Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 379: Victor, Vinícius e Felipe são surpreendidos por chegada inesperada
No intervalo das performances da companhia Ballet National de Marseille, Isabela e Yasmin vão a um dos banheiros do Teatro Municipal.
— Eu estou impressionada! — exclama a loirinha passando a mão pelo cabelo.
— Eles não são bons como eu li, são excelentes — diz Isabela. — Nem sei descrever essa primeira parte.
— Segura para mim — pede Yasmin entregando sua bolsa para a amiga. — Vou fazer xixi.
Isabela pega o acessório e fica se olhando no espelho até a amiga sair do reservado.
— Vamos voltar?
— Vamos — responde Isabela e elas saem.
Malu está sentada na cama de Samuel com os olhos fixos nele, ouvindo atentamente o que ele fala.
— Foi horrível — ele expressa olhando para uma parede vazia.
— Eu não entendi direito — diz Malu. — Você contou por áudio, mas você estava muito nervoso, eu não entendi nada. Como assim atiraram no carro? E você atropelou o bandido ou não?
Samuel recomeça:
— Como eu disse, eu e minha mãe almoçamos na minha avó hoje. Daí quando a gente estava voltando para casa, o GPS sugeriu um caminho que eu nunca tinha feito, mas como estava com muito trânsito na rota normal eu segui a indicação. Não sei como a gente foi parar em umas ruas muito estranhas e de repente duas motos rodearam o carro.
“Tinham quatro caras, dois em cada moto, e os caronas estavam armados com duas armas. Duas armas! Aí um deles desceu e sinalizou para eu descer do carro. Não sei o que aconteceu, mas eu paralisei. Não consegui fazer absolutamente nada. O cara gritou mais algumas coisas e então ergueu uma das mãos e começou a atirar. Nessa hora minha mãe se desesperou e começou a gritar muito.
“Foi então que eu me toquei realmente do que estava acontecendo, sabe? Nisso o garupa da outra moto também desceu e começou a gritar para a gente descer, para a gente descer senão a gente ia morrer. Minha mãe não parava de gritar e eu não sabia o que fazer. Aí esse cara atirou na minha direção. Eu praticamente vi a bala vindo na direção da minha cabeça, Malu. Você tem noção disso?
“Eu fechei os olhos e só ouvia a minha mãe gritar e o barulho dos tiros. Eles estavam descarregando as armas na gente. Foi aí que eu pensei ‘Eu tenho que fazer alguma coisa’. Eu reuni todas as minhas forças e apenas acelerei. Um dos caras estava bem perto do carro, mas eu não cheguei a atropelar ele. Na hora eu pensei que tivesse, mas eu olhei no retrovisor e ele estava em pé. Foi horrível, Malu. Eu fiquei dirigindo às cegas por uns bons minutos até a gente se acalmar e ter certeza de que ninguém estava seguindo a gente. Eu nunca senti tanto medo na minha vida.”
— Meu Deus — sussurra Malu em estado de perplexidade. — Eu não consigo nem imaginar você e a Ruth passando por uma situação dessas.
— Os gritos da minha mãe não saem da minha cabeça. Mesmo morando aqui no Rio a vida toda eu nunca tinha nem chegado perto de vivenciar uma situação dessas. É horrível, horrível, horrível.
— Posso imaginar.
— Não, você não pode. Nada se compara, Malu. Sério… Nossa Senhora.
— Ei — A jovem se arrasta até ele e pega em suas mãos. — Já passou. Você está bem, sua mãe está bem.
— Nós estamos vivos, isso não significa que nós estejamos bem. Minha mãe mesmo me proibiu de sair com o meu fusca até a gente blindar ele.
— Ela tem razão.
— Eu sei, nem sei se conseguiria sair sem um carro blindado depois disso. — Ele fecha os olhos e uma lágrima escorre por sua bochecha. — Eu pensei que eu e a minha mãe fossemos morrer.
— Pode parar — fala Malu apertando os braços dele. — Para de pensar nessas coisas, Samuel. Isso não vai te levar a nada, só vai te fazer ficar com mais medo. Passou, acabou. Não deixe que isso se torne um trauma na sua vida.
Samuel assente e apoia a cabeça no ombro dela. Eles ficam longos minutos em silêncio e Malu pensa no que de pior poderia ter acontecido. Seu coração fica apertado ao imaginar a ausência dele e ela o abraça.
— Você está aqui e vai ficar tudo bem — fala acariciando o cabelo de Samuel.
Ao final da apresentação, os bailarinos solistas fazem as reverências e são ovacionados pelo público presente no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Chay, Vinícius, Isabela e Yasmin aplaudem com os demais, encantados com o que assistiram. Quando as pesadas cortinas se fecham e todas as luzes são acesas, Chay cutuca o filho.
— Vamos ali conversar com o William.
Os quatro saem de sua fileira e caminham pelo corredor até o coreógrafo.
— Chay! — exclama o bailarino quando percebe a aproximação do cantor. — E aí, gostou do que viu?
— Vocês são geniais — responde Chay abraçando o conhecido. — Só faltou você no tablado.
William ri.
— Só me apresento em ocasiões extremamente especiais. Ultimamente minha função tem sido passar meus conhecimentos para os mais jovens.
— Está certo, mas a vinda de Marseille para o Rio não seria uma ocasião extremamente especial?
— Chay, Chay — ri William. — Vem comigo, vem comigo — chama pegando no pulso do colega.
— Vamos lá — Chay chama os adolescentes e William para de caminhar.
— Ah, como eu não falei com vocês? — pergunta olhando para eles.
— Eu que me esqueci de apresentá-los — desculpa-se Chay. — Esses são meus filhos Vinícius e Isabela e essa é a filha do Micael e da Sophia, Yasmin.
— Enchanté — sorri William. — Prazer — traduz antes de abraçar Vinícius e beijar as mãos de Isabela e Yasmin. — Venha, venham! — ele leva os quatro até a lateral do palco e eles sobem as escadas, passando pelas cortinas.
Yasmin e Isabela trocam um olhar, pois mesmo já tendo estado diversas vezes no teatro jamais chegaram perto de pisar no tablado. Nenhuma das pessoas pelo caminho tentou impedir a entrada de William, pelo contrário todos abriam sorriso ao vê-lo. Elas estão tão entretidas uma com a outra que não notam quando o grupo para de caminhar ainda na coxia e batem nas costas de Chay e Vinícius.
— Desculpa — falam ao mesmo tempo, porém os dois não respondem pois estão olhando para William, que exclama:
— Olha quem estão aqui!
Eles observam um grupo de bailarinos que conversavam agitadamente em francês. Uma delas que estava sentada no chão assim que vê o professor se aproximar fica de pé.
— Ça va? — William pergunta aos bailarinos se está tudo bem e eles assentem. Eles trocam algumas palavras ainda em francês até o coreógrafo virar-se para Chay e dizer: — Essa é a Gabriela, brasileira.
— Ah, oi! — sorri Chay cumprimentando a bailarina.
— Oi — responde Gabriela, uma bailarina de olhos fundos e lábios carnudos. Ela acena para Vinícius, Isabela e Yasmin na sequência.
— Essa é a Ingrid e a Patrícia, também brasileiras.
— Oi! — falam duas loiras, uma de olhos castanhos e a outra de olhos verdes.
— Esse é o Marcos, outro brasileiro.
— Olá — sorri o rapaz loiro. William apresenta mais dois bailarinos, um de cabelo preto e olhos verdes e outro de cabelo e olhos castanhos, ambos franceses. Ao ouvirem seus nomes, eles sorriem.
— Esses aqui são alguns dos nossos novos talentos — fala William —, saíram há pouco tempo da escola e ingressaram na companhia.
— Vocês são incríveis — elogia Yasmin olhando para os bailarinos.
— Obrigado — respondem os brasileiros. Logo os bailarinos se retiram e William fica conversando com Chay enquanto Vinícius, Isabela e Yasmin fazem mais alguns comentários sobre o teatro entre si.
— Foi perfeito, mãe! — conta Isabela deitando na cama de Mel horas depois.
— Me conta mais — pede a empresária saindo do banheiro espalhando um creme nas mãos.
— Lembra daquela vez que a gente viu os bailarinos do Bolshoi? Foi tipo isso! Aí depois o William levou a gente para a coxia!
Mel sorri.
— E aí?
— Tinha uns bailarinos ainda lá e a gente conversou um pouco com eles. Eu queria ter visto os solistas de novo, mas eles já tinham desaparecido lá para dentro, mas os outros também são bons e legais. Quatro eram brasileiros e dois eram franceses. Eu quase não entendi os nomes dos brasileiros, porque o William tem um sotaque muito forte, né?
— Sim, ele já está há anos na França.
— Pois é, se os dos brasileiros já foram difícil de entender, os nomes dos franceses eu não entendi mesmo.
— Sério? — ri Mel.
— Sim — responde Isabela. — Nem eu, nem ninguém. Mas eles eram muito bonitos, mãe! Um tinha o cabelo preto e o outro castanho. Eu gostei mais do de cabelo preto, a Yasmin preferiu o outro, mas eu achei ele meio sem graça — ri a adolescente.
— Vocês foram para prestar a atenção no ballet ou nos bailarinos?
— Ué, nos dois — gargalha Isabela rolando na cama.
Na tarde de sexta-feira, Victor, Vinícius e Felipe jogam videogame na mansão de Lua e Arthur.
— Duvido as meninas estarem se divertindo tanto quanto a gente — fala Felipe.
— Elas estão em um spa — lembra Vinícius. — É óbvio que elas estão se divertindo.
— Não mais que eu que agora vou matar esse dragão! — exclama Victor.
— Boa — elogia Vinícius quando ele realiza a ação e eles ganham mais pontos.
— Elas lá se aprontando para a formatura de mais tarde e a gente aqui jogando — ri Felipe.
— Cada um com a sua vaidade, né?
Eles escutam a campainha tocar, mas continuam jogando normalmente.
— Nem acredito que não terei mais que ir para o colégio depois de hoje — sorri Victor.
— Só para a faculdade — brinca o irmão de Yasmin.
— Para de estragar com a minha brincadeira, Felipe.
— Foi mal.
Lua passa pela porta da sala de jogos, dizendo:
— Meninos, acho melhor vocês descerem.
— Por quê? — pergunta Victor.
— Tem uma coisa que chegou para vocês lá embaixo.
— Para a gente? — estranha Felipe.
— A gente está jogando agora, mãe.
— É melhor vocês descerem — repete Lua e Victor revira os olhos pausando o jogo.
— Sorte que não é online, senão a gente não ia parar.
— Se eu falasse para vocês pararem vocês iam parar.
— Ui — solta Vinícius e os três riem passando por Lua, que dá um tapa na bunda de seu filho.
— Resmungão.
Victor, Felipe e Vinícius vão caminhando na frente no corredor e logo começam a descer a escada. Suas reações ao verem o que se encontra no centro da escada são as mais diversas.
Victor fecha a expressão, Vinícius fica boquiaberto e Felipe começa a rir.
— Não pode ser — fala o filho de Sophia e Micael ao chegar no térreo.
Ainda muito surpresos, os três param em frente a Brian e sua irmã Juliana.
— Surprise! — exclamam os americanos.
BRIAN NO BRASIL! SENHOR, EU NÃO SEI PQ MAIS ESTOU SENTINDO QUE VAI TER PROBLEMS PARA MARINICIUS! PQ EU ACHO QUE AQUELE SONHO QUE O VINI TEVE QUANDO A MARINA VOLTOU VAI VIRAR REAL
ResponderExcluirO Chay, podia sofrer um acidente
ResponderExcluirE isso serviria pra quê? Boa
ExcluirServiria pra ele é a Mel, ficarem mais próximos
ExcluirSe eu estou ansiosa para o próximo? Magina! Só entro aqui todos os dias e fico atualizando a pagina.
ResponderExcluirSe eu estou ansiosa para o próximo? Magina! Só entro aqui todos os dias e fico atualizando a página.
ResponderExcluirMulherrrrr volta logo estou sedenta por novos capítulos!!!
ResponderExcluirMulherrrrr volta logo estou sedenta por novos capítulos!!!
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