Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Último Capítulo: Jovens se reencontram no aniversário de Malu

Mel estaciona o carro na garagem de sua mansão e Vinícius desce juntamente com Isabela e Felipe. Eles pegam as malas do estudante de gastronomia e vão em direção ao acesso para o interior da moradia. Assim que passa pela porta Vinícius sente seu coração disparar. Um enorme sorriso surge em seu rosto e ele larga sua mala de mão no chão antes sair correndo até o centro da sala de estar onde Marina está.

O casal se abraça com força e começa a chorar instantaneamente. Mel cutuca Felipe e Isabela e eles saem sorrateiramente da sala.

— Senti tanta sua falta — diz Vinícius fitando os olhos da namorada.

— Eu também — responde Marina abraçando-o mais uma vez. — Eu também — repete ainda sem acreditar que Vinícius está em sua frente. — Meu Deus, você está de volta!

— Estou — ele ri emocionado.

Marina enxuga as lágrimas dele com os polegares e sussurra:

— Eu te amo.

— Eu também te amo. — Eles dão um sorriso abobalhado, felizes por estarem juntos novamente. Vinícius aproxima ainda mais seu corpo do de Marina e beija seus lábios delicadamente.

— Ainda beijo bem? — pergunta a jovem após o afeto.

— Sempre — Vinícius responde mordiscando o lábio dela.

— Depois de todo esse tempo acho que desaprendi um pouco. — Os dois riem.

— Então vamos praticar mais um pouco — sorri Vinícius antes de beijá-la.

O casal fica por mais alguns minutos matando a saudade na sala de estar. Em seguida, Marina leva Vinícius até o quintal da mansão.

— Na última vez que todo mundo se reuniu aqui foi para se despedir de mim no começo do ano — lembra o rapaz.

— Agora estamos todos reunidos para te receber de volta — responde Marina. Os dois passam pela porta do corredor e Vinícius é acolhido por seus amigos e familiares.

— Meu Deus! — exclama ao ver Luíza. — Tia, sua barriga está enorme — comenta dando um abraço nela. — Quando o meu primo sem nome chega?

— A qualquer momento — responde a psicóloga. — Já estou com nove meses e preparadíssima para recebê-lo.

— Ai, meu Deus, então eu estarei aqui no Brasil.

— Sim.

— Ele ainda não tem nome mesmo?

— Temos uma lista, mas só vamos decidir quando virmos o rostinho dele.

Vinícius se inclina e dá um beijo na barriga da tia materna.

— Estou louco para te conhecer, sabia?

Ele é paparicado por seus avós e se senta na mesa para almoçar.

— Como está o francês? — indaga Yasmin ao seu lado.

— Razoável — ri Vinícius. — Já estou conseguindo falar no dia a dia.

— Ah, então está ótimo.

— Dá para o gasto.

— Agora você sabe como eu me sentia aqui no Brasil — ri Victor.

— Você teve mais de dez anos para aprender português, eu estou me virando em seis meses — responde Vinícius rindo. — E como está em São Paulo? — ele pergunta para a loirinha.

— Ótimo, estou cada vez mais adaptada à cidade.

— Quando você saiu de férias?

— Final do mês passado, faz uma semana que cheguei aqui no Rio.

— Ah, que legal! Então já deu para matar a saudade um pouco.

— Sim, mas parece que nenhum tempo vai ser suficiente — sorri Yasmin.

Uma semana passa e após sua última aula do dia, Jonas caminha até a saída da faculdade na companhia de Pedro.

— Acho que perdi a chave do carro — fala com um braço dentro da própria mochila.

Pedro ri.

— Claro que não. Deve estar aí, você não guardou quando chegou?

— Guardei, mas não estou achando.

— Recém-habilitado é f*da — ri o acadêmico de administração.

— Achei! — exclama Jonas quando eles já estão chegando perto do carro dele.

— Falei que estava aí.

Os dois entram no veículo e o namorado de Maísa fala:

— Antes da gente sair, temos que fazer uma coisa.

— O quê? — indaga Pedro colocando o cinto de segurança.

— Ligar para o Samuel. — Jonas pega seu celular.

— Verdade! — exclama Pedro.

— Oi — diz Samuel atendendo.

Jonas e Pedro se olham e exclamam juntos:

— Feliz aniversário!

Samuel ri.

— Obrigado. O Pedro está com você?

— Estou — responde o rapaz. — Parabéns, cara.

— Obrigado!

— Dezenove anos, hein?

— De pura gostosura — completa Samuel e os três riem.

— Só se os meses aí em Porto Alegre fizeram milagre — diz Jonas. — Falando nisso, quando você entra de férias?

— Final da semana que vem — responde Samuel.

— Igual a gente então — comenta Pedro.

— Você vem para o Rio, né? — confirma Jonas.

— Claro! Estou morrendo de saudade de todo mundo.

— Vou te buscar no aeroporto então.

— Acho que prefiro pegar um Uber — brinca Samuel. — Não confio em você dirigindo, não.

— Me respeita, rapaz — responde Jonas.

Com uma toalha enrolada na cabeça, Marina sai do banheiro e se encontra com Vinícius no quarto dele.

— Meus pais estão comentando que eu me mudei para cá — diz rindo.

— Só por que vai fazer uma semana que você está dormindo aqui? — responde o rapaz sorrindo.

— Pois é, loucos. — Os dois gargalham.

— Se dependesse de mim você dormiria aqui todos os dias durante as minhas férias.

— Aí você enjoaria de mim.

— Duvido. A gente pode fazer o teste, o que você acha? — sugere e Marina começa a rir.

Malu acorda de ótimo humor dias depois. Ela toma banho e desce para a sala de estar, onde Thiago está esperando por ela.

— Já tomou café? — pergunta para o amigo.

— Não, a ideia não era a gente tomar junto?

— Só para confirmar — ri. — Vem, vamos comer. — Os dois vão para a cozinha e após uns trinta minutos saem da mansão e entram no carro de Larissa.

— Bom dia! — exclama a empresária junto com Henrique.

— Bom dia — eles respondem.

— A Larissa estava duvidando que vocês iam acordar cedo — comenta Henrique quando sua esposa dá partida no veículo.

— Sério? — indaga Malu.

— Vocês estão de férias, pensei que fossem querer dormir mais um pouco.

— Mas hoje é um dia especial — responde Thiago. — Abrimos uma exceção.

— Chegamos — fala Larissa minutos depois ao estacionar no aeroporto.

— Estou ansiosa! — exclama Malu.

Graziele e Danilo pegam suas malas e vão para o saguão do aeroporto.

— Ali estão eles! — diz o rapaz apontando para seus familiares. Graziele segue o seu olhar e visualiza logo atrás da família do colega seus pais, Malu e Thiago.

— Não acredito que ele também veio — sussurra sorrindo. — Tchau, Danilo!

— Tchau, amiga! — Eles se abraçam e vão cada um na direção de suas famílias.

— Você chegou! — sorri Larissa ao abraçar a filha.

— Que bom ver vocês — responde Graziele abraçando cada um deles.

— Você continua ruiva — observa Thiago acariciando o cabelo dela.

— Ainda não enjoei — ri Graziele.

— Que saudade que eu estava de você — fala Malu apertando a amiga.

— Eu também. Sua risada não é tão irônica pelo telefone.

Malu ri.

— Palhaça.

Graziele olha demoradamente para cada um deles, saboreando a sensação de estar perto novamente.

— Enfim, vamos?

— Eu vou ficar mais um pouco — informa Malu.

— Ué, por quê? — indaga Graziele. — Ah, claro! — exclama um segundo depois. — Eu não sou a única a chegar de férias hoje, né?

— Não — sorri Malu.

— Quer que a gente fique com você? — pergunta Henrique.

— Não precisa — responde a morena. — A Grazi deve estar querendo ir para casa.

— Na verdade eu estou morrendo de fome — ri a ruiva. — O Samuel vai demorar para chegar?

Malu confere as horas no celular.

— O voo dele deve estar pousando.

— Ah então a gente espera — diz Graziele. — Vamos em algum restaurante comer? — propõe para os seus pais.

— Comida em aeroporto é bem caro, né — comenta Henrique.

— Nossa, pai, a clínica está falindo e eu não sei? — brinca Graziele e eles riem.

— Vamos comer logo — diz o veterinário abraçando a filha.

— Me manda uma mensagem falando em que restaurante vocês estarão — Malu pede para Thiago.

— Ok.

Os quatro seguem para o restaurante e Malu vai até o terminal de desembarque de Samuel. Os passageiros já estão saindo e entre eles o rapaz.

— Malu — ele sorri parando diante dela.

— Samuel. — Eles riem e dão um beijo intenso. — Como eu senti falta disso.

— Nem me fale. — O casal se beija mais uma vez, mas são interrompidos:

— Que romântico! — exclama Jonas. Samuel olha para o amigo que está acompanhado de Pedro, Jaqueline e Luciana. Ele sorri e abraça os amigos.

— Não esperava que todos vocês viessem me buscar.

— Para você ver o quanto é especial — fala Jaqueline sorrindo para ele.

— Vamos então? — pergunta Samuel pegando na mão de Malu. — Espero que você não se importe de levar seis — fala para Jonas.

— Na verdade eu vou com a Graziele — explica Malu.

— É?

— Sim, eles estão me esperando.

Samuel vira de costas para os amigos e pergunta somente para ela:

— Tem certeza?

— Tenho. — Malu dá um selinho nele. — A gente se vê mais tarde?

— Claro. Eu passo no condomínio e a gente vai jantar em algum lugar.

— Ok.

— Adorei que você veio me receber — fala dando um beijo nela.

— Você vai adorar a comemoração especial que eu vou fazer para o seu aniversário mais tarde.

— Vai ter isso?

— Claro, depois da data, mas está valendo. — Eles riem e Malu dá um beijo nele. — Tchau.

— Tchau!

Malu passa por Jonas, Pedro, Jaqueline e Luciana como se eles não estivessem ali e se afasta.

Mel, Vinícius e Isabela são recebidos por Daniel na cobertura em que ele mora com sua família.

— E aí, como vocês estão? — indaga a empresária.

— Com sono — ri Daniel. — Vocês precisam ver a carinha dele — comenta abrindo um enorme sorriso.

Nícolas entra correndo na sala e abraça Vinícius.

— Oi, Ni! — exclama o jovem ao abraçar o primo.

— Vocês vieram conhecer meu irmãozinho? — indaga o garoto.

— Sim — Isabela responde. — Você leva a gente até ele?

— Levo. — Nícolas pega na mão de Vinícius e Isabela e os guia até a escada. Mel e Daniel sobem logo atrás.

— Como ele reagiu quando a Luíza chegou? — pergunta Mel.

— Ele ficou muito feliz — responde o arquiteto. — Se dependesse dele, ele tinha ficado lá no hospital com os dois.

— Ai que bom que ele não está enciumado.

— Graças a Deus! Nós estamos fazendo todo um processo para ele não se sentir assim também.

Eles chegam ao quarto principal da cobertura e encontram Luíza sentada em uma poltrona de amamentação com o filho recém-nascido nos braços. Ela sorri ao ver a irmã e os sobrinhos.

— Olha quem veio te ver, meu amor — diz para o bebê. Ela levanta e se posiciona de modo que Mel, Vinícius e Isabela consigam visualizar o rostinho dele. — Apresento oficialmente vocês ao meu segundo bebê — ela pisca para Nícolas —, conheçam o Miguel.

— Ai meu Deus que coisa mais miudinha — sorri Mel ao ver o sobrinho caçula.

— É a sua cara, tia — opina Isabela.

— Nem vem, Isa! — exclama Daniel. — O Miguel é a minha cópia.

— Ah pronto, vão ficar nessa agora — Mel ri baixinho. — Posso segurar?

— É claro — responde Luíza. — Você ainda lembra como faz, né?

Mel ri.

— Olha, já faz um bom tempo — fala e aponta para os filhos —, mas eu lembro. — Luíza entrega cuidadosamente Miguel para a irmã mais velha. — Ele é muito lindo.

— Temos uma ótima genética — sorri Luíza. — E me juntei com outro maravilhoso.

— Opa — sorri Daniel.

— Me conta melhor sobre o parto.

Luíza suspira e senta novamente na poltrona.

— Nossa, foi difícil. Cesariana é complicado, né?

— Não deu para ser normal?

— Não. Seria arriscado para mim e para o Miguel. Juntaram vários fatores, idade, gravidez de risco, então a minha médica optou por fazer cesária mesmo.

— Entendi, mas está dando tudo certo no pós, né?

— Sim! É diferente, é claro, mas eu estou dando conta.

— Ainda não acredito que vocês escolheram o nome só na hora em que olharam para ele — ri Vinícius.

— Mas foi assim mesmo — responde sua tia.

— Conseguimos controlar a ansiedade — diz Daniel.

— A senhora não tem vontade de ser mãe de menina? — Isabela pergunta.

— Sinceramente, não sei — sorri Luíza.

— Eu gostaria — responde Daniel.

— Fica a dica, Lu! — ri Mel.

— Gente, eu acabei de dar a luz ao Miguel, vamos com calma — responde a psicóloga e eles riem.

No final da tarde do dia seguinte, Graziele se encontra com Douglas na orla da praia de Copacabana.

— Que abraço gostoso! — exclama o rapaz com os braços ao redor da cintura dela.

— Que bom te ver.

Eles se afastam e se olham com ternura. Douglas coloca uma mecha do cabelo dela atrás da orelha e comenta:

— Você continua linda.

— Eu sei — ri Graziele. — E você, tem alguma novidade para mim?

— Ah, acho que não — ele sorri. — Fiz umas tatuagens novas só.

— Em que lugar? — ela pergunta descendo o olhar pelo corpo dele, porém como seus braços e pescoço sempre foram cheios de tatuagem ela não consegue reconhecer nenhuma nova.

— Elas não estão em lugares tão visíveis, teria que tirar minha roupa para você ver. Se você quiser eu te mostro depois.

Douglas lança um olhar malicioso para Graziele, que cai na gargalhada.

— Douglas, Douglas.

— O quê? Foi só um comentário — ele ri.

— O Fabrício que não deve ter gostado muito de fazer essas tatuagens.

— Eu não disse que foi ele que fez.

— Ué, pensei que ele fosse seu tatuador oficial.

— Eu não tenho um tatuador oficial — ri Douglas. — Essas, por exemplo, foi uma amiga minha que fez.

— Amiga? — indaga Graziele com interesse.

— Ciúmes? — Douglas repete no mesmo tom de voz dela.

— Foi só um comentário — a ruiva ri imitando ele.

— Ela é só uma amiga mesmo, mas talvez eu tenha pago as tattoos de outras formas também.

Graziele ri.

— Eu sabia, te conheço mais do que você pensa, Douglas.

— Gosto disso — ele sorri passando um braço pelos ombros dela. Os dois caminham abraçados pela calçada até o carro dele.

— Para onde nós vamos?

— Para o estúdio dos guris. Tudo bem?

— Pode ser. — Douglas abre a porta do carro para ela, provocando a exclamação: — Nossa! Vou passar mais meses fora.

Douglas ri e beija a bochecha dela antes de rodear o veículo e ocupar o lugar do motorista.

Minutos depois os dois chegam ao estúdio de Fábio e Fabrício. Bob e Rick, amigos dos proprietários, também estão no local.

— Olha quem está volta! — exclama Douglas erguendo o braço de Graziele.

— Ruiva! — sorri Fabrício indo até ela. — Trouxe pão de queijo para a gente?

— Não dessa vez — ri a garota.

— Poxa, que vacilo — responde Bob e eles riem.

— A gente já estava de saída — informa Fábio.

— Para onde vocês vão? — pergunta Douglas enquanto Graziele conversa com Fabrício sobre detalhes de seu curso.

— Uma festinha na casa do Theo.

— Opa! Graziele — chama voltando-se para a garota —, vamos numa festa na casa do Theo?

— Theo? — repete a ruiva. Ela se recorda da última festa que foi na casa dele em que um rapaz convulsionou e sente o estômago embrulhar. Douglas percebe a hesitação dela e diz:

— A gente vai só se divertir.

— Quando eu fui com o Thiago também ia ser só diversão.

— Não é porque deu ruim daquela vez que vai acontecer o mesmo hoje, ruiva — diz Bob.

— Vamos, Grazi, você passou meses sozinha lá em BH, vamos se divertir hoje — fala Fabrício.

Graziele olha para o rosto de cada um deles e responde:

— Vamos lá!

Malu e Samuel trocam beijos e carinhos deitados na cama dele, no apartamento que sua avó e mãe moram. A porta é forçada e os dois se afastam, sobressaltados.

— Samuel! — chama Ruth do lado de fora. — Samuel, abre aqui!

O jovem fica alarmado com o tom de voz de sua mãe e salta da cama. Malu também se assusta e fica em pé.

— O que foi? — ele pergunta ao destrancar a porta. — Mãe, a senhora está bem? — indaga apoiando Ruth, que está pálida.

— Eu acabei de receber um telefonema. Um telefonema do hospital em que o seu pai está internado.

O olhar de Samuel fica ainda mais sério e Malu arqueia as sobrancelhas.

— O que eles falaram? — pergunta Samuel.

— O Elias… o Elias acordou. O seu pai saiu do coma.

Na festa na casa de Theo, Graziele e Douglas dançam juntos.

— Está gostando? — ele pergunta no ouvido dela.

— Até que estou — ri a ruiva segurando um copo de bebida.

— Ás vezes eu ainda não acredito que você está aqui de novo.

— Claro que estou — sorri Graziele. Ela aperta o braço dele. — Viu, estou aqui. — Graziele se lança contra o corpo dele e une suas bocas. Inicialmente Douglas fica surpreso com a atitude dela, mas logo retribui o beijo e a abraça. Os dois se beijam cada vez com mais intensidade. O rapaz morde o lábio dela e vai descendo por seu pescoço e ombro. Graziele se arrepia com o toque dos lábios dele e de suas mãos firmes em sua cintura. Ela busca a boca dele com urgência e sussurra entre o beijo: — Vamos para o seu carro.

— Você é quem manda — responde Douglas pegando na mão dela. Eles passam pelos amigos de Douglas e caminham até o exterior do casarão. No caminho, Douglas olha para Graziele por sobre o ombro e eles trocam sorrisos.

Dentro do carro, a ruiva joga o rapaz contra o banco de trás e senta sobre seu quadril. Eles voltam a se beijar com ainda mais intensidade e aos poucos vão retirando suas peças.

— Espera aí — pede Douglas. Ele se estica até um compartimento no painel do carro e pega um pacote de preservativo.

— Eu nunca vou sentir isso que eu sinto por você por ninguém — diz Graziele minutos depois. Ela está com as costas apoiadas no banco e acaricia o cabelo de Douglas, que está deitado sobre si.

— Isso é bom?

— Não sei. — Eles riem e se beijam.

Quase duas semanas se passam e trazem o aniversário de Malu. No primeiro dia de agosto, ela e suas amigas mais próximas reúnem-se em um spa para se aprontarem para a festa de aniversário.

— Fiquei surpresa com o convite para um spa day — sorri Marina. — Não combina muito com você.

— Ah, achei que dezoito anos merecia uma comemoração especial — ri Malu.

— Estou sedenta pela festa de mais tarde — diz Graziele.

— Eu também — concorda a aniversariante. — Está tudo tão incrível.

— Vai ter show da Som de Garagem, né? — comenta Marina. — O Fred me contou.

— Sim! — exclama Malu com entusiasmo.

— E o Samuel aceitou bem o show deles?

— Ele não gostou muito não, mas f*da-se o aniversário é meu — ri a morena.

— Como o pai dele está? — questiona Isabela. — Até agora estou surpresa que ele acordou do coma.

— Pois é, pegou todo mundo de surpresa. Ele está apresentando evoluções, mas ainda não consegue falar nada, é claro.

— Nossa, só de citar esse cara o clima ficou pesado — analisa Yasmin.

— É verdade, vamos mudar isso — exige Malu rindo. — Nós temos que comemorar o meu aniversário, assim como o último dia da Yasmin aqui no Rio com a gente.

— Comemorar a minha ida? — ri a loirinha.

— Você já volta amanhã para São Paulo? — questiona Graziele.

— Sim, minhas aulas começam na segunda-feira.

— Nossa!

— Por isso que hoje nós temos que curtir até não querer mais — diz Malu e todas elas vibram.

Já de noite, Anelise e Bernardo chegam ao enorme salão em que ocorre a festa de aniversário de Maria Luíza. Eles cumprimentam a aniversariante e alguns conhecidos antes de se sentarem na mesa com Chay, Mel, Sophia, Micael, Arthur e Lua.

— E aí, como vocês estão? — pergunta o irmão da jornalista.

— Ótimos — Bernardo responde.

— Na verdade, nós temos uma novidade para vocês — comenta Anelise.

— Que novidade? — indaga Mel.

— Não vai me dizer que você está grávida? — palpita Sophia e Anelise e Bernardo riem.

— Ainda não — responde a irmã caçula de Chay. — Conta você — diz ao esposo.

— Eu vou começar a minha especialização — diz Bernardo sorridente.

— Sério? Que notícia maravilhosa! — exclama Mel.

— No que você vai se especializar? — Arthur pergunta.

— Neurocirurgia.

— Que bacana!

— Eu estou muito feliz — diz Bernardo. — Vou começar a minha especialização, nós seremos agraciados com um bebê — acrescenta olhando para Anelise, que sorri.

— Vocês estão tentando? — pergunta Micael.

— Desde o começo do ano — informa Anelise —, mas por causa da minha idade e tals, já era de se esperar que não fosse tão fácil assim.

— Vocês não pensam em fazer algum tratamento? — sugere Lua. Bernardo e Anelise se olham e ela responde:

— Por enquanto não, nós vamos continuar tentando até o começo do ano que vem, se não rolar talvez a gente busque uma ajuda.

— É só não ficar muito encanado que vai dar certo — diz Mel.

— Exatamente — Bernardo concorda. — Nós queremos muito, mas estamos deixando as coisas acontecerem no ritmo que tem que ser.

Em uma mesa ao lado, Maísa, Laís, Alexandre, Lorenzo, Iago, Aline, Daniela e Danilo conversam sobre suas vidas.

— Eu estou amando Belo Horizonte — diz Danilo. — É uma cidade encantadora.

— Já está se sentindo todo mineiro — brinca Aline e eles riem.

— Pelo ao contrário, sabia? Sair do Rio me fez perceber o quanto eu amo essa cidade.

— É fácil amar o Rio não morando nele — comenta Maísa.

— Nossa, que pesado! — exclama Alexandre e eles riem mais uma vez.

— E você, Iago, está amando mais o Rio de Janeiro agora que mora em São Paulo? — pergunta Laís ao jovem.

— Ah, acho que continuo gostando do jeito que sempre gostei — ele sorri.

— Está tão encantado com São Paulo como o Danilo está com BH? — pergunta Alexandre.

— Não mesmo — ri Iago.

— Por quê?

— São Paulo é bem caótico, né? Não que o Rio não seja, mas são caos diferentes.

— E como está sendo morar com a Yasmin? — questiona Maísa bebericando um suco.

— Legal — responde o garoto com a voz monótona.

— Nossa, não senti muita firmeza nesse “legal”.

— É que a Yasmin tem uma personalidade bem forte, mas a gente está desenvolvendo uma parceria legal.

— Tem que ser, né? — diz Aline. — Afinal, vocês vão morar juntos pelos próximos três anos.

— Se ela me enlouquecer muito eu me mudo antes — ri Iago.

— Então já vai preparando as malas — aconselha Daniela em tom de brincadeira —, porque isso com certeza vai acontecer.

Os oito caem na gargalhada.

— Boa noite. — Todos eles viram a cabeça e visualizam Jonas. Pedro está parado logo atrás dele e acena com a cabeça.

— Boa noite! — sorri Maísa ficando em pé. Ela dá um selinho em Jonas e pergunta: — Você chegou agora?

— Sim. Estou em uma mesa mais pra lá com a galera.

Enquanto Jonas e Maísa conversam Pedro e Daniela trocam um olhar. É a primeira vez que eles se encontram em muitos meses e ambos ficam ligeiramente desconfortável na presença do outro.

— Ok — Maísa responde. — Depois eu passo por lá.

— Beleza, vou ficar te esperando.

Jonas e Pedro saem caminhando e Maísa se senta novamente. No caminho para a mesa em que estão, os dois passam por Malu. A aniversariante recebe os integrantes da banda Som de Garagem.

— Obrigada — agradece as felicitações deles. — Se você quiserem ir montar as coisas, fiquem à vontade.

— Valeu, vamos mesmo — responde Fred. Ben sorri para Malu e tenta se afastar com os amigos, mas a morena segura em seu braço.

— Queria falar com você um instantinho.

Ben olha para os outros integrantes da banda e sinaliza que eles podem seguir.

— O que foi? — indaga ao se voltar novamente para Malu.

— Eu acho que você gostaria de saber que o Elias saiu do coma.

— Sério? — surpreende-se o surfista.

— Sim, já faz umas duas semanas.

— Nossa, eu pensei que ele fosse morrer.

Malu fica surpresa com a sinceridade dele, mas disfarça bem.

— É. De qualquer forma, achei que você precisava saber, afinal ele é…

— Não precisa continuar — interrompe Ben. — Obrigado por me contar isso, mas eu não tenho nada a ver com a vida do Elias. — Ele respira fundo e abre um sorriso simpático. — É melhor eu ir preparar os instrumentos com os meninos, você não quer que saia alguma coisa errada no seu show, né?

Malu sorri.

— Não mesmo.

Ben dá um beijo na testa dela.

— Te vejo do palco.

Malu observa ele se afastar e quando vira dá de cara com Gabriel e Jaqueline.

— Feliz aniversário! — exclama o rapaz.

— Obrigada — responde Malu retribuindo o sorriso. Ela olha para Jaqueline, que diz educadamente:

— Parabéns.

— Obrigada, Jaqueline. Bem vinda de volta ao Brasil.

— Esteve acompanhando a minha última viagem? — questiona a loira.

— Óbvio que não, eu nem te sigo. Mas as notícias correm, né? Caso você não se lembre eu namoro um amigo seu.

— Infelizmente eu me lembro — responde Jaqueline.

— Feliz aniversário! — exclama Gabriel novamente para atenuar o clima que se formou entre eles. Ele solta a mão de Jaqueline e abraça Malu. — Felicidades, você merece.

— Obrigada, Gabriel. Para você também e sorte, você vai precisar namorando quem namora.

Gabriel gargalha.

— Seu humor continua o mesmo agora com dezoito anos.

— Com o tempo só vou refinando — ri Malu.

— Boa noite, galera! — Os três se voltam para a direção do palco, onde Mayara está atrás de uma mesa de DJ. — Eu fui convidada para tocar nesse festão por uma pessoa muito especial para mim. Feliz aniversário, Malu, te adoro! — Um feixe de luz ilumina Malu, que sorri e acena para a amiga. — Não quero ver ninguém parado, hein!

Um funk começa a tocar e os jovens gritam. Eles vão para a pista de dançam e começa a rebolar ao som da música.

Maísa, Aline e Daniela remexem juntas e fazem coreografias entre risadas. Perto delas, Samuel, Jonas, Pedro, Jaqueline e Luciana curtem também. Aos poucos Pedro vai chegando mais perto do trio e Daniela finge não ver. Em um determinado momento, Pedro coloca uma mão na cintura dela, que se vira de frente para ele.

— Sai daqui, Pedro — pede com a voz ansiosa.

— Vamos só dançar — ele fala no ouvido dela. Daniela olha com descrença para ele, que sorri. — Só dançar — repete fitando os olhos da jovem.

Daniela apenas sacode a cabeça e passa a dançar com Pedro. Jonas cutuca Samuel e aponta para os dois.

— Eita! — exclama o namorado da aniversariante. — Será que rola um flashback hoje?

— Poderia, né — torce Jonas.

— Nada mudou, ok? — diz Daniela para Pedro.

— O quê? — Ele não ouve por causa do som alto. A morena se aproxima mais dele e repete o que disse. — Me dá mais uma chance, Dani — pede Pedro em seguida, colocando uma mão na nuca dela.

— Não — ela responde de imediato e empurra a mão dele.

— Por quê?

— Porque eu não quero — Daniela responde sem rodeios. — Você precisa amadurecer muito ainda para que eu queira ficar com você de novo, Pedro.

— Então isso não é um não definitivo?

Daniela dá de ombros.

— Depende de você.

— Eu gosto de você.

— De que adianta gostar e ser babaca?

— Me fala o que eu tenho que melhorar.

Daniela ri.

— Eu não sou seus pais. Cresce sozinho. — Ela dá um beijo na bochecha dele. — Você sabe muito bem o que a gente teve.

Marina está curtindo com Yasmin, Graziele, Thiago e Vinícius quando vê Fred passar próximo a eles. Ela segue o amigo e segura em seu braço.

— Oi! — cumprimenta sorridente.

— Oi, Marina! — Fred a abraça carinhosamente. — Pensei que você tivesse ido embora do Brasil sem se despedir de mim.

Ela gargalha.

— Jamais faria isso. Acho que hoje é a última vez que a gente vai se ver pessoalmente, eu me mudo semana que vem.

— É?

— Sim, minhas aulas começam dia dezessete.

— Eu ia dizer que vou sentir sua falta, mas parando pra pensar a gente quase não se vê mesmo, então nossa amizade vai continuar a mesma.

— Assim espero — ri Marina. — Eu gosto muito de você.

— Eu também. — Eles sorriem e Marina puxa o rapaz para um abraço.

— Ai, vou sentir falta disso com certeza.

Fred ri.

— Quem sabe um dia a Som de Garagem não vai fazer uma turnê e passa por Boston?

— Imagina, já quero — sorri Marina.

Isabela está sentada em uma banqueta aguardando o barman preparar um drink não alcoólico para ela. Felipe a faz companhia e eles conversam entre beijos curtos.

— Uma caipirinha, por favor — pede Jonas parando próximo ao casal. Ele olha para o lado e se surpreende ao vê-los. — Ah, vocês aqui.

— O aniversário é da Malu, surpresa é você estar aqui — responde Isabela.

Jonas ergue os ombros.

— A culpa não é minha se ela quis reunir todo mundo do colégio.

Felipe observa em silêncio enquanto Isabela responde:

— É uma pena.

— Se você acha — ele sorri. — Se bem que nós não precisaríamos dessa festa para nos encontrar, né? Vira e mexe a gente se esbarra pela faculdade. — Felipe cerra os olhos com o comentário e Jonas dá um sorriso de satisfação diante de sua reação.

— Tem coisas na vida que não estão sob nosso controle — rebate Isabela.

— É, o destino é assim mesmo — Jonas sorri e lança um olhar provocativo para Felipe. Isabela sente o ar ao redor deles ficando mais denso e aperta discretamente o braço do namorado na tentativa de acalmá-lo.

— Jonas, dá licença, por favor.

O rapaz olha para os lados e volta a encarar Isabela.

— Ué, eu estou esperando a minha bebida.

— Espera longe da gente.

— Cada dia mais educada — ironiza Jonas.

Felipe exclama:

— Sai daqui, Jonas!

— Felipe? Pensei que você estivesse mudo — ri Jonas.

— Você vai calar a boca por vontade própria ou eu vou ter que fazer isso por você?

— Agradeço a proposta, mas é que assim, cara — ele ergue a mão direita e mostra uma fina aliança prateada —, eu namoro, sabe?

Felipe tenta se aproximar de Jonas, mas Isabela permanece firme entre eles.

— Se controla — ela sussurra para o namorado. — Sério — diz para Jonas —, você já deu o seu showzinho, deixa a gente em paz.

Jonas assente e olha de maneira doce para a jovem.

— A gente se vê, Isabela. — Ele passa por um grupo de alunos da sala de Malu e fica esperando sua bebida do outro lado do bar.

Minutos depois, Mayara fala no microfone:

— Agora uma musiquinha para os casais apaixonados. — Ela toca uma música mais lenta e vários casais vão se formando na pista, entre eles Thiago e Graziele. Perto deles, Malu e Samuel também se juntam:

— Feliz aniversário — ele diz sorrindo para ela.

— Pensei que você tivesse esquecido que essa é a minha festa de aniversário — ri Malu.

— Eu só estava esperando um momento especial para te parabenizar.

— Então isso foi combinado com a Mayara?

— Não — ele ri —, mas poderia ter sido.

— Poderia?

— Por que não?

— Pensei que você não fosse muito com a cara dela.

— Isso é passado — Samuel garante.

— Nada de ciúmes mais?

— Nada de ciúmes — ele sorri. — Não tem porque eu sentir isso da minha namorada, certo?

— Certíssimo. — Malu dá um selinho nele.

— Eu te amo — se declara Samuel.

— Nada mudou desde que você me disse isso há cinco meses?

— Absolutamente nada.

Malu acaricia o rosto dele.

— Eu nunca disse olhando nos seus olhos, eu te amo, Samuel. — Ela ri na sequência. — Meu Deus, é muito esquisito dizer isso.

— Por quê? — ele ri.

— Porque é esquisito te amar.

— Ah, é?

— Sim, mas já que a vida quis assim — ela dá de ombros. — O jeito é aceitar que eu vou ter que carregar esse encosto pro resto da minha vida.

Samuel ri.

— Eu sou um encosto?

— É, o mais lindo que eu já vi. — Malu sorri e o beija mais uma vez.

— Você foi a maior surpresa que eu já tive na minha vida e desde então eu tenho amado surpresas. — O casal sorri e se abraça.

Felipe e Isabela dançam juntos. Embora esteja com a cabeça apoiada no peito do namorado e sentindo os braços dele ao redor de seu quarto, o que passa pela cabeça de Isabela é a forma terna com que Jonas olhou para ela ao se afastar no bar.

— Isa? — chama Felipe abaixando a cabeça para fitar o rosto dela.

— O que foi? — Ela olha para ele.

— Eu estou falando com você.

— Desculpa, estava distraída.

— Ficar tão perto de mim te causa distração? — ele pergunta dando um selinho nela.

— É — Isabela responde. Ela busca a boca do namorado novamente e o beija com intensidade. — Você é o meu melhor amigo, eu amo você.

Felipe fica espantado com a declaração repentina e sorri.

— Eu também te amo e não é pouco.

Yasmin e Victor conversam enquanto dançam:

— Eu não quero que você vá embora do Brasil.

— Eu não quero ir. Na verdade, eu quero — ele ri. — Mas eu queria que você pudesse ir comigo. Não queria ter que ficar longe daqueles que eu amo.

— Promete para mim que você vai tentar fazer dar certo?

— Eu não preciso prometer nada — ele responde. — O meu amor é a maior promessa que você pode ter. E você sabe o quanto eu gosto de você.

— Nós vamos conseguir passar por isso.

— Vamos.

Yasmin beija o ombro de Victor.

— Eu estou muito feliz por você.

— Eu também estou feliz por mim. — Os dois riem e a loirinha dá um tapa no braço dele.

— Idiota.

— Falando sério, eu também estou muito feliz pela gente. Afinal de contas, nós estamos saindo do ninho.

— Eu já saí, agora é com você.

— Será que um dia nós teremos nosso próprio ninho?

— Sei lá — sorri Yasmin. — Não gosto de pensar muito sobre isso, prefiro ir vivendo um passo de cada vez.

— Você está certa.

— Se Deus quiser vamos caminhar juntos.

— Ele deve querer sim — ri Victor. — Se ele não quiser, eu quero tanto que vale por mim e por ele.

Yasmin ri.

— Você não existe.

— Nem ele — brinca o rapaz.

— Idiota — volta a dizer Yasmin. Eles se beijam e ela fala: — A cada passo da minha vida eu vou te amar.

— Eu também — responde Victor. — Não importa o que aconteça nem quanto tempo passe.

Marina beija os lábios de Vinícius durante a dança.

— Eu tenho uma coisa para te contar — diz o rapaz após o afeto.

— Que coisa? — indaga Marina com curiosidade.

— Suas aulas começam dia dezessete deste mês, certo?

— Certo.

— E as minhas começam dia sete do mês que vem. Isso significa que tem duas semanas entre o início das nossas aulas.

Ela ri.

— Não estou entendendo aonde você quer chegar.

— Eu não vou passar essas duas semanas no Brasil.

Marina o encara com seriedade.

— O que você está querendo dizer, Vinícius?

— Que assim como você foi para Paris comigo, eu vou para Cambridge com você.

— Você não pode estar falando sério.

— Estou.

Um sorriso emocionado surge no rosto de Marina.

— Não acredito nisso, Vini. Eu já estava me preparando para me despedir de você nas próximas semanas.

— Vai ter que aguentar por mais alguns dias.

Marina o abraça com força.

— Isso é muito bom pra ser verdade. Seus pais não acharam ruim você passar menos tempo das suas férias com eles?

— Ah, eles sabem como isso é importante para mim e entenderam.

Marina abraça e beija o namorado.

— Meu Deus, você vai para Cambridge comigo! — vibra ainda incrédula. — Mas peraí, eu vou ficar no dormitório da faculdade, e você?

— Relaxa, eu já reservei um hotel perto do MIT, está tudo certo.

Marina sorri novamente.

— Estou até mais feliz de me mudar agora. — Ela passa a mão pelo rosto dele e diz: — Você é o amor da minha vida.

— Você também. Eu te amo como tenho certeza que nunca vou amar ninguém — responde Vinícius.

Com todos os seus amigos dançando na pista, Mel come alguns docinhos enquanto Chay mexe no celular. A empresária observa os casais e olha para o ex-marido. Ela come mais um brigadeiro e bate na mesa. Chay se assusta e olha para ela.

— Dança comigo — chama Mel.

— O quê?

— Dança comigo.

Chay sorri.

— Você está falando sério?

— Por que não?

Ele dá de ombros e guarda o celular no bolso, ficando em pé. O cantor rodeia a mesa e oferece a mão para Mel.

— Me concede essa dança?

— Menos, Chay, fui eu quem te chamei — responde Mel pegando na mão dele.

Os dois caminham até a pista e se abraçam.

— A música já deve estar acabando, então nós temos que aproveitar — comenta Chay.

— Culpa sua, eu fiquei esperando você me convidar.

— Ah é?

— Sim, mas como você é lerdo eu tive que tomar a iniciativa.

— Ai, desculpa — ele ri. — Eu fiquei com receio de você não querer.

— Por que eu não iria querer?

— Sei lá — Chay ri.

— Dá próxima vez pode começar.

— Ok. Espera, então vai ter uma próxima vez?

Mel ri.

— Vai saber?

Obrigada a todos que acompanharam esta temporada. A quinta temporada vem aí!

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