Imagine ChaMel 4ª Temporada (Filhos) - Capítulo 252: Victor e Yasmin conseguem escapar de Sophia


Prendendo o cabelo com um elástico, Sophia anda até um de seus armários. Quando sua mão está prestes a abrir as portas, Felipe surge atrás de si praticamente gritando:
   — Mãe!
A empresária vira-se sobressaltada.
   — O que foi, Felipe?
   — Eu quero te mostrar uma coisa.
   — Que coisa?
   — Uma coisa. É surpresa.
   — Deixa eu só pegar um anel que o seu pai me deu — ela diz voltando a se virar para o armário —, acho que esqueci dentro de uma mala.
   — Não! — Felipe pula sobre ela e segura em seus braços, dando um abraço apertado. — É muito importante pra mim, mãe. Eu preciso te mostrar!
Com a testa franzida, Sophia indaga:
   — Você está bem, Felipe?
   — É a empolgação, mãezinha!

Ainda sentados na areia, Malu e Ben conversam.
   — Você tem que aparecer nos shows que a gente está fazendo — convida Ben.
   — Eu irei, dou minha palavra — Malu garante sorrindo.
   — Aproveita e leva aquela sua colega Marina. 
   — O quê? — A morena surpreende-se. — Você está interessado na Marina?
   — Não! — o rapaz discorda com rapidez. — O Fred, meu parceiro de banda está. Lembra dele?
   — Lembro, ele me ajudou a te procurar quando... ah, quando você descobriu que o Elias era pai do Samuel.
   — Sei. 
   — Então — Malu eleva o tom de voz —, o Fred é afim da Marina?
   — Ele diz que não, mas eu sinto que ele é. 
Malu ri.
   — Você nem tem certeza e quer juntar os dois?
   — É — ri Ben.
   — Desculpa por acabar com a sua empolgação, mas a Marina namora.
   — Eu sei, o Fred já me contou isso, mas namoros podem acabar, né?
A morena gargalha.
   — Acho difícil o namoro da Marina acabar, ela e o Vinícius se dão muito bem. 
   — Ah, a gente também se dá muito bem e nem chegamos a namorar.
Malu olha intensamente para ele.
   — Nós somos diferentes deles, né Ben? 
Ele ri.
   — Mesmo assim, eu acho que o Fred tem que ficar com a Marina.
Malu dá tapinhas nas costas dele.
   — Iludido. 

   — Vamos! Vamos! — sussurra Isabela chamando Vinícius, Marina e Brian. 
Os quatro saem do quarto de Felipe e descem as escadas sorrateiramente. 
   — A Sophia não pode pegar o Victor com a Yasmin — fala Marina ao passar pela porta principal.
   — Ela não vai pegar — torce Vinícius. — O Felipe foi lá pra evitar.
   — Espero que ele tenha conseguido — Isabela cruza os dedos das mãos. 
O quarteto caminha pelas ruas e resolve parar em uma calçada para esperar Victor. 

   — O que você tem para me mostrar? — indaga Sophia.
   — Vem comigo! — Felipe puxa a mãe para fora do closet.
   — O anel, Felipe...
   — Eu sou mais importante do que um anel, né mãe? 
A empresária dá um leve sorriso e deixa ser guiada pelo filho até o quarto dele. 
   Dentro do armário dela, Yasmin solta um suspiro e relaxa entre as pernas de Victor. Segundos depois, ela recorda que está brigada com o garoto e abre a porta com rapidez, pulando no closet. 
   — Vamos logo sair daqui — diz com rapidez. 
Victor fecha os dedos da mão que esteve em contato com a de Yasmin instantes antes e sai do armário, literalmente.
   — Eu tenho que sair daqui o mais rápido possível — ele fala.
   Nós temos. — Os dois saem praticamente correndo do closet e olham atentamente no corredor antes de saírem quase voando escada abaixo. 

Graziele e Thiago param de mãos dadas diante da casa dos pais dele.
   — Eu sei que não foi o encontro mais magnífico que você já teve, mas espero que tenha gostado — fala o rapaz e Graziele sorri com leveza. 
   — Não foi um encontro, mas foi muito legal. Uma experiência única! — Ela aperta os dedos dele. — Pode contar comigo para qualquer coisa, tá? 
Thiago dá um sorriso de encantamento. 
   — Mesmo com tudo o que eu fiz, você ainda continua ao meu lado. 
   — Não vamos falar sobre isso — pede a ruiva com o coração apertado.
   — Não, eu preciso te agradecer — ele fala agitado.
   — Você não precisa me agradecer por nada, Thiago.
   — Preciso sim! O que você está fazendo por mim indica o quanto você é boa. 
   — É porque eu gosto de você — Graziele interrompe sem pensar. — Você sempre foi meu amigo — acrescenta com a voz mais baixa e puxa as mãos das dele. — É melhor eu ir embora. 
   — Tudo bem. — Thiago afaga o rosto dela. — Obrigada. 
   — Não precisa me agradecer.
Os dois trocam um olhar e Graziele vira-se, caminhando rumo à sua casa. 

Ofegantes, Victor e Yasmin chegam ao hall de entrada. Ela abre a porta, indicando para ele sair. 
   — Valeu por não ter deixado a sua mãe me encontrar no quarto dela — agradece Victor colocando as mãos nos bolsos da bermuda molhada. 
   — Não tem por que agradecer — corta Yasmin. — Se ela te pegasse, quem iria se ferrar seria eu. 
   — Mesmo assim. 
   — Ok. — Eles se olham intensamente e veem no olhar no outro a lembrança deles de mãos dadas no armário, porém ambos não tocam no assunto. — Eu vou tomar mais cuidado com os meus pais.
   — Assim espero. 
   — Como se você se importasse — a loirinha fala com a voz arrastada. 
   — Eu me importo e você sabe disso. Embora não devesse. 
Yasmin ri sem o menor humor. 
   — Claro, é super normal um namorado não se importar com a namorada. 
   — Acontece que eu não sou qualquer namorado e você não é qualquer namorada. 
   — Que seja, Victor, vai embora! — Yasmin pede e se arrepende imediatamente do tom extremamente grosseiro que utiliza. — É melhor você ir antes que a minha mãe apareça — completa baixinho. 
   — Vou com o maior prazer. 
Victor sai porta afora sem ao menos olhar no rosto de Yasmin. Ela fecha a porta e solta um longo suspiro. 

Felipe está ao centro de seu quarto com um de seus violões nos braços, terminando de tocar a nova música de trabalho do pai. 
   — Gostou? — ele indaga para Sophia. 
   — Você tocando essa música fica mais lindo do que o seu pai — sorri a loira com carinho. 
   — Eu sou mais lindo do que o meu pai — Felipe ri.
Sophia faz um afago no cabelo dele e indaga:
   — Agora eu posso procurar o meu anel?
   — Claro, mãezinha! 
Ela sorri mais uma vez e sai do quarto. Felipe joga-se em sua cama com o violão e respira aliviado.
   — Eu deveria ganhar o prêmio de Improviso do Ano.

Ben fica em pé e diz para Malu:
   — Vou indo. 
   — Já? — indaga a garota.
   — Já faz um tempinho que a gente está conversando — sorri o rapaz. 
   — Parece que o tempo passa rápido demais quando a gente está junto — diz Malu levantando e apenas quando fica diante dele constata o valor de suas palavras, todavia não se arrepende. 
   — Concordo — responde Ben em seu tom de voz sereno. 
   — Vai surfar? — ela pergunta olhando para a prancha dele.
   — Não, já estou indo para casa.
   — Ah, sim! 
   — Você gosta de surfar? 
   — Eu não sei surfar — ri Malu.
   — Então está combinado. — Ele dá um leve beliscão no queixo dela. — Um dia eu te ensino.
   — Eu vou cobrar — alerta Malu pegando no braço dele.
   — Assim espero.
Eles sorriem e ela o puxa para um abraço apertado. Malu afunda o seu rosto no pescoço dele e sente o agradável perfume misturado com o cheiro do mar. 
   — Tchau, Malu! — despede-se Ben tirando sua prancha da areia.
   — Tchau!
O rapaz afasta-se com leveza e Malu volta a sentar na areia, onde aguarda o retorno de Samuel. 

Enrolada em uma toalha branca, Yasmin descansa pensativa no sofá da sala. Sophia desce com o anel de brilhantes no dedo na companhia do filho. 
   — Pelo visto vocês estavam na piscina, né? — comenta olhando os trajes dos dois.
   — Sim — responde Felipe enquanto Yasmin acorda de seu devaneio. 
   — Vou pegar alguma coisa pra comer, vocês querem? — oferece a mãe deles.
   — Não — o casal de irmãos respondem em um uníssono. 
Sophia vai para a cozinha e Felipe senta ao lado da irmã. 
   — Todo mundo conseguiu ir embora? 
   — Sim!
   — Ainda bem.
   — Eu jurava que a mãe ia me pegar com o Victor no quarto dela. 
   — Onde vocês estavam? Dentro do armário? 
   — É!
   — Foi o que eu imaginei — conta Felipe. Em seguida, ele dá um sorriso malicioso. — Vocês dois, sozinhos, no armário. 
   — Grande coisa. 
   — Sério que nem assim vocês fizeram as pazes? 
   — Claro que não! Você acha que na tensão que eu estava, ia pensar em me acertar com o Victor?
   — Mas aposto que vocês ficaram coladinhos.
   — Sim, mas isso não quer dizer nada. 
   — Ok, não está mais aqui quem falou. 
Sandra, uma das empregadas mais próximas de Yasmin, entra na sala com uma grande sacola.
   — Isso é pra vocês.
Os dois olham para o objeto nas mãos dela.
   — O que é isso? — questiona Yasmin antes de pegar.
   — São as coisas do pessoal que ficaram espalhadas em torno da piscina. 
Felipe e Yasmin olham-se.
   — A gente nem lembrou disso! — exclama Felipe.
   — Percebi — diz a empregada e acrescenta: — Olha, senhorita Yasmin, eu não quero mais ficar mentindo pra Dona Sophia para encobrir vocês.
   — Tecnicamente — diz a loirinha —, você não mentiu. Você ocultou. 
   — Mesmo assim, não gosto disso. Ela é minha patroa.
   — Eu também sou. 
   — Desculpa, senhorita, mas é ela quem paga o meu salário. 
Felipe ri e Yasmin fala:
   — Não seja por isso, a partir do mês que vem eu começo a te pagar.
   — Yasmin! — exclama o seu irmão e Sandra arregala os olhos.
   — Eu não quis dizer isso...
   — Eu pensei que você fosse mais leal a mim, Sandra — interrompe Yasmin.
   — Eu sou, mas acontece...
   — Eu estou brincando! — sorri Yasmin levantando do sofá. — Muito obrigada por ter pego as coisas de todo mundo, Sandrinha!
Ela dá um beijo na empregada, que sorri com alívio. 

Após se reunir com os amigos e contar brevemente sobre como conseguiu escapar da mansão dos Abrahão Borges, Victor sentou em uma calçada com Isabela e agora é interrogado por ela.
   — Então vocês se esconderam no armário da Sophia — ela repete consigo mesma. — Você ficaram juntos?
   — Claro, o espaço era minúsculo. 
   — Aposto que você tirou uma casquinha dela — sorri Isabela. — Ou ela de você.
   — Nem um, nem outro.
   — Vai dizer que vocês nem se tocaram?
   — Claro que nos tocamos, né? Ela ficou sentada entre as minhas pernas. — Ele olha para o asfalto e acrescenta: — E teve uma hora que a gente deu as mãos.
Isabela sorri com empolgação.
   — Sério?
   — É — responde o loiro sem acompanhar a animação dela. — A Sophia foi se aproximando cada vez mais do armário que a gente tava e por pouco ela não abre a porta. 
   — O Felipe apareceu, né?
   — É. 
   — E vocês e a Yas deram as mãos?
   — É, eu jurava que a Sophia ia pegar a gente. Nós estaríamos f*didos a uma hora dessas. 
   — Com certeza. 
   — A Yasmin ficou super tensa — conta Victor. — Não esperava que ela fosse ficar assim.
   — É que ela já está de castigo, se a Sophia pega ela agora, seria o fim, né?
   — Sim! Capaz de mandarem ela pra um internato na Suíça — ele ri. 
   — Nossa, seria horrível!
   — Os colégios de lá são bons. 
Isabela olha com descrença para ele.
   — Você, por acaso, conseguiria ficar longe dela? 
   — Eu não fiquei por dezesseis anos longe dela?
   — Vocês não se conheciam.
   — Eu nasci junto com a Marina, não com a Yasmin. 
Isabela revira os olhos.
   — Vocês são namorados.
   — Não por muito tempo.
   — Como assim, Victor?
   — Ai, Isabela, eu andei pensando. 
A garota espera que ele continue, mas como isso não ocorre, ela indaga:
   — Pensando no quê?
   — Você acha que se as coisas com a Yasmin continuarem do jeito que está, o nosso namoro vai durar? Eu acho que não. 
   — Não fala assim, Victor — pede Isabela. — Parece que você não se importa.
   — É óbvio que eu me importo. 
   — Não é o que parece. 
   — É que cansa, né?
   — Vai dizer que não vale a pena? — indaga a morena.
   — Depende do ponto de vista. — Isabela ri, mas não fala nada, o que desperta a curiosidade dele: — O que foi?
   — Se não valesse a pena, você não teria feito tudo aquilo no iate por ela. 
   — Eu já estava há mais de seis meses sem transar, né? Faria tudo aquilo e mais um pouco!
   — Victor!? — Isabela fica chocada. — Não acredito que você foi capaz de falar isso.
O loiro sorri.
   — Estou brincando. Eu fiz aquilo por ela, não só por sexo. 
   — Você fez porque ama a Yas. — Victor não diz nada. — Ama, não ama? — insiste Isabela.
   — Ai, grande anã.
   Ama, não ama?
   — Amo — ele responde com a voz monótona. 
   — Fala direito! 
   — Para de criancice, Isabela.
A morena toca com o seu joelho o dele.
   — Diz, Victor.
   — Eu não digo nem para ela, por que diria pra você?
   — Porque eu quero saber das suas intenções com a minha amiga.
Victor dá um sorriso malicioso.
   — Não são nenhum um pouco boas. 
   — Fala para mim o que você sente por ela — pede Isabela.
   — Larga de ser chata.
   — Eu só quero saber.
   — Isabela, chega.
   — Custa falar?
   — Caramba! — Victor irrita-se e olha intensamente para ela. — Eu gosto muito da Yasmin, ok? Adoro estar com ela, beijar ela, até ficar em silêncio ao lado dela me faz bem. Está satisfeita?
Isabela olha longamente para ele enquanto um sorriso de satisfação desabrocha em seu rosto.
   — Eu não disse que valia a pena?


Comentários

  1. Que perfeito esse final... Victor se declarando 😘😘😘😘

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  2. Ficou muito bom, amei essa "declaração" do Victor bem que a yasmim podia ter ouvido. Já quero os dois juntos logo. Não demora pra postar pfv

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  3. Essa foi por pouco!
    Victor Amaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
    Continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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  4. Amos as conversas do Victor com a Isa, no entanto não gosto quando a Yas ou o Felipe ficam com ciumes da amizade deles, não qué tenha acontecido nesse capítulo kkkkkkkk
    Valeu a pena esperar Rê, na realidade sempre vale <3

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  5. Por Favor olhem meu blog http://familiarebeldeever.blogspot.com.br/

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  6. Aiin postaaaaaaaa
    Chega logo quinta

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