Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 9: Mel recebe alta e volta para casa



Imagine ChaMel - Filhos

Mel e Chay continuam se olhando, mas ela não reage. Com os olhos cheios de lágrimas, Chay olha para os médicos.
Chay: Eu posso ficar a sós com ela?
Sérgio: Poder, não pode, mas na situação em que estamos eu vou liberar. 
Chay dá um leve sorriso.
Chay: Obrigada. 
Aos poucos, todos os médicos que estão no quarto saem, deixando Chay e Mel a sós.
Chay: (olhando para Mel) Mel. (Ele fica ao lado da cama) Mel, você não lembra mesmo de mim?
Mel: (com a voz fraca) Não.
Ela está com o corpo repleto de curativos e respira com ajuda de aparelhos. 
Chay: (deixando uma lágrima cair) Não acredito que isso está acontecendo com a gente.
Mel: O quê... (Ela faz uma pausa para respirar) O que você é meu?
Chay: Sou seu marido.
Mesmo com os movimentos limitados, Mel expressa surpresa. 
Chay: Nós nos conhecemos desde os 17 anos e nos amamos desde então.
Mel: Eu não consigo lembrar de você. (Ela respira profundamente) Nem de você, nem de nada.
Chay: Você não sabe como dói ouvir isso.
Mel: Eu também sinto muito por não lembrar de você.
A expressão facial de Mel não se altera, mas uma lágrima escorre pelo seu rosto. 
Chay: (enxugando a lágrima dela) Eu te amo!
Mel: Eu... não consigo dizer o mesmo.
Chay fecha os olhos e desaba a chorar. O coração de Mel fica apertado ao vê-lo daquele modo, mas não há nada que ela possa fazer, já que para ela essa é a primeira vez que eles se veem. 
O monitor cardíaco, aparelho que mede os batimentos cardíacos, indica que o coração de Mel está batendo com mais velocidade e ela começa a fazer mais esforço para respirar, mesmo com a ajuda dos aparelhos. Chay percebe a mudança no comportamento da esposa.
Chay: Vou chamar os médicos.
Rapidamente ele sai do quarto e volta segundos depois com Sérgio e mais uma enfermeira.
Sérgio: Nós precisamos ficar a sós com ela, Chay. Por favor.
Chay: (olhando para Mel) No momento eu posso não estar significando nada pra você, mas saiba que para mim, você significa tudo.
Chay sai do quarto. Luíza se aproxima dele no corredor.
Luíza: Como ela está?
Chay puxa Luíza para mais perto e a abraça. No ombro de sua cunhada, ele chora bastante.
Chay: (sem soltar Luíza) Ela está com amnésia. Não lembra de nada, de ninguém. Não lembra de mim!
Luíza fica perplexa novamente.
Luíza: Minha nossa!
Os dois continuam abraçados e choram juntos. 

Sendo observado por sua babá, Felipe brinca com seus carrinhos de controle remoto. Ele levanta e vai até uma caixa onde tem muito mais brinquedos. Revirando a caixa, ele encontra uma boneca da Barbie pertencente a Isabela. Mesmo sem entender realmente o que está ocorrendo, ele sente uma profunda falta de sua amiga/namorada.
Felipe: (olhando para a babá) Tia, quando a Isa vai voltar para casa dela?
Babá: Não sei, meu amor. Estamos torcendo para que seja breve. 
Felipe olha novamente para a boneca. Querendo brincar com alguém ele sai do quarto rumo ao de sua irmã, Yasmin.
Felipe: (abrindo a porta) Yas, brinca comigo?
Yasmin olha para a boneca que ainda está nas mãos de Felipe.
Yasmin: O que a boneca da Isa tá fazendo com você?
Felipe: Ela deixou aqui quando a gente brincava. Você quer brincar comigo?
Yasmin pensa um pouco.
Yasmin: Ah, eu não quero, não. 
Felipe: Por favor, não tenho ninguém pra brincar. 
Yasmin: Tá sentindo falta da Isa que eu sei.
Felipe não diz nada.
Felipe: (saindo do quarto) Se não quer brincar, não brinca.
Felipe sai do quarto batendo a porta. Yasmin dá de ombros.
Yasmin: Bem feito! Pode ficar sentindo falta da Isa, eu não me importo. (Ela senta na cama) Tomara que a minha amiga volte logo para casa e volte a falar comigo.

De mãos dadas com sua tia, Anelise, Vinícius chega ao hospital acompanhado também por Bernardo.
Vinícius: Eu vou ver minha mãe, tia? Ou só a Isa?
Anelise: Por enquanto é só a Isa.
Vinícius: Por quê?
Desajeitada, Anelise olha para seu namorado, pedindo ajuda com o olhar para ele.
Bernardo: Porque a mamãe está em um lugar que a gente não pode entrar.
Vinícius: (olhando para Bernardo) Que lugar?
Bernardo: Um lugar cheio de equipamentos médicos. 
Vinícius: E por que a gente não pode entrar lá?
Bernardo: Porque não pode, Vini.
Anelise: Você quer ver a Isabela?
Vinícius: Quero.
Anelise: Então chega de perguntas, ok?
Bernardo: (cochichando para Anelise) Amor? Ele não entende, é só isso.
Anelise: Eu não me importo de que ele pergunte, mas a gente não faz ideia de como responder essas coisas. 
Bernardo: É, você tem razão.
Vinícius: Quando a gente vai ver a Isa?
Anelise: Assim que a gente encontrar o papai. 
Vinícius: A gente vai ver o meu pai?
Bernardo: Claro, ele está aqui cuidando da mamãe.
Vinícius: Mas o meu pai não é médico.
Anelise: Pra cuidar não precisar ser médico, Vini. A sua mãe e o seu pai não cuidam de você?
Vinícius: Cuidam, só que o meu pai não é pai da minha mãe, ele é meu pai.
Anelise e Bernardo se olham, confusos com a resposta de Vinícius. Bernardo começa a rir.
Bernardo: Esquece, Vini! Esquece.
Os três caminham até um corredor, onde se encontram com Chay, Luíza e Daniel. Ao ver seu filho, Chay enxuga as lágrimas, mesmo assim Vinícius percebe que ele estava chorando.
Chay: (abraçando Vinícius) Oi, meu filho!
Vinícius: Oi, pai! 
Vinícius olha para o rosto de Chay.
Vinícius: Por que você tá chorando, pai?
Chay: Quem falou que o papai está chorando?
Vinícius: Eu tô vendo. 
Chay: Não é nada, Vini.
Luíza dá um beijo na bochecha de Vinícius.
Luíza: (se agachando para ficar na mesma altura que ele) Como você tá?
Vinícius: Eu tô com saudades da minha mãe e da Isa.
Chay vira as costas para Vinícius e os outros para esconder uma lágrima que insistiu em cair. A criança vai até ele.
Vinícius: Você ainda acha que não tá chorando, pai?
Chay se agacha e abraça Vinícius, chorando bastante. Luíza se emociona com a cena e se apoia em Daniel, ele passa a mão em torno da cintura dela.
Daniel: (sussurrando no ouvido dela) Não fica assim.
Vinícius abraça o pai mesmo sem entender nada.
Vinícius: O que tá acontecendo, pai?
Chay não consegue encontrar palavras para explicar a situação para seu filho. Anelise revolve intervir, solta a mão de Bernardo e se aproxima do irmão e do sobrinho.
Anelise: (puxando Chay para cima) Chay! Ele não precisa passar por isso.
Vinícius continua olhando para os adultos.
Chay: (enxugando as lágrimas) Você tem razão. 
Bernardo: (colocando um braço em torno dos ombros de Vinícius) Nós vamos levá-lo para visitar a Isabela, tá?
Chay: Tudo bem. (Ele olha para o filho) A sua irmã vai ficar muito feliz de te ver. 
Chay sorri e Vinícius retribui o sorriso.
Vinícius: Eu também.
Anelise: Ok, vamos lá!
Anelise e Bernardo levam Vinícius para visitar Isabela. Chay, Luíza e Daniel ficam sozinhos mais uma vez.
Daniel: Chay, você não pode ficar desse jeito na frente dele. 
Chay: Eu sei, mas é difícil.
Daniel: Posso imaginar, mas temos que ser fortes. 
Chay respira fundo.
Chay: Vou ficar forte. Meus filhos precisam de mim.

Semanas se passam. Isabela recebeu alta e já está se recuperando em casa com seu irmão e pai. Mel melhorou a cada dia, saindo da CTI para um quarto comum. Nesses dias, ela preferiu não receber a visita de Chay, somente da mãe, Berenice, com quem conversou normalmente, mesmo não lembrando dela também.
Chay chega ao hospital para levar Mel para casa, já que ela recebeu alta. 
Com a ajuda de uma enfermeira, Mel prepara sua pequena mala com seus pertences e roupas. Ela ainda está debilitada por causa da cirurgia, mas está se recuperando bem.
Mel: Obrigada por ser tão legal comigo durante esse tempo que eu passei aqui.
Enfermeira: Imagina, sou sua fã, isso é o mínimo que eu posso fazer. 
Mel dá uma leva franzida na testa, achando estranha a frase da enfermeira, principalmente as palavras "sou sua fã", mesmo assim, sorri.
Enfermeira: Que você consiga recuperar sua memória.
Mel: Obrigada.
As duas se abraçam. Chay entra no quarto. Mel olha para ele e seu coração dispara.
Chay: Oi!
Mel: (timidamente) Oi!
Enfermeira: Está tudo pronto. Você já pode partir, Mel.
Mel dá um leve sorriso, ficando estranhamente incomodada com a presença de Chay.
Mel: Mais uma vez, obrigada.
Chay: (pegando a mala de Mel) Obrigada por cuidar tão bem dela.
Enfermeira: Imagina.
Chay: (estendendo a mão na direção de Mel) Vamos?
Mel recusa a mão de Chay e passa por ele.
Mel: (saindo do quarto) Vamos!
Chay a segue. Os dois caminham lado a lado no corredor, rumo a saída do hospital. Um segurança se aproxima deles.
Segurança: Nós temos um pequeno problema.
Chay: Que problema?
Segurança: De alguma maneira, vazou a notícia de que a Mel iria receber alta hoje. A frente do hospital está tomada de fotógrafos.
Mel: Fotógrafos? Por quê?
Chay: Depois eu te explico. (Ele olha para o segurança) Tem alguma saída dos fundos?
Segurança: Sim, você podem utilizá-la. 
Chay: (pegando as chaves de seu carro no bolso) Pega o meu carro para mim? Estamos esperando lá nos fundos.
Segurança: (pegando as chaves) Ok!
Chay pega na mão de Mel e a puxa para os fundos do hospital. Ao sentir o toque dele, Mel se arrepia.
Mel: Você já pode me explicar?
Chay: Mel, nós somos famosos!
Mel para de andar.
Mel: Isso é sério?
Chay: Muito, nós temos uma banda, os Rebeldes. Esse nome te traz alguma recordação?
Mel demora um tempo para responder.
Mel: Não.
Chay suspira de desapontamento.
Chay: Tudo bem. Vamos!
Eles voltam a andar rapidamente. Para Chay estar segurando a mão de Mel é uma sensação maravilhosa, já para Mel, estranha. Os dois chegam à saída dos fundos do hospital, onde o carro de Chay já está parado. Mel olha para o veículo de luxo.
Mel: Esse é o seu carro?
Chay: (abrindo a porta para ela) Sim!
Mel entra no automóvel.
Mel: Deve ter custado uma fortuna.
Chay: Isso é porque você ainda não viu a nossa casa.
Ele bate a porta, dá a volta e senta ao lado de Mel, no banco do motorista. Chay acelera e sai em alta velocidade.
Mel: É tão estranho ouvir você falar nossa casa.
Chay: Mas é nossa mesmo, compramos juntos.
Ele dá um sorriso fofo e Mel fica encantada. 
Mel: (pensando em voz alta) Você é lindo!
No exato momento que termina de falar Mel se arrepende de ter dito a frase em voz alta.
Chay: Obrigada. Você também. Já disse isso várias vezes.
Mel: Esquece que eu disse isso, tá?
Chay: Relaxa, já estou acostumado a ouvir esse tipo de coisa de você.
Mel fica sem graça e volta a falar sem pensar.
Mel: Eu sei que nós somos casados e tal, mas eu não lembro de você nem do nosso casamento. Então ouvir você falar esse tipo de coisa é muito constrangedor para mim, porque para mim você é um estranho.
Chay não fala nada, mas mesmo não lembrando de conhecê-lo, Mel percebe que ele ficou magoado com suas palavras.
Mel: (baixando o tom de voz) Desculpa! Eu não deveria ter dito isso. É que... está sendo muito difícil para mim.
Chay para o carro no acostamento.
Chay: (virando para encarar Mel) E você acha que não está sendo difícil para mim?
Mel não diz nada, apenas continua olhando para ele.
Chay: Você é minha mulher, ao seu lado passei os melhores momentos da minha vida. Já sorri, já chorei por sua causa. Agora você não se lembra de mim. Você pode imaginar como é ficar ao lado do amor da sua vida sem puder abraçá-lo, beijá-lo? Agora nós vamos voltar para a nossa casa, vamos ver os nossos filhos e você não vai se lembrar de nada.
Mel começa a chorar em silêncio.
Chay: (fechando os olhos lentamente) Desculpa! (Ele volta a olhar para Mel) Você não tem culpa de nada. Não deveria ter dito isso.
Mel: Você tá certo. (Ela soluça) Só que eu não consigo me lembrar de nada. Não consigo! Queria lembrar de quando nós nos conhecemos, queria lembrar dos nossos beijos, do nosso casamento, da nossa lua de mel, mas não dá!
Chay segura nas mãos de Mel.
Chay: Eu não vou mais repetir o que eu falei. Você vai conseguir lembrar, isso é só uma fase. O médico disse que não é permanente, é temporário.
Mel: Eu queria me lembrar de nós dois. Da fama que você falou que a gente tem, dos fãs que eu devo ter.
Chay: Você tem muitos fãs, muitos. Eles mandaram várias mensagens de apoio e forças para você. Pelo visto deu certo. Você saiu inteirinha.
Mel: Só algumas cicatrizes por todo corpo.
Chay: Sério? Aonde?
Mel: Tem no pescoço, aqui no braço, nas costas e em outro lugares que não dá pra mostrar pra você.
Chay sorri.
Chay: (falando consigo mesmo) Como se eu já não tivesse visto.
Primeiramente Mel fica incomodada, depois acaba sorrindo.
Mel: É tão estranha essa situação, né?
Chay: Muito!
Mel: Então, vamos? Estou doida para conhecer a minha casa e os meus filhos. (risos)
Chay: Posso te pedir uma coisa?
Mel: O quê?
Chay: Finge para a Isabela e para o Vinícius que você não perdeu a memória? É que eles ainda são pequenos, não vou entender direito.
Mel: Tudo bem. Uma mãe faz qualquer coisa pelos filhos, até aquelas que nem lembram que tem filhos.
Ela dá um sorriso triste.
Chay: Tudo vai voltar a ser como era antes. Se Deus quiser!
Chay liga o carro novamente e volta a dirigir rumo à mansão. 

Minutos depois, ele estaciona o veículo na garagem da casa.
Mel: (descendo do carro) Bem que você falou que eu ia ficar impressionada ao ver a casa.
Chay sorri e sai do carro.
Chay: A gente comprou com o dinheiro do nosso trabalho. É tudo nosso!
Mel: Vamos entrar?
Chay: Claro!
Chay pega na mão de Mel e eles vão até a entrada da mansão.
Chay: (abrindo a porta) Bem vinda a nossa casa, Mel! Mais uma vez.
Mel dá um leve sorriso e entra na mansão. Isabela e Vinícius correm até ela.
Isabela: Mãe!
Vinícius: Tava com saudades de você.
Mel fica emocionada ao ver as duas crianças e olha para Chay.
Chay: (sorrindo para ela, emocionado) Foi a gente que fez!
Mel volta a olha para os seus filhos e os abraça.
Mel: (chorando) Meus filhos! Meus!
Os três ficam abraçados por um longo tempo.
Mel: (segurando nos braços de Isabela) Deixa eu olhar para você... minha filha.
Ela observa cada pedacinho do corpo de Isabela e para nos olhos.
Chay: Está reconhecendo as semelhanças?
Mel: (para Isabela) Seus olhos, eles são iguais aos meus.
Isabela: É claro, você é minha mãe, né?
Isabela abraça Mel novamente. A morena chora no cabelo da filha.
Mel: (puxando Vinícius para mais perto) E você, meu príncipe?
Vinícius sorri e o coração de Mel dispara ao ver o sorriso exatamente igual ao dela estampado no rosto do garoto.
Mel: Meu filho! Você é meu filho.
Vinícius: Claro, mãe.
Mel dá um abraço bastante apertado em Vinícius, depois volta a ficar de pé.
Mel: (baixinho para Chay) Eu ainda não estou acreditando que sou mãe dessas crianças tão lindas.
Chay: Elas são lindas assim porque puxaram a mãe.
Mel: Não só a mim, ao pai também.
Chay e Mel se olham de uma maneira mais profunda, mas nenhuma lembrança vem à mente dela.
Chay: Agora, crianças, a mamãe tem que descansar.
Isabela: Já? Ela acabou de chegar, pai.
Mel fica encantada ao ver Isabela chamar Chay de pai.
Mel: Ela tem razão. Eu quero aproveitar a minha família, quero aproveitar vocês.
Chay dá um leve sorriso.
Chay: Tudo bem!
Vinícius: Mãe!
Mel continua olhando para Chay.
Chay: (sussurrando para ela) O Vinícius está te chamando.
Mel olha rapidamente para Vinícius.
Mel: Ah é, esqueci que eu sou a mãe. (risos) O que você quer, meu príncipe?
Vinícius: A senhora podia fazer aquela pipoca doce que a senhora fazia, né?
Mel olha para Chay com um olhar um pouco triste por não ter ideia de como fazer a pipoca da qual Vinícius fala.
Mel: Pipoca?
Rapidamente Chay se aproxima de Mel e coloca um braço em torno da cintura de Mel, fazendo o corpo dela se arrepiar.
Chay: Sentem no sofá que o papai e a mamãe vão fazer a pipoca que vocês querem.

Chay leva Mel até a cozinha.
Mel: Uau! Que cozinha linda.
Chay: Preparada para fazer a pipoca?
Mel: Eu não me lembro de saber fazer.
Chay: Por isso que eu estou aqui, vou te ajudar. Sempre que a gente está junto as coisas funcionam melhor!
Mel sorri.
Mel: Bom saber. Agora por onde a gente começa?
Chay: Pelo começo.
Mel: Sério?
Eles começam a rir. Chay se aproxima de Mel e coloca um avental de cozinha nela. Aproveitando da situação, dá um beijo na bochecha de sua esposa. Mel se afasta.
Mel: Por favor, não faz mais isso! Não é que eu não goste, é que eu não vou conseguir retribuir. Não quero te magoar.
Chay: Tudo bem! Não faço mais nada.
Mel sorri levemente.
Mel: Obrigada.
Os dois fazem a pipoca doce que Vinícius pediu. Depois, voltam para a sala e comem todos juntos. Mel se diverte com as crianças e Chay.
Mel: Agora eu acho que preciso descansar, estou começando a ficar com dor de cabeça.
Chay: Vem, vou te levar ao nosso quarto.
Vinícius: Pai, a mamãe sabe o caminho.
Ele e Isabela riem. Mel força um sorriso.
Mel: É claro que eu sei o caminho, meu amor, é que o papai só está sendo fofo.
Chay sorri.
Chay: Exatamente! (Ele pega na mão de Mel) Agora, vem!
Chay e Mel vão para o quarto do casal. Mel olha tudo dentro do cômodo, todas as peças de decoração, tentando lembrar de algum detalhe que a faça recuperar a memória. Mas nada.
Mel: Você pode me deixar sozinha?
Chay: Claro! Tudo aqui é seu, não se esqueça disso.
Mel: (sorrindo) Pode deixar.
Chay sai do quarto. Mel continua alguns segundos parada no meio do quarto, depois tira os sapatos e deita na cama.
Mel: Filhos lindos. Marido perfeito. Rica. Famosa. Milionária. Nossa, sou poderosa!
Ela começa a rir sozinha. Depois de alguns minutos, se adepta a cama e dorme. 

Após dar banho em Vinícius e Isabela e deixá-los na casa de Sophia e Micael. Chay sobe até o seu quarto.
Chay: (abrindo a porta) Mel?
Mel está na frente do espelho, nua. Ela dá um grito de espanto e se cobre com uma toalha.
Chay: (segurando um riso) Desculpa!
Mel: Esqueci que o quarto também é seu. É... tomei a liberdade de pegar uma toalha no armário e tomei banho.
Chay olha para a toalha roxa que cobre o corpo escultural de Mel.
Chay: Essa é a mesma toalha que você costumava a usar.
Mel olha para a toalha e volta a olhar para Chay.
Mel: Sério?
Chay: Ahã.
Mel: Uau! Que coincidência.
Chay: Bom, só queria avisar que eu preparei uma surpresinha para você.
Mel: É?
Chay: Sim, estou te esperando aqui fora, tá?
Mel: Tudo bem!
Chay sai do quarto e fecha a porta. Mel respira fundo.
Mel: Que vergonha, meu Deus! (Ela caminha até o closet) Se fosse ao contrário pelo menos. Peraí! Eu sou casada com ele, temos filhos. Isso significa que eu já vi ele pelado, não só vi, né? (risos) Deus, como eu não consigo me lembrar disso?
Mel abre a porta de seu closet e fica de boca aberta com o que encontra.
Mel: Caramba! Eu tenho um ótimo gosto.
Ela escolhe um vestido preto e veste. Em seguida coloca um colar com o escrito "Amor" e passa perfume.
Mel: (abrindo a porta do quarto e vendo Chay) Estou pronta!
Chay olha para o colar de Mel.
Chay: Esse colar!
Mel: O que foi? Eu não deveria ter colocado?
Chay: Não, é que foi um presente que eu te dei anos atrás. Nós ainda não éramos nem famosos.
Mel passa a mão no colar e sorri.
Mel: Deve ter sido um momento muito especial.
Chay: Foi mesmo!
Eles trocam um sorriso.
Chay: Vamos?
Mel: Vamos!
Os dois vão em direção as escadas. Chay pega na mão de Mel, fazendo-a parar.
Chay: Só pra você saber, eu costumo sempre fazer surpresas para você. Você sempre ama!
Eles riem.
Chay: Espero que você goste.
Mel: Pode ter certeza que essa vai ser como se fosse a primeira.
O casal ri mais uma vez.
Chay: (começando a descer as escadas com Mel) Então, vamos lá!


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