? Marina?
As duas continuam brigando e Yasmin grita:
   — Nem tente se meter, Victor!
Marina concorda com ela.
   — Isso é um assunto entre nós. 
   — Eu adoraria ver vocês duas se matarem, mas não tô a fim de perder uma namorada e uma irmã. 
Victor se aproxima da cama e tira Marina de cima de Yasmin. A loura se levanta e tenta agarrar Marina novamente, mas Victor se posiciona entre as duas. 
   — Parem! 
   — Sai da frente, Victor! — Marina avança na direção dele. 
Victor fica de costas para Yasmin e segura os braços de Marina.
   — Para, Marina! — ele pede. 
   — Solta ela, eu quero uma briga de igual para igual — diz Yasmin atrás dele. Victor vira a cabeça para olhar para ela.
   — Yas, por favor! 
   — Ela me chamou de piriguete idiota! 
Victor olha para Marina.
   — Sério?
   — Não é mais que a verdade — diz Marina.
   — Eu deveria deixar ela te bater — Victor dá um leve sorriso.
   — Ela já me chamou de americana do Paraguay, que eu sei!
   — É, você deveria bater nela então.
   — Victor? — esbraveja Yasmin atrás dele. — Você tá de que lado?
   — Ela é minha irmã e você é... minha amiga. — Ele se lembra do plano a tempo. 
   — Eu ouvi você chamando essa aí de namorada enquanto a gente brigava — diz Marina. 
   — No calor do momento saiu, força do hábito — se defende Victor.
   — Acho bom, não quero você com ela. 
Yasmin revira os olhos e se controla para não jogar na cara de Marina que ela e Victor continuam juntos. 
   — Cansei! — diz Yasmin. — Já percebi que hoje não vou conseguir te quebrar. — Ela caminha até a porta. — Mas isso ainda não acabou!
Yasmin sai e bate a porta com força. Victor solta Marina.
   — Vocês duas são terríveis! — ele diz e também sai do cômodo. 
Marina revira os olhos e pega as suas roupas no chão.
   — Aquela v*dia ainda me paga! — ela caminha até o banheiro. 

Yasmin se recompõem no corredor. Victor vai até ela e segura o seu rosto entre as mãos.
   — Você tá bem? — ele pergunta.
   — Tirando o ódio que eu tô sentindo, acho que sim. 
Victor a observa.
   — O seu rosto está todo vermelho e os seus braços também.
   — Culpa da sua irmãzinha — diz Yasmin de mau-humor. 
   — Não quero ver você brigando com ela novamente, viu?
   — Ela me provocou, Victor!
   — Eu sei, mas mesmo assim, é só não cair nas provocações dela. É chato para mim ficar entre vocês duas. Se coloca na minha situação? Imagina se eu e o Felipe começasse a brigar? 
   — Seria horrível — admite Yasmin.
   — Então, é assim que é para mim. 
Ela respira fundo e diz:
   — Ok, prometo que vou me controlar. 
   — É assim que se diz. 
   — Agora me diz o que você foi fazer. 
Victor a solta e pega um molho de chaves no bolso.
   — Fui pegar isso.
   — Para que você quer essas chaves? — ela pergunta.
   — Não quero todas, a que me interessa é essa aqui — ele separa uma chave de carro.
   — Victor, você não tá querendo me dizer que...
   — Eu vou dar uma volta com o carro do meu pai — ele completa por ela.
Yasmin arregala os olhos.
   — Você não pode fazer isso! Por acaso você sabe dirigir?
   — Sei, eu tinha um carro em New York, só que meus pais me tiraram por mau comportamento. 
   — E agora você decidiu roubar as chaves do carro do seu pai?
   — Roubar é uma palavra muito forte para se usar. Digamos que eu peguei emprestado enquanto ele dormia. 
   — Eu não vou te deixar fazer isso! — diz Yasmin.
   — Qual é, Yas? Eu não vou capotar o carro. O máximo que eu posso fazer é dar de cara em alguma árvore — ele ri, mas ao ver a cara dela fica sério. — Foi uma brincadeira, tá?
   — Eu acho que eles vão te matar quando descobrirem. 
   — Você está me decepcionando, hein? Cadê aquela Yasmin louca pela qual eu me apaixonei?
   — Eu não vou fazer uma coisa que pode me matar e te matar também. 
   — Nós não vamos morrer. Confia em mim! Vai ser divertido. Olha, nós temos algumas horas antes do pessoal se reunir para começar o dia de festa. Vem comigo, Yas! — ele pede com uma cara irresistível. 
Yasmin olha para e sorri, dizendo:
   — Ok, eu vou! Mas se alguma coisa acontecer...
   — Eu não vou deixar nada acontecer com você.
Yasmin sorri e Victor passa um braço em torno dos ombros dela, guardando as chaves no bolso. Os dois começam a caminhar para o final do corredor. 
   — Se eles brigarem com a gente? — diz Yasmin.
   — Eu sei que você não se importa de receber umas broncas dos seus pais — fala Victor com razão.
   — Não me importo, mas se eles cancelarem as festas?
Victor ri.
   — Eles não vão fazer isso, já gastaram tufos de dinheiro com as festas. Além do que o nosso deslize não vai ser tão grande assim.
   — Você roubou as chaves do carro do seu pai!
   — Yasmin, para de pensar um pouco! Nós vamos nos divertir e é isso que importa. 
Ele dá um selinho nela. Sentindo a confiança que Victor emana, Yasmin acaba ficando mais relaxada. Eles passam por Felipe, que adormeceu no sofá e saem em direção ao estacionamento dos carros. Victor cancela o alarme e eles entram. Antes de ligar o motor do carro, ele olha para Yasmin.
   — Quer mesmo me acompanhar?
   — Não vou deixar você se divertir sozinho — ela sorri. 
   — É assim que se fala. 
Victor liga o motor e sai da vaga. Ele acelera em direção a estrada e o coração de  Yasmin faz o mesmo.
   — Você sabe mesmo dirigir? — ela pergunta afivelando o cinto de segurança. 
   — Claro! 
Victor entra na estrada em alta velocidade. 
   — Vamos curtir, amor! — ele diz mudando a marcha e pisando no acelerador.   


Comentários

  1. Muito lindoo...continua...perfeito os 3 casais juntos <<3

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  2. Ual que legal será que vai acontecer alguma coisa com eles no carro se bem que tava precisando mesmo de uma aventura mais eu queria que acontecece algo comm a isa tipo ela ser sequestrada e o felipe salvar ela ou algo do tipo seria bem legal mais seu imagine é ótimo adoro não consigo parar de ler virou vício

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  3. "Vcs podem se pegar" ri alto nessa parte kkkkkkk BeLipe, BeLipe, BeLipe uhuuuuu own, o Lipe dormindo no sofá, a Isa vai ter que acordar ele *---*

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  4. Amei,achei que o Chay ia ter um treco quando a Isa e o Lipe falaram que se gostavam,tomara que não aconteça nada com o Victor e a Yasmim

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  5. Mais!! BeLipe ta muito vidaaaaaaa

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