Imagine ChaMel 3ª Temporada - Capítulo 86: Mel consegue fugir do cativeiro, mas desmaia na mata




Mel sente um calafrio pelo corpo e estremece, vendo Míriam caminhar em sua direção com um canivete em punho.
Mel: Se afasta de mim!
Míriam: O que foi? Ficou com medinho, foi?
Mel: Quando eu sair daqui, juro que vou fazer você pagar por tudo isso.
Míriam: (parando na frente de Mel) Se você sair. (risos) Agora para de tentar me enrolar.
Larissa continua olhando para Míriam, assustada. Luíza não tem forças para erguer a cabeça e continua fitando as próprias gotas de sangue que estão no piso do quarto.
Míriam: (apontando o canivete para o rosto de Mel) Aonde eu irei deixar a minha marca? Aqui? (Ela abaixa um pouco mais, mirando no pescoço) Ou aqui?
Míriam sorri macabramente, enquanto Mel sente sua camisa ficar umedecida de suor.
Míriam: (movimentando o braço rapidamente) Melhor aqui!
Antes que Mel possa protestar ou tentar fugir, Míriam faz um corte com o canivete no antebraço dela. Mel grita de dor e Larissa também. Luíza chora ainda mais, sem querer olhar para o corte da irmã.
Míriam: Até mais tarde, meninas. (Ela caminha até a porta e é seguida pelos capangas, mas logo para e olha para as três) Acho bom você ficarem bem quietinhas, se não o jantar pode nem passar por essa porta. (Ela ri) Até mais!
Míriam sai e os homens fecham a porta. 

Completamente assustada e chorando, Larissa olha para Mel.
Larissa: Você está bem?
Mel: (não contendo as lágrimas) Está doendo muito!
Larissa fica desesperada, querendo ajudar Mel e Luíza, mas sem conseguir se mover. Ela começa a rodar as mãos, tentando soltar as cordas. Dá um leve sorriso, ao perceber que o nó afrouxou e com um puxão, liberta as mãos. Mel olha para ela, suplicando por ajuda.
Larissa: Nós temos que fingir estar amarradas, para que eles pensem que estão no poder.
Luíza: (sussurrando) Eles estão no poder.
Larissa: Mas não por muito tempo. Mel, eu vou tentar se soltar e nós duas limpamos os braços da Luíza, depois o seu.
Mel: Tá, tá bom.
Larissa coloca as mãos embaixo da cadeira e começa a pular até Mel. Ela desata o nó que prendia as mãos de Mel.
Mel: O meu braço está ardendo.
Larissa: Calma! Tenta ficar calma.
Larissa começa a puxar a manga da blusa.
Mel: O que você está fazendo?
Larissa: (puxando mais forte) Tetando arrumar um pano para limpar o sangue de vocês.
Depois de mais algumas tentativas, Larissa consegue arrancar um pedaço do tecido.
Larissa: Vai doer um pouco, mas é melhor do que ficar do jeito que está.
Tentando deixar a mão o mais leve possível, Larissa começa a limpar o corte de Mel. A morena morde o lábio, tentando controlar a dor. Depois, elas se arrastam até Luíza.
Mel: Calma, Lu. Vai ficar tudo bem.
Mel e Larissa começam a limpar o sangue de Luíza, as duas tentando manter a tranquilidade, fingindo não estarem completamente assustadas com os cortes do braço de Luíza.

Após estacionar o carro na frente da mansão de Chay e Mel, Daniel desce do e caminha rapidamente até a porta.
Chay: (abrindo a porta) Ainda bem que você apareceu! Quando interfonaram, dizendo que você estava querendo entrar, fiquei até mais animado. Tem alguma notícia da Mel, da Luíza e da Larissa?
Daniel: (sério) Tenho, mas não são nada boas.
Os músculos do corpo de Chay ficam tensionados.
Chay: Como assim? Entra!
Daniel passa por Chay e entra na mansão. Chay fecha a porta rapidamente.
Chay: (se aproximando de Daniel) O que aconteceu com elas?
Daniel: Elas foram sequestradas.
As pernas de Chay ficam bambas.
Chay: Como é que é?
Daniel: A Míriam, minha meia irmã,sequestrou as três.
Chay: Mas por quê? Onde elas estão? Ai meu Deus!
Daniel: Tenta ficar calmo, Chay!
Chay: Calmo? Calmo? A minha mulher foi sequestrada e você quer que eu fique calmo? Por sinal, a sua namorada também está junto.
Daniel: Eu sei, mas ficar nervoso não vai ajudar em nada.
Chay: Eu quero a Mel de volta! Agora.
Daniel: Eu já liguei para o César e ele está providenciando uma equipe para buscar as três aonde quer que elas estejam.
Chay: Quem é César? É da polícia?
Daniel: Ele é uma pessoa de segurança, muito importante e influente. É melhor não envolver a polícia, você e a Mel são pessoas públicas, não seria uma boa ideia.
Chay: Não interessa se isso vai vazar ou não! Eu quero a Mel segura.
Daniel: Chay, entende uma coisa, a equipe do César é tão preparada quanto a polícia. Nós vamos encontrá-las, não importa onde elas estejam.
Chay senta no sofá, nervoso, e passa a mão no cabelo.
Chay: (olhando para Daniel) Agora por que a sua irmã sequestrou as meninas?
Daniel senta em uma poltrona na frente de Chay e respira fundo, tentando não lembrar dos gritos de Luíza.
Daniel: Eu vou te explicar tudo.

Horas depois, todos já estão nervosos e apreensivos, esperando algum contato de Míriam ou de César. Chay, Daniel, Henrique, Berenice, André, Fernanda e Mateus estão espalhados pela sala da mansão.
Daniel: (pegando o celular) Eu vou ligar mais uma vez.
Daniel disca o número de Míriam, mas continua desligado, assim como o de Marisa. 
Fernanda: Por que você não liga para o seu pai? Vai que ele sabe onde elas estão.
Daniel: Eu também pensei nisso, mas o César me disse que ele viajou a negócios.
Chay: Droga!
Eles continuam impacientes. Chay só pensa em Mel, no que ela possa estar passando.

Após jantaram uma comida grudenta, Mel, Luíza e Larissa armam um plano de fuga. Luíza já está um pouco melhor, mas não mexe os braços, pois qualquer movimento dói muito.
Mel: Nós temos sorte por eles terem trazido as cadeiras. Agora dá para uma de nós subir na cadeira e tirar a telha.
Larissa: Eu subo, já que sou a única que não estou machucada.
Mel: Tudo bem. Vamos fazer o seguinte, eu fico com o ouvido na porta, para ouvir se alguém se aproxima. A Larissa sobe e você, Luíza, fica torcendo.
Luíza: Torcendo?
Mel: Pra que dê tudo certo.
Luíza: É claro, é tudo o que eu consigo fazer com os meus braços.
Larissa: Você vai conseguir fugir também.
Mel: Ok, agora vamos colocar o plano em ação.
Mel solta os seus pés, levanta e vai até a porta. Larissa também se solta, carrega a cadeira até o lugar onde está a telha solta e sobe. Na ponta dos pés, ela consegue empurrar a telha para fora.
Larissa: (sussurrando) Consegui!
Mel: (baixinho) Tenta tirar mais duas para que a gente consiga passar.
Larissa: Tá.
Larissa faz um esforço e consegue afastar mais duas telhas, fazendo a luz da lua entrar no quarto. As três trocam um sorriso.
Larissa: Eu vou na frente, se alguma coisa acontecer, vocês não me sigam, se amarrem novamente e fingem que eu armei tudo isso sozinha.
Mel: Fica quieta! Vai dar tudo certo e nós vamos conseguir fugir.
Luíza: E se tiver gente do lado de fora?
Larissa: Eu espio e descubro. Agora eu vou tentar subir.
Mel: Boa sorte.
Larissa coloca as duas mãos para a fora e segura nas telhas, depois de alguns segundos, ela fica com metade do corpo para dentro e metade para fora. Ela apoia um joelho na telha e sai completamente, se equilibrando para não cair. Depois de se ajoelhar e engatinhar até a beirada do telhado, torcendo para que não tenha nenhuma telha solta, Larissa confirma que não tem ninguém em terra. Ela volta e manda um sinal de positivo para Mel e Luíza.
Mel: Vai, Lu!
Luíza: (com a voz rouca) Eu não vou conseguir!
Mel: Vai, sim.
Luíza: Eu não tenho forças nos braços, Mel.
Mel: Eu sei, amor, mas essa é a nossa única chance de escapar. Você consegue vencer a dor e fugir. Eu acredito em você.
Luíza: (respirando fundo) Tudo bem!
Luíza sobe na cadeira e se alonga para acalçar o telhado. Ela respira fundo mais uma vez e se esforça para impulsionar o corpo para cima. Depois de alguns minutos, Luíza finalmente consegue sair e é ajudada por Larissa. 
Mel: (subindo na cadeira) Tudo bem, agora é minha vez.
Com a vantagem de ser maior do que as outras, Mel alcança o telhado com a ponta dos dedos, sentindo o frio se espalhar por suas mãos. Ela pensa em Vinícius e reúne todas as suas forças para sair dali. Após colocar os antebraços no telhado, ficando pendurada, Mel coloca um joelho no telhado e depois o outro, ficando de quatro. Larissa e Luíza ficam ao seu lado.
Larissa: Agora nós só precisamos pular e descobrir o caminho para casa.
Mel olha em volta, observando pela primeira vez, a mata que as cercam. Luíza olha para os seus braços, sentindo a dor de cada um daqueles cortes.
Mel: Como nós vamos descobrir o caminho de volta?
Larissa: Isso é um detalhe que nós pensamos mais tarde. Agora vamos!
Elas engatinham até a beirada do telhado. Mel senta, pendurando as pernas.
Mel: Como a gente vai pular sem fazer barulho?
Luíza: (apontando para a direita) Olha ali!
Larissa e Mel olham para onde ela aponta e enxergam uma árvore, um dos galhos sobe para o telhado da cabana.
Larissa: Boa! Vamos até lá.
As três engatinham até a árvore, se agarram no galho e vão até a copa. Com dificuldade, elas conseguem chegar ao solo. Os braços de Luíza e de Mel ardem ainda mais depois do contato com as folhas da árvore. O rosto de Larissa está com alguns arranhões devido ao contato com os galhos.
Mel: Ufa! Conseguimos.
Larissa: Estamos livres!
Luíza: Agora vamos correr daqui.
As três começam a andar pela mata, tentando não fazer barulho enquanto se distanciam da cabana.

Em seu berço, Vinícius começa a chorar. No térreo, Fernanda olha para Chay.
Fernanda: Deixa que eu cuido do Vinícius.
Fernanda sobe para o segundo andar da mansão. Ela entra no quarto do bebê e encontra Bárbara, que já está com ele no colo, tentando acalmá-lo.
Fernanda: Pode deixar que eu fico com ele.
Bárbara: (entregando Vinícius para Fernanda) Tudo bem.
Bárbara sai do quarto. Fernanda olha para Vinícius, que chora em seu braços.
Fernanda: (ninando o bebê) Shh, calma! Eu vou cuidar de você enquanto a sua mãe não volta, tá bom? Ela já me ajudou muito antigamente e isso é o mínimo que eu posso fazer por ela. (Ela começa a chorar) Eu não quero nem pensar na possibilidade de algo grave acontecer com ela. A Mel vai voltar para a gente, ela e a Lari. As minhas duas grandes amigas. A titia Luíza também vai ficar bem, eu te prometo, Vini.
Fernanda continua chorando e ninando Vinícius.

Sentadas em uma mesa, Míriam e Marisa conversam na cabana.
Míriam: Nós vamos ficar aqui a noite inteira, mãe? Eu quero a minha cama, eu preciso de um banho.
Marisa: Daqui a pouco nós vamos, deixa só eu ter certeza que elas estão dormindo.
Míriam: Você não acha que pegou pesado em mandar torturar a Luíza?
Marisa: Você cortou o braço da Mel.
Míriam: É diferente. Eu vi o braço da Luíza, deu até... dó.
Marisa: Dó? Você está com dó?
Míriam: Não, já passou. O que eu quero dizer é que ela deve ter sofrido muito.
Marisa: Essa foi a intenção.
Míriam: Quando o Daniel descobrir o que nós fizemos com ela, ele vai querer nos matar. A senhora sabe disso, né?
Marisa: Claro que sei, por isso nós temos que arrancar o máximo de dinheiro dele enquanto elas estão sob o nosso poder, principalmente a Luíza.
Míriam: Exatamente! Vai logo ver se elas estão dormindo, eu quero ir embora.
Marisa: (levantando) Ai, tudo bem.
Marisa vai até um dos capangas, que a segue até o quarto. Quando vê o lugar vazio, Marisa dá um grito.
Marisa: (colocando as mãos na cabeça) Não é possível!
Míriam levanta rapidamente e corre até ela.
Míriam: (olhando o interior do quarto) Onde elas estão? Não vai me dizer que...
Marisa: Sim, elas fugiram.
Míriam: Não pode ser!
Marisa: Calma! No estado em que elas estão, não podem ir muito longe. (Ela olha para os homens) Vocês, vão atrás delas. Só voltem quando as encontrarem. Vão!
Os dois homens altos e fortes saem correndo, em direção a mata.

Depois de alguns minutos correndo pela mata, Mel, Luíza e Larissa param para recuperar o ar.
Mel: Não vejo nem sinal de estrada ou algo do gênero.
Larissa: Calma! Uma hora a gente vai encontrar.
Luíza: E se a gente não encontrar?
Larissa: Ei, o que é isso? Pensamento positivo. Vamos continuar!
Elas voltam a correr. As três param ao chegar em um lugar deserto, sem árvores, com a luz do luar invadindo a mata, ao verem os dois capangas parados em sua frente. 
Capanga1: (dando um sorriso perverso) Acharam mesmo que iriam conseguir fugir?
Mel: Corram!
As três viram no sentindo oposto do deles e começam a correr em direção a mata novamente. Os dois caras começam a persegui-las. Depois de alguns passos, Luíza tropeça e cai no chão. Um dos capangas aproveita o oportunidade e a captura. Ela grita histericamente, pois além de ter sido presa novamente, ele a segura pelos braços, onde estão os cortes. Larissa não consegue ir muito longe também, o outro capanga logo a alcança e a segura. Mel para e olha para trás, vendo as duas sendo seguradas.
Larissa: (se debatendo e gritando) Foge, Mel! Foge!
Luíza: (gritando) Corre, Mel! Foge!
Mel continua parada, olhando para elas, sem saber se foge e as deixa para trás, ou fica e volta para o cativeiro. 
Capanga2: Saiba que você não vai muito longe. Quando prendemos as duas de novo, vamos atrás de você.
Larissa: (desesperada) O que você está esperando, Mel? Foge!
Mel: (com os olhos cheios de lágrimas) Amo vocês! Volto com ajuda.
Com o coração apertado e cheio de culpa, Mel começa a correr, se escondendo na mata. Os capangas levam Luíza e Larissa de volta para a cabana.
Capanga1: Vocês vão pagar por isso. Podem ter certeza!

Desesperada, Mel corre pela mata, colocando as mãos na frente do corpo para proteger o rosto dos galhos pontiagudos das árvores. A todo instante, ela olha para trás para se certificar de que não está sendo seguida. 
Mel: (pensando) Deus, me perdoe por tem abandonado a minha irmã e a minha amiga. É que eu preciso procurar a ajuda. Por favor, me ajude. Me ajude!
Ofegante, ela olha para trás mais uma vez, não vendo um grosso galho que está logo a frente. Quando volta a olhar para frente, Mel não consegue desviar e bate com o rosto no galho. Ela perde o equilíbrio e cai para trás, batendo a cabeça em uma pequena pedra. Com a luz do luar iluminando o seu rosto, o corpo de Mel se estende pelo chão da mata, entre as folhas, inconsciente. 

Comentários

  1. NÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOO.Volta tudo ao normal,que angustia

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  2. Chorei lendo. Coitada das três.

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  3. Gente!! Que anciedade, não perco amanhã por nada

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  4. Ai o que será que vai acontecer com elas?

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  5. Genteeee! Pq você faz isso comigo ?! Chorei lendo, aaah quero que tudo volte ao normal.

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