Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 37: Isabela exige saber de Felipe o que aconteceu durante madrugada


Imagine ChaMel - Filhos

Thiago está conversando com os seus amigos quando Felipe se aproxima com Isabela.
   — Thiago! — chama Felipe. 
Thiago olha para ele, murmura alguma coisa para os amigos e vai até Felipe. 
   — O que foi?
   — Eu e a Isa vamos embora. 
   — Já? Vamos ficar mais um pouco, Felipe? — tenta convencer Thiago.
   — Não, daqui a pouco tá amanhecendo e eu tenho que deixar a Isabela em casa.
Thiago lança um olhar para Isabela e vê a garota apoiada no ombro de Felipe com os olhos fechados. 
   — Ela tá bem? — pergunta voltando a olhar para Felipe.
   — Ela tá bêbada, né! — diz Felipe de má vontade. 
   — Ok, vamos embora então. 
   — Não, se você não quiser ir, pode ficar, eu procuro um táxi. 
   — Cara, vocês vieram comigo e vão voltar comigo. Vou só me despedir do pessoal — ele sorri —, não quer fazer o mesmo?
   — Só se for para quebrar a cara dele idiota ali. — Ele lança um olhar ao garoto que deu bebida para Isabela.
   — Com certeza ele quebraria a sua antes. — Thiago ri e volta para perto dos amigos. 
Felipe caminha com Isabela até o carro de Thiago. Ele apoia o corpo de Isabela no capô do carro e olha para os lados pela procura do motorista. 
   — Ai! — ela abre lentamente os olhos e se debruça sobre o capô, ficando com as costas viradas para Felipe.
   — O que foi, Isa? — Felipe se aproxima rapidamente de Isabela e tira o cabelo do rosto dela para encará-la. 
   — Estou enjoada — ela responde. 
   — Isso que dá beber tanto. 
Isabela não diz nada e geme sobre o capô. 
   — O Thiago já tá chegando, nós vamos pra casa — anuncia Felipe, virando o corpo de Isabela. Ela fita o céu.
   — A madrugada tá linda, só tá faltando a lua — ela diz com a voz enrolada. 
   — A lua já tá sumindo para que o Sol chegue, daqui a pouco o dia amanhece. 
   — Esse é um belo lugar para passar com o namorado, ver o Sol nascer — ela fica mais séria. — Eu queria que o Jonas estivesse comigo. 
Felipe se afasta rapidamente, xingando baixinho. Isabela senta sobre o capô e olha para Felipe.
   — Felipe? 
Ele se vira para ela e eleva a voz.
   — Isso é por que você queria ficar comigo há minutos atrás, né? — Felipe não consegue controlar a raiva na voz. 
   — Você não me quis! NINGUÉM ME QUER! — ela esbraveja. 
Felipe revira os olhos, ficando dividido entre a pena por Isabela e a raiva que está sentindo. Ele não diz nada e não se aproxima mais dela. Thiago caminha até os dois. 
   — E aí, povo! Vamos?
   — Graças a Deus, vamos! — Felipe vai até Isabela e a pega pelo braço. 
   — Ai, Felipe! Você tá me machucando. 
Felipe solta o braço de Isabela e passa um braço em torno da cintura dela. Os dois entram no banco de trás do carro de Thiago, este entra no banco do passageiro e o motorista entra no carro. 
   — Vamos pro condomínio! — diz Thiago. 
O motorista acelera o carro e parte para o condomínio. Isabela encosta a cabeça no ombro de Felipe e fecha os olhos, ele se controla para não passar um braço pelas costas dela. 

Victor ainda está acordado em seu quarto, deitado na cama. 
   — O que tá acontecendo comigo? — ele senta. — Eu não posso estar apaixonado, eu não nasci para me apaixonar. 
Ao pronunciar as palavras, ele se recorda de Yasmin e do sorriso dela, automaticamente, seu coração acelera. Ao sentir as reações que só o pensamento em Yasmin causa em seu corpo, Victor grunhe. 
   — Eu não posso estar apaixonado! Não posso.
Confuso, sem saber o que fazer ou falar, Felipe pega o seu celular no bolso e manda uma mensagem pra Victor: "Topa andar de skate a tarde?". 
Ainda acordado, Victor lê a mensagem e responde: "Não sei andar de skate, mas topo dar uma volta." Ele vê em Felipe uma maneira de entender os seus sentimentos, exatamente o que Felipe vê nele.
No carro, Isabela levanta a cabeça rapidamente.
   — Thiago, por que a Grazi não veio?
   — Ela não quis — explica Thiago sem dar detalhes. 
   — Por quê? Eu sei que ela e você sempre saem juntos.
Thiago dá de ombros, preferindo não contar sobre o fora que tomou de Graziele.

Assim que o dia amanhece. 
Marina acorda, se espreguiça e levanta. 
   — Bom dia, dia!
Ela vai até o banheiro e depois desce para tomar café. 
   — Olá, gente! — diz entrando na sala de jantar. 
   — Bom dia, filha! — sorri Lua.
   — Olá, meu amor! — diz Arthur.
   — Oi — diz Victor asperamente. 
Marina senta em uma cadeira ao lado de Victor.
   — Eu, hein! Dormiu mal, Victor? Ah, esqueci que você saiu ontem para a balada. 
   — Sai, mas esse não é o motivo do meu mal-humor. 
   — Então qual é o motivo? — questiona Marina.
   — Não te interessa. 
Marina ergue as sobrancelhas, surpresa. 
   — Victor, não fala assim com a sua irmã — repreende Arthur.
Victor respira fundo e olha para Marina.
   — Desculpa, irmãzinha, o motivo é pessoal e eu não quero te contar — diz Victor forçando um sorriso. 
Marina dá de ombros e pega uma fatia de pão integral.
   — Se não quer contar, não conta. 
A família continua tomando café da manhã.

Vinícius entra na sala de jantar da mansão de seus pais e os encontra sentados à mesa.
   — Bom dia!
   — Bom dia! — responde Chay e Mel em um uníssono. 
   — Cadê a Isa? — ele pergunta sentando em uma cadeira. 
   — Ainda não acordou — responde Mel.
Nenhum deles viu ou ouviu Isabela chegando durante a madrugada. 
   — Espero que hoje ela esteja melhor — torce Chay.
   — Quinze dias se passaram e ela ainda não se recuperou do término — diz Vinícius. 
Os três não falam mais nada e ficam com seus próprios pensamentos. 

As horas passam e Victor chega na praça que combinou com Felipe. Alguns minutos depois, Felipe chega andando de skate. 
   — E aí, cara! — Felipe senta ao lado de Victor em um banco.
   — Oi — responde Victor, ainda estressado pela noite. 
   — Preciso conversar com você — anuncia Felipe diretamente. 
   — Eu também, mas fala primeiro. 
Felipe pensa em como vai contar para Victor o que está sentindo por Isabela.
   — É o seguinte, eu te chamei porque confio em você e das pessoas que eu confio você é a única que eu acho que posso contar isso.
Victor fica um pouco perdido, mas não diz nada. Felipe começa:
   — Eu estou confuso pelo que sinto pela Isabela, irmã do Vinícius. Tipo, nós sempre fomos só amigos, mas ultimamente eu tenho sentido umas coisas estranhas por ela. Quis matar o Jonas quando peguei ele traindo a Isabela, dei uma surra nele, mas não foi o suficiente, sabe? O pior ainda veio depois, quando a Isabela começou a ficar mal.
Felipe respira fundo, tentando organizar os seus pensamentos.
   — De alguma forma eu sofro junto com ela, me dói vê-la sofrer, Victor. Ontem, a gente saiu de madrugada e ela bebeu todas, depois tentou ficar comigo. No início, eu a afastei, mas você sabe como é, não dá pra resistir. Eu dei uns beijos no pescoço dela, mas quando a gente ia se beijar ela falou uma coisa que desandou tudo.
   — O que ela falou? — pergunta Victor.
   — Obrigada por me ajudar a esquecer o Jonas — ele pronuncia as palavras da mesma forma que elas foram ditas por Isabela.
   — E?
   — E que eu não quero ser um objeto pra ela, cara. Pra começar eu nem queria estar gostando dela dessa maneira, mais forte — ele suspira. — A Isabela ainda gosta do Jonas e eu não quero me aproveitar da fragilidade dela. 
   — Nossa, cara, se a garota que eu tô gostando chega em mim e diz que quer ficar comigo, eu fico sem pensar duas vezes.
Felipe revira os olhos.
   — Tenta ver além disso, Victor. Olha, essa garota sempre foi sua melhor amiga, sempre esteve do seu lado e do nada você começa a gostar dela? Isso não é normal!
Victor pensa rápido e responde.
   — Você não começou a gostar dela do nada, isso não é impossível! Aos poucos vocês foram se apaixonando e bum!, aconteceu.
   — Vocês foram se apaixonando? — repete Felipe. — Você acha que a Isabela... — ele não consegue terminar a frase, sem acreditar que ela é verdadeira.
   — Se eu acho que a Isabela gosta de você? — Victor ri. — É claro que gosta, Felipe.
   — Mas você não vê como ela tá sofrendo por causa do término com o Jonas?
   — Claro que eu vejo, todo mudo tá vendo.
Felipe pisca, confuso.
   — Então eu não estou entendo aonde você quer chegar.
   — Presta atenção, nem a Isabela nem você perceberam que estão a fim um do outro. Você acha que está confundindo as coisas e ela acha que está sofrendo por causa do Jonas. Não que ela não esteja sofrendo por causa do Jonas, é que dá pra ver que não é só isso. Eu, pelo menos, vejo!
   — Ainda não estou entendendo — assume Felipe.
Victor respira fundo, tentando explicar melhor as suas palavras.
   — Ela tá sofrendo por causa do Jonas, mas no fundo, bem no fundo gosta de você também. Dá pra ver isso do jeito que ela te olha, da maneira que ela age quando você chega. Já reparou que sempre que você está no mesmo local que ela, de alguma maneira, ela fica perto de você?
   — Já, mas é normal, ela tá precisando de alguém pra dar apoio — Felipe exibe seu ponto de vista.
   — Por que tem que ser você? Ela não precisa do apoio do Vinícius, nem da melhor amiga — ele prefere não pronunciar o nome de Yasmin —, ela quer o seu apoio.
Felipe fica ainda mais dividido com o que Victor diz.
   — Você acha que ela tá gostando mesmo de mim?
   — Sem dúvidas. 
Felipe fica pensativo e então lembra do que Victor disse no começo da conversa.
   — Você também queria me dizer uma coisa, né?
Victor espira e lembra do seu problema.
   — É a sua irmã.
   — A Yasmin?
   — Você tem outra? — Victor ri, mesmo estando tenso.
   — Idiota! O que ela aprontou dessa vez?
   — Nada, quem aprontou fui eu. 
   — Dá pra ser mais direto? — pede Felipe sorrindo.
   — A gente quase transou ontem.
Felipe arregala os olhos.
   — Você quase transou com a minha irmã?
   — Dá pra esquecer que ela é a sua irmã? — pede Victor com o mesmo sorriso que Felipe deu momento antes. 
Felipe respira fundo.
   — Vai, fala!
   — Ela travou na hora, dizendo que não queria que a sua primeira vez fosse no estilo de pegação. 
   — Isso é o problema?
   — Não, cara, o problema sou eu.
   — Você não forçou a minha irmã a fazer o que ela não queria, né? — A voz de Felipe fica mais grave.
   — Claro que não, Felipe! Não viaja — Victor se sente ofendido com a pergunta, mas continua: — Eu acho que estou apaixonado pela Yasmin.
   — Isso é ruim? — pergunta Felipe.
   — Eu quero me apaixonar. Paixão é sinônimo de problema pra mim.
   — Você já é problemático, Victor! — Felipe ri.

Em seu quarto, Isabela acorda, sentindo sua cabeça latejar.
   — Ai! — ela massageia as têmporas. Depois de alguns segundos, ela levanta.
   — O que eu fiz pra ficar com essa dor enorme? — ela caminha até o banheiro. — Parece que meu cérebro vai explodir.
Ao se olhar no espelho e ver a maquiagem borrada, Isabela se recorda do início da madrugada.
   — Eu saí com o Felipe — ela esforça a memória —, nós fomos para Copacabana com o Thiago — ela fecha os olhos, forçando mais a memória —, um amigo do Thiago me deu uma garrafa de uísque e eu bebi. 
Isabela franzi a testa e abre os olhos.
   — Está explicado o porquê da dor de cabeça, é minha primeira ressaca. — Ela tenta se lembrar do aconteceu no restante da madrugada, mas não consegue.
Ao prender o cabelo para lavar o rosto, Isabela toma um susto e suas mãos correm a lateral do pescoço.
   — Ai meu Deus! — ela diz inclinando a cabeça para ver melhor. — Isso não pode ser o que eu to pensando que é. — Ao ver melhor, percebe que sua hipótese é verdade. — Ai, caramba, isso é um chupão! 
Isabela sai do banheiro, voltando para o quarto, onde começa a andar de um lado para o outro.
   — Eu bebi e recebi um chupão de alguém. Agora resta saber, de quem foi? — ela para abruptamente — Será que eu fiquei com o Thiago, ou pior, com algum dos amigos drogados dele? 
Quando pensa mais um pouco, Isabela congela de pânico.
   — Ou será que eu fui mais além? Não, não! Eu não ficaria com o Felipe, nem bêbada — ela volta a caminhar. — Nós somos amigos, eu sei que já fiquei arrepiada ao ver o corpo dele, mas isso é normal, não é? — ela se pergunta e chega a uma conclusão: — Não, não é!
Depois de dar mais alguns passos, Isabela pega o celular.
   — Só uma pessoa pode me dizer o que houve.

Victor e Felipe continuam a conversar.
   — Eu te ajudei com a Isabela, dá pra me ajudar? — Victor tenta soar sério, mas ri.
   — Tá, vai. Eu acho que sei o que você tá sentindo, também não consigo me imaginar ficando só com uma, mesma que essa uma seja a Isa.
   — Exatamente! Eu adoro a Yasmin, mas quero provar de outros sabores também. — Victor sorri.
   — Eu sei o que é isso, mas é uma escolha que a gente tem que tomar. Ou a garota que a gente gosta ou as outras. 
   — Não sei se estou pronto pra escolher ainda. Cara, eu só tenho quinze anos, não quero amarrar o meu boi a ninguém. 
   — Você não acha que a Yasmin vale a pena?
   — Ela é incrível, mas... ai, to confuso! 
Felipe se diverte com a confusão de Victor.
   — Olha, pelo o que eu conheço a Yasmin, ela também não quer namorar. Por que desse drama?
   — Porque ela só quer que eu transe com ela, isso pra mim é sinal de namoro — responde Victor. — As vezes, eu quero só ela, não consigo me imaginar com outras, mas aí passa uma gostosa na minha frente e tudo vai por água abaixo.
Felipe ri e quando vai responder, seu celular começa a tocar.
   — Peraí! — ele pega o celular no bolso e atende sem ver o visor. — Alô?
   — Felipe? — A voz de Isabela sai tremida, mas o suficiente para Felipe sentir um tremor de medo e ansiosidade. 
   — Oi, Isa. — Ele diz em um tom indiferente, sem saber se Isabela se lembra do que aconteceu.
   — Você pode vim aqui em casa? Eu... eu preciso de algumas respostas. — ela leva a mão ao pescoço. 
   — Tá, estou indo pra aí.
Eles desligam e Felipe olha para Victor, que diz:
   — Era ela, né?
   — Sim, quer que eu vá para a casa dela.
   — Será que ela se lembra? 
   — Acho que não, ela falou que precisa de respostas.
   — Olha, cara, diz a verdade — aconselha Victor.
   — É claro! — Felipe levanta. — Vou lá, depois te digo o que aconteceu.
   — Ok!
Felipe sobe em seu skate e volta a toda velocidade para o condomínio.

Isabela volta para o banheiro, lava o rosto e escova os dentes, tentando não olhar para a marca do chupão em seu pescoço. Mesmo estando com ressaca, sua aparência está um pouco menos abatida e ela se pergunta o motivo dessa pequena mudança, com medo da resposta.
Felipe toca a campainha e é Vinícius quem abre a porta.
   — Oi, Felipe!
   — Oi! Eu vim falar com a Isabela.
O rosto de Felipe está tenso.
   — Aconteceu alguma coisa? — pergunta Vinícius, vendo a expressão do amigo.
   — Não! — mente Felipe. — Só quero conversar com ela mesmo.
Vinícius abre espaço para Felipe entrar e este mal ouve o que Vinícius diz enquanto sobe as escadas rapidamente:
   — Ela tá no quarto.
Isabela está sentada em sua cama, a cada segundo mais nervosa. Ouve uma batida fraca na porta e levanta, dizendo:
   — Entra!
Felipe abre a porta e entra devagar.
   — Oi!
   — Me diz o que aconteceu ontem — exige Isabela imediatamente.
   — Você não se lembra? — pergunta Felipe baixinho.
   — Vagamente — ela se aproxima mais dele e vira o pescoço, exibindo o chupão. — Quero saber quem fez isso?
Felipe estremece ao ver a marca e torce para que nenhum dos beijos de Isabela tenha deixado o mesmo resultado em seu pescoço, já que ele não viu isso pela manhã.
   — Um chupão — É o máximo que ele consegue dizer.
Isabela se afasta um pouco e pergunta:
   — Eu fiquei com alguém ontem? 
   — Não, quase.
Isabela fica um pouco aliviada, mas ao lembrar da outra pergunta, sente os seus músculos enrijecerem. 
   — Então quem deu um chupão no meu pescoço?
Felipe engole em seco, mas fita os olhos castanhos de Isabela ao responder com sinceridade:
   — Eu.


Comentários

  1. vish,como será que a Isabela vai reagir.

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  2. O.o eitaaa! O Lipe tem que abrir todo o jogo e falar o que aconteceu e que ele gosta dela!! #apoiobelipejuntos

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  3. Nossa tá muito legal mais eu quero logo vê o felipe com a Isabela e o victor com a yasmin to muito ansiosa

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  4. Vicie Mds li todas as temporadas em 1 mês

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