Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 36: Isabela bebe e tenta beijar Felipe

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Victor fecha a porta de seu quarto com o quadril enquanto segura Yasmin em seus braços e a beija. Os dois vão aos tropeços até a cama do garoto, onde deitam sem interromper os beijos. Victor fica por cima de Yasmin e segurando as mãos dela na altura de seu rosto, começa a dar selinhos no pescoço dela e desce para o ombro. Quando retorna ao pescoço, Victor dá um chupão na lateral. Yasmin se contorce de prazer sob o peso de Victor e suspira de desejo. As mãos habilidosas dele percorrem sua cintura, se fixando na altura das costas, colando os seus corpos. Yasmin busca a boca de Victor e eles voltam a se beijar intensamente. Uma das mãos de Victor vai até o zíper na lateral do vestido dela e começa a abrir lentamente. Os pensamentos de Yasmin se focam e ela percebe o que está prestes a fazer. Como se tivesse recebido um choque das mãos de Victor, ela se afasta com rapidez, rolando para fora da cama.
   — É melhor a gente parar! — ela ofega. 
Victor respira fundo e vira a cabeça para encará-la.
   — O que foi, Yas? — ele pergunta com um desanimo na voz.
   — Eu não quero hoje. — As mãos de Yasmin fecham o zíper de seu vestido tão rápido quanto ele fora aberto. 
   — É sério? 
Yasmin confirma com a cabeça e não diz mais nada. 
   — Por que não? Eu pensei que você quisesse tanto quanto eu.
   — Eu quero. — Yasmin muda o peso de seu corpo para a outra perna, impaciente.
Victor senta na cama de frente para ela.  
   — Então qual é o problema, Yasmin? 
Ela se senta ao lado dele na cama, mas em uma distância que não se sinta tentada a beijá-lo novamente. 
   — Eu... eu... — ela gagueja, sem conseguir concluir a frase.
   — Você? — indaga Victor. 
   — Eu sou virgem, Victor — confessa Yasmin. 
Victor arregala os olhos, surpreso com a revelação de Yasmin. 
   — É sério?
Yasmin evita olhar nos olhos dele, pela primeira vez constrangida de verdade na vida. 
   — Meu Deus, Yasmin! — exclama Victor — Das meninas que eu conheço você é a última que eu pensei que fosse virgem. 
Yasmin fica incomodada com a frase dele e levanta impaciente. 
   — Mas sou, ok? Pode ser que eu não seja das mais românticas...
   — Você não é nada romântica — interrompe Victor com um meio sorriso nos lábios. 
   — Tá, não sou romântica, mas esse momento, a minha primeira vez — ela bufa, fazendo um esforço enorme para dizer as palavras em voz alta — eu quero que seja especial. 
Victor pensa por poucos segundos e sorri da maneira cafajeste que mais adora. 
   — E não pode ser especial agora? 
   — Não, né? Não depois da gente ter chegado de uma balada, não nesse clima de... pegação. 
Victor apoia as mãos na cama atrás das costas, o corpo mais relaxado. 
   — O clima é de pegação?
Yasmin revira os olhos, cada vez mais incomodada de estar conversando sobre esse assunto.
   — É — ela percebe que Victor ainda não concorda. — Vai dizer que não é assim que você trata as garotas que você fica? 
Victor pensa na resposta que vai dizer a Yasmin, sabendo que isso pode mudar o rumo do resto da noite. 

De mãos dadas, Isabela e Felipe caminham pelo calçadão da praia de Copacabana com Thiago. Em um banco mais a frente, um grupinho de pessoas um pouco mais velhas que eles conversam empolgadas. A primeira impressão que Felipe tem é que eles são arruaceiros e até dependentes de drogas. Um arrependimento invade sua cabeça, se culpando por ter trazido Isabela. Ela também visualiza o grupo e como se fosse um instinto, se aproxima mais de Felipe. Thiago é o único que fica relaxado ao ver as pessoas e sorri. 
   — Meus amigos!
Isabela e Felipe se olham e rapidamente encaram Thiago. 
   — Seus amigos? — pergunta Felipe sem entender. 
   — Sim, aquele grupinho ali na frente, estão vendo? Fui eu quem os chamei. 
   — Você conhece aqueles... — maloqueiros, conclui Isabela em pensamento.
   — Sim, são meus amigos — confirma Thiago. — Eu os chamei hoje dizendo que a gente ia se divertir aqui na praia, mas cá entre nós, foi pensando mesmo na proteção que eu os convidei. 
   — Proteção? — repete Felipe em tom de dúvida. 
   — Qual é, Felipe? Vai dizer que mesmo que você fosse o mais arruaceiro do mundo ia ter coragem de mexer com eles? 
Felipe olha para o grupo, que conforme eles andam, fica mais perto. 
   — É claro que não — diz. 
   — Então, com eles perto da gente podemos curtir a madrugada sem problemas. — O sorriso de Thiago aumenta. 
   — Mas eles não são problemas? — Felipe continua desconfiado. 
   — É só não encarar muito, a essa hora eles devem estar mais... entusiasmados. — Thiago lança um olhar cúmplice a Felipe, mas ele não pega. 
   — Eles estão bêbados? — pergunta Isabela. 
   — Um pouco mais alterados — responde Thiago. 
Isabela para automaticamente, entendendo o motivo do olhar cúmplice que Thiago mandou para Felipe. 
   — Eles estão drogados? 
   — A probabilidade é enorme — responde Thiago com tranquilidade. 
Felipe fica tenso, lembrando da vez que usou drogas com Thiago. 
   — Relaxa, gente! Nós viemos aqui para curtir, lembram? — Thiago nota a tensão nos rostos dos amigos. 
Felipe respira fundo e ouve o conselho do amigo, ficando mais relaxado. 
   — É verdade! — ele olha para Isabela — Essa é a sua noite, lembra?
Isabela dá um leve sorriso para Felipe. Os três voltam a avançar na direção do grupo. 

Victor resolve ser sincero com Yasmin mesmo sabendo que isso irá custar sua noite.
   — É — ele assume.
   — Viu? Eu não quero que a minha primeira vez seja igual a transa de mil garotas por aí. 
   — Eu não transei com mil garotas... ainda. — Ele não consegue controlar a risada. 
Yasmin revira os olhos e caminha até a porta do quarto. Victor é mais rápido e a alcança, ficando entre ela e a porta. 
   — Eu tava brincando — ele diz bem mais sério. — Eu disse que a nossa transa seria no mesmo estilo que as outras, mas o sentimento que eu tenho por você é diferente, com certeza isso iria influenciar no resultado. 
   — Viu, Victor? Escuta o que você tá dizendo. Pra você só seria uma transa. Eu não quero que seja só uma transa, tem que ser A transa. É a minha primeira vez, poxa!
Victor suspira e coloca uma mecha de cabelo dela atrás da orelha. 
   — Eu só falo besteira, eu sei, mas o que eu sinto não é nada besteira. Lembra o que eu te disse lá na balada? Eu gosto de verdade de você, Yasmin. Olha — ele sorri — eu li essa frase no face, mas é sincera. 
   — Que frase? — ela diz. 
   — Você é o meu "eu nunca senti isso por alguém". 
Yasmin fica mais séria. 
   — Você não tá me zoando? 
   — Não, eu nunca te zoaria com uma coisa séria dessa. Eu gosto realmente de você, Yasmin. Vou esperar o seu tempo, quando você tiver pronta, eu vou estar aqui. 
   — Isso quer dizer que você não vai mais ficar com ninguém? Digo, não até os finalmentes? 
   — Ai já é pedir de mais — Victor sorri soltando uma frase mais sincera do que Yasmin queria e podia ouvir. 
   — Pensar em você transando com outra é demais pra mim. Talvez você esteja certo, eu sou um pouco parecida com a Marina. — É difícil para ela se comparar a Marina. Ela continua: — Eu não quero tirar a sua liberdade, o seu direito de ficar e até transar com quem queira, mas também não quero me magoar. É melhor acabar com a nossa amizade com benefícios. 
Victor fica perplexo e não consegue dizer nenhuma palavra. 
   — É isso, acabou a nossa... relação! — Yasmin passa por Victor que permanece imóvel e sai do quarto. 
Ela arfa ao descer as escadas, atordoada. 
   — Eu pensei que seria mais fácil. 
No seu quarto, Victor se solta das palavras duras de Yasmin e corre até a porta, mas para ao perceber que não irá alcançá-la mais. Ele encosta a testa na madeira e suspira:
   — Você não me deixou dizer que eu abriria mão das outras por você. 

Uma hora depois. 
Distantes dos amigos de Thiago e dele, Isabela e Felipe estão sentados na areia da praia. Um dos amigos de Thiago deu uma garrafa de uísque para Isabela e ela, em um ato de loucura, bebeu. Felipe ficou enfurecido com o rapaz e só não partiu para cima dele porque Thiago disse que isso não era um boa ideia. Isabela ingeriu todo o conteúdo da garrafa enquanto Thiago tentava acalmar Felipe. 
Agora ela está completamente bêbada, pois não tinha comido nada além do jantar e além disso bebeu todo o uísque de uma só vez, sendo que nunca tinha ingerido álcool na vida. Felipe quer mais do que tudo ir embora, mas como está de carona com Thiago e este não pretende ir tão cedo, tem que ficar. 
Isabela cantarola com a voz enrolada enquanto Felipe fita o mar, sem prestar atenção no que ela canta.
   — É impressionante como a bebida fez efeito rápido em você — ele diz mais para si mesmo do que para Isabela, mas ela escuta e responde:
   — É ótimo! Eu não me sinto mais triste. — ela ergue os braços — Eu to feliz!
Felipe ri baixinho e olha para ela.
   — Eu vou gravar você bêbada pra te mostrar amanhã — ele nota que falta algumas horas para amanhecer — ou melhor, mais tarde. 
   — Eu to feliz, Felipe! A dor que o Jonas deixou em mim quase não dá pra sentir. 
   — Isso, pelo menos, é bom. 
   — É ótimo! — ela observa o perfil dele quando ele volta a olhar para o mar. — Sabe o que também é ótimo?
   — O quê? — Felipe volta a encará-la. 
   — O seu beijo — responde Isabela bêbada. 
Mesmo sabendo que ela está dizendo coisas sem nexo e que certamente não diria sóbria, Felipe fica surpreso. 
   — A sua boca é muito boa, eu lembro de quando a gente namorava quando eu era pequena. — Isabela sorri e olha para a boca dele. — Sua boca é macia. 
Felipe ri.
   — Você tá bêbada, Isabela! — ele estica as pernas e coloca as mãos para trás na areia. 
   — Eu não tô bêbada, só estou falando a verdade. Aquela garota que você tava ficando quando viu o Jonas me traindo teve sorte. 
Felipe não diz nada e só dá um leve sorriso, uma pequena parte de seu corpo queria que Isabela estivesse falando realmente sério. 
   — Felipe!
Ele olha para ela.
   — O que foi? — ele pergunta, pensando que ela está passando mal.
   — Posso pedir uma coisa? — ela dá um sorriso faceiro. 
   — Não, você não pode beber mais. — Felipe sorri, achando que adivinhou o pedido dela.
   — Não é isso que eu ia pedir. 
   — Então o que é? 
   — Eu prefiro fazer em vez de falar. 
Isabela se inclina rapidamente e dá um beijo no canto da boca de Felipe. Ele a afasta segurando em seus ombros. 
   — Você vai se arrepender se fizer isso. Você tá bêbada!
   — Eu só quero te beijar. Várias meninas já fizeram isso, por que eu não posso?
   — Porque essas meninas não são tão importantes para mim como você é. 
   — Se eu sou tão importante, por que você não me beija? 
   — Se você me fizer esse pedido sóbria, eu te beijo sem pensar duas vezes. — Felipe tira as mãos dos ombros de Isabela e volta a fitar o mar.
Isabela bufa e se endireita novamente ao lado dele. Felipe fica pensando no que teria acontecido se ele não tivesse a impedido e não consegue controlar um sorriso. Isabela age enquanto Felipe está perdido em seus pensamentos e senta no colo dele com rapidez.
   — Eu não desisto tão fácil! — ela diz cruzando as mãos atrás do pescoço dele.
   — Isabela, não! — Felipe tira as mãos da areia e as coloca nas pernas de Isabela para retirá-la de seu colo. Isabela começa a dar beijos no pescoço dele, sentindo o perfume amadeirado invadir o seu corpo frágil e causar arrepios. Ele também se arrepia, sentindo a boca macia de Isabela em contato com sua pele. Com as mãos nas pernas dela, Felipe desiste de afastá-la, cedendo ao desejo e começa a acariciá-la. 
   — Espero que você não fique brava comigo amanhã. — ele pede sorrindo.
Isabela olha nos olhos dele e também sorri.
   — Não vou ficar, pode ter certeza. 
O sorriso de Felipe aumenta e ele começa a beijar a clavícula de Isabela, subindo para o seu pescoço. Isabela relaxa ao sentir as mãos dele se firmarem em suas costas. Os beijos de Felipe causam um formigamento em toda a extensão da pele de Isabela e ela sorri. Com suas mãos pequenas, ela segura o cabelo dele com firmeza e ele sorri, olhando em seus olhos.
   — Obrigada por me ajudar a esquecer o Jonas. — Isabela sorri novamente e lança os seus lábios em direção aos de Felipe. Para a sua surpresa, ele a tira de seu colo rapidamente e levanta em um piscar de olhos.
   — Vamos embora! Se o Thiago não quiser ir, a gente pega um táxi.
Isabela pisca os olhos rapidamente, tentando entender a reação de Felipe, mas como o seu cérebro está bem lento por causa da bebida, não consegue.
   — O que foi que eu fiz? — ela resolve perguntar logo em vez de ficar pensando. 
Felipe se agacha para diminuir a diferença de altura entre eles.
   — Eu não quero ser um objeto para te ajudar a esquecer o Jonas. Eu sou seu amigo. 
   — Não, Felipe! Não foi isso que eu quis dizer — ela fala tentando recuperar os lábios de Felipe. 
   — Mas foi o que você disse. É até melhor que você tenha dito isso. Eu me culparia para sempre se tivesse ficado com você assim.
   — Assim como?
   — Bêbada. 
Isabela não diz nada e olha para baixo. Felipe pega em seus braços e os dois levantam.
   — Vem, vamos embora!
   — Felipe, eu quero fica com você! — Isabela praticamente suplica. 
   — Você quer esquecer o Jonas isso, sim. 
   — O que eu preciso fazer pra te convencer que eu já esqueci o Jonas e quero você?
   — Repete tudo isso amanhã, sóbria. — responde Felipe rebocando Isabela até a calçada.
   — Se eu disser? — pergunta Isabela, acreditando que vai se lembrar dessa madrugada ao amanhecer. 
Felipe para e olha para ela fixamente. 
   — Se você disser que me quer, que já superou o Jonas e está pronta para outra, eu fico com você e não só uma vez, quantas você quiser. — Felipe promete com o coração entristecido, sabendo que Isabela não vai se lembrar desse momento. 

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