Imagine ChaMel - Capítulo 33: "Mel, não chora"
O elevador chega ao térreo.
— O recado está dado! — diz Mel, saindo do elevador.
— Mel! — chama Chay, correndo em direção a ela. — Como você está?
— Bem! Quero ir pra casa, Chay. Vem comigo!
— Tá tá, vamos!
— Depois a gente se fala tá, gente?
— Tá — respondem seus amigos.
— Vem, vamos pelas escadas! — guia Chay.
Eles vão para as escadas.
Na escada entre o segundo e terceiro andar, Chay para e segura a mão de Mel.
— Mel.
— O que foi? — ela pergunta.
— Me conta, como foi. O que aconteceu?
— Amor, eu não quero falar sobre isso agora. Eu estou um pouco arrependida.
— Arrependida?
— É, mas não por ter batido na Júlia, não diretamente, mas sabe, eu não sou de ficar fazendo barraco assim! Todo mundo viu.
— Ok, todo mundo viu, mas viram também que ela te provocou.
— É, mas eu quero ver quando a minha mãe souber.
— Eu vou estar do seu lado.
— Valeu! Quando você está do meu lado tudo fica bem, mesmo quando nada parece dar certo.
— É porque eu te amo, Mel.
— Também te amo! Posso te pedir uma coisa?
— Pode! O que é?
— Me dá um abraço?
— Claro, princesa!
Chay abraça Mel, depois eles se beijam.
— Agora eu vou subir! — diz Mel.
— Eu vou com você — prontifica-se Chay.
— Mel, eu sou o seu namorado! Deixa eu ir com você.
— Tá bom! Vamos.
Chay e Mel sobem para o apartamento de Mel.
Ao abrir a porta, Mel chama:
— Mãe!
Berenice levanta do sofá.
— Ainda bem você chegou, Melanie.
— Mãe, aconteceu uma coisa...
— Não precisa me contar. Eu já sei! Eu já sei que a minha filha saiu no tapa com a ex do namorado dela!
— Não foi bem assim — interrompe Chay.
— Eu estou falando com a Melanie, Chay. — Ela volta a olhar para Mel. — Eu te eduquei pra isso, Mel? Pra brigar por causa de homem?
Mel começa a chorar.
— Não foi por causa do Chay! A senhora não sabe as coisas que ela me disse.
Chay coloca o braço em volta dos ombros de Mel enquanto Berenice diz:
— Eu não vou discutir, nem ficar aqui brigando com você! Eu só vou te dizer uma coisa: Você não vai mais se encontrar com o Chay!
— Não! — exclama Chay. — Não, Dona Berenice, por favor.
— Não, mãe. — Mel chora ainda mais ainda. — Por favor, mãe. Isso não!
— Sem drama, porque vocês vão se ver na escola, pois isso eu não posso impedir.
— Mãe, não faz isso por favor!
— É, dona Berenice. Eu amo a sua filha, não faz isso! — apoia Chay.
— Chay, sai da minha casa — pede Berenice.
Chay e Mel se olham, ele enxuga as lágrimas dela.
— Não chora, princesa. Vai dar tudo certo, eu te prometo!
Eles se abraçam e dão um selinho.
— Chay, por favor — fala Berenice apontando para porta.
— A senhora não sabe a injustiça que está cometendo — diz o garoto.
Ele olha para Mel e sai. Mel chora mais ainda.
— Ô, minha filha! — exclama Berenice indo até Mel, que se afasta.
— Não me toca!
André aparece.
— Que gritos são esses, Mel?
— Pergunta pra sua mulher! — Ela sai correndo para o quarto.
— Berenice, o que aconteceu? — A mãe de Mel conta tudo o que aconteceu para André, que fala: — Eu não acredito que você fez isso!
— Fiz, doeu mas eu fiz.
— Mas o Chay não teve culpa, Berenice!
— Não teve? Claro que teve! Ela brigou com a ex do Chay, essa garota é louca e sempre vai ficar no meio deles. Eu fiz isso pra não ver a Mel sofrendo lá na frente!
— Eu vou lá falar com a minha filha!
Ele levanta e vai até o quarto de Mel.
Mel está no quarto, lembrando da primeira vez que viu Chay, do primeiro beijo, do pedido de namoro, da volta, do dueto deles no bar do Edgar. Ela chora tanto que chega a soluçar.
Andre bate na porta.
— Mel, Mel, abre essa porta filha. Deixa o pai falar com você!
— Pai, me deixa! — pede Mel chorando.
— Eu não vou sair dessa porta até você abrir!
Mel sai da cama e abre a porta.
— Mel, eu vim te ouvir — diz André entrando.
— Pai, fala com a mãe. — Mel fecha a porta. — Por favor, eu não quero ficar sem poder namorar o Chay, pai, fala com ela, por favor!
— Ei, calma. Eu vim aqui te ouvir! Vai, me conta direito o que aconteceu. — Mel conta tudo para André. — Nossa, filha! Essa Julia é uma vagabunda.
— É, pai, e ela conseguiu o que queria. Acabou que eu o Chay não vamos mais nos ver! Mas isso que eu sinto por ele nunca vai morrer. Não importa quanto tempo eu fique sem poder ver ele fora da escola. Eu o amo, pai.
— E ele te ama?
— Ama, pai!
— Ok, isso é tudo o que preciso ouvir!
Ele levanta e vai em direção a porta.
— Pai, o que o senhor vai fazer? — indaga Mel.
— Eu vou resolver essa história. — Ele sai do quarto.
Mel corre para sacada, vendo que Chay está na dele. Quando eles se veem, começam a chorar. Chay liga pra Mel.
— Chay! — ela exclama ao atender.
— Mel, não chora!
— Mas você também está chorando.
— É que eu não quero te perder!
— Você não vai me perder, Chay. Eu te amo!
— Eu também te amo. Você é a minha princesa, e o nosso amor vai ser eterno!
Eles choram mais ainda. André entra no quarto.
— Mel!
— Chay, depois te ligo — diz Mel. Ela desliga e olha para André. — O que foi, pai?
— Vem aqui até a sala!
— Por quê? O que aconteceu?
— Vem logo, Mel!
André e Mel vão para sala, onde está Berenice.
— Filha, eu e a sua mãe conversamos e tomamos uma decisão — conta André.
— Qual? — questiona Mel.
— A gente vai te trocar de escola.
— HÃ? COMO ASSIM?
Berenice e André se olham.
— Brincadeirinha, filha — ri André.
— Vocês vão poder continuar se vendo fora da escola — conta Berenice. — Seu pai conversou comigo e o culpado dessa história toda não é o Chay, é a vadia da Júlia.
Mel senta no sofá.
— Vocês queriam me matar do coração?
— Filha, desculpa por ter tomado uma decisão daquelas antes de te ouvir — diz Berenice.
— Tá bom, mãe.
— Peraí, peraí — fala Andre. — É assim que você reage?
— Vai contar para o Chay, filha! — incentiva Berenice.
Comentários
Postar um comentário