Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 34: Felipe dá apoio a Isabela

Imagine ChaMel - Filhos

A família de Isabela fica surpresa com a reação da filha. Chay e Mel não sabem da briga de Jonas e Felipe e Vinícius não esperava que a irmã fosse reagir dessa forma. Yasmin fica boquiaberta, mas Felipe age como se já esperasse a atitude de Isabela. 

   — Eu vim te ver. — ele responde calmamente. 

Felipe consegue ver um lampejo de emoção no olhar duro e frio de Isabela.

   — Você já me viu ontem e hoje mais cedo... antes de tudo desmoronar. 

   — É por isso que eu estou aqui. Estou aqui pra te ajudar a colocar tudo no lugar. 

Isabela abaixa a guarda.

   — Você pode trazer o Jonas de volta?

   — Não, e sinceramente, eu não quero que ele volte. 

   — Isso é tudo o que eu mais quero. 

   — Você sabe que não precisa disso.

   — Sei? — ela ergue as sobrancelhas e segura um choro.

Felipe se aproxima rapidamente de Isabela e pega nas mãos dela. As outras pessoas na sala fingem que nem estão ali e só continuam observando os dois.

   — Eu estou aqui. Não vou te deixar!

   — Até porque eu não suportaria perder vocês dois. 

   — Eu sou seu amigo, estou aqui pra te apoiar, tá?

   — Você escondeu a verdade de mim. Você conversou comigo ontem e já sabia de tudo, mas não me contou nada. Você dormiu ao meu lado, me escondendo a verdade, Felipe. — Ela segura um choro que faz o seu queixo tremer. 

   — Como assim dormiu ao lado dela? — Chay sussurra para Mel. 

Mel dá uma cotovelada em Chay, sussurrando de volta:

   — Fica quieto! 

Felipe aperta as mãos de Isabela.

   — Tenta entender o meu lado. Eu tinha acabado de brigar com aquele... com o Jonas — Chay e Mel ficam surpresos — se eu te dissesse você não só não acreditaria em mim como iria atrás dele. 

Isabela não diz nada, sabendo que ela iria fazer exatamente o que Felipe disse. 

   — Fiquei tão preocupado com você. — Felipe fala olhando para o braço enfaixado de Isabela. Ela puxa o braço e o coloca atrás do corpo, envergonhada do que fez.

   — Não precisa se preocupar comigo, eu tô bem. — ela mente. 

   — Você não tá bem, isso dá pra ver nos seus olhos. 

Isabela desaba e abraça Felipe com força, afundando o seu rosto no peito dele enquanto libera as lágrimas que a sufocava. Felipe abaixa a cabeça, encaixando o rosto no pescoço dela. Mel aproveita que eles não estão vendo e puxa Chay para a cozinha e sinaliza para Vinícius e Yasmin saírem da sala. Os outros dois adolescentes sobem para o andar de cima. 

Felipe ergue a cabeça e percebe que ele e Isabela estão sozinhos na sala.

   — Acho que nós estamos sozinhos. — ele sorri, tentando animar Isabela. Ela ergue a cabeça e olha em volta. 

   — Eu tenho medo de ficar totalmente sozinha de novo. — admite. 

Felipe franze a testa, sem entender a preocupação dela.

   — Por quê?

   — Eu tenho medo do que eu possa fazer comigo mesma. — Ela olha para o braço enfaixado. — Eu não quis fazer isso, de verdade, quando eu vi já tinha feito. 

   — Mas já passou. Agora tudo vai ficar bem. 

Isabela volta a chorar.

   — Não vai! Agora eu estou sozinha. Eu não estou preparada pra ficar sozinha, não estou preparada pra ficar sem ele. 

Felipe respira fundo, tentando pensar um alguma coisa pra melhorar o estado de Isabela. Ele diz:

   — Vem cá! — Ele pega Isabela no colo e vai para o sofá com ela nos braços. 

Os dois ficam sentados bem próximos e Isabela coloca a cabeça no ombro de Felipe. Ele começa a fazer carinho no cabelo dela.

   — Você não está sozinha. Eu tô aqui, eu sempre vou estar aqui.

   — Tá doendo tanto, Lipe. — Ela soluça no ombro dele. 

Felipe aperta Isabela contra o seu corpo e ela afunda ainda mais nos braços dele. 

   — Vai passar! Isso não vai durar pra sempre, está doendo tanto porque é recente. Tudo isso foi hoje de manhã. 

   — Hoje está sendo o pior dia da minha vida. Isso porque só está começando a tarde, tudo pode piorar.
   — Pode piorar, mas não vai. Eu vou fazer o seu dia melhorar.
Isabela dá um leve sorriso, fungando o nariz. 
   — Topa passar a tarde comigo? — pergunta Felipe. 
   — É claro que eu topo. — Isabela responde.
Felipe sorri e beija a bochecha dela.
   — Prometo que vou te fazer esquecer todos esses problemas.
   — Isso é tudo o que eu mais quero.
Eles continua em silêncio por alguns minutos, até que Isabela diz:
   — O que nós vamos fazer?
   — Eu estou pensando em uma coisa aqui.
Felipe atiça a curiosidade de Isabela.
   — Que  coisa?
   — Eu ainda tenho que falar com os seus pais.
   — Com os meus pais? — Isabela fica sem entender.
   — Você fica bem durante dois minutinhos sozinha? 
Isabela fica séria, sem saber o que responder. Sabe que se ficar sozinha, vai começar a pensar em Jonas, no término, nas palavras que ele disse para ela e só de imaginar isso sente um aperto no peito.
   — Só dois minutos, Isa, depois eu juro que não te largo mais.
Isabela dá um leve sorriso ao dizer:
   — Não vai mais me largar? 
   — Nem por um minuto. Só quando você estiver tomando banho, porque eu não vou ficar lá com você. Só se você pedir. — Ele começa a rir. — Brincadeira!
   — Idiota! — Ela sorri.
   — Viu, você riu. — Ele faz um carinho na bochecha dela. — Pelo menos isso. 
   — Vai logo lá!
Felipe beija a testa de Isabela e levanta. Ele caminha para a cozinha e ela fica olhando para o vazio, tentando não pensar em absolutamente nada. 

De mãos dadas, Chay e Mel conversam sentados na mesa da sala de jantar. Ela tenta convencê-lo a não viajar para um show. 
   — A Isa está precisando da gente, amor. — alega Mel.
   — Eu sei, mas eu só vou fazer essa apresentação e volto. Você sabe que eu estou tirando férias, mas não posso recusar esse show. 
   — Por quê? 
   — É uma espécie de festival, Mel. Isso vai fazer com que eu não saia totalmente da mídia. 
   — Você não vai sair da mídia. Toda semana que eu entro em algum site de notícias tem matérias sobre a gente. 
   — Viu? Sobre a gente. — diz Chay. — É sobre a nossa vida pessoal e não sobre o nosso trabalho. 
   — Eu viu várias coisas sobre o lançamento da nova coleção da grife.
   — Isso por que você está divulgando a grife, fez o desfile lá e tal. Agora o meu trabalho, não. Eu estou parado, só componho aqui em casa. Mel, isso é o que eu amo fazer!
Diante desse argumento, Mel não consegue pensar em mais nada para impedi-lo. 
   — Tudo bem! Mas vai ser só essa apresentação. A Isabela mais do que nunca está precisando da gente.
   — Relaxa! Eu vou conversar com ela e ela vai entender. 
Mel dá um leve sorriso. 
   — Vou sentir sua falta.
   — Vai ser só dois dias. 
   — Dois dias longe de você é muito.
   — Isso tá ficando parecido com a Isabela, hein? — alerta Chay com um sorriso no rosto.
   — Você não perde a piada, né? — Mesmo não gostando muito do que Chay disse, Mel ri. 
   — Vai passar rápido, você vai ver. Eu viajo, faço o show e volto para o aniversário do Vinícius. 
   — Ah, ainda bem que você me lembrou disso. A gente tem que falar com eles. 
   — Verdade, mas vamos deixar isso pra depois. Sabe o que eu quero agora? — pergunta Chay com um sorriso malicioso e ao mesmo tempo fofo no rosto.
   — O que você quer agora? — Mel segura um riso e finge inocência. 
Ele puxa a cadeira dela para mais perto e sussurra próximos aos lábios de Mel:
   — Eu quero um beijo seu. 
Mel sorri e diz:
   — Acho que posso atender ao seu desejo. 
Eles sorriem e se beijam. Aos mãos de Chay percorrem carinhosamente as costas de Mel, a deixando arrepiada. Felipe passa rapidamente pela porta da sala de jantar e só percebe que Chay e Mel estão se beijando quando já está lá dentro. Ele para e tenta virar lentamente, sem fazer barulho. Mel sorri entre o beijo, tira os seus lábios dos de Chay e olha para o garoto.
   — Já te vi, Felipe. — ela diz, sorrindo.
Ele olha para o casal e sorri também.
   — Foi mal, eu não queria atrapalhar vocês. 
   — Agora é tarde. — Chay ri.
   — O que foi? A Isabela não tá bem? — Mel assume um tom de voz mais preocupado. Felipe sacode a cabeça, dizendo:
   — Não, ela está bem.
   — Então o que foi? — pergunta Chay.
   — Eu estava pensando em um programa para entreter a Isabela e queria saber se vocês liberam o que preciso. 
   — Depende. — diz Mel. — O que você precisa?
Felipe se aproxima mais de Chay e Mel, se encostando na mesa e começa a falar de seus planos.

Deitada na cama de Vinícius, Yasmin brinca com uma bolinha  de papel que encontrou no chão do quarto. Ela joga a bolinha para cima, tentando não deixá-la cair. Vinícius está sentado em um mini pufe, mexendo no celular.
   — Será que a gente já pode descer? — questiona a garota.
   — A Isa e o Felipe estão conversando lá embaixo. — diz Vinícius sem tirar os olhos do celular.
   — Eu sei! Só que eu não aguento mais ficar aqui no seu quarto. Eu vim falar com a Isa e quero fazer isso. 
   — Você quer conversar? — ele vira para ela. — Então tá! O que você fez hoje?
Yasmin revira os olhos achando tosca a tentativa de puxar papo de Vinícius, mesmo assim, responde: 
   — Bom, eu acordei, fui tomar café, minha família estava toda reunida na sala e me contaram do término da Isabela e do Jonas. Na hora, eu fiquei morrendo de raiva da Isabela, achando a atitude dela totalmente imbecil. Depois pensei em como ela deveria estar sofrendo e transferi a minha raiva para o filho da p*ta do Jonas. As horas passaram e você ligou para o Felipe, contando do que aconteceu com a Isabela. Nós ficamos super preocupados e decidimos vim para cá para vê-la. Agora estou aqui conversando com você, e até agora não fiz o que eu queria fazer: conversar com a Isabela. 
Vinícius sorri e levanta do pufe. 
   — Vai, vamos logo lá!
O rosto de Yasmin se ilumina e ela levanta da cama em um pulo. Os dois saem do quarto e Yasmin pula nas costas de Vinícius. Pego de surpresa, ele se desequilibra e cai com Yasmin. Ela começa a rir, deitada no chão ao lado dele. 
   — Seu idiota! 
   — Ah claro, fui eu que pulei nas suas costas, né? — Vinícius diz gargalhando. 
Ele levanta e Yasmin espera ajuda para fazer o mesmo. Surpreendendo a garota, Vinícius começa a caminhar em direção a escada. Ela vira no chão e olha para ele, perguntando:
   — Você não vai me tirar daqui?
   — Não teve perna pra pular nas minhas costas? Então, levanta! — ele ri e começa a descer os degraus. 

Isabela chora silenciosamente no sofá. Ela está tão concentrada em seus pensamentos que nem percebe que as lágrimas imundam seus olhos e escorregam por sua face branca como cera. 
   — Isabela? — Vinícius senta ao lado dela, no lugar em que Felipe estava. 
   — Hã? Oi? — ela olha para ele. 
   — Você tá chorando, Isa. — ele fala em um tom de voz suave. 
Isabela passa as mão pelas bochechas e comprova o que Vinícius falou. 
   — Eu não tinha percebido. — ela confessa. 
   — Tá tudo bem? — Vinícius pega na mão dela, transmitindo apoio. 
   — Sim, está. Foi só... lembranças. — Ela não consegue controlar e volta a chorar. 
Vinícius fica comovido e puxa a irmã para um abraço apertado. 
   — Cadê o Felipe? — ele pergunta com Isabela nos braços.
   — Foi falar com o pai e com a mãe. 
Vinícius não compreende muito bem o que Felipe poderia falar com seus pais, mas prefere não dizer mais nada. Yasmin desce as escada e se aproxima do sofá, perguntando:
   — Aconteceu alguma coisa? 
Vinícius solta Isabela e enxuga as lágrimas do rosto dela. Yasmin senta no sofá, deixando Isabela entre ela e Vinícius. Isabela apoia as costas no encosto do sofá e Yasmin assume uma postura mais séria. 
   — Você tá melhor? 
Isabela já está cansada de ouvir perguntas sobre o seu estado, mas respira fundo e diz com a voz controlada:
   — Estou. 
   — Eu tava preocupada com você, coisinha. 
Isabela sorri de maneira sincera. 
   — Não precisa se preocupar. 
Yasmin olha nos olhos de Isabela enquanto diz:
   — Eu te amo, sempre serei sua amiga. Pode contar comigo! — Ela puxa Isabela para um abraço. Instantes depois ela empurra a garota e levanta do sofá, jogando o cabelo para um lado.
   — Nossa, exagerei na viadice, né? — ela ri. — Mas foi sincero. 
Isabela acha graça do jeito da amiga e dá um leve sorriso. Felipe se aproxima por trás de Yasmin e aperta a cintura dela. 
   — Ai, seu idiota!
   — Não é a toa que eu sou seu irmão, né? — ele ri e senta ao lado de Isabela. Automaticamente ela se inclina na direção dele e ele passa um braço em torno dos ombros dela. 
   — Os meus pais permitiram a sua ideia? — Isabela pergunta baixinho, apenas para Felipe. Ele vira a cabeça, ficando com o rosto bem perto do dela e responde:
   — Sim! Eles estão fazendo de tudo pra te ver melhor.
   — Pelo visto não são só eles. 
Yasmin está sentada na mesinha de centro, jogando um vasinho de cristal de um lado para o outro em suas mãos. 
   — Criança, para com isso! — Vinícius pega o vasinho e coloca no lugar. Felipe olha para os dois e começa a rir. 
   — Depois o idiota sou eu. 
   — Vocês não vão contar o que estavam cochichando? — Yasmin pergunta sem fazer rodeios. 
Isabela olha para Felipe, esperando pela resposta. 
   — Tenho um programa para a gente mais tarde. — informa Felipe. 
   — Oba! Onde nós vamos? — Yasmin levanta, ficando empolgada. 
Isabela não se anima muito, pois está sem a mínima vontade de sair. 
   — Nós não vamos sair, o Chay e a Mel que vão. — Felipe diz, para o alívio e curiosidade de Isabela. 
   — Esse é o nosso programa? Ficar em casa enquanto os pais da Isa e do Vinícius saem? 
A boca de Felipe se abre um um sorriso, Isabela continua bem próxima e observa cada detalhe do rosto escultural dele. 
   — Nós vamos fazer um programa mais caseiro hoje. — explica Felipe. 
Yasmin murcha e senta na mesinha de centro novamente. 
   — Ah! — ela solta, decepcionada. 
Felipe já está acostumado com o jeito da irmã e não se importa.
   — Hoje nós vamos fazer um programa mais caseiro por causa da Isa. — ele olha carinhosamente para Isabela. Yasmin se conforma, pensando no bem de Isabela. 
   — Já que nós vamos ficar aqui, posso chamar o Victor? 
   — A casa não é minha. — Felipe dá de ombros. 
   — Pode. — Isabela responde. 
   — Eu vou chamar a Marina! — fala Vinícius depois de um tempo quieto. 
   — Nossa, você ficou tanto tempo de boca fechada que eu tinha até esquecido da sua presença. — provoca Yasmin com um sorriso nos lábios. Felipe ri e Isabela força uma risada. 
   — Nossa, muito engraçado! — ironiza Vinícius. 
   — Eu sei! Eu sei! — Yasmin joga o cabelo de maneira exagerada. — E o que nós vamos ficar fazendo? — ela retorna ao assunto bruscamente, olhando para Felipe. 
   — Cozinhando. — responde ele de maneira relaxada. Todos ficam surpresos com a ideia dele. 
   — Cozinhando? — repete Yasmin sem acreditar. 
   — A gente não sabe cozinhar. — Vinícius diz. 
   — Eu sei, essa é a graça. A gente vai tentar cozinhar totalmente sozinhos, já até conversei com a Vera. Ela só vai intervir se a cozinha começar a pegar fogo. 
   — Sinto que isso não vai dar certo! — Vinícius pensa em voz alta. Felipe olha para Isabela, querendo saber a opinião dela, mas a adolescente está fitando os pés de Yasmin e ele logo percebe que ela está com a cabeça longe. Delicadamente, Felipe aproxima ainda mais o rosto do de Isabela e dá um cheiro no pescoço dela. Imediatamente a garota retorna ao presente e olha para ele, que sorri de maneira angelical. 
   — Então, o que você acha da ideia? — ele pergunta.
Isabela não estava prestando a atenção na conversa e não faz noção da ideia da qual Felipe fala.
   — Que ideia? 
   — Da gente cozinhar. — Felipe sorri novamente. 
   — A gente não sabe cozinhar. — Isabela fala tranquilamente. 
   — Mas ele acha divertido a gente se arriscar na cozinha. — se intromete Yasmin. 
Isabela pensa um pouco e acaba ficando do lado de Felipe. 
   — Acho que pode ser uma boa ideia. 
Yasmin dá um tapa na própria testa, dizendo:
   — Ela realmente não está bem. 
   — Pelo menos você pode chamar o seu namorado, Victor. — Vinícius provoca, rindo. 
   — Eu não tenho namorado, ok? — Yasmin retruca. 
   — Nem eu. — Isabela fala de maneira entristecida. Na hora Vinícius se arrepende do que disse. Os quatro permanecem em silêncio por um tempo até que Yasmin levanta mais uma vez. 
   — Então nós temos que nos arrumar, Isa. 
Isabela olha para Yasmin.
   — Hã? 
Felipe e Vinícius também olham para a loira, confusos. 
   — Nós temos que estar preparadas para enfrentar a cozinha. — explica Yasmin. 
   — Eu acho que já estou preparada. — Tudo o que Isabela menos quer é ter que se arrumar ou sair de perto de Felipe. 
   — Ah, não está mesmo! — Yasmin insiste. — Vem, vamos dar um jeito nesse visual!
   — Não precisa! Estou bem assim. — Isabela tenta escapar. Ela sempre foi muito vaidosa, mas não está com nenhum ânimo para isso no momento. 
   — Precisa, sim! Agora vem. 
Yasmin puxa Isabela do sofá e do braços de Felipe. Ele olha para a irmã, sorrindo. Isabela olha para ele, pedindo uma ajuda silenciosa. 
   — Não há quem possa com ela. — sussurra Felipe para ela. 
Yasmin finge que não ouviu e arrasta Isabela para o segundo andar. Vinícius guarda o celular no bolso, dizendo:
   — Já avisei o Victor. 
   — Por que não falou direto com a Marina? 
   — Não sei se ela vai querer vim. 
   — Por que ela não viria? — Felipe fica confuso. 
   — Ontem, enquanto você brigava aí com o Jonas, eu fiquei com a Marina. 
   — Vocês o quê? — Felipe diz, incrédulo. 
   — A gente ficou! Depois o clima ficou estranho, porque ela tava se culpando por causa do namorado. 
   — Ah, entendi! Será que ela não vem? 
   — Não sei, espero que ela venha. 
Felipe sorri. 
   — Você está amarradão na dela, né? 
   — Ah, claro, assim como você está pela Isa. — Vinícius tenta escapar, fazendo uma comparação, do ponto de vista dele, absurda. 
   — Nós dois somos só amigos, ao contrário de vocês. — Felipe diz tranquilamente. 
   — Não quero falar sobre isso! O dia que você ficar com a Isabela, eu assumo o que eu sinto. — Vinícius ri. 
   — Você se esqueceu que eu já fiquei com a Isabela, né? Anos atrás. — rebate Felipe, tentando fazer o amigo confessar que gosta de Marina. 
   — Selinho não conta. 
   — Se eu ficar com ela, você assume? — provoca Felipe, dando um sorriso superior. 
   — Você não faria isso! — Vinícius diz com firmeza. 
Felipe relaxa no sofá, assentindo:
   — É, não faria mesmo! A Isabela é só minha amiga mesmo e vai continuar assim. — Ele sorri. — Agora vamos pesquisar algumas receitas pra gente fazer? 
   — Vamos, é o jeito enquanto as misses se arrumam. 
Eles riem, pegam os seus celulares e começam a procurar receitas interessantes. 
   — Você acha que vai dar certo? — pergunta Vinícius do nada. 
   — O quê?
   — A gente cozinhando.
   — Isso a gente só vai saber na hora. — Felipe diz, rindo.
   — Pelo menos a Isabela vai se distrair. 
   — É o que importa. 
   — Verdade. 
Eles continuam pesquisando.

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